A primeira e poderosa
multinacional da fé não conseguiu ultrapassar, em mais de um milênio, os limites
do que era conhecido como lado Ocidental da Terra. Tentou-se, como a História
registra, através da força iniciar a catequização do Oriente, mas a índole
agressiva dos povos acessados, rechaçou violentamente as ideias que se lhes
tentava incutir, inspiradas num líder pacifista que se procurava apresentar de forma
dominadora. Tudo, pelo que se conclui, a partir do início do segundo Milênio,
os mil anos da citação do Apocalipse. Os dez séculos que se passaram revelaram
que aqueles que sucederam os seguidores da primeira hora, fixaram-se
demasiadamente nos interesses materiais em detrimento dos espirituais, criando
uma aura de desconfiança e descrença no poder da mensagem revolucionária de
Jesus, o maior de todos os Cristos que se revelaram na nossa Dimensão. Veio o
século 20, e, com ele, o ambiente propício para que as forças contrárias,
representadas pelo surto acelerado de progresso científico e tecnológico,
pudessem disseminar na mesma intensidade, o desinteresse pelas coisas
espirituais. E, uma guerra racial que dividia um País, foi uma das estratégias
usadas para apagar a inspirada cena do presépio que há oito séculos revivia o
momento histórico do nascimento de Jesus. Atendendo pedido do presidente da
grande nação norte-americana, um ilustrador se valeu das tradições preservadas
por imigrantes europeus que cultuavam uma lenda no mesmo dia do reservado pelos
católicos às celebrações do Natalício ou Natal, e, eles, protestantes,
distribuíssem alegria às crianças através de presentes trazidos pelo bom São
Nicolau. Nascia assim Papai Noel, que visitava os lares fazendo a
felicidade das pessoas, sobretudo crianças, desenvolvendo o mesmo hábito cultivado pelos devotos de São
Nicolau. Uma poderosa indústria de refrigerantes serviu para a outras nações
onde atuava os mesmos procedimentos relacionados a Papai Noel. Algumas décadas
depois, exceção feita aos países onde a educação no seu sentido mais exato é
precária, o culto ao nascimento de Jesus foi esmaecendo. Hoje, ainda no início
do século 21, observa-se uma ausência quase que completa do conhecimento sobre
Jesus e sua proposta, aproveitando-se a data simbólica da sua entrada em nosso
Mundo para excessos gastronômicos e etílicos. Jesus foi esquecido pela vigorosa
força materialista do Papai Noel e, mesmo este, terá certamente sua influência
atenuada com o nascimento das novas gerações que desembarcam diariamente na
Terra pelos programas reencarnatórios. Uma análise da realidade social do mundo
permite concluir-se isso. Povos africanos e asiáticos, apesar da superficial
ocidentalização de seus comportamentos e estilos de vida, pelas dificuldades
econômicas e sociais, se passarem por essa fase, o farão rapidamente sem que o predominante
de suas populações se deixem inebriar e enganar por tais fantasias. A crescente
influência islâmica se incumbirá de acelerar esse processo varrendo para longe
o que se interpor ao seu radicalismo. Neste mundo classificado pelos Espíritos
de expiação e provas não poderia ser diferente. Discorda? O que além do Natal
ou de uma ou outra data comemorativa significa Jesus para você? Mesmo
enaltecendo seus feitos ou reverenciando seu nome de forma solene, o quanto ele
interfere em sua vida diária. Dos mais decantados preceitos de suas lições – não
julgamento, perdão, reconciliação, amor aos semelhantes; amor a Deus – em
quais, você receberia uma nota máxima, média ou baixa? Se Jesus é o personagem principal de suas
convicções religiosas, o que você sabe sobre ele? Pois bem: é Natal mais uma
vez em sua vida, o que você fará para homenagear simbolicamente o
aniversariante. Crês que tem alguma importância empanturrar-se de alimentos ou derivados
alcóolicos? O Planeta, por sinal notará sua manifestação? Para Jesus
o que realmente importará é a mão que se estenderá na direção do seu
irmão menos favorecido. Sim, porque o que você observará marginalizado,
sozinho, criança ou velho, homem ou mulher, representa o enviado por Jesus
para que atenda, assista ou socorra. Pode ser um copo de água, uma xícara de
leite, um prato de comida, uma peça de roupa, alguns instantes de atenção. O
que importa. É SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE, caminhos seguros para “o
desabrochar” do AMOR VERDADEIRO que jaz
oculto dentro do seu coração. Num planeta onde a diversidade de níveis
evolutivos em que se enquadram os bilhões de seres que o habitam, esse acesso
somente será possível gradual, paulatinamente. Todos passarão por essa etapa.
Questão de tempo apenas. O certo é que todos estarão sempre no caminho da
verdade.
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