Doutora em Psicologia Clínica
pela Universidade de Miami, a Dra Edith Fiore buscou essa formação por
vocação revelada já aos treze anos de idade. Graduada em 1969, seguindo
rigorosamente linhas comportamentais, com ênfase em pesquisa, e, razoável
entusiasmo por terapias, começou trabalhando com crianças emocionalmente
perturbadas, depois numa clínica psiquiátrica para crianças e, mais tarde,
abriu uma clínica particular para crianças, casais e adultos. Tempos depois,
mudando-se para a Califórnia, a partir de um seminário sobre auto-hipnose,
incluiu o relaxamento e as sugestões hipnóticas em sua terapia. Perseguindo “as
motivações interiores por trás dos sintomas, percebeu ser a hipnose um dos
meios mais rápidos de atingir a mente subconsciente, repositório de todas as
lembranças”. Conta que, “a princípio, seus pacientes encontravam as
causas de alguns problemas em acontecimentos da primeira infância, totalmente
reprimidos”. Alguns ligavam seus problemas à vida intrauterina. Certo
atendimento, contudo, imprimiria rumo totalmente diferente ao adotado até ali.
Um de seus pacientes que padecia de problemas na área da sexualidade, se viu,
em transe hipnótico, como padre católico do século XVII. Indiferente ao
conceito de existências passadas, considerado por ela como um ponto de vista
oriental, ficou intrigada. Mais ainda quando na sessão posterior, ele se disse
completamente curado. Quase em seguida, outra paciente regredida
espontaneamente a uma vida anterior, mais tarde, afirmou-se livre dos sintomas
que a trouxeram à terapia. Foi necessário, porém, uma nova ocorrência, em que
uma paciente que tinha fobia por cobras e pesadelos recorrentes pelo menos duas
vezes por semana, levada a época anterior ao seu nascimento na personalidade
atual, descreveu cerimônia antiga em algum país provavelmente da América
Central, envolvendo sacerdotes nativos. Desperta, dizendo-se descrente do que
ouviu, o fato é que os pesadelos cessaram, sentindo-se livre dos sintomas,
chegando a acampar com o marido pela primeira vez, descontraída e sem qualquer
espécie de ansiedade. Adotando a técnica de regressão a vidas passadas como
linha de trabalho em vários casos, paralelamente buscou estudar o que havia
sobre o assunto até que outro fato tornou-se recorrente: pacientes que,
aparentemente, demonstravam múltiplas personalidades, sem vínculos com vidas
passadas. “Muitos deles’, relata ela, ‘se queixavam, com efeito, de ‘ter
alguém dentro deles’. Outros confidenciavam que esse ‘alguém’ dentro deles minava
a resolução de fazer regime, parar de fumar, beber, etc. Tais pacientes,
falavam muito abertamente de seus conflitos, porque presumiam estar falando de
duas partes diferentes da sua personalidade, em guerra dentro deles mesmos”.
Com base em pesquisas feitas, passou a considerar a possibilidade de se tratar
de ‘possessão’,
como definido pela Igreja Católica. As evidencias reunidas a levaram a concluir
afirmativamente sobre essa possibilidade. Nova fase, então, se abre em sua
atividade clínica. Ignorava a visão do Espiritismo da questão até 1985, quando
proferindo palestras no Primeiro Congresso de Terapias Alternativas, realizado
em São Paulo, foi convidada a conhecer as atividades desenvolvidas pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo mobilizando centenas de médiuns de
todas as camadas sociais e profissões, analfabetos e universitários, dedicados ao
tratamento semanal gratuíto de perto de quinze mil pacientes. Seguindo sua própria
metodologia, prosseguiu colecionando registros de pacientes envolvidos na
atuação de entidades extrafísicas, ou seja, pessoas que morreram fisicamente
para nossa Dimensão. O extenso repertório de informações que foi reunindo ao
longo dos anos, permitiu-lhe concluir sobre a razão porque pessoas já mortas
permanecem atadas ao plano material, em vez de completar a transição para o
Mundo Espiritual. Dentre elas, podemos destacar: Ignorância, confusão, medo
– especialmente o de ir para o inferno como apregoado pela religião dominante
no lado Ocidental da Terra -, apegos obsessivos a pessoas ou lugares
vivos, inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo. Observou
ainda que “um sentido despropositado de negócios não concluídos também compele
amiúde os Espíritos a ficarem no Mundo Físico, enquanto outros se quedam
determinados a vingar-se”.
Constatou também através de pacientes hipnotizados, que algumas das
entidades que os influenciavam estavam tão convencidas durante a própria
existência encerrada, de que não havia nada depois da morte que se recusavam a
ver membros da família ou guias espirituais que os vinham buscar, enquanto
outros se achavam tão confusas que não perceberam que estavam mortas, particularmente os suicidas. A
confusão era também comum entre pessoas mortas súbita e inesperadamente, as
quais permaneciam onde haviam morrido durante horas, meses, e, em alguns casos,
até anos. As incríveis vivências da Dra Fiore registradas no livro POSSESSÃO
ESPIRITUAL (pensamento, 1987),
mostram que os Espíritos do Senhor, como revelado no trecho introdutório do
livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO,
por vários meios, seguem trabalhando na direção da Nova Era, a ERA DO ESPÍRITO
que inspirará o pensamento da Humanidade do Mundo de Regeneração.
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