A questão das profecias
estapafúrdias e das revelações fantásticas atribuídas a Espíritos desencarnados
através de médiuns com nomes associados ao Espiritismo já era assunto nas
páginas da REVISTA ESPÍRITA. Atualmente,
basta a mediunidade mais pronunciada se tornar conhecida pelo seu portador para
que ele se julgue infalível e porta voz de entidades que julga “donas
da verdade”. Chico Xavier contava ter sido
orientado em 1931, pelo guia espiritual Emmanuel logo no primeiro encontro
que tiveram, a jogar fora toda a produção desde quando o jovem psicografara
quatro anos antes, sua primeira mensagem, pois, até ali tudo fizera parte apenas de
seu treinamento. Para nos basearmos em informação confiável, no número de abril
de 1860, Allan Kardec, desenvolve algumas considerações sobre carta
recebida do amigo Sr Jobard, abordando a TEORIA
DA FORMAÇÃO DA TERRA PELA INCRUSTAÇÃO DE VÁRIOS CORPOS PLANETÁRIOS. Dizendo-se
não
adepto da mesma apesar de ter sido dada em várias épocas por certos Espíritos e
através de médiuns desconhecidos uns dos outros, salienta não passarem
de hipóteses, até que dados mais positivos venham confirma-las ou desmenti-las.
Destacando que sua posição geraria críticas do tipo “não tendes confiança nos
Espíritos e duvidais de suas afirmações” ou “como inteligências
desprendidas da matéria, não podem remover todas as dúvidas da Ciência e lançar
a luz onde reina a obscuridade?”, Allan Kardec pondera “ser
esta uma questão séria, que se liga à própria base do Espiritismo, e que não
poderíamos resolver no momento, sem repetir o que temos dito a respeito;
acrescentaremos apenas algumas palavras, a fim de justificar nossas reservas. Para
começar, responderemos que nos tornaríamos sábios muito facilmente se
tratássemos apenas de interrogar os Espíritos para conhecer tudo quanto se
ignora. Deus quer que adquiramos a Ciência pelo trabalho, e não encarregou os
Espíritos de nô-la trazer preparada, favorecendo nossa preguiça. Em segundo
lugar, a Humanidade, como os indivíduos, tem a sua infância, sua adolescência,
sua juventude e sua idade viril. Encarregados por Deus de instruir os homens,
devem pois, os Espíritos proporcionar-lhes ensinos para o desenvolvimento da
inteligência; não dirão tudo a todos e, antes de semear, esperam que a Terra
esteja pronta para receber a semente, a fim de fazê-la frutificar. Eis por que
certas verdades que nos são ensinadas hoje não o foram aos nossos pais, que
também interrogavam os Espíritos; eis por que, ainda, verdades para as quais
não estamos maduros só serão ensinadas aos que vierem depois de nós. Nosso
equívoco está em nos julgarmos chegados ao topo da escada, quando apenas nos
achamos a meio caminho”. Observando que “os Espíritos podem instruir os homens tanto se comunicando diretamente – como provam todas as
histórias sagradas ou profanas -, quanto encarnando-se entre eles, para o
desempenho das missões de progresso”, salienta que “não basta ser Espírito para
possuir a Ciência universal, pois assim a morte nos faria quase iguais a Deus.
Aliás, o simples bom senso se recusa a admitir que o Espírito de um selvagem,
de um ignorante ou de um malvado, desde que separado da matéria, esteja no
nível do cientista ou do homem de Bem. Isto não seria racional. Há, pois,
Espíritos adiantados, e outros mais ou menos atrasados, que devem superar ainda
várias etapas, passar por numerosas peneiras antes de se despojarem de todas as
imperfeições. Disso resulta que, no mundo dos Espíritos, são encontradas todas
as variedades morais e intelectuais existentes entre os homens e outras mais.
Ora,
a experiência prova que os maus se comunicam tanto quanto os bons. Os que são
francamente maus, são facilmente reconhecíveis; mas há também os meio sábios,
falsos sábios presunçosos, sistemáticos e até hipócritas. Estes são os mais
perigosos, porque afetam uma aparência séria, de ciência e de sabedoria, em
favor da qual proclamam, em meio a algumas verdades e boas máximas, as mais
absurdas coisa. E para melhor enganar, não receiam enfeitar-se com os mais
respeitáveis nomes. Separar o verdadeiro do falso, descobrir a trapaça oculta
numa cascata de palavras bonitas, desmascarar os impostores, eis, sem
contradita, uma das maiores dificuldades da ciência espírita. Para superá-la,
faz-se necessária uma longa experiência, conhecer todas as sutilezas de que são
capazes os Espíritos de baixa classe, ter muita prudência, ver as coisas com o
mais imperturbável sangue frio, e guardar-se principalmente contra o entusiasmo
que cega. (...). Mas infeliz do médium
que se julga infalível, que se ilude com as comunicações que recebe: o Espírito
que o domina pode fasciná-lo a ponto de fazê-lo achar sublime aquilo que, por
vezes, é apenas absurdo e salta aos olhos de todos, menos os seus”.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
REENCARNAÇÃO - DUVIDAS QUE TALVEZ SEJAM SUAS
No século 20 poucos foram os
avanços no sentido de se considerar a reencarnação como uma verdade a conduzir
o Espírito que há por trás de cada corpo físico na direção da evolução
espiritual. Pesquisas como as de Ian Stevenson, Hemendras Banerjee, Hernane
Guimarães Andrade parecem ter-se perdido em livros pouco conhecidos,
especialmente nos meios acadêmicos. O “estrago”
feito por uma das poderosas escolas religiosas do lado Ocidental da Terra, vinculam
o conceito de reencarnação às superstições, afastando inteligências que
poderiam contribuir com o avanço das investigações sérias sobre o tema. As
respostas racionais e substanciais continuam a ser oferecidas pelo Espiritismo,
confundido erroneamente com o termo religião. Na sequencia, destacamos alguns
tópicos destacados das Obras Básicas da proposta espírita que, certamente,
aclaram muitas dúvidas: 1 - OBJETIVO - Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram,
passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse melhoramento se
verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como
missão. A vida material é uma prova a que devem se submeter repetidas vezes até
atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que
eles saem mais ou menos purificados. (...) A encarnação ocorre sempre na
espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no
corpo de animal. (LE) 2- ESTADO NA PRIMEIRA ENCARNAÇÃO - Criado simples e ignorante,
o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual, como
a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal, também não fez o Bem. Nem é
feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade. Desde que nada
tem, nada pode perder, como não pode retrogradar. Sua responsabilidade só
começa no momento em que se desenvolve seu livre-arbítrio. Seu estado primitivo
não é, pois, um estado de inocência inteligente e raciocinada.
Consequentemente, o mal que fizer mais tarde, infringindo as leis de Deus,
abusando das faculdades que lhe foram dadas, não é um retorno do Bem ao mal,
mas consequência do mau caminho por onde entrou. (RE,
6/1863)(...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro
acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE) 3- INTERVALO
ENTRE ENCARNAÇÕES? - De algumas horas a alguns milhares de séculos, não
havendo limite extremo assinalado para o estado de desencarnado, que pode
prolongar-se por muito tempo, não sendo jamais perpétuo, possibilitando ao
Espírito cedo ou tarde, oportunidade de recomeçar uma existência que sirva de
purificação das anteriores. 4- NUMERO DE EXISTÊNCIAS
CORPÓREAS - A cada nova existência o Espírito dá um passo na senda do progresso;
quando se despojou de todas as impurezas, não precisa mais das provas da vida
corpórea. (LE) 5 - O MESMO
PARA TODOS OS ESPÍRITOS? - Não, aquele que avança rapidamente se poupa das
provas. Não obstante, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas
porque o progresso é quase infinito (LE,) 6- REENCARNAMOS
ONDE QUEREMOS? O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se
encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhe tenha
feito. (LE) Frequentemente, renasce na mesma família, ou pelo menos os membros de uma
mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra
posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem
seus erros recíprocos. Pelas considerações de ordem mais geral, frequentemente,
se renasce no mesmo meio, nação, raça, seja por simpatia, seja para continuar
estudos que fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados que as
circunstâncias ou brevidade da vida não permitiram terminar. (OP) 7 - EM
QUE MOMENTO SE OPERA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Desde que o Espírito é preso ao laço fluídico
que o liga ao germe (embrião, feto), a perturbação apodera-se dele, crescendo à
medida que o laço se aperta, e, nos últimos momentos, o Espírito perde toda a
consciência de si mesmo, de sorte que ele nunca é testemunha consciente de seu
nascimento. No momento em que a criança respira, o Espírito começa a recobrar
suas faculdades, que se se desenvolveram à medida que se formam e consolidam os
órgãos que devem servir para a sua manifestação.(G,) 8 - ISSO
SERIA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Não. Ao mesmo tempo que o Espírito recobra a
consciência de si mesmo, perde a lembrança de seu passado, sem perder as
faculdades, qualidades e aptidões adquiridas anteriormente, aptidões que
estavam, momentaneamente, estacionadas em seu estado latente e que, em
retomando sua atividade, vão ajudá-lo a fazer mais e melhor que fazia
precedentemente. Ele renasce como fizera na encarnação anterior; sendo seu
renascimento agora um novo ponto de partida, um novo degrau a subir. . (G,)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
DOR TRANSMUTADA EM ESPERANÇA
Amanhecia o dia 7 de
novembro de 1981 em Goiânia quando o avião de pequeno porte levantou voo na
direção de Alto Paraíso, região nordeste do Estado. Entre os três tripulantes,
um, Ary
Ribeiro Valadão Filho, supervisionava o Projeto Rio Formoso focado no
desenvolvimento da região. No meio do caminho um acidente interromperia o plano
de voo, causando a queda da aeronave, seguida de explosão e incêndio que determinaria
daí a seis dias a morte do engenheiro de 30 anos. Removidos os sobreviventes
para Hospital da capital, a evolução do quadro em que estavam prendeu a atenção
da população do Estado, que acompanhava angustiada os boletins de notícias que
atualizavam as informações médicas. Ary era filho do então Governador em
exercício, o qual, juntamente com os demais familiares, viveu momentos aflitivos
até o desfecho com a morte do jovem. Experimentando a dor indescritível dos que
perdem um ente querido, sua mãe e duas irmãs, quatro meses após, misturavam-se
à pequena multidão de sofredores que habitualmente acorriam às reuniões do
Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas Gerais, onde Chico Xavier, através da
sua extraordinária mediunidade convertia-se numa espécie de correio do Além,
trazendo cartas dos que partiram antes. A viagem foi compensada pela
psicografia através do médium de uma das mais longas e emocionantes mensagens
do extenso acervo resultante do trabalho de Chico Xavier. Iniciando
sua comunicação, roga a bênção da mãe, agradece nominalmente às irmãs, afirma
que “nada
os separou, estando unidos na fé em Deus”, reconhecendo-se em
dificuldade para escrever a carta, dizendo-se auxiliado pelo Tio
Natalino, por “não ter experiência bastante para vestir a
mão de uma pessoa qual se usasse uma luva”. Revive cenas do sinistro, dizendo que “momentos quais aqueles do sete
de novembro passado são indescritíveis nas minudências. Sei que o Mauro
deliberou aterrissar; naturalmente atendendo à experiência dele, não me ocorreu
qualquer ponderação a um companheiro, cuja competência me habituei a respeitar.
O resultado, porém, é que a estreiteza do campo não nos permitia manobras
capazes de promover medidas mais amplas do que as que assumíamos dentro da
máquina. O choque contra a árvore foi violento, em vista da velocidade
compreensível. E o resto é o que sabem, talvez mais do que eu mesmo, porquanto,
em procurando liberar os dois companheiros que encontravam dificuldades para se
livrar dos impedimentos na hora, a explosão nos agrediu a todos”. Reportando-se
aos acontecimentos posteriores diz que “os pensamentos do fim para o meu corpo
ainda não me haviam aflorado à cabeça. No entanto, quando vi as condições dos
companheiros, notadamente do Mauro, tive receio de que um espelho me pudesse
contar o que ocorria. Rememorando seus derradeiros momentos conta: -“Libertei-me,
pouco a pouco, daquela toxemia íntima que me afligia consideravelmente. Em
preces, no silêncio, esperava até que senti que mãos suaves me acariciavam a
cabeça e dormi... Um sono pesado, de cujas imagens de sonhos possíveis não me
recordo. Apenas dormi. Acordei, porém, acabrunhado, como se estivesse sob a
presença incômoda de muita gente, apesar do meu espírito de gratidão para quem
estivesse ali a visitar-me. Unicamente, estranhei achar-me fora do quarto e,
sim, em plena sala; achava-me na condição de uma pessoa semi-anestesiada sob a
incapacidade de me controlar, quanto a movimentação e direção... Falar, não
conseguia. No entanto, emitia pedidos mentais de socorro. Um desconhecido de
rosto amigo me estendeu os braços e me convidou à retirada, afirmando-me que se
achava incumbido de me conduzir a novo tratamento. Aceitei sem hesitação, o
apoio que ele me estendia, porquanto, não me admitia com a possibilidade de
caminhar; ainda assim, embora aceitando o amparo dele, segurando-lhe um dos
ombros, senti-me aliviado, mais leve... Acreditei que me achava à frente de
melhoras positivas. Guiado pelo amigo, encontrei um avião misto de Bonanza e
helicóptero, com a feição de uma grande borboleta, onde um senhor e uma
senhora, que admiti fossem meus novos enfermeiros, me aguardavam. Receberam-me
com muito cuidado e carinho, recomendando que nada receasse. O desconhecido
tomou a direção e saímos, na vertical, à maneira de um helicóptero, para mim
desconhecido, e à medida que subíamos, respirava a longos haustos, o ar muito
leve e puro de cima. Amanhecia. Reconheci que nos dirigíamos para Anicuns”.... Antes de terminar, diz aos pais: -“Tudo sucedeu como devia acontecer e estou
melhorando cada vez mais para ser mais. A forma se altera. No entanto,
continuamos, sempre nós mesmos”.
sábado, 24 de janeiro de 2015
PREMONIÇÃO
A carta da senhora Angelina
de Ogé, da cidade marítima de Marennes, região sudoeste da França,
além de agradecer as preces formuladas em seu favor na Sociedade Espírita de Paris para seu restabelecimento das
inexplicáveis e renitentes febres de que fora acometida por meses de forma
intermitente, relatava fato curioso que vivenciara. Informada da visita do pai
para passar alguns dias em sua casa, reservou e mobiliou um quartinho para ele,
desejando que ninguém dormisse ali antes dele. Conta que desde o momento em que
manifestou tal pensamento, teve a intuição de que quem se deitasse naquela cama
morreria, ideia que passou a persegui-la incessantemente, oprimindo seu coração
a ponto de não ousar mais ir àquele quarto. Contudo, na esperança de se
desembaraçar dela, foi orar junto ao leito. Julgou ver ali um corpo, e, na
intenção de se assegurar tratar-se de uma ilusão, levantou os lençóis, nada
mais vendo. Refletindo tratarem-se esses pressentimentos de ilusões ou
resultado de obsessões, no mesmo instante ouviu suspiros como de uma pessoa que
morre, sentindo sua mão direita apertada fortemente por mão quente e úmida,
saindo do quarto para não mais adentrá-lo. Durante seis meses foi atormentada
por este triste aviso e, quando finalmente seu pai chegou, caiu doente,
morrendo ao cabo de oito dias, emitindo os últimos suspiros da mesma forma que
vira, segurando e apertando-lhe a mão direita, do mesmo modo antevisto. Tal
perda, evidentemente, causou-lhe intensa dor, tanto maior quando recordava do
aviso recebido ao qual não dera crédito. No número de janeiro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, encontramos um artigo
escrito por Allan Kardec abordando o interessante fato. Logo no início
destaca dois pontos: a importância de se orar pelos doentes,
e, segundo, uma nova prova da assistência dos Espíritos pela inspiração.
Destaca seja talvez “um dos gêneros mais comuns de mediunidade, e que vem confirmar o
princípio que todo mundo é mais ou menos médium sem o suspeitar. Seguramente,
se cada um se reportasse às diversas circunstâncias de sua vida, observasse com
cuidado os efeitos percebidos em si ou de que foi testemunha, não haveria
ninguém que não reconhecesse ter alguns efeitos de mediunidade inconsciente”.
Considera, todavia, que “o fato mais saliente é o aviso da morte do
pai da senhora de Ogé, e o pressentimento com que foi perseguida durante seis
meses. Sem dúvida, quando ela foi orar nesse quarto e acreditou ver um corpo no
leito, que constatou estar vazio, poder-se-ia, com alguma verossimilhança
admitir o efeito da imaginação. O mesmo poderia ser atribuído a um efeito
nervoso, provocado pela superexcitação de seu Espírito. Mas como explicar a
coincidência de todos esses fatos com o que se passou quando da morte do pai?
Dirá a incredulidade: puro efeito do acaso; diz o Espiritismo: fenômeno natural
devido à ação dos fluidos cujas propriedades até hoje foram desconhecidas,
submetidos à lei que rege as relações do Mundo Espiritual com o Mundo Corporal.
Ligando as leis da natureza a maior parte dos fenômenos reputados
sobrenaturais, o Espiritismo vem precisamente combater o fanatismo e o
maravilhoso, que o acusam de querer fazer reviver; ele dá dos que são possíveis
uma explicação racional, e demonstra a impossibilidade dos que seriam uma
derrogação das Leis da Natureza. A causa de uma porção de fenômenos está no
princípio espiritual, cuja existência vem provar. Mas como os que negam esse
princípio podem admitir suas consequências? Aquele que nega a alma e a vida
extracorporal não pode reconhecer seus efeitos. (...). Se o pai da senhora Ogé
tivesse morrido sem o que ela o soubesse, na época em que sentiu os efeitos de
que falamos, esses efeitos se explicariam da maneira mais simples. Desprendido
do corpo, o Espírito teria vindo avisá-la de sua partida deste mundo, e atestar sua presença por uma manifestação
sensível, com a ajuda de seu fluido perispiritual. Isto é muito frequente.
Compreendemos perfeitamente que aqui o efeito é devido ao mesmo princípio fluídico,
isto é, à ação do períspirito. Mas como a ação material do corpo, que ocorreu
no momento da morte, pôde produzir-se identicamente seis meses antes dessa
morte, quando nada de ostensivo, doença ou outra causa, podia fazê-la
pressentir?”. Eis a explicação a
respeito, dada na Sociedade de Paris: -“O Espírito do pai dessa senhora, em estado
de desprendimento, tinha conhecimento antecipado de sua morte e da maneira por
que ela se realizaria. Sua visão espiritual abarcando certo espaço de tempo, lhe
mostrou a coisa como presente; embora no estado de vigília não conservasse
qualquer lembrança. Foi ele mesmo que se manifestou à filha, seis meses antes,
nas condições que deviam se produzir, a fim de que, mais tarde, ela soubesse
que era ele e que, estando preparada para uma separação próxima, não ficasse
surpresa com sua partida. Ela própria, em Espírito, tinha conhecimento disto,
porque os dois Espíritos se comunicavam em seus momentos de liberdade. É o que
lhe dava a intuição de que alguém devia morrer naquele quarto. Essa
manifestação ocorreu igualmente com o fito de fornecer um ensinamento, tocante
ao conhecimento do Mundo Invisível”.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
FASCINANTE
Embora interpretasse tudo
como fantasia por não acreditar em reencarnação, a Dra Edith Fiore reconhecia o
valor da terapia aplicada em alguns de seus pacientes no sentido de auxiliá-los
a reencontrar o próprio equilíbrio. Relata que, nos primeiros anos de
experiência utilizando a hipnose nos atendimentos clínicos, percebeu que muitos
deles “escorregavam” para outras personalidades enquanto se achavam mergulhados
no transe a que eram induzidos. Pela experiência construída no exercício de sua
atividade da Psicologia Clínica, presumiu se tratar de personalidades
múltiplas, lidando com elas como se o fossem, embora lhe parecesse que alguns
pacientes tivessem muitas, algumas se limitando a passar depressa. Com
dificuldade de compreender o que acontecia com seus pacientes, especialmente
enquadrá-los num sistema aceitável de coordenadas, buscou aprofundar-se em
temas metafísicos, através de livros. Acessando inúmeros casos na literatura
pesquisada, começou a comparar com os por ela tratados, imaginando se não
estivera lidando com Espíritos. Diante de tais informações, principiou a
prestar mais atenção nas descrições ouvidas dos pacientes sobre seus problemas
e comportamentos, alguns se queixando de ter alguém dentro deles, induzindo-os
a pensamentos e atitudes contraditórios, por vezes. Desenvolvendo uma
metodologia diferenciada para identificar a personalidade manifestante durante
o atendimento que fazia. Surpreendia-se com a melhora súbita de alguns casos,
bem como, as reações emocionais durante as sessões, as quais variavam das
lágrimas, ao medo opressivo ou alegria e alívio, dizendo muitos sentir que ‘alguma
coisa saía, erguendo-se deles, enquanto outros observavam ‘aqui agora está menos apertado’,
‘sinto-me meio vazio’, ‘um peso está sendo retirado’, etc. Esse
trabalho que ela classificava como sendo com Espíritos possessores, levou-a a
rever suas próprias crenças na vida depois da morte e à sobrevivência da
consciência. Ao longo dos anos, evoluiu de uma descrença no “sobrenatural”
para uma aceitação intelectual dos conceitos de reencarnação e de continuação
da personalidade. Relutando em acreditar totalmente nisso, continuou a
utilizá-la como ‘hipótese de trabalho’. Passou a encarar as entidades
possessoras como os verdadeiros pacientes, os quais sofrem imensamente, talvez
até sem o compreenderem. Conversando com os Espíritos, através de pacientes
hipnotizados, a Dr Fiore obteve informações interessantes: 1- Alguns estavam tão
convencidos, durante a própria existência, de que não havia nada depois da
morte, que simplesmente se recusavam a ver os membros da família ou os guias
espirituais que vinham busca-las na reentrada noutro Plano existencial,
perambulando sem rumo num estado de confusão e ignorância que, não raro, durava
anos. 2-
Interrogados, costumavam negar que estivessem mortos, dizendo qualquer coisa
parecida com “Quando você está morto, está morto! Agora estou aqui, de modo que estou
tão morto como você!”. 3- Alguns se achavam num estado tão profundo de confusão
ao morrer que simplesmente não perceberam que estavam mortos, especialmente os
suicidas. 4-
Era comum a confusão entre pessoas que experimentavam morte súbita e
inesperada, alguns deixando-se ficar onde haviam morrido durante horas, meses
e, em alguns casos, até anos. 5- Outros confessaram sentir-se tão envergonhados dos seus
atos anteriores que não queriam ver os Espíritos dos entes queridos,
especialmente os educados num ambiente muito religioso que os deixava
aterrorizados com a perspectiva de ir para o inferno, resistiam
desesperadamente aos auxiliares que se faziam presentes na ocasião de sua
morte. 6-
O apego obsessivo aos vivos era outra razão pela qual algumas entidades
permaneciam presas à Terra. 7- Houveram casos de entidades obsessoras que
mantinham-se hostis às criaturas que as haviam tratado dessa forma enquanto
estiveram “vivas”, atormentando os pacientes a que se ligavam, com as mesmas
ideias que alimentaram antes de morrer. 8- Casos foram registrados de pessoas possuídas por
várias entidades. 9- Manifestaram-se Espíritos que tinham sido
assassinados, demorando-se na ideia fixa de prejudicar deliberadamente seu ‘malfeitores’.
10- Um dos
laços mais fortes que prendem os Espíritos ao Mundo Físico é a propensão para o
álcool, para as drogas, para o sexo, para o fumo e até a comida, estando o
dependente tão cego à própria partida, se preocupando apenas em satisfazer
sua compulsão, que ignoravam parentes ou a Luz Brilhante que se manifestava para ajuda-los.
No interessante relatório da Dra Fiore, afirma que os viciados
espirituais costumavam aglomerar-se em torno dos viciados vivos e dos lugares
por eles frequentados, tentando experimentar de novo o que fora outrora o tema
dominante de sua vida. Como se vê, as constatações da Doutora em Psicologia
norte americana, corroboram literalmente as informações observadas nas cartas
recebidas mediunicamente por Chico Xavier ao longo da maior parte
de sua última existência na nossa Dimensão, bem como aquelas apuradas por Allan
Kardec e inseridas no livro O
CÉU E O INFERNO, que por sinal, está completando cento e cinquenta anos de
publicação.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER
O
Espiritismo fundamentando-se no princípio da lógica tem revelado elementos
extremamente interessantes sobre temas como a sobrevivência após a morte, as
vidas sucessivas, o papel e a organização da família no processo evolutivo, a
origem e cura das doenças, entre outros. O último aspecto citado racionaliza a
questão da influência e interferência da mente e seu principal efeito que é o
pensamento quanto aos seus aspectos causais. Destacaremos a seguir alguns deles
para sua avaliação: 1- “Se dividirmos os males da vida em duas categorias,
sendo UMA a dos males que o homem não pode evitar, e OUTRA a das atribulações
que ele mesmo provoca, por sua incúria e seus excessos, veremos que esta última
é muito mais numerosa que a primeira”. 2 - As doenças pertencem
às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa
natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os
excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições
nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade”. 3 -“Doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram
aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades,
a idiotia, a imbecilidade, etc. (...), são efeitos que devem ter uma causa, em
virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, e desde que se admita a
existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa. A causa sendo sempre
anterior ao efeito, e, desde que não se encontra na vida atual, é que pertence
a uma existência precedente”. 4 - “Se Deus não quisesse
que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos corporais, em certos casos, não
teria colocado meios curativos à nossa disposição. 5 - Ao lado da medicação
comum elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação
fluídica, e, depois o Espiritismo veio revelar-nos outra força, através da
mediunidade curadora e da influência da prece”. 6
- Da
mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a
individualidade, partem as forças que asseguram o equilíbrio orgânico, por
intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição humana, raios esses que
vitalizam os centros perispiríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas
glândulas endócrinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a
estabilidade do campo celular. 7 - Nas criaturas
encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos que atuam
sobre todos os órgãos do corpo físico, através do sangue. 8
- A
criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande
parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações. Rendemo-nos,
habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições
favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também
ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências
perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida. 9 - Exteriorizando ideias
conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso
passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo,
agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas
que nos conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os
processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no
domínio de enfermidades – fantasmas que os esterilizam as forças e, pouco a
pouco, nos corroem a existência. 10 - Há grande número de doenças, cuja origem é devida a
fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, contra o que a
medicação comum é inoperante. 11 - O perispírito por sua natureza FLUÍDICA,
essencialmente móvel e elástica, projeta raios pela vontade do Espírito,
servindo à transmissão do pensamento. 12 - Sendo o perispírito dos encarnados de natureza
idêntica à dos FLUIDOS espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma
esponja se embebe de um líquido.13 - A alma carreia consigo as faculdades de criar no
próprio cosmo orgânico todas as espécies de anticorpos, imunizando-se contra as
exigências da carne, faculdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração,
pelas disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência
mental ou pelo serviço ao próximo com que atrai preciosos recursos
em seu favor. O Bem é o verdadeiro antídoto do mal. 14 - A maioria das moléstias, como todas as misérias
humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro;
são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas até que tenham
sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até
o fim.
domingo, 18 de janeiro de 2015
O DIFÍCIL CAMINHO DA EVOLUÇÃO HUMANA
Riqueza, inteligência, beleza e autoridade segundo se deduz de casos
mostrados pelo Espírito André Luiz através do médium Chico
Xavier no livro MISSIONÁRIOS DA
LUZ (1945, feb) são experiências em meio às quais dificilmente se consegue
manter o equilíbrio. Exemplo da veracidade dessa afirmação pode ser encontrado
no número de outubro de 1859 da REVISTA
ESPÍRITA. Na seção Palestras Familiares de Além Túmulo,
Allan
Kardec reproduz, primeiro, a entrevista desenvolvida na reunião de 2 de
setembro daquele ano, na Sociedade Espírita de Paris com o
Espírito de um morador de Lyon, conhecido pela alcunha de Père Crépin, cuja morte
fora noticiada por jornais locais. Considerado milionário era conhecido também
pela avareza incomum. Nos últimos tempos de sua vida, passou a morar com um
casal de nome Favre, que, além de abriga-lo, assumira a obrigação de
alimentá-lo mediante ínfima importância, deduzida de aluguel com que lhes
remunerava. Possuía nove casas, morando anteriormente numa delas, numa espécie
de nicho que mandara construir debaixo da escada. No momento de anunciar o
aluguel a locatários, arrancava os cartazes das ruas, os utilizando para suas
contas. A determinação municipal que prescrevia a caiação periódica das casas
lhe acarretava tremendo desespero; causando desentendimentos pelo seu intento
de obter uma exceção, o que se mostrou inútil. Gritava estar arruinado, dizendo
que se resignaria se tivesse uma única casa, acrescentando ter nove. Nas 21
perguntas a ele dirigidas, ao confirmar sua presença, exasperado, questionava se a
intenção da evocação seria apropriarem-se de seu dinheiro que, por sinal, não
via; dizia-se com saudades da vida terrena por não mais poder tocar, contar e
guardar seu dinheiro; que quando vivo nunca pensara que não levaria nada deste
mundo, tendo como ideia fixa o acúmulo de riquezas, não cogitando que se
separaria delas; que o motivava era a volúpia de tocar suas posses, sentindo
imenso prazer em fazê-lo, não tendo outra paixão na Terra; compreendendo agora
que era um miserável, embora sentindo prazer em ver seu ouro, embora não
podendo apalpá-lo, o que representava uma punição no vida em que se via; que
não experimentara nenhum sentimento de piedade pelos infelizes que sofriam na
miséria; que sabia ter sido um pastor, muito infeliz no corpo, mas feliz de
coração em existência anterior à que terminara; que o primeiro pensamento ao
saber-se no Mundo dos Espíritos, foi o de procurar suas riquezas, sobretudo o
ouro, sentindo-se muito infeliz, coração dilacerado e, ao mesmo tempo remorso,
parecendo-lhe que quanto mais o tempo passar, mais sofrerá por sua avareza
terrestre; que reconhecia ter sido inútil a vida terminada para seus
semelhantes; que não tivera amigos na Terra que, por sinal não pedira, merecendo
o apoio apenas do seu Anjo da Guarda na realidade em que se vê; que sua mãe o
recebera na reentrada no Mundo Espiritual; que construíra sua fortuna um pouco
legalmente, mas explorara muito e roubara um pouco dos seus semelhantes.
Na reunião da semana seguinte, nove de setembro, Allan Kardec consulta o
dirigente espiritual dos trabalhos da Sociedade Espírita de Paris, a
respeito das informações obtidas, apurando o seguinte: 1- Sobre o perfil de Père
Crépin e a revelação de ter sido pastor em vida pregressa, ouve que “ele
era ignorante, inexperiente; pediu a riqueza; ela lhe foi concedida, mas como
punição a seu pedido; o que dificilmente repetiria”. 2- Focando a característica da
avareza, Allan Kardec indaga: -“Há pessoas que não são avarentas senão para
com os outros. Qual é o mais culpável: aquele que acumula pelo prazer de
acumular e se priva até do necessário ou aquele que, de nada se privando, é
avaro quando se trata do menor sacrifício para o próximo?, obtendo como
resposta: -“É evidente que o ultimo é mais culpado, porque é profundamente egoísta.
O primeiro, é lógico”. Finalmente, uma questão que, certamente, muitos
se fazem: - “Nas provas que deve sofrer para chegar à perfeição, deve o Espírito
passar por todos os gêneros de tentação, e poder-se-ia dizer que para Père
Crépin a vez da avareza chegou por meio das riquezas que estavam à sua
disposição e que ele sucumbiu?”. –“Isto não é regra geral, mas é exato no seu
caso particular. Sabeis que há muitos que desde o começo tomam um caminho que
os liberta das provas”. A regra geral, contudo, conduz as
individualidades sob o controle do determinismo até que o amadurecimento
permita ao Ser interferir no planejamento de futuras existências. Enquadram-se
na situação exposta por Allan Kardec num dos números da REVISTA ESPÍRITA: -“Não é, pois,
nem após a primeira, nem após a segunda encarnação que a alma tem consciência
bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após
a centésima ou milésima”.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
DISPONÍVEL
O esforço resultou em
trabalhos respeitáveis, porém, hoje praticamente esquecidos ou desconhecidos.
Na verdade, no chamado mundo acadêmico não tiveram nenhuma repercussão e, com a
morte de seus idealistas, os criteriosos resultados, vão se perdendo. Falamos
dos trabalhos em torno do tema reencarnação desenvolvidos pelo psiquiatra
canadense Ian Stevenson, pelo engenheiro Hernani Guimaraes Andrade ou
pelo professor Hemendra Banerjee. Detiveram-se nos casos de lembranças de
vidas passadas, espontaneamente reveladas por crianças, respectivamente, em
várias partes da Terra, no Brasil e na Índia. As incríveis associações feitas
pelo psiquiatra Inácio Ferreira sobre os transtornos comportamentais e mentais
revelados pelos seus pacientes e reencarnações anteriores, teriam desaparecido
definitivamente, não fosse a inclusão de seus revolucionários livros NOVOS RUMOS À MEDICINA e A PSIQUITRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO no
catálogo de uma editora paulista na década de 80, do século vinte. As instigantes
incursões de profissionais da saúde, sobretudo norte americanos na chamada Terapia de Vidas Passadas não produziu
resultados de conhecimento geral, fazendo, por exemplo, associações confirmatórias
sobre o encadeamento entre diferentes existências capazes de interessar e
despertar as criaturas humanas para o sentido evolucionista da passagem pelo
corpo físico. Embora apresentando uma visão lógica e substancial do tema
esquecido pela Humanidade do lado Ocidental do Planeta por doze séculos e,
portanto, ignorado pelas gerações nascidas neste período, a visão do
Espiritismo é desconsiderada pela esmagadora maioria dos que se interessam por
descobrir um sentido racional para nossa existência. Mas ousadamente, as
respostas ofertadas pela Doutrina Espírita, continuam sendo as mais completas. Representam
a chave para entender-se a maioria dos ‘mistérios’ da nossa sociedade. A
questão das almas com características femininas/masculinas habitando corpos
inversos, é esclarecida nas questões 200 a 202 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, onde se lê que “os Espíritos
encarnam-se homens ou mulheres, porque o Espírito não tem sexo. Como devem
progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e
deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências. Aquele que fosse
sempre homem, só saberia o que sabem os homens, podendo as inversões também serem
determinadas como uma punição ou missão”. O fenômeno da concepção é explicado
por Allan Kardec no item 18, do capítulo
11, do livro A GÊNESE da seguinte forma: -“Quando o Espírito deve
se encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico (...),liga-o
ao germe para o qual se sente atraído, por uma força irresistível, desde o
momento da concepção. À medida que o germe( embrião, feto) se desenvolve, o
laço se aperta; sob a influência do princípio material do germe, o perispírito,
que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, com o
corpo que se forma. Quando o germe está inteiramente desenvolvido, a união é completa,
e, então, ele nasce para a vida exterior”. E, através do médium
Chico Xavier, em 1945, o Espírito André Luiz repassa
outras informações, aprofundando o assunto: -“A ligação inicial é no
corpo perispiritual do filho com o da mãe. Do ponto de vista físico, através
dos condutos naturais, correm os elementos sexuais masculinos, em busca do
óvulo, em velocidade de três milímetros, aproximadamente, por minuto. Aos
milhares, seguem, em massa para a frente, em impulso instintivo. O futuro óvulo
materno, preside ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a
organizar-se. A célula feminina, sofrida a dilaceração da cutícula, enrijece-se
cerrando os poros tenuíssimos, recebe o esperado visitante, impedindo a
intromissão de qualquer outro dos competidores, que haviam perdido a primeira
posição na grande prova”. A questão da hereditariedade amplia-se com a
informação de que “em matéria de filhos, no Plano Físico, a lei das
afinidades quase pode ser considerada por fator determinante da chamada hereditariedade
psicológica. (...) A vida dos companheiros encarnados se conjuga com a vida dos
companheiros desencarnados que lhes são afins. O alcoolismo, por exemplo, é um
hábito que muito raramente se observa numa pessoa que se embriaga a sós.
Geralmente, a criatura se alcooliza em companhia de irmãos desencarnados que,
embora desenfaixados da experiência física, ainda não se desvencilharam dessa
prática. Quando isso ocorre, é justo considerar que por muito se esforcem os
Instrutores Espirituais, encarregados de cooperarem na execução de certo Plano
de reencarnações para determinado grupo familiar, nem sempre conseguem evitar a
intromissão de um ou mais de um dos alcóolatras desencarnados, porquanto se
ajustam eles de tal modo às forças genésicas de um dos parceiros do compromisso
sexual que acabam na condição de filhos deles, revelando, mais tarde, as mesmas
tendências compulsivas”. Há
muito mais, disponível para o buscador da Verdade libertadora preconizada por
Jesus aos seus seguidores.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE E AS CRIANÇAS
Detentor do crédito de ter
pela primeira vez publicado um livro – VIDA
DEPOIS DA VIDA (1975) tratando das chamadas EQMs – Experiências de quase morte, Raymond A. Moody Jr,
tornou-se referência no tema. Doutor em Filosofia, Psicologia e Psiquiatria, Moody
Jr fez incursões também pela regressão a vidas passadas, se submetendo
à experiência que revelou ele próprio ter tido nove reencarnações anteriores.
Para quem não leu o livro que se tornou um campeão de vendagem, a obra
baseia-se no depoimento de 150 pessoas que passaram pela chamada morte
clínica. O estudo apurou existir um
padrão entre os que retornaram da experiência de quase morte, baseado nas
seguintes percepções: 1- Ouvir um zumbido nos ouvidos;
2- Um sentimento de profunda paz e ausência de dor; 3- Ter
uma experiência fora do corpo; 4 -
Sentir-se viajar dentro de um túnel;
5- Sentir-se subir pelos céus; 6- Ver
pessoas, especialmente familiares falecidos; 7- Encontrar seres espirituais,
por vezes identificados como sendo Deus; 8 – Ver uma revisão da
própria vida; 9 – Sentir enorme relutância em voltar à vida.
Cerca de treze anos depois, em 1988, o Dr. Moody publicou nova obra somente
traduzida para o português em 2004 em tradução que ganhou o título A LUZ QUE VEM DO ALÉM, (butterfly,
2004). Chama a atenção a bibliografia construída sobre doze obras ou artigos de
outros autores incluídos em revistas especializadas e dirigidas para o meio
científico tratando das EQMs. Outro detalhe interessante é o
que diz respeito às tais experiências vividas por crianças de várias idades,
relatando os mesmos sintomas que adultos de variadas culturas. Narra que o
primeiro caso que chegou ao seu conhecimento é o de um garoto de 9 anos que
examinava após uma parada cardíaca devido a uma doença na glândula supra renal.
Espontânea e timidamente, induzido a relatar a experiência, contou que “em
sua incrível vivência, sentiu-se flutuar para fora de seu corpo físico, olhando
para baixo no exato instante em que o médico comprimia seu peito para reavivar
seu coração, o que o fez em vão tentar que o médico parasse de esmurra-lo.
Sentiu-se mover-se rapidamente para cima, vendo a Terra desaparecer atrás dele,
passar por um túnel escuro, no fim do qual o aguardava um grupo de anjos,
brilhando, parecendo todos amarem-no muito, num lugar cheio de luz, um lugar
celestial, circundado por uma cerca, que, segundo os anjos, fosse ultrapassada
por ele, não seria capaz de retornar à vida, até que um deles disse que ele
teria de voltar e reentrar no corpo, o que, por fim, teve de obedecer”.
Moody
Jr, considera que crianças abaixo de 7 anos tendem a pensar na
morte como temporária, pois para eles a morte é algo de onde se retorna. Dos 7
aos 10 anos, é um conceito mágico, substituído nos anos seguintes pelo
conhecimento de que a morte envolve decomposição orgânica. Noutro caso
observado, uma menina de nove anos morta durante uma cirurgia de apendicite, viu-se
flutuando fora do corpo, observando tudo como se estivesse no teto do Centro
Cirúrgico de onde podia ver tudo, ouviu dizerem que seu coração havia parado.
Vendo seu corpo, a princípio não sabia que era o dela, e, ao reconhecê-lo, saiu
para o corredor, vendo sua mãe chorando, perguntando sem ser ouvida a ela a
razão das lágrimas, ficando, portanto, sem obter resposta. Assustada, viu
aproximar-se uma senhora bonita que a auxiliou, por sabê-la confusa em suas
emoções. A conduziu a um túnel de luz que ia até o céu, contemplando lá lindas
flores. Sentia-se com Deus e Jesus que lhe disseram ser necessário retornar
para ficar com sua mãe porque ela estava muito triste. Disseram também que
tinha de terminar sua vida, o que a fez voltar e acordar, observando, agora,
que o túnel pelo qual passava muito rápido, era longo e escuro, tendo uma luz
muito brilhante no final, o que a alegrou bastante”. Considerando os
relatos por ele compilados e pesquisas conduzidas por outros especialistas com
crianças que passaram pelas EQMs, Moody Jr concluiu
que “o
fato de envolver crianças fornecem maior evidência da vida após a morte do que
as ocorridas com pessoas mais velhas que tiveram mais tempo de ser
influenciadas pelas experiências de suas vidas e uma infinidade de crenças religiosas”.
Crê também que, “em nível clínico, o aspecto mais importante é o vislumbre que tem do
‘além-vida’, e como isto as afeta pelo resto de suas vidas, mostrando-se mais
felizes e esperançosas do que outras pessoas ao seu redor”.
domingo, 11 de janeiro de 2015
SEM MUDANÇAS BRUSCAS
O materialista ou o religioso convicto
muda sua forma de pensar após a morte, vendo-se diante da continuidade da vida? Milhares de depoimentos de Espíritos que se serviram
de médiuns para atestar sua sobrevivência provam que não. O tema, a propósito,
foi abordado na reunião de 27 de março de 1863 da Sociedade Espírita de Paris, sendo incluída na seção Questões
e Problemas do número de maio daquele ano da REVISTA ESPÍRITA. Motivou a abordagem,
comentário de um participante sobre frase enunciada em reunião anterior que
afirmava: -“Vossa prece comoveu muitos Espíritos levianos e incrédulos”. Diante
disso indaga: -“Como podem os Espíritos ser incrédulos? O meio em que se acham não é a
negação da incredulidade?”. Allan Kardec propôs aos Espíritos
que quisessem comunicar-se tratar da questão, se julgassem conveniente, o que
resultou em três manifestações. A primeira assinada por um Espírito de nome Viennois,
dizendo, entre outras coisas, o seguinte: -“ No mundo em que habitais,
acreditava-se geralmente que a morte vem de repente modificar as opiniões dos
que partem e que a venda da incredulidade é violentamente arrancada aos que na
Terra negavam Deus. Aí está o erro, porque para esses a punição começa
justamente ficando na incerteza relativamente ao Senhor de todas as coisas e
conservando a mesma dúvida da Terra. Não, crede-me. A vista obscurecida da
inteligência humana não percebe a luz instantaneamente. (...). A passagem da
Vida Terrena à Espiritual oferece, é certo, um período de confusão e de
turbação para a maioria dos que desencarnam. (...). É fácil vos dardes conta dessa diferença
examinando os hábitos dos viajantes que vão atravessar o Oceano. Para alguns a
viagem é um prazer; para maior número um sofrimento vulgar, que durará até o
desembarque. Então! É, por assim dizer, a viagem da Terra ao Mundo dos
Espíritos. Alguns se desprendem rapidamente, sem sofrimento e sem perturbação,
ao passo que outros são submetidos ao mal da travessia etérea. (...). Os
incrédulos e os materialistas absolutos conservam sua opinião Além Túmulo, até
o momento em que a razão ou a graça tiver despertado em seu coração o
pensamento verdadeiro, ali escondido”. Baseando-se na resposta, Allan
Kardec propõe uma reflexão sobre: -“Compreende-se a incredulidade em
certos Espíritos. Mas não se compreenderia o materialismo, pois seu estado é um
protesto contra o reino absoluto da matéria e o nada após a morte”. Pronuncia-se o Espírito Erasto
pelo mesmo médium, Sr D’Ambel: -“Só uma palavra: todos os corpos
sólidos ou fluídicos pertencem à substância material – isto está bem
demonstrado. Ora, os que em vida só admitiam um princípio na natureza – a matéria
– muitas vezes não percebem ainda após a morte, senão esse princípio único,
absoluto. Se refletísseis sobre os pensamentos que os dominaram a vida,
acharíeis que estavam certos, ainda hoje, sob o inteiro domínio dos mesmos pensamentos.
Outrora se consideravam como corpos sólidos; hoje se olham como corpos
fluídicos, eis tudo. Notai bem que eles se apercebem sob uma forma claramente
circunscrita, embora vaporosa, mas idêntica à que tinham na Terra, em estado
sólido ou humano. De tal sorte que não veem em seu novo estado senão uma
transformação de seu Ser naquele em que não tinham pensado. Mas ficam
convencidos que é um encaminhamento para o fim a que chegarão, quando estiverem
suficientemente desprendidos, para se dissolverem no grande Todo Universal.
Nada mais teimoso do que um sábio. E eles persistem a pensar que, nem por ser
demorado, esse fim é menos inevitável. Uma das condições de sua cegueira moral
é de os encerrar mais violentamente nos laços da materialidade e,
consequentemente, de os impedir se afastem das regiões terrestres ou similares
à Terra. E, assim, como a grande maioria dos desencarnados, aprisionados na
carne, não podem perceber as formas vaporosas dos Espíritos que os cercam,
também a opacidade do envoltório dos materialistas lhes veda a contemplação das
entidades espirituais” (...). A terceira mensagem foi escrita pelo
Espírito Lamennais, através do médium Sr Didier e, sobre seu
conteúdo Allan Kardec observa: -“Desde que vemos Espíritos que, mesmo muito
depois da morte, ainda se julgam vivos, vagam ou creem vagar nas ocupações
terrenas; é que tem completa ilusão quanto à sua posição e não se dão conta do
estado espiritual. Desde que não se julgam mortos, não seria de admirar que
tivessem conservado a ideia do nada após a morte, que para eles ainda não veio”.
sábado, 10 de janeiro de 2015
NEM PENSAR
A questão da morte é vista de
forma dramática pela nossa cultura. Embora inevitável na caminhada desta vida
não só pela fragilidade de corpo físico que usamos como também pelo inevitável envelhecimento
provocado pelo seu desgaste natural, as pessoas preferem ignorar que a
encontrarão em algum ponto de sua caminhada existencial. Um caso, porem,
mostra-se como o mais difícil de todos. É o que envolve a perda de um filho de
forma inesperada em função de um acidente ou previsível pela gravidade de uma
doença manifestada. E, em meio a esses episódios, a dor de uma mãe chama mais a
atenção. Das mães que honram esse título é claro. Chico Xavier que, em
função da mediunidade, conviveu com milhares de casos dizia não existirem palavras
que pudessem definir tal dor. Dizia ser superlativa. Ideias e pensamentos os
mais absurdos levam-nas a gestos extremos. Seja por não suportarem tal sentimento,
seja pela ilusão de, talvez, se reencontram noutra vida com o ente cuja
convivência lhe interrompida. Embora seja grave delito perante as Leis
Cósmicas, neste caso é considerado com atenuantes. Na verdade, conforme nos
revela a Doutrina Espírita, nada é por acaso, e a perda de um ente querido,
geralmente, faz parte do programa que estamos cumprindo na passagem pela face
mais material da vida. Muitas vezes, solicitamos ou concordamos com tal
experiência para ajudar aquele que tem frustrada sua passagem por nossa
Dimensão, pelas profundas ligações que com eles mantemos desde Eras remotas. Ou,
como explicado pelo Instrutor Druso a Hilário e André
Luiz na obra AÇÃO E REAÇÃO (1957;
feb), contribuímos para suas quedas em vida passada e pedimos para nos redimir
das culpas que criamos, vivendo a difícil experiência da separação em meio a
sonhos e projetos aqui acalentados. Ninguém foge de si mesmo e, mais dia, menos
dia, nos sentiremos necessitados do enfrentamento dos efeitos causados por
nossas atitudes insensatas. Entre a farta documentação geradas através do
médium Chico Xavier – todos, casos reais -, encontramos exemplos de
como a deserção via suicídio acarreta consequências, também dolorosas para quem
dele se vale para fugir do aprendizado e da remissão. Um deles resulta da carta
escrita pela jovem Valéria Cosentino, desencarnada em acidente automobilístico, aos
23 anos, após abalroamento que levou o carro que dirigia a chocar-se com a
Ponte da Cidade Jardim, Marginal Pinheiros. Santista, católica, formada em
Odontologia, cursava Pós-Graduação na Universidade de São Paulo, razão porque
permanecia na capital paulista de quarta a sexta-feira. Prevenida desde 15 dias
antes através de significativos sonhos que sugeriam uma grande viagem, com sua
morte impôs aos pais e irmão, momentos de desespero e inconformação. Sua mãe,
contudo não resistiu e cedeu ao suicídio. Formação universitária, professora de
inglês, dias após a transferência da filha para a Vida Espiritual, fez uso de
um tiro no crâneo para aplacar o sofrimento em que se viu mergulhada. Pouco
mais de um ano após o acidente que mudou sua vida, o pai e marido,
encontrava-se na reunião pública do Grupo Espírita da Prece, onde Chico
Xavier, entre outras, psicografou esclarecedora e confortadora de Valéria,
oferecendo notícias de sua situação. Médico Legista e Cirurgião, encontrou em
suas palavras alento para seguir em frente com a própria vida. Valéria, expondo suas impressões sobre os
acontecimentos, relatando o sucedido após a morte do seu corpo físico, sua
angustiante recuperação ao tomar conhecimento do sucedido, conta da aflição
quando da primeira visita ao lar que deixara, em se referindo à mãe diz: -“Lutei,
mas lutei muito para arredar das ideias da Mãezinha o propósito do suicídio,
mas não consegui. Aquela alma forte e sensível fora ferida nas próprias
entranhas, e por muito nos dedicássemos a ela, no sentido de alterar-lhe as
disposições, incapaz de arrebata-la ao terrível intento, via-a arrasar o
próprio corpo, imaginando que isso lhe abriria as portas da visão para o
encontro comigo, quando o gesto dela, desertando da provação, nos agravava o
espanto de todos. (...). A Mãezinha demorou-se para retornar a si mesma. Agora,
já me reconhece, mas trouxe muito desequilíbrio no corpo espiritual, que lhe
tomará tempo para desaparecer. Pai, querido, a Mãezinha tem sofrido muito nos
remanescentes do suicídio a que se entregou, e agora confessa-me temer por sua
sanidade mental e pela sanidade do Paulo, e me solicitou pedir-lhes calma e resignação.
(...). Pai, ela e eu pedimos aos dois, com os nossos corações entrelaçados no
mesmo temor para que não alimentem qualquer desejo de encontrar a morte
prematura, que vem a ser uma calamidade na vida daqueles que a perpetram”.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
NEM TUDO
- “Todas as tribulações da vida
foram previstas e escolhidas por nós? – constitui-se numa dúvida comum
àqueles que começam a raciocinar com base nas informações oferecidas pela visão
do Espiritismo sobre A LEI DE CAUSA E
EFEITO, resumida no Código Penal da
Vida Futura apresentado no capítulo 7 do livro O CÉU E O INFERNO - a Justiça
Divina segundo o Espiritismo. Nas revelações feitas a Allan
Kardec e constantes n’ O LIVRO
DOS ESPÍRITOS, as Entidade Superiores disseram que “só os grandes acontecimentos,
que influem no destino, estão previstos, nascendo os detalhes das
circunstâncias e da força das coisas”. Família de origem, família organizada, formação, encaminhamento
profissional, doenças, limitações físicas, intelectuais ou mentais, certamente
estão entre elas. As circunstâncias da vida nos encaminham sempre ao meio em
que possamos sofrer as provas que nos reabilitem perante nossa própria
consciência, a qual reflete não apenas as Leis de Deus nela inscritas como
também nossa condição evolutiva. Para lutar contra o instinto do bandido que,
eventualmente, habite em nós, é preciso que nos encontremos entre gente dessa
espécie. Para uns, impõem-se uma vida de misérias e provações para tentar
suportá-la com coragem; outros devem experimentar as tentações da fortuna e do
poder, bem mais perigosas, pelo abuso e o mau emprego que se lhes pode dar e
pelas paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que
terão de sustentar no contato com o vício. Sobre aqueles que, em meio às
dificuldades da vida, afirmam que, se pudessem escolher a sua existência,
teriam pedido a dos príncipes ou milionários, Allan Kardec diz “serem
como os míopes que não veem o que tocam, ou como as crianças gulosas, que
respondem, quando perguntamos que profissão preferem: confeiteiros ou
pasteleiros”. Explicando-se melhor, ele diz: -“Da mesma maneira, o viajante,
no fundo de um vale nevoento, não vê a extensão nem os pontos extremos da sua
rota; mas, chegando ao cume da montanha, seu olhar abrange o caminho percorrido
e o que falta a percorrer, vê o final de sua viagem, os obstáculos que ainda
tem de vencer, e pode então escolher com mais segurança os meios de o atingir.
O Espírito encarnado é como o viajante no fundo do vale; desembaraçado dos
liames terrestres, é como o que atingiu o cume. Para o viajante, o fim é o
repouso após a fadiga; para o Espírito é a felicidade suprema, após as
tribulações e as provas”. Acrescenta que temos um exemplo disso na vida
corpórea. Não buscamos muitas vezes, através dos anos, a carreira que
livremente acabamos por escolher, porque a achamos a mais apropriada aos nossos
objetivos? Se fracassamos numa, procuramos outra. Cada carreira que abraçamos é
uma fase, um período da vida. Não empregamos cada dia em escolher o que faremos
no outro? Ora, o que são as diferentes existências corpóreas para o Espírito,
senão fases, períodos, dias da sua vida espíritual que, como sabemos, é a vida
normal, não sendo a vida corpórea mais do que transitória, passageira?”. Em
meio às informações oferecidas pela Espiritualidade, uma que talvez nos ajude a
entender tanta violência gratuita na sociedade humana é a de que Espíritos
procedentes de povos mais atrasados como os canibais, ou procedentes de um
mundo inferior à Terra, podem nascer entre os povos dito civilizados. Por
terem hábitos e instintos que se chocam com os daqueles em meio aos quais
ressurgem, os faz dar o triste espetáculo da ferocidade em meio da civilização.
Retornando, eventualmente, para o meio dos canibais, não estarão retrocedendo,
mas retomando seu lugar, e talvez com mais proveito. Da mesma forma, um homem pertencente a uma
raça civilizada pode, por expiação, reencarnar-se numa raça selvagem, dependendo
do gênero da expiação de que se faz necessitado. Um senhor que tenha sido duro
para os seus escravos poderá tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infringiu
a outros. Aquele que mandou numa época, pode, em outra existência, obedecer aos
que se curvaram ante a sua vontade. É uma expiação, se ele abusou do poder, e
Deus pode determina-la. Pode ainda ocorrer de um bom Espírito, escolher uma
vida de influência entre esses povos, para os fazer avançar, o que seria uma
missão. Pelas explicações dos Espíritos responsáveis pela Codificação da
Doutrina Espírita, a questão da escolha funciona da seguinte forma: - “A
Providência Divina supre a inexperiência daqueles que se encontram no início do
processo evolutivo, simples e ignorante, traçando-lhe o caminho que deve seguir,
como fazemos com uma criança desde o berço. Mas deixa-lhe pouco a pouco a
liberdade de escolher, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolve”.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
UMA PERGUNTA PROCEDENTE E ATUAL
-“Porque os Espíritos dos grandes gênios, que
brilharam na Terra, não produzem obras-primas por via mediúnica, como fizeram
em vida, desde que sua inteligência nada perdeu?”. O questionamento foi apresentado na seção Perguntas
e Problemas do número de fevereiro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA. A resposta incluiu
ponderações de Allan Kardec, de dois Espíritos que se manifestaram em reuniões
da Sociedade
Espírita de Paris e um comentário adicional do próprio Editor.
Argumenta ser difícil a real identidade dos Espíritos a não ser para os
contemporâneos, cujo caráter e hábitos são conhecidos, não deixando quaisquer
dúvidas sobre a autoria de seus escritos por uma porção de particularidades,
nos fatos e na linguagem. Considera que “antes de tudo, há que ver a utilidade das
coisas. Para que serviria isto. Dirão que para convencer os incrédulos. Mas que
se os vê resistindo a mais palpável evidência, uma obra prima não lhes provaria
melhor a existência dos Espíritos, porque a atribuiriam, como todas as
produções mediúnicas à superexcitação cerebral”. Afirma que “um
Espírito familiar, um pai, uma mãe, um filho, um amigo, que vem revelar
circunstâncias desconhecidas do médium, dizer essas palavras que vão ao
coração, prova muito mais que uma obra prima, que poderia sair do próprio
cérebro. Um pai, cujo filho que chora, vem atestar sua presença e sua afeição,
não fica mais convencido do que se Homero viesse fazer uma nova Ilíada, ou RACINE
uma nova FREDA? Porque, então, lhes pedir prodígios de força, que
espantariam mais do que convenceriam, quando eles se revelam por milhares de
fatos íntimos ao alcance do todo? Os Espíritos buscam convencer as massas, e
não este ou aquele indivíduo, porque a opinião das massas faz lei, enquanto que
os indivíduos são unidades perdidas na multidão. Eis porque dão pouco valor aos
obstinados que os querem levar à força. Sabem muito bem que mais cedo ou mais
tarde terão de curvar-se ante a força da opinião. Os Espíritos não se submetem
aos caprichos de ninguém; para convencer empregam os meios que querem, conforme
os indivíduos e as circunstâncias. Tanto pior para os que não se contentam com
isto; sua vez chegará”. Na primeira das mensagens mediúnicas citadas, o
Espírito Erasto na reunião de 6 de janeiro de 1865, através do
médium Sr D’Ambel, destaca haverem médiuns que, “por suas aquisições anteriores,
na existência que hoje percorrem, tornaram-se aptos por sua capacidade
intelectual a se tornar instrumentos para Espíritos mais desenvolvidos, o que
nada tem a ver com a questão moral”. Revela existir “mais
de uma obra-prima da literatura e das artes produto de uma mediunidade
inconsciente”. Frisa, no entanto, que “na maior parte das
circunstâncias, os Espíritos que se comunicam, os grandes Espíritos, bem
entendido, estão longe de ter sob a mão os elementos suficientes para a emissão
de seu pensamento na forma, com a fórmula que eles lhe teriam dado em vida”.
Na outra comunicação recebida na reunião de 20 de janeiro, através da médium
Srta M.C.,
assinada por um Espírito Protetor, ele destaca que “os Espíritos devem agir
sobre os instrumentos que estejam ao nível de sua ressonância fluídica. Que
pode um bom músico com um instrumento ruím? Nada. (...) Em é necessário
similitude, nos fluidos espirituais, como nos fluidos materiais. (...). Não
encomendais roupa ao chapeleiro, nem perucas a um alfaiate”. Alerta,
entretanto, que “os Espíritos levianos são em grande número, e aproveitam as vossas
faculdades com tanto mais facilidade quanto muitos, envaidecidos pelas
assinaturas notáveis, pouco se importam em se informarem se sobre a fonte
verdadeira, confrontando o que obtém com o que deveriam ter obtido”. Na
observação com que complementa a matéria, Allan Kardec enfatiza que embora a
segunda comunicação repouse num princípio verdadeiro que resolve perfeitamente “a
questão, do ponto de vista científico, não poderia ser tomado num sentido muito
absoluto. À primeira vista, o princípio parece contradizer os fatos tão
numerosos de médiuns que tratam dos assuntos fora dos seus conhecimentos e
pareceria implicar, para os Espíritos Superiores, a possibilidade de só se
comunicarem com médiuns à sua altura. Ora, isto só se deve entender quando se
trata de trabalhos especiais e de uma importância muito alta. Compreende-se
que se Galileu quiser tratar de uma questão científica, se um grande poeta
quiser ditar uma obra poética, tenham necessidade de um instrumento que
responda ao seu pensamento, mas isto não quer dizer, para outras coisas, uma
simples questão de moral, por exemplo, um bom conselho a dar, não poderá
fazê-lo por um médium eu nem seja cientista, nem poeta. Quando um médium trata
com facilidade e superioridade assuntos que “são estranhos, é um indício de que
o seu Espirito possui um desenvolvimento inato e faculdades latentes, fora da
educação que recebeu”.
domingo, 4 de janeiro de 2015
REFLETINDO SOBRE UM TEMA POLÊMICO
Somos o que pensamos. Nossas
crenças refletem nosso estágio evolutivo, reformulando-se à medida que avançamos
no caminho do progresso espiritual. A ideia sobre as Almas Gêmeas ou Metades
Eternas vem dos tempos de Platão. Segundo a teoria, o Ser
humano era uma forma inteira, completa, quando os deuses resolveram condená-lo
o dividindo em dois e fazendo que passasse a vida procurando sua outra metade.
Com o passar do tempo, o termo Alma Gêmea ou Metade Eterna passou a ser
designado como o conceito de que em algum lugar há uma Alma Gêmea da nossa,
destinada a permanecer a nosso lado. Tal visão ao longo do século 20 serviu de
argumento para que muitas pessoas fugissem a compromissos materializados em
nossa Dimensão, obedecendo a projetos e programas traçados antes de
reencarnarem visando o resgate de compromissos remotamente assumidos, alegando
o reencontro com sua “alma gêmea”, agravando os próprios débitos. Curioso é que
o aparecimento da tal “alma gêmea” se dá sempre em momentos de crise de
convivência, derivada da falta de amor pelo próximo personificado na condição
de esposa(o) e filhos. A visão oferecida pelo Espiritismo, contudo, racionaliza
o conceito. Explicando que o Espírito é a individualização do Princípio
Inteligente do Universo que construiu um “banco de dados”
impressionante chamado memória - também denominado inconsciente -, transitando
da fase mineral para a vegetal, desta para a animalidade irracional, por fim,
na condição do animal racional, a caminho da Espiritualização, demonstra que a
Lei da Afinidade é que determinará a empatia e identificação de fluidos de
simpatia no relacionamento entre os seres na fase humana. Até esse ponto,
inúmeras experiências nos mecanismos da reencarnação serão necessárias para
que, como disseram os Espíritos a Allan Kardec na questão 301 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “o
resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos que
chamamos simpatia os atraia uns aos outros”, sem que devam se
completar, pois, nesse caso, “perderiam sua individualidade”.
Esclarecem também que a afinidade necessária para a simpatia perfeita na
semelhança dos pensamentos e sentimentos ou na uniformidade dos conhecimentos
adquiridos está associada à “igualdade dos graus de elevação”.
Acrescentam que “não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe
entre os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, a
perfeição que adquirem: quanto mais perfeitos, mais unidos”. Dizem
também que “todos os Espíritos que já atingiram a perfeição são unidos entre si”.
O romantismo que empolga muitas criaturas humanas deriva provavelmente da
formatação morfológica masculina e feminina tão dominante e valorizada nos
agrupamentos sociais típicos do Planeta Terra, ainda na fase de Expiação e
Provas. Nisso também a Doutrina Espírita é original, ao dizer que essa condição
é invertida na longa caminhada evolutiva, a fim de que o Ser tenha vivências na
condição oposta, apesar da repulsa de muitos a essa revelação. Ignoram que as funções sexuais, masculina e
feminina, objetivam apenas a preservação da espécie, transformadas no fim do
século 20 em poderoso instrumento do marketing adotado pela sociedade de
consumo, ditando comportamentos, exaltando e estimulando a ânsia do prazer
proporcionado pela pratica sexual. No século 20, através do médium Chico
Xavier, o Espírito Emmanuel, se serviu nas questões 323
a 330 do livro O CONSOLADOR (1939,feb) da expressão Alma Gêmea, gerando
interpretação aparentemente contraditória à
exposta por Allan Kardec, no que foi questionado pelos editores, como
preservado na nota complementar apresentada no final do livro. Esclarecendo sua posição, diz que prováveis
confusões derivadas da leitura das suas respostas, seriam devidas a “perturbações
do método de ‘filtragem mediúnica’, onde seu pensamento foi prejudicado”,
solicitando, porém, fosse conservada no texto sua exposição à tese das almas gêmeas, por
ser ela mais complexa do que parece ao primeiro exame, sugerindo mais vasta
meditação às tendências do século 20, salientando que com a
expressão ‘almas gêmeas’, não desejava dizer ‘metades eternas’. Anos
depois, o Espírito André Luiz registraria em diálogo reproduzido em NOSSO LAR, em que a anfitriã Dona Laura
comenta que “na fase evolutiva do Planeta Terra, existem na esfera carnal
raríssimas uniões de almas gêmeas (atraídas pelos laços de
afinidade e simpatia), reduzidos matrimônios de almas irmãs ou
afins, e esmagadora porcentagem de ligações de resgate, sendo o maior número de
casais humanos constituído de verdadeiros forçados sob algemas”.
Segundo ela, “na maioria, os casais terrestres passam as horas sagradas do dia
vivendo a indiferença e o egoísmo feroz. (...). Dissimulam em sociedade e, na
vida íntima, um faz viagens mentais de longa distância, quando o outro comenta
o serviço que lhe seja peculiar. Se a mulher fala nos filhinhos, o marido
excursiona através dos negócios; se o companheiro examina qualquer dificuldade
do trabalho, que lhe diz respeito, a mente da esposa volta ao gabinete do
modista”.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
TEMA POLÊMICO
A consulta foi objeto de
matéria na REVISTA ESPÍRITA, edição
de maio
de 1858. Um assinante da mesma expôs duvida originada na comunicação
mediunica do Espírito de sua esposa com que manteve harmônico relacionamento
ao longo de vários anos, com o qual tivera seis filhos. Aproximando-se de grupo
praticante das comunicações interdimensionais, descobrira que ela encontrava-se feliz no Plano Espiritual, trabalhando pela felicidade dos
que deixara em nossa Dimensão. Ocorre que num dos contatos estabelecidos,
ouvira da esposa que a bondade e a honestidade que os caracterizava tinha sido
a responsável pela convivência equilibrada, visto nem sempre terem o mesmo
ponto de vista nas diversas circunstâncias da vida em comum, não sendo,
todavia, metades eternas, união rara na Terra, embora pudessem ser encontradas.
Indagada sobre se via sua metade eterna, respondeu que sim, estando encarnado
como um pobre diabo na Ásia, devendo se reunir novamente a ela na Terra mesmo, só daí
a 175 anos, segundo nosso calendário. Sugeriu então ouvisse duas entidades
de nome Abelardo e Heloísa sobre a questão, os quais afirmaram estar ligados desde Eras remotas, amando-se profundamente, embora
conservando sua individualidade, unindo-se pela Lei da Afinidade, sem
conotações sexuais, visto que na essência essa característica não existe. Em
seus esclarecimentos informaram ainda que não existem almas criadas duplas; ser
impossível duas almas reunir-se na Eternidade formando um todo; que ambos desde
sua origem eram duas almas perfeitamente distintas, embora sempre unidas; que
as criaturas humanas acham-se nas mesmas condições conforme sejam mais ou menos
perfeitos; sobre as almas serem destinadas a um dia se unirem a uma outra, que cada
Espírito tem a tendência para procurar um outro Espírito que lhe seja
semelhante, fenômeno denominado simpatia. O desejo do missivista por maiores
esclarecimentos sobre a Teoria das Metades Eternas foi submetido por Allan
Kardec ao dirigente espiritual das reuniões da Sociedade Espírita de Paris,
através de sete perguntas, respondidas da seguinte forma: 1- Inexiste a figura da metade
predestinada desde sua origem a se unir fatalmente. Não existe uma união
particular, mas em graus diferentes, segundo a posição que ocupam, isto é,
segundo a perfeição adquirida: quanto mais perfeitos, mais unidos. Da discórdia
brotam todos os males humanos; da concórdia, a felicidade completa. 2- A
expressão metade é inexata. Se um Espírito fosse metade de outro e dele separado,
seria incompleto. 3- Todos os Espíritos que chegaram à perfeição, estão unidos
entre si. Nas Esferas Inferiores, quando um Espírito se eleva não é mais
simpático àqueles que deixou. 4- A simpatia que atrai um Espírito para outro
resulta da perfeita concordância de suas inclinações e de seus instintos. Se um
devesse completar o outro, perderia sua individualidade. 5- A identidade
necessária à simpatia perfeita não consiste na similitude de pensamentos e de
sentimentos nem na uniformidade de conhecimentos adquiridos, mas na igualdade
do grau de elevação. 6- Os Espíritos que hoje não são simpáticos poderão sê-lo
mais tarde. Todos, o serão. Assim, o Espírito que hoje se acha em tal Esfera
inferior alcançará, pelo aperfeiçoamento, a Esfera onde reside o outro. Seu
encontro dar-se-á mais prontamente se o Espírito mais elevado, suportando mal
as provas a que se submeteu, demorou-se no mesmo estado. 7- Dois Espíritos
simpáticos poderão deixar de o ser, se um deles for preguiçoso. Comentando
o apurado, Allan Kardec acrescenta: -“A Teoria das Metades Eternas é uma figura
referente à união de dois Espíritos simpáticos; é uma expressão usada mesmo na
linguagem comum, tratando-se dos esposos, e que não se deve tomar ao pé da
letra. Os Espíritos que dela se serviram certamente não pertencem a mais alta
ordem: a Esfera de seus conhecimentos é necessariamente limitada e eles
exprimiram o pensamento em termos de que teriam se servido na vida corpórea. É,
pois, necessário rejeitar esta ideia de que dois Espíritos, criados um para o
outro, um dia deverão unir-se na Eternidade, depois de terem estado separados
durante um lapso de tempo mais ou menos longo”. O resultado obtido com
a consulta, está incluído da edição definitiva d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, das questões 291 a 303a, publicado em 1860. Como se vê, a tese das chamadas “almas
gêmeas”, encontra objeção não só nos argumentos apresentados pelos
Espíritos Abelardo e Heloísa, como nos de São
Luiz, sensata e sobriamente comentados por Allan Kardec. A
sustentação de tal teoria naturalmente resulta da falta de um estudo mais
aprofundado e meditado do conteúdo do Espiritismo sobre a questão evolutiva do
Ser.
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