O esforço resultou em
trabalhos respeitáveis, porém, hoje praticamente esquecidos ou desconhecidos.
Na verdade, no chamado mundo acadêmico não tiveram nenhuma repercussão e, com a
morte de seus idealistas, os criteriosos resultados, vão se perdendo. Falamos
dos trabalhos em torno do tema reencarnação desenvolvidos pelo psiquiatra
canadense Ian Stevenson, pelo engenheiro Hernani Guimaraes Andrade ou
pelo professor Hemendra Banerjee. Detiveram-se nos casos de lembranças de
vidas passadas, espontaneamente reveladas por crianças, respectivamente, em
várias partes da Terra, no Brasil e na Índia. As incríveis associações feitas
pelo psiquiatra Inácio Ferreira sobre os transtornos comportamentais e mentais
revelados pelos seus pacientes e reencarnações anteriores, teriam desaparecido
definitivamente, não fosse a inclusão de seus revolucionários livros NOVOS RUMOS À MEDICINA e A PSIQUITRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO no
catálogo de uma editora paulista na década de 80, do século vinte. As instigantes
incursões de profissionais da saúde, sobretudo norte americanos na chamada Terapia de Vidas Passadas não produziu
resultados de conhecimento geral, fazendo, por exemplo, associações confirmatórias
sobre o encadeamento entre diferentes existências capazes de interessar e
despertar as criaturas humanas para o sentido evolucionista da passagem pelo
corpo físico. Embora apresentando uma visão lógica e substancial do tema
esquecido pela Humanidade do lado Ocidental do Planeta por doze séculos e,
portanto, ignorado pelas gerações nascidas neste período, a visão do
Espiritismo é desconsiderada pela esmagadora maioria dos que se interessam por
descobrir um sentido racional para nossa existência. Mas ousadamente, as
respostas ofertadas pela Doutrina Espírita, continuam sendo as mais completas. Representam
a chave para entender-se a maioria dos ‘mistérios’ da nossa sociedade. A
questão das almas com características femininas/masculinas habitando corpos
inversos, é esclarecida nas questões 200 a 202 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, onde se lê que “os Espíritos
encarnam-se homens ou mulheres, porque o Espírito não tem sexo. Como devem
progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e
deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências. Aquele que fosse
sempre homem, só saberia o que sabem os homens, podendo as inversões também serem
determinadas como uma punição ou missão”. O fenômeno da concepção é explicado
por Allan Kardec no item 18, do capítulo
11, do livro A GÊNESE da seguinte forma: -“Quando o Espírito deve
se encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico (...),liga-o
ao germe para o qual se sente atraído, por uma força irresistível, desde o
momento da concepção. À medida que o germe( embrião, feto) se desenvolve, o
laço se aperta; sob a influência do princípio material do germe, o perispírito,
que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, com o
corpo que se forma. Quando o germe está inteiramente desenvolvido, a união é completa,
e, então, ele nasce para a vida exterior”. E, através do médium
Chico Xavier, em 1945, o Espírito André Luiz repassa
outras informações, aprofundando o assunto: -“A ligação inicial é no
corpo perispiritual do filho com o da mãe. Do ponto de vista físico, através
dos condutos naturais, correm os elementos sexuais masculinos, em busca do
óvulo, em velocidade de três milímetros, aproximadamente, por minuto. Aos
milhares, seguem, em massa para a frente, em impulso instintivo. O futuro óvulo
materno, preside ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a
organizar-se. A célula feminina, sofrida a dilaceração da cutícula, enrijece-se
cerrando os poros tenuíssimos, recebe o esperado visitante, impedindo a
intromissão de qualquer outro dos competidores, que haviam perdido a primeira
posição na grande prova”. A questão da hereditariedade amplia-se com a
informação de que “em matéria de filhos, no Plano Físico, a lei das
afinidades quase pode ser considerada por fator determinante da chamada hereditariedade
psicológica. (...) A vida dos companheiros encarnados se conjuga com a vida dos
companheiros desencarnados que lhes são afins. O alcoolismo, por exemplo, é um
hábito que muito raramente se observa numa pessoa que se embriaga a sós.
Geralmente, a criatura se alcooliza em companhia de irmãos desencarnados que,
embora desenfaixados da experiência física, ainda não se desvencilharam dessa
prática. Quando isso ocorre, é justo considerar que por muito se esforcem os
Instrutores Espirituais, encarregados de cooperarem na execução de certo Plano
de reencarnações para determinado grupo familiar, nem sempre conseguem evitar a
intromissão de um ou mais de um dos alcóolatras desencarnados, porquanto se
ajustam eles de tal modo às forças genésicas de um dos parceiros do compromisso
sexual que acabam na condição de filhos deles, revelando, mais tarde, as mesmas
tendências compulsivas”. Há
muito mais, disponível para o buscador da Verdade libertadora preconizada por
Jesus aos seus seguidores.
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