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terça-feira, 7 de abril de 2015

AOS FORMADORES DE OPINIÃO

O vale tudo que se observa na disputa pela audiência, leva os programadores dos veículos de comunicação de massa a apelarem de forma altamente prejudicial ao comportamento social, especialmente nos países subdesenvolvidos. A tecnologia transforma-se num instrumento desagregador e corrosivo das tímidas conquistas espirituais resultantes do processo evolutivo adotado no planeta Terra. Sexo, sobretudo, é matéria prima explorada pelos criadores, redatores e diretores por trás das câmaras, em se tratando de televisão e cinema. Quanto maior o apelo maior o interesse e os resultados financeiros dos que buscam produtos de retorno certo. Há duas questões espirituais por trás de tudo isso. Uma a influência, outra a consequência. Encontramos elementos para reflexão em duas das obras do Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier. Para avaliação vamos a eles:  CASO 1 - INFLUÊNCIA“Em mesa lautamente provida com fino conhaque, um rapaz, fumando com volúpia e sob o domínio de uma entidade digna de compaixão pelo aspecto repelente em que se mostrava, escrevia, escrevia, escrevia...(...) O cérebro do moço embebia-se em substância escura e pastosa que escorria das mãos do triste companheiro que o enlaçava. Via-se-lhes a absoluta associação na autoria dos caracteres escritos”. Comentando a cena, o Instrutor Áulus explica: -“Neste instante, nosso irmão desconhecido é hábil médium psicógrafo. Tem as células do pensamento integralmente controladas pelo infeliz cultivador de crueldade sob a nossa vista. Imanta-se-lhe à imaginação e lhe assimila as ideias, atendendo-lhe aos propósitos escusos, através dos princípios da indução magnética, de vez que o rapaz, desejando produzir páginas escabrosas, encontrou que lhe fortaleça a mente e o ajude nesse mister. Encontramos sempre o que procuramos ser. Não é um médium na acepção real do termo. É um moço de inteligência vivaz, sem maior experiência da vida, manejado por entidades perturbadoras. Entre as excitações do álcool e do fumo que saboreiam juntos, pretendem provocar uma reportagem perniciosa, envolvendo uma família em duras aflições. (..) O obsessor, usando calculadamente o rapaz com quem se afina, pretende alcançar o noticiário de sensação, para deprimir a vida moral de jovem por ele perseguida com o fim de martelar-lhe a mente apreensiva para deprimir a vida moral dela, amolecendo-lhe o caráter, arrojando-a aos abusos da mocidade e, se possível, trazendo-a ao charco vicioso em que ele jaz”. (NDM, 15) CASO 2 – DESDOBRAMENTOS APÓS A MORTE -  “Um dos irmãos presentes buscava salientar-se, no intuito de relatar-nos a experiência de que era vítima. (...). Fui homem de letras, mas nunca me interessei pelo lado sério da vida. Cultivava o chiste malicioso e com ele o gosto da volúpia, estendendo minhas criações à mocidade de meus dias. Não consegui posição de evidência, nos galarins da fama; entretanto, mais que eu poderia imaginar, impressionei, destrutivamente, muitas mentalidades juvenis, arrastando-as a perigosos pensamentos. Depois do meu decesso, sou incessantemente procurado pelas vítimas de minhas insinuações sutis, que me não deixam em paz, e, enquanto isto ocorre, outras entidades me buscam, formulando ordens e propostas referentes a ações indignas que não posso aceitar. Compreendi que me achava em ligação, desde a existência terrestre, com enorme quadrilha de Espíritos perversos e galhofeiros que me tomavam por aparelho invigilante de suas manifestações indesejáveis.. No fundo, mantinha por mim mesmo, no próprio espírito, suficiente material de leviandade e malícia, que eles exploraram largamente, adicionando aos meus erros os erros maiores que intentariam debalde praticar, sem meu concurso ativo. Acontece, porém, que abrindo meus olhos à verdade, na Esfera em que hoje respiramos, em vão busco adaptar-me a processos mais nobres de vida. Quando não sou atribulado por mulheres e homens que se afirmam prejudicados pelas ideias que lhes infundi, na romagem carnal, certas formas estanhas me apoquentam o mundo interior, como se vivessem incrustradas à minha própria imaginação. Assemelham-se a personalidades autônomas, se bem que sejam visíveis somente aos meus olhos. Falam, gesticulam, acusam-me e riem-se de mim. Reconheço-as sem dificuldade. São imagens vivas de tudo o que meu pensamento e minha mão de escritor criaram para anestesiar a dignidade de meus semelhantes. Investem contra mim, apupam-me e vergastam-me o brio, como se fossem filhos rebelados contra um pai criminoso. Tenho vivido ao léu, qual alienado mental que ninguém compreende! Como entender, porém, os pesadelos que me possuem? Somos o domicílio vivo dos pensamentos que geramos. (L, 16)




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