Vinte e quatro anos após o
Psiquiatra Brian Weiss surpreender-se com as revelações de uma paciente de
nome Catherine
a ele encaminhada por colegas de trabalho no Hospital onde respondia pela
direção do Departamento de Psiquiatria, na cidade de Miami, nos Estados Unidos
da América do Norte, demonstrou o quanto havia aprendido através dos 4 mil
pacientes que se sucederam em seu consultório. E, embora ignorando as
informações e conteúdos oferecidos pelo Espiritismo, a verdade é que suas
pesquisas conduzidas com isenção de preconceitos mostram-se perfeitamente
identificadas com a original proposta apresentada mais de um século antes pelo
intelectual e educador francês oculto no pseudônimo Allan Kardec. Um dos
casos por ele tratados envolvia um empresário emocionalmente instável o que se
refletia em problemas da hipertensão; tendo sofrido um ataque do coração, na
iminência de ter outro; obeso, fumante, trabalhador compulsivo, avesso à
férias, com 52 anos de idade, aparentando 60. Conta que no primeiro enfarto,
viveu uma experiência de quase morte em que em se sentindo sair do corpo se viu
encaminhando para uma luz azul o que lhe infundiu a consciência de que tudo
ficaria bem. Mesmo assim continuava intransigente com as pessoas do trabalho e
com sua mulher e filhos. Nos estados alterados de consciência pela hipnose a que
se submeteu, numa sessão se viu numa existência como velho estalajadeiro alcóolatra
na Idade Média, sete séculos antes, em cidade da Alemanha, às vésperas de
desencarnar vitimado por um derrame. Identificou sua esposa atual como filho na
vida passada, e sua filha no presente como sua mulher naquela encarnação. Uma
das constatações é a de que “as pessoas importantes em nossa vida
presente foram importantes em vidas passadas e permanecem conosco”. Tanto
n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS quanto em OBRAS PÓSTUMAS, encontram-se afirmações
de Allan
Kardec sobre essa interligação entre os Seres na sua caminha da
evolutiva. Segundo ele, “muitas vezes um indivíduo renasce na mesma
família, ou, pelo menos, os membros de uma família renascem juntos para
constituir uma família noutra posição social, a fim de apertarem os laços de
afeição entre si, ou reparar agravos recíprocos”. E, acrescenta: -“Por
considerações de ordem mais geral, a criatura renasce no mesmo meio, na mesma
nação, na mesma raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos
já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos
encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”. Outra
constatação do Dr Weiss: -“A forma mais provável de reencarnar num
grupo de pessoas específico, definido por religião, raça, nacionalidade ou
cultura, é odiar essas pessoas numa vida pregressa, ter preconceito ou praticar
violência contra esse grupo”. Exemplo disso foi oferecido pelo Espírito
Emmanuel,
o orientador das tarefas mediúnicas de Chico Xavier, que rememorando
existências passadas, no livro HÁ DOIS
MIL ANOS, identifica-se como um Senador romano que, como se sabe alimentava
ódio pelos dominados judeus e, após sua morte, reencarna como personagem
central do livro 50 ANOS DEPOIS, na
condição de um escravo judeu reconhecido pelos profundos conhecimentos a
respeito da história de Roma. Dentre as experiências do psiquiatra americano,
encontra-se a com bem sucedida profissional de pouco mais de trinta anos,
mergulhada numa depressão pela recente separação do marido logo após os ataques
suicidas de 11 de setembro no World Trade Center, em Nova Iorque. Um sentimento
de profunda e obsessiva solidariedade aos judeus e aversão aos árabes. Já na primeira
regressão buscando entender seu comportamento atual, viu-se na Segunda Guerra
Mundial, como um oficial nazista, membro da S.S., apaixonado por seu trabalho
de supervisor do embarque de judeus a quem considera “vermes” nos vagões que
vão levá-los a Dachau, para morrer, não sentido nada pelas pessoas que matara
durante tentativas de fuga. Quando de sua morte na referida vida, revisando-a
sentiu remorso e culpa intensa, o que a trouxe a nova encarnação para confirmar
seu aprendizado e recompensar aqueles a que ferira em sua vida germânica. Outra
constatação derivada das regressões de vários pacientes por ele tratados: A alternância
da condição masculina para a feminina e vice versa. A revelação
inclui-se entre as respostas dadas a Allan Kardec nas questões 200 a 202 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, publicado em
1857. Ali, numa nota de rodapé, derivada dos esclarecimentos das Entidades
Superiores, descobre-se que “os Espíritos se encarnam homens ou mulheres
porque não tem sexo como o entendemos. Como devem progredir em tudo, cada sexo,
como cada posição social, lhe oferece provas à deveres especiais, além da
oportunidade de adquirir experiência. Aqueles que fosse sempre homem não
saberia senão o que sabem os homens”.
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