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sexta-feira, 1 de maio de 2015

INDICADOR DA INFERIORIDADE DA HUMANIDADE TERRENA


Há apenas 149 anos discutia-se na França, berço das grandes transformações sociais e culturais operadas no tempo decorrido que passou, se as primeiras mulheres a concluir um curso universitário deveriam receber diplomas, pois, não se sabia se tinham alma. Tratada como inferior desde épocas imemoriais, mesmo resolvido o impasse acadêmico, os avanços foram pequenos, em algumas nações e povos. Muitos ainda vivem no primitivismo da Antiguidade, subjugados por princípios religiosos incompreensíveis num Universo criado e regido, segundo creem, por Deus. Nas sociedades ditas desenvolvidas a maioria das mulheres continua submissa, sub-remuneradas no mercado de trabalho em relação ao homem, transformada em objeto de desejo pela mídia que se vale dessa condição para vender de carros a bebidas, de roupas a padrões de comportamento. E, apesar da degradação espiritual de que indiretamente é causadora, algumas galgam pela competência e trabalho posições inimagináveis outrora como executivas maiores de grandes corporações ou mesmo máximas mandatárias de Países.  O quadro dominante, porém, mostra que o conhecimento maior da visão revolucionária do Espiritismo é necessidade urgente. Já, n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a Espiritualidade Superior revelou nas questões 200 a 202, que: 1o) o Espirito não tem sexo como o entendemos, 2º) a formatação masculina/feminina está condicionada à necessidade da preservação da espécie humana; 3º) o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher, numa existência e, vice-versa; 4º) dependem as inversões das provas que tiver de sofrer; 5º) que os Espíritos encarnam-se homens ou mulheres porque não tem sexo – apenas a energia criativa que se define numa direção ou outra a partir do corpo perispiritual - e, 6º) devendo progredir em tudo, cada sexo, como cada posição sexual, oferece-lhe provas e deveres especiais e novas condições de adquirir experiências, visto que se renascesse sempre homem, só saberia o que fazem os homens. Em mensagem mediúnica inserida por Allan Kardec no número de abril de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, entidade identificada apenas como Um Espírito que se manifestou em reunião ocorrida em 10 de março daquele ano num grupo de Joinville, escreveu um texto intitulado Instrução Das Mulheres, dizendo: -“Neste momento a instrução da mulher é uma das mais graves questões, porque não contribuirá pouco para realizar as grandes ideias de liberdade, que dormem no fundo dos corações. Honra aos homens de coragem que tomaram a iniciativa! Eles podem, de antemão, estar certos do sucesso de seus trabalhos. Sim, soou a hora da libertação da mulher.; ela quer ser lovre e para isto há que libertar sua inteligência dos erros e preconceitos do passado. É pelo estudo que ela alargará o círculo de seus conhecimentos estreitos e mesquinhos. Livre, ela assentará sua religião sobre a moral, que é de todos os tempos e países. Ela quer ser a companheira inteligente do homem, sua conselheira, amiga, instrutora de seus filhos e não um joguete de que se serve como uma coisa, e que depois se despreza para tomar uma outra. Ela quer trazer sua pedra ao edifício social, que se ergue neste momento ao poderoso sopro do progresso. É verdade que, uma vez instruída, ela escapa das mãos daqueles que a convertem num instrumento. Como um pássaro cativo, quebra sua gaiola e voa para os vastos campos do Infinito. É verdade que, pelo conhecimento das leis imutáveis, que regem os mundos, ela compreenderá Deus de modo diferente do que lhe ensinam; não acredita mais num Deus vingador, parcial cruel, porque sua razão lhe dirá que a vingança, a parcialidade e a crueldade não se podem conciliar com a justiça e a bondade. O seu Deus, dela, será todo amor, mansuetude e perdão. Mais tarde ela conhecerá os laços de solidariedade, que unem os povos entre si, e os aplicará em seu derredor, espalhando com profusão tesouros de caridade, amor e benevolência para todos. A qualquer seita a que pertença, saberá que todos os homens são irmãos e que o mais forte não recebeu a força senão par proteger o fraco e o elevar na sociedade ao verdadeiro nível que deve ocupar. Sim, a mulher, é um Ser perfectível como o home e suas aspirações são legitimas; seu pensamento é livre e nenhum poder no mundo tem o direito de a escravizar aos seus interesses e paixões. Ela reclama sua parte de atividade intelectual, e a obterá, porque há uma lei mais poderosa do que todas as leis humanas, a Lei do Progresso, à qual toda Criação está submetida”.

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