O dia 30 de junho lembra o termino
a 13 anos das atividades em nossa Dimensão de Chico Xavier,
provavelmente, o maior fenômeno de mediunidade na produção de livros sob a
inspiração de Espíritos desencarnados. Mais de quatro centenas de obras
publicadas contendo revelações de cunho histórico (HÁ DOIS MIL ANOS, CINQUENTA ANOS DEPOIS,
AVE CRISTO, RENÚNCIA), cientifico (SÉRIE NOSSO LAR) e consolador (obras
do tipo JOVENS NO ALÉM). Não fosse
pelas lembranças ou imagem conservada por aqueles que cresceram ou foram
atraídos para o Espiritismo sob a influência do vigoroso exemplo do determinado
trabalhador da causa espírita ou daqueles que através dos cursos oferecidos em
Centros Espíritas ouviram falar desse acervo, provavelmente, já estaria esquecido. Exemplo
disso se observa no que se refere a centenas de títulos contendo as mensagens
dos Benfeitores Espirituais que se sucediam nas atividades regulares de Chico,
seja em Pedro Leopoldo, seja em Uberaba. Uma visita às livrarias espíritas
instaladas em inúmeras Casas, inclusive nas grades cidades, exceção feita aos
títulos romanceados dos Espíritos Emmanuel e André Luiz, raros
exemplares com as referidas mensagens recebidas em sua maioria, publicamente,
são encontradas. Séries importantes como a em que o gestor das atividades do
médium procurou celebrar o primeiro centenário das chamadas OBRAS BÁSICAS, organizadas por Allan
Kardec, não são vistas nas prateleiras ou bancadas. Nas FEIRAS DO LIVRO
ESPÍRITA, predominam os romances da época. Até por que poucos sabem que RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS deriva d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS; SEARA DOS MÉDIUNS d’O LIVRO DOS MÉDIUNS; LIVRO DA ESPERANÇA d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO; JUSTIÇA DIVINA d’O CEU E O INFERNO, podendo relacionar A CAMINHO DA LUZ com A
GÊNESE. O extraordinário O
CONSOLADOR, com centenas de respostas a dúvidas naturais ocorridas a qualquer
estudioso do Espiritismo, geralmente somente é conseguido por encomenda.
Valiosas fontes de pesquisa sobre a real situação dos que desencarnam com
grandes comprometimentos com as Leis da Consciência como INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS e VOZES
DO GRANDE ALÉM, idem. Obras compostas – mais de 17 - com os riquíssimos e
tocantes textos de Humberto de Campos que após o processo judicial enfrentado por Chico
Xavier nos anos 40 passou a se identificar com o pseudônimo Irmão X - alusão e redução do mordaz e
irônico Conselheiro XX adotado em
coluna mantida enquanto encarnado na imprensa profana – também por encomenda. Os
mais de 50 títulos preservando os verdadeiros documentos produzidos depois dos
programas PINGA FOGO que
transformaram Uberaba no ponto de convergência de milhares de desesperados pela
perda inesperada de entes queridos, também “sob encomenda”, quando se tiver a
sorte de estarem ainda sendo publicados pela alegação de que não vendem. No que
se refere então aos títulos contendo mensagens de apoio moral e esclarecimentos
espirituais como O ESPÍRITO DA VERDADE;
ENCONTRO MARCADO; RUMO CERTO; ENCONTRO DE PAZ; ESCRÍNIO DE LUZ; A LUZ DA ORAÇÃO;
MÃE; entre outras, inexistem. As gerações que ficaram marcadas ou estiveram
envolvidas com essa fase do Movimento literário espírita no Brasil, estão
retornando gradualmente para a prestação de contas do uso feito dos “talentos”
recebidos para investir no trabalho de espiritualização humana. E as gerações
que chegam saberão que tais livros existiram. Será que estava certo em seu
prognóstico o dito particularmente certa vez por um líder e escritor espírita
que no futuro somente restariam obras de André Luiz e os romances de Emmanuel?
E falamos apenas dos que seguem o Espiritismo em alguns poucos Estado da grande
nação brasileira, pois, existem até aqueles que não reconhecem muito valor ao
trabalho do valoroso servidor mineiro. Nos próximos 13 anos, certamente, vagas
lembranças evocarão sua figura e sua eloquente contribuição para a expansão do
pensamento espírita, sufocada pela inundação de obras de conteúdo duvidoso,
transfomadas em sucesso comercial por editores focados mais em resultados
financeiros que na qualidade do que se propala em nome da Doutrina Espírita.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
terça-feira, 30 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
REENCARNAÇÃO: COMPLEXIDADES E DIFICULDADES
O Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier nos repassa
informações que dão conta que três linhas orientam os processos reencarnatórios
na Dimensão em que nos encontramos: a compulsiva; a assistida e a natural ou
mecânica. Entretanto, nem todas as respostas foram dadas, nas “reportagens” iniciadas com o livro NOSSO LAR (feb,1944). Em duas mensagens
psicofônicas gravadas ao final da reunião de 27 de maio de 1954, no Centro
Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG) - tendo como médium Chico
Xavier -, podemos recolher detalhes importantes até para reavaliarmos
nossa posição diante da não valorização da existência que cumprimos presentemente.
Na primeira, o Benfeitor Emmanuel explica: -“Enquanto
a Escola Espiritual na Terra prepara as criaturas reencarnadas para o fenômeno
da morte, em nosso plano de ação essa mesma Escola prepara as criaturas
desencarnadas para o aprendizado da existência no corpo físico”. O
Instrutor acrescenta em rápidas considerações que o sucederia na utilização do
aparelho mediúnico, o Espírito Cornélio Mylward que enquanto
encarnado exerceu a Medicina, a fim de dirigir-se a numeroso grupo de
desencarnados presentes ansiando pela oportunidade de voltar às experiências do
corpo físico, através da reencarnação. Do falado a eles, destacamos alguns
pontos: 1-Para que obtenhamos tal concessão é indispensável nosso
concurso com a Lei Divina, obedecendo-lhe aos regulamentos que definem o Bem
Infinito, em todas as suas manifestações. 2-É preciso modificar os nossos “clichês”
mentais para que a nossa volta à escola terrestre signifique recomposição e
refazimento. 3- Essa transformação, contudo não será levada a efeito apenas à
força de preces, meditações e conclusões em torno do passado. Faz-se
imprescindível a dinâmica da ação. 4- O serviço será sempre o grande renovador
de nossa vida consciencial, habilitando-nos à experiência reconstrutiva, sob a
inspiração de nosso Divino Mestre e Senhor. 5- Não conquistaremos o vestuário
carnal entre os homens sem aquisição de simpatia entre eles. 6-É necessário
gerar no Espírito daqueles nossos associados do pretérito, que se encontram no
educandário humano, a atitude favorável à solução dos nossos problemas. 7-
Templos religiosos, estabelecimentos hospitalares, círculos de assistência
moral, domicílios angustiados, cárceres de sofrimento, palcos de tortura
expiatória, eis nosso vasto setor de concurso fraterno. Nessas esferas de
regeneração e corrigenda, companheiros encarnados e desencarnados, padecentes e
aflitos, expressam o material de nossa preparação. 8- A fim de esquecer velhas
provas, aliviemos as provas alheias. Para desobstruir o caminho de nossa
consciência culpada, devemos favorecer a libertação dos que suportam fardos
mais pesados que os nossos, porque ajudando aos nossos semelhantes angariaremos
o auxílio deles, fazendo-nos, ao mesmo tempo, credores do amparo daqueles Irmãos
Maiores que nos estendem providos braços da Vida Superior. (...). 9- Somente a
atividade em socorro ao próximo conseguirá renovar-nos a fonte do pensamento,
traçando-nos seguras diretrizes, pois sob o guante de nossas lembranças
constringentes o esforço da reencarnação redundará impraticável, de vez que
nossas reminiscências infelizes são fatores desequilibrantes de nosso mundo
vibratório, impedindo-nos a formação de novo instrumento fisiológico suscetível
de conduzir-nos à reorganização do próprio destino. 10- Expurguemos a mente,
apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças,
porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. 11- Somente ao preço
de uma vontade vigorosa e pertinaz, situada no bem comum, é que lograremos
conquistar o interesse dos Grandes Instrutores em prol da concretização de
nossas aspirações mais nobres. 12- Regenerando a química de nossos sentimentos,
o que decerto nos custará renunciação e sacrifício, atingiremos mais clara
visão para reencontrar os laços de nosso pretérito e, então, segundo os
dispositivos da hereditariedade, que traduz parentesco de inclinações e
compromissos, seremos requisitados pelas criaturas que se afinam conosco, tanto
quanto, desde agora, estão elas sendo requisitadas por nossos anseios. 13-
Reaproximar-nos-emos, desse modo, de quantos se harmonizam com a experiência em
que nos demoramos, e, aderindo-lhes à existência, seremos defrontadas pelas
provas condizentes com a nossa natureza inferior, comungando-lhes o pão da
luta, indispensável à recuperação de nossa felicidade. 14- Se nos abeirarmos de
nossos futuros pais e de nossos futuros lares, envoltos na tempestade da
incompreensão e da indisciplina, apenas espalharemos, ao redor de nós,
desarmonia e frustração, porquanto, em verdade, o nosso caminho na vida será
sempre a projeção de nós mesmos. 15- Purifiquemo-nos por dentro quanto seja
possível, olvidando todo o mal. Lançar sobre os elementos genésicos a energia viciada
dos lamentáveis enganos que nos precipitaram à sombra, será prejudicar o corpo
que a herança terrena nos reserva, reduzindo-nos as possibilidades de vitória
no combate de amanhã.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
PESQUISA MEDIUNICA COM UM ESPÍRITO ENCARNADO
Obstinado perseguidor da
Verdade, o Professor Rivail, identificado pelos estudiosos do Espiritismo como Allan
Kardec, não se intimidava diante de desafios que, naturalmente, foram
muitos pela diversidade de fenômenos e dúvidas derivadas deles que se
multiplicava em várias partes da Europa na segunda metade do século 19. Uma das
instigantes questões levantada pela lógica era: se realmente há Espírito a
comandar o corpo físico durante o período da vida física, seria possível obter
dele suas impressões e percepções como encarnado através da médium? O
profícuo “laboratório” conhecido como Sociedade Espírita de Paris
se servindo do incrível “instrumento” equivalente, segundo
ele, ao microscópio chamado mediunidade precisava desenvolver experimentos
nesse sentido. Assim foi feito como relatado no número de janeiro de 1860 da REVISTA ESPÍRITA, em duas reuniões sucessivas,
a de 25 de novembro e 2 de dezembro de 1859. A carta de um Conde identificado
apenas pelas iniciais R.C. de 23 de novembro motivou a
experiência, visto que ele mesmo se oferecia como voluntário, considerando ter
assistido na reunião de 14 de outubro passado a um experimento na própria
Sociedade, em que um pai encarnado se comunicava com o Espírito da filha morta.
Marcada a data para a incursão no desconhecido terreno, foi efetuada a primeira
tentativa que obrigou a realização de outra, perfazendo, na entrevista com o
Espírito desdobrado do Conde R.C., um total de 80 questões,
quarenta e uma na primeira reunião, e, a outra, na segunda. Do primeiro bloco de
respostas, destacamos: 1- Tinha plena consciência de estar presente
por ser evocado; 2- encontrava-se espacialmente entre o médium e
Allan Kardec; 3- Não percebia tudo claramente pelo fato de
seu corpo ainda não estar totalmente adormecido; 4- Que
podia transportar-se instantaneamente e à vontade dali para sua residência e
vice versa; 5- Podia ter consciência do trajeto percorrido,
vendo os objetos do percurso; se o quisesse; 6- Seu estado diferia ao do
sonâmbulo nos respectivo fenômeno a que este se entregava, pelo fato do
sonâmbulo não dormir fisicamente, apenas ter suas faculdades orgânicas
modificada, não entorpecidas; 7- Que evocado somente poderia indicar remédios
se os conhecesse ou estando em contato com um Espírito que os conheça, o que
não acontecia com os sonâmbulos; 8- As lembranças da existência
corpórea estavam muito claras em sua memória; 9- Solicitado a descrever como se
sentia, explicou estar no mais feliz e satisfatório estado que se possa experimentar,
como num sonho em que o calor do leito que leva crer estar-se embalados no ar,
ou na crista de ondas tépidas, sem preocupação com movimentos, sem consciência
dos membros pesados e incômodos, a se moverem ou se arrastarem, sem qualquer
necessidade a satisfazer, não sentindo o aguilhão da fome ou da sede;
10- Que
tinha perfeita consciência de estar em Espírito ligado ao corpo por um laço,
indescritível nas palavras conhecidas, mas, semelhante a uma luz fosforescente,
que não lhe dava nenhuma sensação; 11- Tinha uma percepção maior dos
sons que os percebidos pelos encarnados; 12- Transmitia seu pensamento ao
médium, atuando sobre sua mão; para lhe dar uma direção, que facilitava por uma
ação sobre o cérebro; que se servia ora das palavras que o médium tinha na
cabeça e ora das suas; 13- Se encontrava no estado em que estará quando
estiver morto, diferenciado pelo laço que o prende ao corpo; 14- Tinha
lembranças confusas de vidas anteriores; 15- Poderia responder a uma pergunta
mental. Do segundo conjunto, escolhemos: 1- Se seu corpo, desdobrado
espiritualmente como estava, somente sentiria uma picada se fosse bastante
forte; 2- Percebia odores mais intensamente que os encarnados; 3- Via
perfeitamente na obscuridade, conseguindo enxergar através de corpos opacos;
4- Somente
poderia deslocar-se a outro Planeta se este estivesse no mesmo grau da Terra, ou
mais ou menos; 5- Via outros Espíritos no ambiente,
constatando sua presença por sua forma própria, ou seja, pelo seu períspirito;
6- O
períspirito é o corpo ou revestimento do Eu que é o Espírito, reproduzindo a
forma do corpo material; 7- Seria como Espírito capaz de agredir
fisicamente de forma perceptível um encarnado, só que em ambiente diferente do
que estavam; 8- Se seu corpo morresse subitamente estando
ele desdobrado, seria atraído para o corpo antes da consumação do fato,
conseguindo se desligar dele com mais facilidade do que em circunstâncias
comuns; 9- Tinha perfeito livre arbítrio sobre suas ações; 10- Uma
recusa diante da possibilidade de ser útil aos semelhantes, tendo consciência
de seus atos, resultaria em consequências inevitáveis; 11- Caso
fosse ofendido por alguém estando desdobrado como se encontrava, o sentimento
que emitiria seria o de desprezo, não procurando vingar-se; 12- Não
tinha ideia da posição que ocupava na escala evolutiva dos Espíritos, não lhe
sendo permitido disso ter conhecimento.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
MERECE REFLEXÃO
A expansão do mal se deve à
omissão dos bons, afirmaram os Espíritos Superiores a Allan Kardec. Artigo que
me foi enviado recentemente reproduzia a experiência de um homem da comunicação
que, no início dos anos 80, recepcionando um empresário canadense em sua casa
para tratar de negócios, teve a atenção chamada enquanto repassavam pontos de
um projeto que cumpririam juntos para o fato de ter esquecido a televisão ligada
em canal de pornografia. Surpreso, o anfitrião disse que não assistia a tais
programas, dizendo tratar-se de canal da chamada TV aberta e que o programa que
estava sendo apresentado chamava-se “COQUETEL”,
ouvindo do visitante que um País que apresentava aquele conteúdo livremente em
horário (22 horas) acessível a crianças e adolescentes, não tinha futuro. Seu
País priorizava a educação nas grades de programação e não material como
aquele, que sabidamente influenciaria negativamente aos que os assistissem.
Noticiários recentes veicularam como se fosse um grande feito – ou desesperada
tentativa – a ampliação da presença de programas explorando a criminalidade
para o sétimo dia da semana em horário chamado nobre, como se isso fosse algo extraordinário.
Em abril de 2010, surgiu através do médium Divaldo Pereira Franco mais um livro
do lúcido Espírito Manoel Philomeno de Miranda: TRANSIÇÃO PLANETÁRIA. Nele, no capítulo seis, o autor reproduz o
comentário de um Benfeitor Espiritual, em que este diz: -“Não são poucos, no campo das
comunicações, na Terra, os decantados multiplicadores de opinião, que
sintonizam com as entidades bestializadas, que os submetem ao talante das suas
aberrações, durante largos períodos de desdobramento pelo sono fisiológico, imprimindo
profundamente no cerne do Ser de cada um, a devassidão, o desvario, a
degradação moral. Retornando ao corpo somático, recordam-se das experiências
viciosas em que se comprazem e estimulam os seus aficionados, cada vez mais, à
luxúria, ao sexo açodado pelas drogas alucinógenas, pelo álcool, pelas
substâncias farmacêuticas estimulantes. Não seja de surpreender a debandada das
gerações novas para as músicas de sentido infeliz, nos salões de procedência
primária e sensualidade, onde a perversão dos sentimentos é a tônica, e o
estímulo violência, à rebeldia, à agressividade constitui panorama da revolta, afinal contra o que?”.
Em agosto do mesmo ano, através do médium Waldemar De Marchi, o Espírito Irmão
Virgílio transpôs para nossa Dimensão o livro O SÉTIMO SELO (petit), desenvolvendo a mesma temática das mudanças
profundas que se operam na Humanidade presente no Planeta Terra, tanto no Plano
Material, como no Invisível. Chama atenção a quantidade de informações oferecendo
exemplos e ponderações sobre este momento. Num certo trecho, um Instrutor
chamado Ulisses observa: -“Existe uma grande preocupação das hostes
espirituais superiores a respeito da atuação maciça das forças das Trevas”
e, em outro: -“Nossa preocupação se estende aos irmãos que ignoram os alertas dos
Bons Espíritos e se comprazem na sintonia vibratória negativa do ódio, do
rancor, da maldade, da brutalidade, da avareza, do egoísmo, da vaidade
exacerbada, da preguiça, do comodismo, e do sexo promíscuo e primitivo. São
ondas vibratórias pesadas e vigorosas, alimentadas pelas forças das trevas que
circundam o Planeta, envolvendo a todos que vibram nessa sintonia perigosa”.
Mais à frente vaticina: -“Grande parte da Humanidade que vibra na
sintonia do mal será arrastada para o abismo de forma indelével, como o imã
atrai o ferro. É a Lei da Sintonia Vibratória, pela qual semelhante atrai
semelhante em virtude do sentimento que vibra em cada alma, em cada coração, e
assim deverá se cumprir uma etapa evolutiva da Humanidade terrestre”.
Noutra parte do livro um ex-professor do Autor Espiritual do livro, comenta: -“A
educação é o princípio do Bem e da estrutura moral. Por outro lado, a falta da
educação torna os caminhos muito estreitos, diminui as possibilidades e
alternativas e escancara as portas para as vias tortuosas do mal. É triste
constatar que nosso querido Brasil ainda está distante de atitudes firmes e
serenas que possam proporcionar escolas e ensino às nossas crianças que residem
em locais muito pobres e distantes de nosso País, onde se encontram nossos irmãos
brasileiros esquecidos dos políticos corruptos, que se importam apenas com as
reeleições e a manutenção dos favores à parentela e aos amigos mais chegados. Um
dia, quem sabe não muito distante, quando, no vendaval da renovação da grande
transição, os políticos corruptos e inescrupulosos já tiverem sido varridos do
nosso planeta, haverá de surgir uma Nova Era”. Passaram-se cinco anos,
os livros ficaram esquecidos nos catálogos das editoras, sumiram das livrarias,
todavia, as palavras continuam atuais.
sábado, 20 de junho de 2015
BELEZA SUPERIOR
A pouco mais de 100 km da
capital mineira, no pequeno povoado de Mariana nasceu em 1859, em meio a muita
pobreza, José Silvério Horta, mais conhecido como Monsenhor Horta, que
escreveria uma bela história de dedicação ao próximo no exercício da sua
atividade eclesiástica dentro da escola católica. Contava 27 anos quando, após estudos de Humanidades,
Filosofia e Teologia no seminário da cidade em que nasceu e morreria aos 74
anos em 1933, ordenou-se sacerdote. Sua trajetória em favor dos semelhantes, especialmente pobres e
enfermos, credenciou-o a um processo de beatificação no vaticano. Sua origem
humilde fixou com mais intensidade, a própria humildade reconhecida por todos
que o conheceram pelas levas de romeiros procedentes de recuados pontos do
país, sempre atendidos pela sua bondade e paciência sobre humanas. Sua estatura
baixa e saúde frágil, não conseguiam deter sua força interior no que concerne à
disposição nos exercício do bem. Envergonhava-se, segundo os que o conheceram,
de andar luxuosamente vestido, sensibilizando os que se viam diante dele que
fazia da caridade seu estilo de vida. Inimigos rancorosos, aflitos, tristes,
doentes, almas endurecidas pelos revezes da vida, encontraram no contato com
ele uma luz para guia-los em meio às sombras em que se encontravam. Para todos,
sem exceção, ternura, piedade, compaixão, presentes em seus gestos e palavras,
notadamente os famintos e miseráveis necessitados de alimento, roupas, pão e
abrigo pelo descaso e abandono por parte dos semelhantes. Hábil e erudito
expositor, operou prodigiosas curas com a água que abençoava, sem falar dos
desequilibrados e possessos que socorria, incluindo as entidades que se
manifestavam pelos doentes. Consta que levantava cedo, consagrava-se à oração
por uma hora, cumpria suas obrigações na Paróquia que dirigia, entregando-se a
seguir ao atendimento dos que o procuravam mesmo quando já em idade avançada,
se mostrava abatido pela doença e a visão debilitada, distribuindo alimento e
consolo. No período da tarde após frugal refeição, punha-se a responder cartas
oriundas de várias partes do País, tarefa que depois de concluída, o colocava
novamente a atender as pessoas que enchiam os corredores de sua residência
esperando por sua atenção até por volta das 21 horas. Assim conduziu-se até
concluir sua passagem pela Terra no dia 30 de março de 1933, calculando-se que
seu funeral ocorrido no dia seguinte reuniu perto de 5 mil pessoas vindas de
várias cidades vizinhas para render sua homenagem ao benfeitor de tantos anos.
Tempos depois ofereceu o testemunho de sua sobrevivência através do à época,
quase desconhecido médium Chico Xavier, repassando para nossa
Dimensão uma adaptação de sua autoria da chamada Oração Dominical como
difundida pela religião Católica a partir da orientação de Jesus que consta do
Evangelho de Mateus. Demonstrava desta forma, não existirem para os
Espíritos evoluídos as barreiras erguidas pela intolerância religiosa, como se
tem observado crescente nos dias que vivemos. Outras mensagens, escreveria pelo mesmo médium nos anos
seguintes. Mas, sua versão do PAI NOSSO incluída
nos livros À LUZ DA ORAÇÃO (o
clarim) e PARNASO D’ALÉM TÚMULO (feb)
pela beleza estética de sua formatação revelando a superioridade espiritual do
autor merece ser conhecida. Diz ela: Pai
Nosso, que estás nos Céus,
Na luz dos SÓIS infinitos,
Pai de todos os aflitos,
Deste mundo de escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo o Universo exprime,
Concórdia, ternura e amor.
Venha ao nosso coração,
O Teu reino de bondade,
De paz e de claridade,
Na estrada da redenção,
Cumpra-se Teu mandamento,
Que não vacila nem erra,
Nos Céus, como em toda Terra;
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão do caminho,
Feito da luz, no carinho;
Do pão espiritual.
Perdoa-nos, meu Senhor,
De iniquidade e de dor.
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos,
Que vivem longe do bem.
Com a proteção de Jesus,
Livra a nossa alma do erro,
Sobre o mundo de desterro,
Distante da vossa luz.
Que vossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade,
De vosso amor...
Assim seja.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
AS RAÇAS E O ESPIRITISMO
Embora alguns antropólogos
considerem que o isolamento foi um elemento importante no processo de
diferenciação e origem das raças na Terra, visto que não mantendo contato entre
si arranjavam soluções próprias para enfrentar os desafios do ambiente em que
viviam, originando os três grandes grupos em que convencionalmente o Ser humano
é dividido (negroides, caucasianos e mongoloides), o Espiritismo tem algo mais a acrescentar. No interessante
e geralmente mal interpretado artigo com que abre o número de abril
de 1862 da REVISTA ESPÍRITA,
Allan Kardec racionaliza escrevendo
que “há
no homem, duas partes bem distintas: o Espírito, Ser pensante, e o corpo,
instrumento das manifestações do pensamento, mais ou menos completo, conforme
as necessidades”. Segundo ele, isso determina uma consequência
inevitável: a perfectibilidade das raças. Afirma que “elas são perfectíveis pelo
Espírito que evolui através de suas várias migrações, em cada uma adquirindo,
pouco a pouco, as faculdades que lhe faltam, necessitando à medida que suas
faculdades se ampliam de um instrumento adequado, como uma criança que cresce
precisa de roupas maiores. Sendo insuficientes os corpos constituídos para o
seu estado primitivo, necessitam encarnar-se em melhores condições, e assim por
diante, conforme o progresso alcançado”. Pondera, contudo, que também “as
raças são perfectíveis pelo corpo; mas é somente pelo cruzamento com raças mais
aperfeiçoadas, que trazem novos elementos que, por assim dizer, que aí se
enxertam os germes de novas características. Esse cruzamento se faz pelas
emigrações, as guerras e as conquistas. Sob esse ponto de vista, as raças são
como as famílias que se abastardam, quando não recebem sangue novo. Então não
se pode dizer que haja raça primitiva pura, porque sem o cruzamento, essa raça
será sempre a mesma, pois seu estado de inferioridade depende de sua natureza;
degenerará, em vez de progredir, o que determina o seu desaparecimento, ao cabo
de certo tempo”. Acrescenta ainda que “essa teoria levando-nos a
considerar na questão do aperfeiçoamento das raças os dois elementos
constitutivos do homem: o elemento espiritual e o corporal é preciso conhecer a
ambos, o que só o Espiritismo pode esclarecer no que respeita à natureza do
elemento espiritual – o mais importante – por ser o que pensa e sobrevive,
visto que o corporal se destrói”. Cinco anos mais tarde, Allan Kardec se serviria
de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espirita de Paris justamente
nos anos de 1862 e 1863, sob o título ESTUDOS
URANOGRÁFICOS assinados pelo Espírito Galileu através
do médium Camille Flamarion para compor o último livro por ele organizado
A GÊNESE o qual incluiria ainda mais
duas abordagens OS MILAGRES E AS
PREDIÇÕES segundo o Espiritismo. O estudo do primeiro tema ocuparia 6 dos
12 capítulos que o constituem. Entre eles, Galileu considera não haver nada de
impossível na tese dos fisiologistas sobre o corpo do homem não ser senão uma
transformação do macaco quando do surgimento dos primeiros Espíritos humanos na
Terra. Diz que, “admitida tal hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e pelo
efeito da atividade intelectual de seu novo habitante, o envoltório
modificou-se, embelezou-se nos detalhes, conservado em tudo a forma geral do
conjunto. Os corpos melhorados, em se procriando, reproduziram-se nas mesmas
condições, como ocorre com as árvores enxertadas, originando uma nova espécie
que, pouco a pouco, se distanciou do tipo primitivo, à medida que o Espírito
progrediu. O Espírito macaco, que não se exterminou, continuou a
procriar corpos de macacos para seu uso, como o fruto da planta brava reproduz
planta brava, e o Espírito humano procriou corpos de homens, variantes
do primeiro molde que se estabeleceu. A linhagem se bifurcou; ela produziu um
descendente, e esse descendente tornou-se linhagem, sendo provável que os
primeiros homens que apareceram sobre a Terra devem ter pouco diferenciado do
macaco pela forma exterior, e, sem duvida, não muito mais pela inteligência”.
Mais à frente em seu estudo, Galileu acrescenta um dado novo às
suas explicações. Falando sobre Emigrações e Imigrações dos Espíritos,
revelando as razões dos desencarnes e reencarnes coletivos em certos períodos,
revela que além dessa transfusão de Espíritos entre diferentes Dimensões
planetária, “há emigrações e imigrações coletivas de um mundo a outro, donde resulta
a introdução, na população de um Globo, de elementos inteiramente novos; novas
raças de Espíritos que vem se misturar às raças existentes, constituindo novas
raças de homens. Como os Espíritos nunca perdem o que adquiriram, levam com
eles a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, imprimindo,
consequentemente, o seu caráter à raça corpórea que vem animar”.
terça-feira, 16 de junho de 2015
UM EXTRAORDINÁRIO CASO DE MEDIUNIDADE
Uma
das teses do pesquisador italiano Ernesto Bozzano intitulada LITERATURA D’ALÉM TUMULO, preserva
informações da incrível história da médium Pearl Lenore Curran, norte americana
nascida na cidade de Mound City, estado de Illinois em 1883. Depois de seus
pais terem se mudado para várias cidades, fixou-se em Saint Louis, no Missouri,
aos 14 anos, idade em que revelou pendores para a música, visto que como
estudante regular mostrava várias dificuldades e limitações. Sonhando tornar-se
uma cantora de ópera, fez estudos nessa área em outra cidade do Estado em que
vivia, trabalhando posteriormente em Chicago dos 18 aos 24 anos, quando se
casou com John Howard Curran, tendo uma vida comum até que em 8 julho de
1913, participando com uma amiga de experiências com a chamada Tabua
Ouija que se repetiam desde um ano antes, defrontaram-se com a
manifestação de um Espírito que iniciou sua comunicação dizendo: -“Muitas
luas passaram desde que vivi na Terra. Eis-me de volta ao vosso mundo. Meu nome
é Patience Worth”. Começava assim uma história das mais impressionantes
no campo do intercâmbio interdimensional, pois, ao contrário do seu instrumento
mediúnico cujos pendores eram para a arte musical, Patience Worth demonstrou
grande cultura histórica, literária e filológica. Confirmando que sua
personalidade independia da de Lenore Curran, escreveu
intencionalmente, em versos livres um de seus romances - TELKA -, em dialeto de 300 anos antes, se servindo nas suas 70 mil
palavras de 90% de termos de origem anglo-saxônica anterior a 1600. A médium
ouvia a sua inspiradora e repetia em voz alta a narrativa para um secretário,
que a transcrevia, mantendo-se completamente livre em seus movimentos, interrompendo
e continuando o trabalho, à vontade. Perdeu-se, certa vez, o primeiro capítulo
de um romance: Patience Worth o ditou novamente. Encontrado o documento
primitivo, verificou-se que o segundo ditado era a reprodução literal do
primeiro. Lenore serviu para que a entidade cuja mais recente existência ocorrera
na Inglaterra, escrevesse nove romances, um drama, uma coleção de provérbios e
aforismos, inúmeras composições poéticas de toda espécie, geniais na inspiração
e na forma. TELKA e MERRY TALE, em dialeto do século 17; os
outros trabalhos, na língua inglesa moderna. A prodigiosa mediunidade se
evidencia mais ainda quando Patience escreve quatro romances, ao
mesmo tempo, ditando, sucessivamente, a passagem de cada um, ora em dialeto
arcaico, ora em linguagem moderna, sem interrupção. Noutra obra – THE SORRY TALE ( A HISTORIA TRISTE)–
que se desenvolve na Palestina, ao tempo de Jesus, da mesma forma como em HÁ DOIS MIL ANOS do Espírito Emmanuel
através de Chico Xavier, reproduz, geográfica e historicamente, o drama do
Gólgota, em todo seu realismo. E, como no caso do médium brasileiro, diante
dela, desenrolava-se visão panorâmica de todos os acontecimentos, no momento
exato em que se fazia o ditado mediúnico. Segundo ela, “percebia cães que atravessavam o
caminho correndo; via carros construídos de modo estranho e cujas rodas eram
feitas de caniços enrolados, curvados em círculos. Estes carros eram puxados por
bois, cujos arreios eram mais estranhos ainda que os carros. Assistia à feira
dos judeus, assim como as disputas que havia entre negociantes barbudos e seus
clientes; ouvia as lamentações das mulheres que trocavam utensílios por
comestíveis; observava os Grãos Sacerdotes que passavam com suas vestes
faustosas e via a Arca Santa e o Templo, tais como tinham sido, realmente,
reedificados, nessa época; contemplava as paisagens de Belém e de Nazaré e
assistia à passagem de Jesus cercado pela multidão”. No caso dos quatro
trabalhos transmitidos simultaneamente, o Espírito comunicante “toma
a certo momento, dois personagens de dois romances diferentes estabelecendo um
aparente diálogo entre eles, de maneira que o personagem de um romance parecia
responder ao outro e discutirem entre si. Quando as passagens dos dois romances
foram colocadas nos seus textos respectivos, verificou-se que cada uma delas se
adaptava perfeitamente à parte que devia ocupar no texto”. O erudito e
competente Hermínio Correia de Miranda, incluiu em seu fascinante acervo
de obras, uma nascida a partir de uma fortuita experiência em sebo da cidade
norte americana Chapei Hill, na Carolina do Norte, onde encontrou uma obra
sub-intitulada A ESTRANHA HISTÓRIA DE
PATIENCE WORTH. Sua leitura o levou a produzir o livro O MISTÉRIO DE PATIENCE WORTH (lachatre, 2009), dividido em duas partes: a primeira resultado
de meticulosa pesquisa sobre a história da produção mediúnica do Espirito Patience;
a segunda as descobertas e analises de Ernesto Bozzano nos primeiros anos
do século 20.
.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
UM POUCO DE ARQUEOLOGIA PSÍQUICA
Conforme preconizado pelo
Espírito da Verdade em fragmento de mensagem aproveitada por Allan
Kardec no prefácio d’ O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, os Espíritos do Senhor desde meados do
século 18 desenvolviam intensa atividade sobre toda a Terra procurando
despertar um maior número de consciências para o sentido espiritual da vida.
Prosseguiram mesmo após a morte do intelectual francês oculto no pseudônimo
Allan Kardec, o compilador e codificador das revelações vertidas através da
mediunidade para nossa Dimensão. Muitos dos interpretes, porém, acrescentaram
seu toque pessoal nos conteúdos, por vezes desfigurando-os, outros os
desvirtuando do seu verdadeiro sentido. Hoje, é necessário “garimpar” muito
“cascalho” para encontrar-se o que realmente tem valor. Embora o Espiritismo
tenha alguns representantes importantes, em outras áreas eles também se
mostraram. Dizem algumas Escolas Espiritualistas que o ano de 1930 marca o
início da popularização de informações outrora restritas aos meios chamados esotéricos.
Entre os seguidores desse importante grupo, vamos encontrar um imigrante da
atual República Tcheca, chamado Francisco Valdomiro Lorenz que
depois de rápida passagem por Ouro Preto (MG), fixou-se na cidade de Dom
Feliciano, interior do Rio Grande do Sul. De lá, a centenas de quilômetros de
centros mais desenvolvidos, no início do século 20, época em que tudo era difícil,
conseguiu construir uma obra extraordinária. Autodidata, dominando mais de cem
idiomas, tornou-se um dos principais tradutores das obras publicadas pelo
Círculo Esotérico do Pensamento pela editora de sua propriedade, além de ter
escrito mais de quarenta livros. Um deles, intitulado DIALOGOS INICIATICOS, reproduzindo várias conversas entre um Mestre
e um Discípulo, apresenta informações extremamente interessantes. Como quase
toda a história da evolução das Civilizações da Antiguidade se perdeu,
especialmente pela destruição da Biblioteca da Alexandria durante o domínio
romano, os elementos colocados pelo Mestre ao Iniciado são, no mínimo,
instigantes. Destacamos a seguir algumas dessas informações: 1- O continente
mais antigo da Terra foi a Lemuria, que ocupava o lugar do Oceano Pacífico
atual, e que submergiu sob as ondas do mar, há milhares de anos; 2- Os Lêmures eram
amarelos, sendo alguma silhas japonesas remanescentes desse território; 3- O
continente que se desenvolveu depois da Lemuria foi a Atlântida, que ocupava o
lugar do atual Oceano Atlântico e era povoado por uma raça cor de cobre
vermelho; 4- Sua destruição deveu-se ao fato de que suas raças, chegadas ao
ponto culminante de sua respectiva civilização, deviam fazer uma escolha decisiva
entre a materialidade e a espiritualidade, como todos as raças maduras hão de
fazer. E tanto os Lemures, como os Atlantes preferiram seguir o caminho da
materialidade que os conduziu à destruição, precipitando-os nos abismos do
Oceano. 5- A destruição das raças não significou a extinção de todos os seus
indivíduos, pois, ainda subsistem alguns grupos de seus descendentes. 6- Dos
Lemurianos na Ásia e dos Atlantes, uma parte na América, principalmente no
México e outra parte nas costas do Sul da Europa e no Egito, regiões que já
tinham sido por eles colonizadas, servindo após a catástrofe, de asilo aos
sobreviventes, tornando-se centros da maior importância para os tempos
posteriores; 7- O berço da raça branca, foi o norte da Europa, nas proximidades
do Mar Báltico; 8- A raça que chegou primeiro a ter uma civilização foi a
negra, cujo berço é a África, uns dez mil anos antes de Cristo. 9- Os negros constituíram
poderosos reinos e até conquistaram a Arábia, a Pérsia e a Índia, subjugando
seus aborígenes amarelos, instalando-se em todo sul da Europa, onde tinham
vencido os colonos vermelhos, adaptando, porém, as suas artes e cultura. 10- A
civilização negra consistia no conhecimento do Plano Astral, na prática da
Magia e na força militar. 11- Houve muitas guerras entre negros e brancos, e,
depois de vários revezes, os brancos saíram vencedores expulsando os negros da
Europa. 12- Durante o período de seu domínio, os Negros tratavam os brancos e
amarelos como escravos, empregando-os nos trabalhos pesados de construções
muitas das quais de dimensões gigantescas. 13- O nome geral aplicado aos
brancos das épocas mais remotas era Celtas, sendo sua terra, a Céltida que
abrangia toda a Europa Central e Ocidental. 14- Tendo sido expulsos de quase
todas as costas da Europa, os Gian-bien-Gian, isto é, os Negros, ainda
continuavam senhores da Ásia e da África. As suas principais colônias eram o
Egito, a Ásia Menor, a Taurida, a China, o Japão, a Pérsia, o Tibet, etc. A sua
metrópole tinha sido a Etiópia, e, depois que esta desapareceu, os Negros transpuseram
o centro do seu domínio para a Índia.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
NECESSIDADE URGENTE
-“Quando a sociedade humana não tem
outro objetivo de atividade senão a prosperidade material e o prazer dos
sentidos, ela mergulha no materialismo egoísta, aprecia todas as ações segundo
o Bem que delas retira, renuncia a todos os esforços que não levam a uma
vantagem palpável, não estima senão aqueles que possuem, e não respeita senão a
força que se impõe. Quando os homens não se preocupam senão com os sucessos
imediatos e lucrativos, perdem o senso de honestidade, renunciam à escolha dos
meios, calcam aos pés a felicidade íntima, as virtudes privadas, e cessam de se
guiar segundo os princípios de justiça e de equidade. Numa sociedade lançada
nessa direção imoral, o rico leva uma vida de ociosidade ignóbil,
embrutecedora, e o deserdado nela arrasta uma existência dolorosa e monótona,
da qual o suicídio parece ser a última consolação!”. Essa avaliação não se
constitui num verdadeiro retrato falado, um diagnóstico perfeito da realidade
observada na atualidade do mundo? Ocorre que ela foi publicada na abertura do
número de setembro de 1863 da REVISTA
ESPÍRITA. O editor, Allan Kardec a reproduz pela
qualidade dos argumentos elaborados pelo autor, identificado como F.
Herrenschneider, sobre a necessidade da aliança entre a Filosofia e o
Espiritismo. Diante do quadro desenhado pelas palavras iniciais, acrescenta que
“contra
semelhante disposição moral, pública e privada, a filosofia é impotente. Não
que os argumentos lhe façam falta para provar a necessidade social de
princípios puros e generosos, não que ela não possa demonstrar a iminência da
responsabilidade final, e estabelecer a perpetuidade de nossa existência, mas
os homens não têm, geralmente, nem o tempo, nem o gosto, nem o espírito
bastante refletido, para prestar atenção à voz de suas consciências e às
observações da razão. As vicissitudes da vida, aliás, frequentemente, são muito
imperiosas para que se decida ao exercício da virtude pelo simples amor ao Bem.
Quando mesmo que a filosofia tivesse sido, verdadeiramente, o que deveria ser:
uma doutrina completa e certa, jamais teria podido provocar, só pelo seu
ensino, a regeneração social de maneira eficaz, uma vez que até este dia não
pôde dar, à autoridade de sua doutrina, de outra sanção senão do amor abstrato
do ideal e da perfeição. É que aos homens é preciso, para convencê-los da
necessidade de se consagrarem ao bem, fatos que falem aos sentidos. Preciso
lhes é o quadro impressionante de suas dores futuras, para que consintam em
subir novamente a rampa funesta onde seus vícios os arrastam; é-lhes preciso
tocar com o dedo as infelicidades eternas que se preparam por seu desleixo
moral, para que compreendam que a vida atual não é o objetivo de sua
existência, mas o meio que o Criador lhes deu de trabalhar pessoalmente no
cumprimento de seus destinos finais. Também é por esse motivo que todas as
religiões apoiaram seus mandamentos sobre o terror do inferno e sobre as
seduções das alegrias celestes. Mas, desde que, sob o império da incredulidade
e da indiferença religiosa, as populações se tranquilizaram sobre as
consequências últimas de seus pecados, uma filosofia fácil e inconsequente
ajudando o culto dos sentidos, dos interesses temporais e das doutrinas
egoístas, acabou por prevalecer. Hoje os homens esclarecidos, inteligentes e
fortes se afastam da Igreja e seguem suas próprias inspirações; a autoridade
necessária lhe faz falta para recobrar sua influência vinte vezes secular.
Pode-se, pois, dizer que a Igreja é tão impotente quanto a filosofia, e que
nenhuma nem outra exercerão influência salutar sujeitando-se, cada uma em seu
gênero, a uma reforma radical. (...). É, pois, o Espiritismo que nos
revela nossos destinos futuros, e, quanto mais for conhecido, mais a regeneração
moral e religiosa ganhará em impulso e em extensão. A união do Espiritismo com
as ciências filosóficas nos parece, com efeito, de uma alta necessidade para a
felicidade da Humanidade e para o progresso moral, intelectual e religioso da
sociedade moderna; porque não estamos mais no tempo em que se podia afastar a
ciência humana e preferir-lhe a fé cega. A ciência moderna é muito sábia, muito
segura de si mesma, e muito avançada no conhecimento das leis que Deus impôs à
inteligência e à Natureza, para que a transformação religiosa possa ter lugar
sem seu concurso. Conhece-se muito exatamente a exiguidade relativa de nosso Globo
para conceder à Humanidade um lugar privilegiado nos desígnios providenciais.
Aos olhos de todos, não somos mais do que um grão de pó na imensidade dos
mundos, e sabe-se que as leis que regem essa multidão indefinida de existências
são simples, imutáveis e universais”.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
PRODÍGIOS DA MEDIUNIDADE
O fenômeno mediúnico hoje
mais compreendido graças às informações agrupadas pelo educador francês oculto
no pseudônimo Allan Kardec n’ O LIVRO
DOS MÉDIUNS representa um alento na vida de muitas pessoas. É o que se
deduz conhecendo a incrível médium Célia do Carmo Ferreira da Silva, ou
simplesmente Dona Célia como carinhosamente a
tratavam, fundadora da Associação dos Obreiros de Jesus, no
Rio de Janeiro. Pessoa simples repudiava qualquer aparição na mídia, embora
amiga de grandes profissionais da área. Sobre ela, a propósito, já falamos
baseando-nos em informações prestadas por Waldemar Falcão no livro MÉDIUNS NOTÁVEIS e no livro
autobiográfico de Augusto Cesar Vanucci,
DE AVE CEZAR A AVE CRISTO.
Recentemente encontramos outro depoimento importante. Alguém de formação na
área da saúde mental, ligado a um povo acostumado a apreciar a coisas de forma
racional e não emocional como nós, os latinos. Trata-se do Psiquiatra Brian
Weiss que numa das viagens ao Brasil foi levado por um amigo a uma
sessão conduzida por Dona Célia. Conta que “ela
nada sabia a seu respeito ou de seus livros. Falava apenas português, obrigando
seu amigo a traduzir o que ele ou ela dizia. As pessoas haviam escrito nomes em
pedaços de papel e colocado numa cesta. Mais de oitocentas pessoas de todas as
classes sociais na plateia. Ninguém sabia se ou quando seria chamado. Célia
pegou esses papéis, amassou-os e, sem olhar, chamou determinados nomes. As
pessoas, reconhecendo os nomes de seus entes queridos, se aproximavam do
pequeno estrado elevado onde Célia estava sentada. Raramente vi alguém
trabalhar tão rápido quanto Célia. Nomes, descrições físicas e características
de personalidade eram falados com a maior exatidão. Os detalhes muito íntimos e
confidenciais a respeito da vida do falecido reconfortavam as famílias. A força
emocional de suas palavras contrastava enormemente com seu corpo pequeno e
frágil, de setenta anos de idade. Ela tinha menos de um metro e meio e
precisava de um inalador para manter a asma sob controle. Duas histórias foram
extraordinariamente tocantes. Célia chamou um nome de homem, e a mãe, o pai e a
irmã vieram até o estrado. A família tremia enquanto Célia descrevia
vividamente o terrível acidente de automóvel no qual o rapaz havia morrido. Ela
lhes disse que ele estava bem agora e mandava o seu amor, mas não estava
sozinho. Dois outros jovens haviam morrido com ele naquele carro. Célia chamou
outros dois nomes, e as famílias das duas vítimas se aproximaram do estrado. O
pai de um dos jovens ficou atrás de outros, um pouco separado, rigidamente
ereto, obviamente controlando suas emoções. Os outros choravam e se abraçavam.
Célia virou-se para a esposa do homem. – Não se sinta tão culpada. Eles
estão bem agora, em Espírito. O filho dessa mulher era o motorista do
carro, aparentemente responsável pelo acidente, e a mãe sentia-se culpada. – Eles
mandam o seu amor – Célia continuou, acrescentando mais detalhes pessoais.
Então ela olhou para o homem que estava em pé, atrás dos outros. Levantou-se e
aproximou-se, para vê-lo mais de perto. - Seu filho me diz que está sendo
mais difícil para você aceitar tudo isso, porque você é engenheiro e não
acredita nessas coisas. O homem assentiu quanto à precisão das afirmações.
– Ele diz que vocês podem parar de brigar por causa do tapete. Isso não tem
mais importância. Ao ouvir esse comentário, o pai desmoronou. Abraçando sua
esposa, começou a chorar. Sem o conhecimento dos outros, ele e sua esposa
vinham brigando há algum tempo por causa de um determinado tapete da casa. O
pai insistia que a poeira do tapete era responsável pelas alergias e pela
frequência dos ataques de asma que seu outro filho vinha tendo. Sua esposa
adorava o tapete e recusava-se a jogá-lo fora. (...). Para a família de um
homem que havia sido assassinado três semanas antes, Célia descreveu o
tiroteio, a emergência médica e os tratamentos que se seguiram, usando termos
técnicos num nível de sofisticação absolutamente impossível para um leigo.
Enquanto o homem transmitia seu amor pela mulher e filhos, os três se abraçavam
fortemente. (...) Entretanto, Célia não havia terminado. Tinha uma linda
mensagem espiritual para transmitir. – Ele fica feliz com o amor de vocês,
mas também quer que sintam compaixão pelo homem que o baleou. Abram mão de sua
raiva. Esse homem está num nível inferior e não entende as leis espirituais.
Ele irá pagar um alto preço por suas ações, mas, por ser ignorante, precisa de
ajuda. Precisa de suas preces. Ele não é capaz de entender, por isso, não deve
ser julgado”.
sábado, 6 de junho de 2015
BEM ANTES QUE AQUI
Quando a Teoria das
Supercordas cogita ser a nossa realidade a projeção de outra existente num
Universo Paralelo confirmando a revelação dada a Allan Kardec na questão
85 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS sobre o
Mundo Espiritual ser mais importante que o Mundo Material por tudo lá se
originar, surge a natural indagação: Isso é possível confirmar? Reunimos alguns
indicadores resultantes em obras mediúnicas muito anteriores à obtenção dos
mesmos sofisticados dispositivos em nossa Dimensão. Livro: A VIDA ALÉM DO VÉU, 1913 - 1 - HOLOGRAMA.
-11/10/1913: “O globo vagarosamente abandonou o pedestal, ou pino, ou o que quer que
lhe servia de apoio, e principiou a flutuar, afastado da parede. Ao
aproximar-se do centro, penetrou a névoa azul e, logo em seguida, ao seu
contato, transformou-se em uma grande esfera ( vinte oito a trinta metros de
diâmetro), brilhando com luz própria e flutuando no espaço cerúleo.(...) Muito
vagarosamente revolvia-se sobre seu eixo, permitindo, a princípio, ver-se
oceanos e continentes como nas réplicas comuns em escolas, e, posteriormente,
montanhas e morros começaram a se destacar, as águas a arfar e a encrespar-se,
notando-se minúsculas reproduções das cidades e mesmo pormenores de suas
construções, além das multidões e, em seguida, os indivíduos. (Imaginada na década de 40, a Holografia
somente foi viabilizada na de 60 graças ao desenvolvimento do laser). Livro: MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, iniciado
em 1926, somente foi publicado quase três décadas depois devido a receios da
médium Yvonne do Amaral Pereira: 2- VIDRO A PROVA DE SOM –: -“...Não ouvíamos nenhum som: - as vidraças
seriam de substâncias isolantes, à prova total de ruído”. Realidade
disponível no mercado da construção no final do século 20. 3- CIRCUITO FECHADO –
2.1 -“No primeiro gabinete existiam estranhas baterias de aparelhos que
pareciam ser telescópios possantes, maquinarias aperfeiçoadas, elevadas ao
estado ideal, para sondagem a grandes distâncias, espécie de raio x, capazes de
perquirir os abismos do Espaço Infinito, assim como do Mundo Invisível e da
Terra”. Após o advento da televisão comercial na metade do século 20,
tornou-se realidade no final dela em função da evolução dos problemas de
segurança patrimonial. 4-. TELÃO - “No segundo gabinete, telas
luminosas, colossais, retratavam acontecimentos e cenas ocorridas a
imensuráveis distâncias, tornando-os presentes aos técnicos e observadores para
tanto credenciados, a fim de serem devidamente estudados e examinados”.
Opção possível nos anos 90 nas atividades de treinamento e videoconferência
viabilizadas pela informática e comunicação a distância facilitadas pelas
transmissões via satélite. Livro : OS
MENSAGEIROS (1944, feb) – 5- ARMAS DE DISPARO ELETROMAGNÉTICO – comercializadas
a partir de 1993, o chamado teaser dispara até 60 vezes por
minuto agindo no sistema nervoso central -“E as armas? – Não temos balas de aço, mas
temos projetis elétricos cujo efeito é assustar demonstrando as possibilidades
de uma defesa que ultrapassa a ofensiva, podendo causar a impressão de morte
nas pessoas que se agarram às impressões físicas, criando, consequentemente
densidade para seus veículos de manifestação”.. 6- VEÍCULO MOVIDO A ELETROMAGNETISMO - “Soube que os sistemas de transporte, nas zonas mais próximas da Crosta,
são muito mais numerosos do que se poderia imaginar, em bases transcendentes do
eletromagnetismo”. –“A pequena máquina, que mais assemelhava a pequeno
automóvel de asas, a deslocar-se impulsionado por fluidos elétricos acumulados”.
Visionária ideia do desenho animado OS JETSONS dos anos 60, o trem-bala surgiu no Japão em 1964, e o veículo menor para passageiros somente foi
viabilizado no início do século 21 por empresa chinesa. Livro :OBREIROS DA VIDA ETERNA (1946, feb) – 7: COMUNICAÇÃO A DISTÂNCIA - “Fez
exibir num grande globo de substância leitosa, situado na parte central do
Templo, vários quadros vivos do seu campo de ação nas zonas inferiores.
Tratava-se da fotografia animada, com apresentação de todos os sons e minúcias
anatômicas inerentes às cenas observadas por ele”. Idem item 4. Livro: AÇÃO E REAÇÃO (1957, feb) - 8- ARMAS
DE DISPARO ELETROMAGNÉTICO -“Vasto grupo de entidades manobravam
curiosas máquinas à guisa de canhonetes”. –“Podemos defini-las como canhões de
bombardeio eletrônico. As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a
fim de que nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso. Se lograrem êxito,
provocam fenômenos de desintegração, suscetíveis de conduzir-nos à ruina total,
sem nos referirmos às perturbações que estabeleceriam em nossos irmãos doentes
por conterem princípios de flagelação”. Idem item 5. 9 - DATA-SHOW --“Druso ligou tomada próxima e vimos um
pequeno televisor em ação, sob vigorosa lente, projetando imagens movimentadas
em tela próxima, cuidadosamente encaixada na parede, a pequena distância,
permitindo a contemplação da paisagem terrestre, do local onde ocorrera
acidente aviatório”. Idem item 4
quinta-feira, 4 de junho de 2015
INTERMISSÃO
Intermissão foi o termo
escolhido pelos principais pesquisadores da reencarnação no século XX para
explicar fatos envolvendo crianças que espontânea e de forma impactante revelam
habilidades incomuns ou detalhes de vidas passadas como o próprio nome, de
familiares, cidades, entre outras lembranças que só podem ter se originado em existência
anterior. Segundo eles, a manifestação desses registros deve-se ao intervalo
curto entre encarnações, o que vai ao encontro do afirmado por Allan
Kardec em abordagem sobre as vidas sucessivas, dizendo que “a criatura
renasce no mesmo meio, nação, raça, quer por simpatia, quer para continuar, com
os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir
trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”.
A História da Humanidade na Terra inclui o registro de vários fenômenos
clássicos como, entre outros, o compositor Mozart, o matemático Pascal,
o físico Ampére, o cientista Gauss, considerados gênios precoces
em suas áreas de atuação. No lado Oriental do Planeta, a Índia e países
periféricos, conta com milhares de exemplos de memórias de vidas passadas,
situação facilitada pelos atavismos religiosos que veem o mecanismo da
reencarnação como uma realidade. No número de novembro de 1868 da REVISTA
ESPÍRITA, foi incluída uma matéria tratando de curioso caso revelado em
publicação científica inglesa sobre uma criança de cinco anos que desde os três
de idade não sabia pronunciar senão as palavras ‘papa’ e ‘maman’. Quando
atingiu os quatro anos, a língua se desatou repentinamente, falando quando da
veiculação da notícia, de conhecidas no idioma inglês somente as duas palavras
citadas, expressando-se num idioma ignorado por todos que se aproximavam dela.
Apesar das tentativas de ensinar-lhe o idioma pátrio, recusava-se terminantemente
aprendê-lo. Colocado em discussão o tema na reunião de 9 de outubro daquele
ano, da Sociedade Espírita de Paris,
um Espírito de nome Luiz Nivard, manifestou-se sobre o assunto por um dos médiuns
presentes, na verdade seu filho, dizendo que a ocorrência do fenômeno tinha uma
razão de ser: levar os que se intrigavam diante dela a procurar-lhe a causa.
Como Espírito, o que poderia dizer era que “o Espírito encarnado no corpo dessa menina,
conheceu a língua, ou antes, as línguas que fala, pois faz uma mistura. Não
obstante a mistura é feita conscientemente e constitui uma língua, cujas
diversas expressões são tomadas das que esse Espírito conheceu em outras
encarnações. Em sua ultima existência ele tinha tido a ideia de criar uma língua
universal, a fim de permitir a facilidade das relações e o progresso humano.
Para esse efeito ele tinha começado a compor essa língua, que constituía de
fragmentos de várias que conhecia e gostava. A língua inglesa lhe era
desconhecida; tinha ouvido ingleses falar, mas achava sua língua desagradável e
detestava. Uma vez no Plano Espiritual, o objetivo que se tinha proposto em
vida aí continuou; pôs-se à tarefa e compôs um vocabulário que lhe é
particular. Encarnou-se entre ingleses, com o desprezo que tinha por sua
língua, e com a determinação bem firme de não a falar. Tomou posse de um corpo,
cujo organismo flexível lhe permite manter a palavra. Os laços que o prendem a
esse corpo são bastante elásticos, para mantê-lo num estado de
semidespreendimento, que lhe deixa a lembrança bastante distinta de seu
passado, e o mantém em sua resolução. Por outro lado, é ajudado por seu guia
espiritual, que vela para que o fenômeno tenha lugar com regularidade e
perseverança, a fim de chamar a atenção dos homens. Aliás, o Espírito encarnado
estava consentindo na produção do fato. Ao mesmo tempo que demonstra o desprezo
pela língua inglesa, cumpre a missão de provocar as pesquisas psicológicas”.
Comentando, Kardec diz que se a explicação não pode ser demonstrada, ao
menos tem por si a racionalidade e a probabilidade. Um inglês que não admite o
princípio da pluralidade das existências e que não tinha conhecimento desta
comunicação espiritual, arrastado pela lógica irresistível, disse, falando
desse caso, que ele não se poderia explicar senão pela reencarnação, se fosse
certo a gente reviver na Terra. Eis, pois, um fenômeno que, por sua estranheza,
cativando a atenção, provoca a ideia da reencarnação, como a única razão
plausível que se lhe possa dar. (...). Em tempos mais remotos, teriam olhado
essa menina como enfeitiçada. (..). O que não é menos digno de nota, é que este
fato se produz precisamente num País ainda refratário à ideia da reencarnação,
mas à qual será arrastado pela força das coisas”. Para se ter uma
ideia do significado da Intermissão,
acessemos os links indicados a seguir:
LINKS CASOS DE SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO
Jake Barnet
prodigios coreanos
chinêsinho
pianista
Akim Camara
Hamira Holland
https://www.youtube.com/watch?v=e873ZvLfXxY
terça-feira, 2 de junho de 2015
COMO SE FORJAM OS INFORTÚNIOS
O diagnóstico do câncer de
língua e garganta que evoluía, as investigações policiais que o apontavam como
autor do desvio de vultosa importância no banco em que era funcionário, a
frustração do ansiado casamento que não se realizaria, a vida de restrições financeiras
até ali vivida, levaram A.F. a uma lamentável decisão: o
suicídio. A exemplo de milhares de Seres humanos desconhecia ser a vida em
nossa Dimensão mera passagem obrigatória para o trabalho da Evolução Espiritual
que impõem resgatemos com as Leis da Vida, as concessões oferecidas a cada
individualidade, e, invariavelmente, malbaratadas em nome da satisfação do
orgulho e do egoísmo que desfoca a visão das criaturas da realidade em que se
vive. No revelador livro MISSIONÁRIOS DA
LUZ, do Espírito André Luiz através do médium Chico
Xavier, quando de sua visita ao Instituto da Reencarnação da Colônia NOSSO LAR, percebe que os caminhos da riqueza,
inteligência, beleza e autoridade, representam oportunidades raramente
bem aproveitadas pelos que nelas se veem. E, os efeitos derivados dos desvios dos
que se perdem nas suas ilusões perturbadoras, hão de ser sentidos, porém, pela
Misericórdia do Código Penal da Vida Futura que não impõem dificuldades maiores
que nossa capacidade de suportação. Mesmo assim, normalmente, sucumbimos acovardados. Com A. F. não foi diferente,
o que o levou a deliberar pela tentativa de autodestruição, agravando seus
débitos, retardando o programa que lhe permitiria a liberação de culpas pesadas
de outrora. A grave doença, a frustração afetiva, a tentação pela apropriação
indébita, tiveram origem um século antes, mais precisamente no ano de 1840,
quando jovem ambicioso de nacionalidade portuguesa, transfere-se para a colônia
Angola, a fim de dedicar-se ao comercio de escravos negros para o Brasil,
ansiando tornar-se milionário. Na sua atividade, porém, impôs martírios
incontáveis aos míseros que capturava livres em sua Pátria, ordenando os
chicoteassem pelas mais insignificantes faltas – ou mesmo nenhuma –, além da
fome, sede, tortura, separação da família, vendendo para uns, os filhos; a
outros a mãe; a outros, o pai, determinando dessa forma que nunca mais se
avistassem, a não ser quando do retorno à verdadeira vida, ou seja, a
Espiritual. Certa vez, na fazenda de sua
propriedade, violentara uma jovem escrava negra, pouco mais que uma criança. E
porque o desventurado pai da infeliz, escravo de sessenta anos, num momento de
supremo desespero, diante do cadáver da filha que procurara na morte fugir da
vergonha de que se sentia dominada, gritasse seu procedimento, acusando-o pelo
suicídio da moça, determinou que seus capatazes queimassem a língua do velho
escravo a ferro em brasa, até vê-lo cair desfalecido, nas convulsões da
agonia. Morto o ancião, dobraram-se os anos e o grande senhor esquecera-o, bem
como, aos demais, absorvido nos lances da sorte. Voltara à Europa, feliz,
enriquecido à custa do que considerava “trabalho honesto”, bem visto e
considerado pelos que, se valiam de seus negócios. O tempo de permanência no
corpo, contudo, tem seus limites, e a morte o aguardava em algum lugar do
futuro. Féretro concorrido, lágrimas, muitas flores, enfim, tudo que o dinheiro
possa providenciar no cerimonialismo das convenções sociais. Do outro lado da
realidade abandonada, porém, outra se mostrou. Despertou perdido em pleno
sertão africano, atacado por hedionda falange de Espíritos de negros sedentos
de vingança, os quais lhe pediam contas dos infelizes compatriotas por ele
escravizados e afastados para sempre, das terras nativas. Pais que haviam
perdido os filhos levados para longe; mães separadas de filhos pequeninos, os
quais vendera, a outrem, como mercadoria sem valor; filhas ultrajadas e
sacrificadas longe dos pais; filhos que conheceram, por afagos maternais, apenas
o chicote inclemente do senhor a que serviam. Aprisionaram seu Espírito no seio
de florestas tenebrosas e, por sua vez, o martirizaram, aterrorizando-o com a
reprodução, das maldades que praticara contra todos. Perdeu a noção do tempo
ante a inclemência dos sofrimentos a ele devolvidos, até que, abandonado e
enlouquecido, vagou sem rumo, desesperadamente, preso a absurdas alucinações,
padecendo fome, sede, as variadas necessidades que impusera os semelhantes
indefesos, incapaz de proferir qualquer súplica, pois, automaticamente, se ligava
ao som do choro dos escravos que morriam de saudades, separados dos seus entes
queridos, do estalar do chicote com que torturou milhares de criaturas. Até
que, por fim, chegou o dia de retomar o caminho da evolução através da
reencarnação na personalidade identificada apenas como A.F., trazendo no
programa que deveria cumprir em terras brasileiras, as provas das restrições
financeiras, da implacável doença na mesma área em que martirizou o velho
escravo e a também difícil experiência do fracasso no campo do sentimento.
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