Intermissão foi o termo
escolhido pelos principais pesquisadores da reencarnação no século XX para
explicar fatos envolvendo crianças que espontânea e de forma impactante revelam
habilidades incomuns ou detalhes de vidas passadas como o próprio nome, de
familiares, cidades, entre outras lembranças que só podem ter se originado em existência
anterior. Segundo eles, a manifestação desses registros deve-se ao intervalo
curto entre encarnações, o que vai ao encontro do afirmado por Allan
Kardec em abordagem sobre as vidas sucessivas, dizendo que “a criatura
renasce no mesmo meio, nação, raça, quer por simpatia, quer para continuar, com
os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir
trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”.
A História da Humanidade na Terra inclui o registro de vários fenômenos
clássicos como, entre outros, o compositor Mozart, o matemático Pascal,
o físico Ampére, o cientista Gauss, considerados gênios precoces
em suas áreas de atuação. No lado Oriental do Planeta, a Índia e países
periféricos, conta com milhares de exemplos de memórias de vidas passadas,
situação facilitada pelos atavismos religiosos que veem o mecanismo da
reencarnação como uma realidade. No número de novembro de 1868 da REVISTA
ESPÍRITA, foi incluída uma matéria tratando de curioso caso revelado em
publicação científica inglesa sobre uma criança de cinco anos que desde os três
de idade não sabia pronunciar senão as palavras ‘papa’ e ‘maman’. Quando
atingiu os quatro anos, a língua se desatou repentinamente, falando quando da
veiculação da notícia, de conhecidas no idioma inglês somente as duas palavras
citadas, expressando-se num idioma ignorado por todos que se aproximavam dela.
Apesar das tentativas de ensinar-lhe o idioma pátrio, recusava-se terminantemente
aprendê-lo. Colocado em discussão o tema na reunião de 9 de outubro daquele
ano, da Sociedade Espírita de Paris,
um Espírito de nome Luiz Nivard, manifestou-se sobre o assunto por um dos médiuns
presentes, na verdade seu filho, dizendo que a ocorrência do fenômeno tinha uma
razão de ser: levar os que se intrigavam diante dela a procurar-lhe a causa.
Como Espírito, o que poderia dizer era que “o Espírito encarnado no corpo dessa menina,
conheceu a língua, ou antes, as línguas que fala, pois faz uma mistura. Não
obstante a mistura é feita conscientemente e constitui uma língua, cujas
diversas expressões são tomadas das que esse Espírito conheceu em outras
encarnações. Em sua ultima existência ele tinha tido a ideia de criar uma língua
universal, a fim de permitir a facilidade das relações e o progresso humano.
Para esse efeito ele tinha começado a compor essa língua, que constituía de
fragmentos de várias que conhecia e gostava. A língua inglesa lhe era
desconhecida; tinha ouvido ingleses falar, mas achava sua língua desagradável e
detestava. Uma vez no Plano Espiritual, o objetivo que se tinha proposto em
vida aí continuou; pôs-se à tarefa e compôs um vocabulário que lhe é
particular. Encarnou-se entre ingleses, com o desprezo que tinha por sua
língua, e com a determinação bem firme de não a falar. Tomou posse de um corpo,
cujo organismo flexível lhe permite manter a palavra. Os laços que o prendem a
esse corpo são bastante elásticos, para mantê-lo num estado de
semidespreendimento, que lhe deixa a lembrança bastante distinta de seu
passado, e o mantém em sua resolução. Por outro lado, é ajudado por seu guia
espiritual, que vela para que o fenômeno tenha lugar com regularidade e
perseverança, a fim de chamar a atenção dos homens. Aliás, o Espírito encarnado
estava consentindo na produção do fato. Ao mesmo tempo que demonstra o desprezo
pela língua inglesa, cumpre a missão de provocar as pesquisas psicológicas”.
Comentando, Kardec diz que se a explicação não pode ser demonstrada, ao
menos tem por si a racionalidade e a probabilidade. Um inglês que não admite o
princípio da pluralidade das existências e que não tinha conhecimento desta
comunicação espiritual, arrastado pela lógica irresistível, disse, falando
desse caso, que ele não se poderia explicar senão pela reencarnação, se fosse
certo a gente reviver na Terra. Eis, pois, um fenômeno que, por sua estranheza,
cativando a atenção, provoca a ideia da reencarnação, como a única razão
plausível que se lhe possa dar. (...). Em tempos mais remotos, teriam olhado
essa menina como enfeitiçada. (..). O que não é menos digno de nota, é que este
fato se produz precisamente num País ainda refratário à ideia da reencarnação,
mas à qual será arrastado pela força das coisas”. Para se ter uma
ideia do significado da Intermissão,
acessemos os links indicados a seguir:
LINKS CASOS DE SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO
Jake Barnet
prodigios coreanos
chinêsinho
pianista
Akim Camara
Hamira Holland
https://www.youtube.com/watch?v=e873ZvLfXxY
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