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sábado, 27 de junho de 2015

REENCARNAÇÃO: COMPLEXIDADES E DIFICULDADES

O Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier nos repassa informações que dão conta que três linhas orientam os processos reencarnatórios na Dimensão em que nos encontramos: a compulsiva; a assistida e a natural ou mecânica. Entretanto, nem todas as respostas foram dadas, nas “reportagens” iniciadas com o livro NOSSO LAR (feb,1944). Em duas mensagens psicofônicas gravadas ao final da reunião de 27 de maio de 1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG) - tendo como médium Chico Xavier -, podemos recolher detalhes importantes até para reavaliarmos nossa posição diante da não valorização da existência que cumprimos presentemente. Na primeira, o Benfeitor Emmanuel explica: -“Enquanto a Escola Espiritual na Terra prepara as criaturas reencarnadas para o fenômeno da morte, em nosso plano de ação essa mesma Escola prepara as criaturas desencarnadas para o aprendizado da existência no corpo físico”. O Instrutor acrescenta em rápidas considerações que o sucederia na utilização do aparelho mediúnico, o Espírito Cornélio Mylward que enquanto encarnado exerceu a Medicina, a fim de dirigir-se a numeroso grupo de desencarnados presentes ansiando pela oportunidade de voltar às experiências do corpo físico, através da reencarnação. Do falado a eles, destacamos alguns pontos: 1-Para que obtenhamos tal concessão é indispensável nosso concurso com a Lei Divina, obedecendo-lhe aos regulamentos que definem o Bem Infinito, em todas as suas manifestações. 2-É preciso modificar os nossos “clichês” mentais para que a nossa volta à escola terrestre signifique recomposição e refazimento. 3- Essa transformação, contudo não será levada a efeito apenas à força de preces, meditações e conclusões em torno do passado. Faz-se imprescindível a dinâmica da ação. 4- O serviço será sempre o grande renovador de nossa vida consciencial, habilitando-nos à experiência reconstrutiva, sob a inspiração de nosso Divino Mestre e Senhor. 5- Não conquistaremos o vestuário carnal entre os homens sem aquisição de simpatia entre eles. 6-É necessário gerar no Espírito daqueles nossos associados do pretérito, que se encontram no educandário humano, a atitude favorável à solução dos nossos problemas. 7- Templos religiosos, estabelecimentos hospitalares, círculos de assistência moral, domicílios angustiados, cárceres de sofrimento, palcos de tortura expiatória, eis nosso vasto setor de concurso fraterno. Nessas esferas de regeneração e corrigenda, companheiros encarnados e desencarnados, padecentes e aflitos, expressam o material de nossa preparação. 8- A fim de esquecer velhas provas, aliviemos as provas alheias. Para desobstruir o caminho de nossa consciência culpada, devemos favorecer a libertação dos que suportam fardos mais pesados que os nossos, porque ajudando aos nossos semelhantes angariaremos o auxílio deles, fazendo-nos, ao mesmo tempo, credores do amparo daqueles Irmãos Maiores que nos estendem providos braços da Vida Superior. (...). 9- Somente a atividade em socorro ao próximo conseguirá renovar-nos a fonte do pensamento, traçando-nos seguras diretrizes, pois sob o guante de nossas lembranças constringentes o esforço da reencarnação redundará impraticável, de vez que nossas reminiscências infelizes são fatores desequilibrantes de nosso mundo vibratório, impedindo-nos a formação de novo instrumento fisiológico suscetível de conduzir-nos à reorganização do próprio destino. 10- Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. 11- Somente ao preço de uma vontade vigorosa e pertinaz, situada no bem comum, é que lograremos conquistar o interesse dos Grandes Instrutores em prol da concretização de nossas aspirações mais nobres. 12- Regenerando a química de nossos sentimentos, o que decerto nos custará renunciação e sacrifício, atingiremos mais clara visão para reencontrar os laços de nosso pretérito e, então, segundo os dispositivos da hereditariedade, que traduz parentesco de inclinações e compromissos, seremos requisitados pelas criaturas que se afinam conosco, tanto quanto, desde agora, estão elas sendo requisitadas por nossos anseios. 13- Reaproximar-nos-emos, desse modo, de quantos se harmonizam com a experiência em que nos demoramos, e, aderindo-lhes à existência, seremos defrontadas pelas provas condizentes com a nossa natureza inferior, comungando-lhes o pão da luta, indispensável à recuperação de nossa felicidade. 14- Se nos abeirarmos de nossos futuros pais e de nossos futuros lares, envoltos na tempestade da incompreensão e da indisciplina, apenas espalharemos, ao redor de nós, desarmonia e frustração, porquanto, em verdade, o nosso caminho na vida será sempre a projeção de nós mesmos. 15- Purifiquemo-nos por dentro quanto seja possível, olvidando todo o mal. Lançar sobre os elementos genésicos a energia viciada dos lamentáveis enganos que nos precipitaram à sombra, será prejudicar o corpo que a herança terrena nos reserva, reduzindo-nos as possibilidades de vitória no combate de amanhã.

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