Apreciando o tema Influência Espiritual, Allan Kardec
faz uma distinção entre esta e a Obsessão que define como a ação intencional de
um Espírito desencarnado sobre outro, seja encarnado ou não, enquanto a
primeira situação ocorre devido às propriedades do fluido perispiritual,
acionados pela Lei da Afinidade, interligando os envolvidos como um imã tanto
mais poderoso quanto maior for a vulnerabilidade mento-emocional do atingido
pelo problema. Preso aos condicionamentos intelectuais da formação em Medicina
na nossa Dimensão, compreensível as surpresas do Espírito conhecido como André
Luiz diante das realidades com que foi se defrontando nas incursões
relacionadas à vida no Mundo Espiritual, bem como suas interações com os Plano
chamado Físico, descritas nas obras da conhecida como NOSSO LAR. Destacamos alguns exemplos para reflexão. CASO 1 - NA VIA
PÚBLICA: –“No longo percurso, através de ruas
movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros
totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de
ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em
abraço singular. Muitos se dependuravam a veículos, contemplavam-nos outros,
das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras
nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não
havia notado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal. (...)
Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às
outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao
homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em continuo
vaivém (...). Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de
vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade. CASO 2 - NUMA RESIDÊNCIA COMUM: -"A família, constituída da viúva, três
filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no almoço muito
simples. Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me a
observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao
repasto, como se estivassem tomando alimentos por absorção.(...) Os que
desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles
encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantém ligados à casa, às
situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a
parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico. CASO 3 – NUM HOSPITAL: -A enfermaria estava
repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios
enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos,
inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas
forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os. Seria inútil qualquer esforço extraordinário,
pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se
incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para suas mazelas
orgânicas, competindo-nos apenas irradiar boa vontade e praticar o Bem, tanto
quanto fosse possível, sem, contudo, violar as posições de cada um. CASO 4- NUM RESTAURANTE: -“Transpusemos a entrada. As emanações do
ambiente produziam em nós indefinível mal estar. Junto de fumantes e bebedores
inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes.
Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo
calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento.
Outras aspiravam o hálito de alcóolatras impenitentes. Informou o orientador:
-Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam
com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles
nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis
costumes por que se deixam influenciar. Os quadros de viciação mental,
ignorância e sofrimento nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes.
Onde não existe organização espiritual, não há defesas de paz de espírito. Isto
é intuitivo para todos os que estimem o reto pensamento”.
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