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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

REVELAÇÕES PARA SE PENSAR



Vez ou outra, ouvimos “meus fluidos não batem com os daquela pessoa”. Intuitiva ou conscientemente, estão falando uma verdade. Segundo Allan Kardec apoiado nas informações oferecidas pelos Espíritos que o ajudaram a organizar a base do Espiritismo, isso “muito frequentemente, ocorre entre pessoas que se conheceram, prejudicaram ou amaram em uma existência precedente, e que são atraídas uma pela outra originando as simpatias ou aversões instintivas”. Abre, porém, a possibilidade de existir outra causa. Nasce ela da realidade revelada ou apresentada de forma adequada aos níveis de entendimento de parcela da Humanidade presente em nossa Dimensão do século 19 para frente: a existência de um corpo intermediário entre o Espírito, a individualidade, o “EU” e o corpo físico, por Kardec denominado Perispírito, o milenarmente conhecido Corpo Espiritual. Revestimento e modelador do Princípio Inteligente na fase humana de sua evolução, segundo as explicações do Codificador, “o períspirito irradia, ao redor de si mesmo, uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado. Assim, duas pessoas que se encontram experimentam, pelo contato desses fluídos, impressão agradável ou não, por sinal, a mesma da sensitiva – planta que se retrai ante a aproximação de qualquer Ser humano. Tais fluidos tendem a confundir-se ou repelir-se, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante”. Dentro dessa visão, entende-se a razão daqueles fatos ou fenômenos em que uma pessoa como que percebe a realidade interior daquela com a qual se relaciona, “se adivinhando e compreendendo sem se falarem”. Nada mais que o “contato dos fluidos pessoais”. Décadas depois, o Instrutor Espiritual Emmanuel através do médium Chico Xavier, escreveria no livro O CONSOLADOR (feb; 1940), que “a simpatia ou a antipatia tem suas raízes profundas no Espírito, na sutilíssima entrosagem dos fluidos peculiares a cada um e, quase sempre, de modo geral, atestam uma renovação de sensações experimentadas pela criatura, desde o pretérito delituoso, em iguais circunstâncias”. Mais à frente, o Espírito identificado como André Luiz – nome aproveitado de um irmão consanguíneo do médium Xavier que à época do lançamento do primeiro livro escrito pelo médico desencarnado enfrentava um processo judicial movido pela viúva do escritor Humberto de Campos pelo uso do nome do marido, requerendo indenização ou participação nos resultados dos direitos autorais dos livros mediúnicos que utilizassem o nome do intelectual -,  reproduziria explicação ouvida na Colônia NOSSO LAR, segundo a qual “todo Espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente (1943) não pode compreender. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures”. No mesmo aprendizado, registra um dado bastante significativo: -“Pelo pensamento, os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um imã poderoso. Há uma extensa Humanidade invisível, que se segue à Humanidade visível”. Exemplificam dizendo que “pelos dispositivos da Lei da Afinidade, a maledicência atrairá caluniadores invisíveis e a ironia buscará, sem dúvida, as entidades galhofeiras e sarcásticas, que inspirarão o anedotário menos digno, deixando margem vastíssima à leviandade e à perturbação”. No quesito antipatia, a Espiritualidade orienta: -“Toda antipatia, aparentemente a mais justa, deve morrer para dar lugar à simpatia que edifica o coração para o trabalho construtivo e legítimo da fraternidade”.

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