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domingo, 16 de agosto de 2015

SUICÍDIO - SEMPRE IMPORTANTE LEMBRAR

Atitude condenada pela maioria das religiões, na visão do Espiritismo, ganha contornos mais realísticos do que os da fé cega. Sobretudo n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS das questões 943 a 957, em que Allan Kardec cerca os Espíritos que lhe forneceram elementos às diferentes perguntas a eles formuladas sobre os mais diferentes assuntos, inclusive o suicídio. A roda do tempo girou e um século após, no ano de 1960, nos estudos encetados em torno dos temas tratados na mais básica de todas as Obras organizadas pelo pesquisador, intelectual e educador francês que enxergou nos fenômenos das mesas girantes a oportunidade de obter informações cruciais para o entendimento da natureza humana e do ignorado Mundo que se lhe apresentava, o Espírito Emmanuel, através do médium Chico Xavier, amplia horizontes para os interessados no assunto na obra RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS (feb). Em capítulo intitulado simplesmente SUICÍDIO, entre outras coisas explica: -“No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo. Atormentada de dor, a consciência desperte no nível de sobre a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias. É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no Plano Carnal, em regime de hospitalização  na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições. Ser-nos-á fácil, desse modo, identifica-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem. Ilustrando suas ponderações, exemplifica: -“Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endócrinas, tanto quanto os males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que se estilhaçaram ou deitaram a própria cabeça sob as rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa. Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial  na cura da alma. Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária de redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham”. Sendo assim, fazendo o processo inverso, dos efeitos remontando as causas, embora a generalização não seja recomendável, poderíamos ter uma ideia das razões de processos incompreensíveis pelo conhecimentos da nossa realidade.

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