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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

INFORMAÇÕES SEGURAS

Sem fazer do trabalho dos Espíritos meio de vida; preso a princípios ético-morais rigorosos; atento à orientação do Espírito Emmanuel sobre seguir o caminho da disciplina, disciplina, disciplina; o médium Chico Xavier ainda hoje é lembrado pela sensatez de seus pareceres sobre os temas a ele submetidos. Um deles, o de que nos serviremos a seguir: o suicídio. Quatro questões, quatro respostas para reflexões: 1 - Os Espíritos acham que os sofrimentos dos suicidas decorrem de um castigo e Deus? Não. Não decorrem de um castigo de Deus, porque Deus é a Misericórdia Infinita, a Justiça Perfeita. Emmanuel sempre me explica e outros amigos espirituais, lecionando sobre o assunto também explicam, que, quando atentamos contra o nosso corpo, na Terra, ferimos as estruturas do nosso corpo espiritual. Infringimos a nós mesmos essas punições. 2 -  De que maneira e com que traumas se reencarnam as pessoas que se matam? - O suicídio está ligado ao senso de responsabilidade. Nosso Emmanuel sempre explica que nós somos culpados por aquilo que conhecemos como sendo uma atitude imprópria para nós. Porém nós temos, ainda, povos que adotam o suicídio como norma de comportamento heróico. O suicídio, para aqueles que conhecem a importância da vida, impõe um complexo culposo muito grande nas consciências. Então, nós os cristãos, que temos responsabilidades de viver e compreender a vida, em suicidando, nós demandamos o além com a lesão das estruturas do corpo físico. De forma que, se damos um tiro no crânio, conforme a região que o projétil atravessa, sofremos no Além as lesões consequentes. São espíritos doentes, os espíritos enfermiços que recebem carinho especial dos protetores espirituais. Mas o problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra, pedimos para assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Assim: 1. Se a bala atravessou o centro da fala, naturalmente vamos retomar o corpo físico em condições de mudez. 2. Se atravessa o centro da visão, vamos renascer com processo de cegueira. 3. Se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o equilíbrio de nossas estruturas espirituais, vamos voltar com determinadas moléstias que afetam o nosso equilíbrio. 4. Quando nos envenenamos, quando envenenamos as nossas vísceras, somos candidatos, quando voltamos à Terra, ao câncer nos primeiros dias de infância, ao problema de fluidos comburentes que criam desequilíbrio no campo celular. Muitas vezes encontramos numa criança recentemente nascida um processo canceroso que nós não sabemos justificar, senão pela reencarnação, porque o espírito traz consigo aquela angústia, aquele desequilíbrio que se instala dentro de si próprio. 5. Pelo enforcamento, nós trazemos determinados problemas de coluna e caímos logo nos processos de paraplegia. Somos crianças ligadas, parafusadas ao leito durante determinado tempo, em luta de auto-corrigenda, de autopunição, de reestruturação de peças de nosso corpo espiritual. 3 - O suicídio é consequência de fatores psicológicos em desagregação ou de influências espirituais em evolução?Todos sabemos: cada Espírito é senhor de seu próprio mundo individual. Quando perpetramos a deserção voluntária dos nossos deveres, diante das leis que nos governam, decerto que imprimimos determinadas deformidades no corpo espiritual. Essas deformidades resultam das causas cármicas estabelecidas por nós mesmos, pelas quais sempre recebemos de volta os efeitos das próprias ações. Cometido o suicídio, nessa ou naquela circunstância, geramos lesões e problemas psicológicos na própria alma, dificuldades essas que seremos chamados a debelar na próxima existência, ou nas próximas existências, segundo as possibilidades ao nosso alcance. Assim, formamos, com um suicídio, muitas tentações a suicídio no futuro, porque em nos reencarnando, carregamos conosco tendências e inclinações, como é óbvio, na recapitulação de nossas experiências na Terra. Quando falamos “tentações” não nos referimos a esse tipo de tentações que acreditamos provir de entidades positivamente infelizes, cristalizadas na perseguição às criaturas humanas. Dizemos tentação oriunda de nossa própria natureza. Sabemos que a tentação em si, na verdadeira acepção da palavra, nasce dentro de nós. 4 - Se você dispusesse de alguns breves instantes para falar a uma pessoa preste a suicidar-se, que diria a essa pessoa? - Diria imediatamente, qual já tenho feito em diversas ocasiões, que a morte não existe como extinção da vida e que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções e revisá-las.


domingo, 27 de setembro de 2015

COMO PREVISTO 2

Do texto baseado em inúmeras mensagens de Espíritos desencarnados  comentando  sobre o tempo turbulento que marca a elevação da Terra na escala dos Mundos, com que  Allan Kardec abre o número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA,destacamos: 1 - Nosso Globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Esses dois progressos se seguem e marcham paralelamente, porque a perfeição da habitação está em relação com o habitante. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei. 2 - O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável, conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo em que cada Ser inteligente tem sua parte da ação, sob o olhar do soberano Senhor, cuja vontade única mantém a unidade por toda parte. Sob o império desse vasto poder regulador, tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita; o que nos parece perturbações são movimentos parciais e isolados, que só nos parecem irregulares porque nossa visão é circunscrita. 3 - A Humanidade realizou até agora incontestáveis progressos. Por sua inteligência, os homens chegaram a resultados jamais atingidos em relação às ciências, às artes e ao bem-estar material; resta-lhes ainda uma imensidão a realizar: é fazer reinar entre si a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o seu bem-estar moral. 4 - Já não é apenas o desenvolvimento da inteligência que é necessário aos homens, é a elevação do sentimento e, para tanto, é preciso destruir tudo quanto neles possa excitar o egoísmo e o orgulho. 5 - Não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a um País, a um povo, a uma raça; é um movimento universal, que se opera no sentido do progresso moral. 6 -  Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer e os homens que a ela são mais opostos nela trabalham queiram ou não; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, achar-se-á animada de ideias e sentimentos completamente diversos da geração presente, que desaparece a passos de gigante. 7- O Velho Mundo estará morto e viverá na História, como hoje os tempos medievais, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas. Aliás, cada um sabe que a ordem de coisas atual deixa a desejar. Depois de haver, de certo modo, esgotado o bem-estar material, que é produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento desse bem-estar não pode estar senão no desenvolvimento moral. 8 -  Quanto mais se avança, mais se sente o que falta, sem, contudo, poder ainda o definir claramente: é o efeito do trabalho íntimo que se opera para a regeneração; tem-se desejos, aspirações que são como o pressentimento de um estado melhor. 9 - Mas uma mudança tão radical quanto a que se elabora não pode realizar-se sem comoção; há luta inevitável entre as ideias, e quem diz luta, diz alternativa de sucesso e de revés. Entretanto, como as ideias novas são as do progresso e o progresso está nas leis da Natureza, estas não deixam de triunfar sobre as ideias retrógradas. Desse conflito nascerão, forçosamente, perturbações temporárias, até que o terreno esteja livre dos obstáculos que se opõem à construção do novo edifício social.  10 - Da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos anunciados, e não de cataclismos, ou catástrofes puramente materiais. 11 - A Humanidade é um Ser coletivo, no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada Ser individual, mas com esta diferença: umas se realizam de ano a ano, e as outras de século em século 12 - O número dos retardatários sem dúvida ainda é grande, mas que podem contra a onda que sobe, senão lançar-lhe algumas pedras? Essa onda é a geração que surge, enquanto eles desaparecem com a geração que vai a largos passos. Até lá defenderão o terreno palmo a palmo. Há, pois, uma luta inevitável, mas desigual, porque é a do passado decrépito, que cai em farrapos, contra o futuro juvenil; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a vontade de Deus, porque os tempos por ele marcados são chegados. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

COMO PREVISTO


O número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA,foi quase uma edição especial. Grande parte de suas páginas foram ocupadas por uma matéria intitulada OS TEMPOS SÃO CHEGADOS, compreendendo uma extensa reflexão de Allan Kardec sobre um grande número de comunicações transmitidas por vários Espíritos, a ele endereçadas, bem como a outras pessoas sobre o mesmo assunto, conforme nota por ele adicionada ao final do seu texto. Na sequência, incluiu mensagens recebidas em abril daquele ano, em Paris, através de dois médiuns identificados apenas pelas iniciais M. e T., concluindo o material com outra a ele dirigida em 1 de setembro, por um dos seus protetores invisíveis. Ante a evolução dos acontecimentos observados no Planeta recentemente, destacamos alguns pontos para reflexão, demonstrando que muitas do que se vê, esta previsto e predito por aqueles que, nos bastidores da invisibilidade coordenam as mudanças profetizadas há vários séculos, especialmente, por Jesus, como provam os escritos dos Apóstolos que preservaram as palavras do Mestre. 1 - Os acontecimentos se precipitam com rapidez, de modo que não vos dizemos mais, como outrora: “Os tempos estão próximos”; agora dizemos: “Os tempos são chegados.” Por estas palavras não entendais um novo dilúvio, nem um cataclismo, nem uma perturbação geral. Convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e ainda se produzem, porque inerentes à sua constituição, mas são sinais dos tempos. Entretanto, tudo quanto está predito no Evangelho deve realizar-se e se cumpre neste momento, como reconhecereis mais tarde. 2- Não tomeis os sinais anunciados senão como figuras, dos quais é preciso captar o espírito, e não a letra. Todas as Escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria, e é porque os exegetas se apegaram à letra que se extraviaram. Faltou-lhes a chave para a compreensão de seu verdadeiro sentido. Esta chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo invisível, que o Espiritismo vos vem revelar. 4- Sendo chegado esse tempo, uma grande emigração se realiza neste momento entre os que a habitam; os que fazem o mal pelo mal e não são tocados pelo sentimento do bem por não serem dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso. Irão expiar seu endurecimento nos Mundos Inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos e terão por missão fazê-los progredir. Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz e a fraternidade. 5 - A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem. 6-  A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhes são próprios. As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Devendo fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior. 7 - Por esta emigração de Espíritos não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Muitos, ao contrário, a ela voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que a essência. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos.






quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A VOLTA DO GRANDE ESCRITOR


Um dos grandes nomes da literatura mundial, o inglês Charles Dickens morreu em 9 de junho de 1870, antes de ter concluído a obra que escrevia. Sua paixão pelas letras, contudo, não o impediu de fazê-lo, pois três anos depois, encontrou o caminho da mediunidade para consumar seu trabalho, fato que alcançou grande repercussão nos Estados Unidos da América do Norte, visto ter sido tornada publica sua intenção. Conta o pesquisador Alexandre Aksakof em seu livro ANIMISMO E ESPIRITISMO (feb): -“Quando se espalhou o boato de que o romance de Dickens ia ser terminado por tão extraordinário e insólito processo, o Springfield Daily Union expediu um de seus colaboradores a Brattleborough (Vermont), onde morava o médium, para fazer uma investigação, no local, de todos os pormenores dessa estranha empresa literária. Do que se escreveu na época,  extraímos: “Ele (o médium) nasceu em Boston; aos catorze anos foi colocado como aprendiz em casa de um mecânico, ofício que até hoje exerce; de maneira que sua instrução escolar terminou na idade de treze anos. Se bem que não fosse nem destituído de inteligência, nem iletrado, não manifestava gosto algum pela literatura e nunca se tinha interessado por ela. Até então, nunca tinha experimentado publicar, em qualquer jornal, o menor artigo. Tal é o homem de quem Charles Dickens lançou mão da pena para continuar THE MISTERY OF EDWIN DROOD Eis como se passaram as coisas. Havia dez meses, um jovem, o médium que, para ser breve, designarei pela inicial A (pois que ele não quis ainda divulgar seu nome), tinha sido convidado por seus amigos a sentar-se perto de uma mesa para fazer parte de uma experiência espírita. Até aquele dia, sempre havia zombado dos “milagres espíritas”, considerando-os fraudes, sem suspeitar que ele próprio possuía dons mediúnicos. Apenas começou a sessão, ouviram-se pancadas rápidas e a mesa, depois de movimentos bruscos e desordenados, cai sobre os joelhos do Sr. A. para fazer-lhe ver que é ele o médium. No dia seguinte, à noite, convidaram-no para tomar parte em uma segunda sessão; as manifestações foram ainda mais acentuadas. O Sr. A. caiu subitamente em transe, tomou um lápis e escreveu uma comunicação assinada com o nome do filho de uma das pessoas presentes, de cuja existência o Sr. A. não suspeitava. Em fins do mês de outubro de 1872, no decurso de uma sessão, o Sr. A. escreveu uma comunicação dirigida a si mesmo assinada com o nome de Charles Dickens, com o pedido de organizar para ele uma sessão especial, a 15 de novembro. Entre outubro e meados de novembro, novas comunicações lembraram-lhe aquele pedido por muitas vezes. A sessão de 15 de novembro, que, segundo as indicações recebidas, se realizou às escuras, em presença do Sr. A. somente, deu em resultado uma longa comunicação de Dickens, que externou o desejo de terminar, com o auxílio do médium, seu romance não acabado. Essa comunicação informava que Dickens tinha procurado por longo tempo o meio de conseguir esse intento, mas que até aquele dia não tinha encontrado médium apto para realizar semelhante incumbência. Ele desejava que o primeiro ditado fosse feito na véspera do Natal, noite que prezava particularmente, e pedia encarecidamente ao médium que consagrasse àquela obra todo o tempo de que pudesse dispor, sem prejudicar as suas ocupações habituais... Em breve tornou-se evidente que era a mão do mestre que escrevia, e o Sr. A. aceitou com a melhor boa vontade essa estranha situação. Esses trabalhos, executados pelo médium, fora de suas ocupações profissionais, que lhe tomavam dez horas por dia, produziram, até julho de 1873, 200 folhas de manuscrito, o que representa um volume de 400 páginas”. Conforme conclusão de uma dos críticos que analisaram o conteúdo do trabalho, “é difícil admitir que o gênio e o senso artístico com que esse escrito está marcado e que têm tanta semelhança com o gênio e com o senso artístico de Charles Dickens tenham induzido o seu autor, qualquer que ele seja, a só se apresentar ao mundo como hábil falsificador.”



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SURPRESAS DA MEDIUNIDADE

     
      Poeta épico grego, ao qual se atribui a autoria de ODISSÉIA e ILÍADA, Homero, ainda na atualidade é tema de polêmicas acaloradas por parte dos estudiosos de sua vida e obra. Pois, na REVISTA ESPÍRITA de novembro de 1860, encontramos interessante matéria onde Allan Kardec apresenta o resultado de interessante comunicação em forma de diálogo estabelecido através de dois médiuns avaliados por ele como confiáveis - até pelo seu nível cultural.  Comunicação obtida espontaneamente e sem que o médium de forma alguma pensasse no poeta grego, provocou diversas perguntas. Vejamos alguns trechos da interessante conversa: -“ Passei a juventude nos alagados de Mélès; banhei-me e embalei-me muitas vezes em suas ondas. Daí por que, na minha juventude, eu era chamado de Melesigênio.”  1. Sendo este nome desconhecido, rogamos ao Espírito que se dignasse explicá-lo de maneira precisa. Resp. – Minha mocidade foi embalada nas ondas; a poesia me deu cabelos brancos. Sou eu a quem chamais Homero. Observação – Grande foi a nossa surpresa, pois não fazíamos nenhuma ideia do sobrenome de Homero; depois o encontramos no dicionário mitológico. Continuamos as perguntas. 2. Poderíeis dizer a que devemos a felicidade de vossa visita espontânea? Não pensávamos absolutamente em vós neste momento, pelo que vos pedimos perdão. Resp. – É porque venho às vossas reuniões, como se vai sempre aos irmãos que têm em vista fazer o bem. 4. Os poemas da ILÍADA e da ODISSÉIA, que temos, são exatamente os que compusestes? Resp. – Não; foram modificados. 5. Várias cidades disputaram a honra de vos ter sido o berço. Poderíeis esclarecer-nos a respeito? Resp. – Procurai a cidade da Grécia que possui a casa do cortesão Clénax. Foi ele quem expulsou minha mãe do lugar de meu nascimento, porque ela não queria ser sua amante; assim, sabereis em que cidade eu nasci. Sim, elas disputaram essa suposta honra, mas não disputavam por me haverem dado hospitalidade. Oh! eis os pobres humanos; sempre futilidades; bons pensamentos, jamais!”. Analisando o depoimento, Allan Kardec observa: - “O fato mais importante desta comunicação é a revelação do sobrenome de Homero; e é tanto mais notável quanto os dois médiuns, que deploram a insuficiência de sua instrução – o que os obriga a viver do trabalho manual – não podiam ter a menor ideia a respeito. E tanto menos se pode atribui-lo a um reflexo qualquer do pensamento, considerando-se que no momento estavam sós. A respeito, faremos outra observação: Está provado, para todo espírita, mesmo para os menos experientes, que se alguém soubesse o sobrenome de Homero e, numa evocação, como prova de identidade, lhe pedisse para o revelar, nada obteria. Se as comunicações não passassem de um reflexo do pensamento, como não diria o Espírito aquilo que sabemos, enquanto ele próprio diz aquilo que ignoramos? É que ele também tem a sua dignidade e a sua susceptibilidade e quer provar que não está às ordens do primeiro curioso que apareça. Suponhamos que aquele que mais protesta contra o que chama capricho ou má vontade do Espírito, se apresente numa casa declinando o nome. Que faria, se o acolhessem e lhe pedissem à queima-roupa que provasse ser ele mesmo? Voltaria as costas. É o que fazem os Espíritos. Isto não quer dizer que se deva crer sob palavra; mas quando se querem provas de identidade, é necessário que os tratemos com a mesma consideração que dispensamos aos homens. As provas de identidade fornecidas espontaneamente pelos Espíritos são sempre as melhores. Se nos estendemos tanto a propósito de um assunto que não parecia comportar tantas considerações, é que se me afigura útil não negligenciar nenhuma ocasião de chamar a atenção sobre a parte prática de uma ciência cercada de mais dificuldades do que geralmente se pensa, e que muitas pessoas julgam possuir porque sabem fazer bater uma mesa ou mover-se um lápis”. 

sábado, 19 de setembro de 2015

SURPREENDENTE REVELAÇÃO

Allan Kardec escreveu que “pelas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos que se fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir os trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstâncias, não permitiram terminar”. Pois, em 1755, na cidade alemã de Meissen, reencarnou na Terra um personagem importante na visão da hoje denominada holística da saúde humana: Cristiano Frederico Samuel Hahnemann, que viveria até 1843, quando desencarnaria em Paris, na França. Hahnemann como se sabe propôs em 1796 uma nova modalidade de Medicina: a Homeopática. Explicava sua proposição em artigo publicado naquele ano dizendo que “para descobrir as verdadeiras propriedades medicinais de uma substância nas afecções crônicas, deve-se levar em consideração a atenção sobre a particular moléstia artificial que ela ordinariamente provoca no organismo, a fim de adaptá-la a um estado patológico muito análogo àquele que procura afastar. Para curar radicalmente certas afecções crônicas é preciso procurar medicamentos que ordinariamente provoquem no organismo humano moléstia análoga, e  mais análoga possível”. A descoberta da Lei dos Semelhantes e sua formulação não tardaram, bem como, as sucessivas experimentações com a dinamização progressiva das substâncias. Um estudioso da obra de Paracelso que ressurgiria na personalidade de Hahnemann para dar outro impulso às ideias da Medicina Espiritual, emitiu um parecer que continua atual, afirmando que “a Medicina sofre o destino infeliz de ser o mais conservador e mais rotineiro do conhecimento humano, pois, a despeito das pesquisas no campo da física terem revelado a concepção puramente energética da matéria, os médicos continuam a tratar seus doentes segundo as concepções químicas de dois séculos atrás, julgando aumentar o valor de suas prescrições forçando a dose dos remédios”.  Depois de acompanhar o desdobramento das atividades iniciais desenvolvidas pelo então Professor Rivail, confirmando, através da médium Sra Japhet em 7 de maio de 1856, questionamento do mesmo sobre sua missão, o Espírito do médico alemão teria duas de suas mensagens aproveitadas em livros do intelectual e pesquisador francês. Uma, no capítulo IX (Bem Aventurados os que São Brandos e Pacíficos), d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO e outra discorrendo sobre a MEDICINA HOMEOPÁTICA incluída na REVISTA ESPÍRITA de agosto de 1863. Kardec terminou sua tarefa na nossa Dimensão, retornando ao Plano Espiritual em 31 de março de 1869, mas, Hahnemann seguiria ligado aos ESPÍRITOS DO SENHOR na tarefa preconizada no Prefácio da terceira obra da Codificação, nas ações objetivando a preparação do Terceiro Milênio do Cristianismo na Terra. A prova está numa mensagem psicografada em março de 1875 pela médium Madame W. Krell (a mesma que repassaria em 25 de dezembro daquele ano a conhecida PRECE DE CÁRITAS). Concluindo o texto, o Espírito do sábio médico assina Hahnemann, outrora Paracelso. Uma comparação entre as ideias dos dois Mestres, suas conclusões, a filosofia médica, por sinal, demonstram-nas semelhantes ao chamado pai da Medicina: Hipócrates. Para ele, “o semelhante cura o semelhante” e “o que causa a doença artificial deve curar a doença real”. E, o que diz a Homeopatia? Nada mais que a aplicação desse preceito. Seriam as três personalidades o mesmo Espírito?

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

OBSESSÃO EXPLICADA POR UM MÉDICO


Ignorados por grande parte da Humanidade, os processos obsessivos nascidos, por vezes, da simples influência espiritual comum, alcancem, certamente, índices inimagináveis. A contribuição do Espiritismo permanece desconhecida, até porque “os que reencarnam’ como disse Gabriel Dellane a André Luiz no livro ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS (feb, 1965) -,  ‘prometendo servi-lo, no campo da inspiração e da inteligência, se desviam nas seduções da Esfera física, convertendo-se em médiuns autênticos das regiões inferiores”, visto queos milhões de Espíritos inferiores que cercam a Humanidade possuem seus médiuns, o que é inegável”. No campo da chamada ciência, poucos tem coragem de mostrar a grande quantidade de informações oferecidas pela Doutrina. Poucos médicos tem a coragem dos colegas Bezerra de Menezes e Inácio Ferreira de se afirmar espíritas publicamente. Não será difícil, de repente, surgir outra ‘inovadora’ proposta como a Metapsíquica de Charles Richet. As informações, contudo, continuam disponíveis. Uma delas, vertida do Plano Espiritual pelo médico Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz que desenvolveu alguns temas relacionados à obsessão repassados ao público nas obras do acervo construído através de Chico Xavier, INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS e VOZES DO GRANDE ALÉM (feb). Destacamos alguns trechos que bem demonstram a etiologia da perturbação espiritual: - “Quem assiste aos espetáculos de hipnotismo, nas exibições vulgares, percebe perfeitamente os efeitos do fluido magnético a derramar-se do responsável pela hipnose provocada sobre o campo mental do paciente voluntário que lhe obedece ao comando. Neutralizada a vontade, o «sujet» assinala, na intimidade do cosmo intracraniano, a invasão da força que lhe subjuga as células nervosas, reduzindo-o à condição de escravo temporário do hipnotizador com quem se afina, a executar-lhe as ordenações, por mais abstrusas e infantis. Aí vemos, em tese, o processo de que se utilizam os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, na cultura do vampirismo. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade e, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhes as zonas motoras e sensórias, inclusive os centros cerebrais, em que o espírito conserva as suas conquistas de linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano, criando, assim, no instrumento corpóreo dos obsessos as doenças-fantasmas de todos os tipos que, em se alongando no tempo, operam a degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo o império de moléstias reais, que persistem até à morte. Nesse quadro de enfermidades imaginárias, com possibilidades virtuais de concretização e manifestação, encontramos todos os sintomas catalogados na patogenia comum”. Avaliando o problema da posição privilegiada, aconselha o sábio apóstolo da Medicina:  –“Eis por que, respeitando o concurso médico, através da clínica e da cirurgia, em todas as circunstâncias, é imprescindível nos detenhamos no valor da prece e da conversação evangélica, como recursos psicoterápicos de primeira ordem, no trabalho de desobsessão, em nossas atividades espíritas. O círculo de oração projeta o impacto de energias balsâmicas e construtivas, sobre perseguidores e perseguidos que se conjugam na provação expiatória, e a incorporação medianímica efetua a transferência das entidades depravadas ou sofredoras, desalojando-as do ambiente ou do corpo de suas vítimas e fixando-as, a prazo curto, na organização fisiopsíquica dos médiuns de boa vontade para entendimento e acerto de pontos de vista, em favor da recuperação dos enfermos, com a cessação da discórdia, do desequilíbrio e do sofrimento”. Assim sendo, enquanto a medicina terrestre aperfeiçoa os seus métodos de assistência à saúde mento-física da Humanidade, aprimoremos, por nossa vez, os elementos socorristas ao nosso alcance pela oração e pela palavra esclarecedora, pela fé e pelo amor, pela educação e pela caridade infatigável”.




terça-feira, 15 de setembro de 2015

ESPIRITISMO É RELIGIÃO? EM QUE SENTIDO?



Tema sempre polêmico, obteve de Allan Kardec algumas apreciações, expostas no texto com que abre o número de dezembro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA. Destacamos um dos esclarecedores trechos para reflexões: -“A caridade é a alma do Espiritismo: ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes; é porque pode se dizer que não há verdadeiro Espírita sem caridade. Mas a caridade é ainda uma dessas palavras de sentido múltiplo, da qual é necessário bem compreender toda a importância; e se os Espíritos não cessam de pregá- la e de defini-la, é que, provavelmente, reconhecem que isto é ainda necessário. (...). Quantas coisas haveria a se dizer sobre este assunto! Quantas belas instruções nos dão, sem cessar, os Espíritos! (...) Seria fácil demonstrar que, em se colocando do ponto de vista do interesse pessoal, egoísta, querendo-se - porque todos os homens não estão ainda maduros para uma abnegação completa, para fazer o bem unicamente pelo amor ao Bem - seria, digo eu, fácil de demonstrar que têm tudo a ganhar agindo da maneira e tudo a perder agindo de outro modo, mesmo em suas relações sociais; depois, o bem atrai o bem e a proteção dos bons Espíritos; o mal atrai o mal e abre a porta à maldade dos maus. Cedo ou tarde o orgulhoso é castigado pela humilhação, o ambicioso pelas decepções, o egoísta pela ruína de suas esperanças, o hipócrita pela vergonha de ser desmascarado; aquele que abandona os bons Espíritos por eles é abandonado, e, de queda em queda, se vê, enfim, no fundo do abismo, ao passo que os bons Espíritos levantam e sustentam aquele que, em suas maiores provas, não deixa de confiar na Providência e não desvia jamais do caminho reto; aquele, enfim, cujo secretos sentimentos não escondem nenhum pensamento dissimulado de vaidade ou de interesse pessoal. Portanto, de um lado, ganho assegurado; do outro, perda certa; cada um, em virtude de seu livre arbítrio, pode escolher a chance que quer correr, mas não poderá tomar senão de si mesmo as consequências de sua escolha. Crer em um Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificativa do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente na perfeição; na equitativa remuneração do Bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados, considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, tendo em vista o futuro mais invejável do que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e em ações na mais ampla acepção da palavra; se esforçar cada dia para ser melhor do que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma; submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e- da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas diferentes descobertas da ciência a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode se conciliar com todos os cultos, quer dizer, com todas as maneiras de adorar a Deus

domingo, 13 de setembro de 2015

A INEXORÁVEL MARCHA DA EVOLUÇÃO

A caminhada evolutiva do princípio inteligente cada vez mais se mostra integrando os três reinos – mineral/ vegetal/ animal irracional, alcançando, por fim, a condição de animal racional na fase chamada humanidade. Nesse processo, especialmente nas duas últimas etapas, percebe-se nitidamente a distinção entre instinto e inteligência. No extraordinário livro DEUS NA NATUREZA (feb), o pesquisador e astrônomo Camille Flammarion observa que “os animais possuem um e outro como faculdades bem distintas. Com a segunda, pensam, refletem, compreendem, decidem, recordam, adquirem experiência, amam, odeiam, julgam, por processos análogos aos da inteligência humana; com o primeiro, operam obedecendo a uma impulsão íntima, sem apreensão, sem conhecimento, inconscientes do motivo e do resultado de seus atos”. Define instinto como o “conjunto das diretivas que impelem o animal obedecendo a uma necessidade constante. O instinto é inato, atua à revelia da instrução, inexperiente e invariavelmente, e não realiza progresso algum. É em tudo a antítese da inteligência. Tanto mais notáveis são os fenômenos do instinto quanto mais se afirma, inteiramente involuntários (...). No instinto tudo é inato, dirigido por uma força constante e incoercível. Na inteligência é tudo o resultado da experiência e da instrução: o cão obedece quando ensinado, por consequência, porque quer. Finalmente, tudo no instinto é particular (...), ao passo que, na inteligência, tudo se generaliza”. Serve-se de alguns exemplos interessantes para justificar suas conclusões. Citemos alguns: 1- O castor é uma mamífero da ordem dos roedores, isto é, da ordem menos inteligente, e, contudo, possui um instinto maravilhoso, qual o de construir uma cabana sobre a água, com calçadas, diques, e tudo mercê de uma indústria que demandaria inteligência elevadíssima, se de inteligência dependesse. Para provar sua independência F. Corvier tomou castores muito novos, educados longe de seus pares e, por conseguinte, nada havendo com eles ou deles aprendido. Esses castores, assim isolados, solitários, postos numa jaula expressamente destinada à experiência e de forma a dispensá-los do seu trabalho peculiar construtivo, não deixaram de o realizar, impelidos por uma força maquinal cega, ou seja um puro instinto”. 2- Destruindo a tese do habito hereditário, cita borboletas que vivem no ar, e que, chegando à terceira fase de sua maravilhosa existência, depositarão em círculos concêntricos minúsculos ovos brancos, sobre talos e folhas. Esses ovos não vingarão antes da próxima estação, quando surgem as pequenas lagartas, e isso depois de transcorridos muitos dias, quando as borboletas já dormem na poeira o sono da morte. Que voz teria ensinado a estas novas borboletas que as futuras lagartas, ao desovarem, hão de encontrar tal ou tal alimentação? Quem lhes aponta os talos em folhas em que hajam de depositar seu ovos? Os pais? Mas, se não os conhecem? Será então, das folhas e talos que lhes advém a memória? 3- Outras espécies que protestam, ainda mais vivamente, contra as explicações humanas. Os  necrófaros (nome lúgubre), morrem imediatamente após a postura e as gerações jamais se conhecem. Nenhum Ser desta espécie viu mae nem verá filhos, e, contudo, as mães tem grande cuidado em dispor cadáveres ao lado dos ovos, para que aos filhos não falte alimento logo ao nascer. Em que livro aprenderam esses necróforos que os seus ovos contem germe de insetos que em tudo se lhes assemelham? 4- Há outras espécies, nas quais o regime alimentar é inteiramente oposto, para a larva e para o inseto. Nos pompilídeos as mães são herbívoras e os filhos carnívoros. Em fazerem a postura sobre cadáveres, contrariam os próprios hábitos. 5- A estes insetos, podemos juntar os odíneros e os sphex. As larvas destes últimos são carnívoras e o ninho precisa se provido de carne fresca. Para preencher essa condição, a fêmea que vai desovar busca uma presa convinhável, tendo o cuidado de não a matar, limitando-se a feri-la de paralisia irremediável. Coloca depois, sobre cada ovo, um certo número desses enfermos incapazes de se defenderem da larva que os há de devorar, mas, com vida bastante para que o corpo não se corrompa. Em algumas famílias, acresce o cuidado pela alimentação da presa, até a eclosão da larva”.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

ALLAN KARDEC E O PSIQUIATRA AMERICANO

Obviamente o pesquisador Allan Kardec e o Psiquiatra Brian Weiss não se conheceram, pois, um século separa a passagem dos dois por nossa Dimensão. O segundo, por sinal nem dá sinais de ter tido conhecimento sobre as conclusões do primeiro. Todavia, as experiências acidentalmente iniciadas pelo Dr Weiss no início dos anos 80, confirmam a precisão das informações preservadas em escritos de Allan Kardec. No livro A CURA ATRAVÉS DA TERAPIA DE VIDAS PASSADAS (editora salamandra), publicado em 1996, dezesseis anos após ter iniciado suas reveladoras experiências, diversos pontos relevantes e coincidentes são apresentados. No sentido de confirmar o acerto de nossa percepção, destacamos apenas três: 1- “Das experiências que alguns de meus pacientes tem no estado de “entrevida”, passei a acreditar que é antes do nascimento que escolhemos a família de cada existência. Escolhemos viver os padrões de comportamento melhor propiciarão nosso crescimento, com as almas que reproduzirão  situações de aprendizagem. Com frequência, são almas que conhecemos e com quem interagimos de muitas maneiras em outras existências”. 2- “...aprenderam que a morte não é absoluta. Esse conhecimento é sem dúvida o grande curador. O ente querido não se perdeu. Após a morte, permanece uma ligação com aquela pessoa. Quem passa por essa experiência ou conhecimento aprende que a morte é menos um fim do que uma transição”. 3- “Com frequência a alma retorna para uma nova existência com os mesmos talentos e capacidades de uma vida anterior. Às vezes, as pessoas descobrem até talentos desconhecidos na vida atual após recordarem a existência desses talentos em existência anteriores”.
Allan Kardec em comentário à resposta de um Espírito no livro OBRAS PÓSTUMAS, afirma que “frequentemente, renascem na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem os seus erros recíprocos. Pelas mesmas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos que se fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir os trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstâncias, não permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a causa do caráter distintivo de povos e raças; tudo melhorando, os indivíduos conservam a nuança primitiva, até que o progresso os haja transformado completamente”. Embora possa parecer sermos apologistas da técnica conhecida como regressão a vidas passadas, na verdade, acreditarmos ser ela – nas mãos de pessoas habilitadas – se constitui num dos mais fortes instrumentos de confirmação da veracidade da reencarnação. Como Allan Kardec escreveu na REVISTA ESPÍRITA de janeiro de 1863, “trabalhamos para dar fé aos que em nada creem; para espalhar uma crença que os torna melhores que os outros, que lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmão, sem distinção de raça, casta, seita, cor, opinião pública ou religiosa; numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento de caridade, fraternidade e deveres sociais”. Afinal, como percebeu o Dr. Weiss, “é por meio dos relacionamentos que aprendemos a expressar e receber amor, perdoar, ajudar e servir”.