Sem fazer do trabalho dos
Espíritos meio de vida; preso a princípios ético-morais rigorosos; atento à
orientação do Espírito Emmanuel sobre seguir o caminho da
disciplina, disciplina, disciplina; o médium Chico Xavier ainda hoje é
lembrado pela sensatez de seus pareceres sobre os temas a ele submetidos. Um
deles, o de que nos serviremos a seguir: o suicídio. Quatro questões, quatro
respostas para reflexões: 1 - Os Espíritos
acham que os sofrimentos dos suicidas decorrem de um castigo e Deus? – Não. Não decorrem de um castigo de Deus,
porque Deus é a Misericórdia Infinita, a Justiça Perfeita. Emmanuel sempre me
explica e outros amigos espirituais, lecionando sobre o assunto também
explicam, que, quando atentamos contra o nosso corpo, na Terra, ferimos as
estruturas do nosso corpo espiritual. Infringimos a nós mesmos essas punições.
2 - De que maneira e com que traumas se
reencarnam as pessoas que se matam? - O
suicídio está ligado ao senso de responsabilidade. Nosso Emmanuel sempre
explica que nós somos culpados por aquilo que conhecemos como sendo uma atitude
imprópria para nós. Porém nós temos, ainda, povos que adotam o suicídio como
norma de comportamento heróico. O suicídio, para aqueles que conhecem a
importância da vida, impõe um complexo culposo muito grande nas consciências.
Então, nós os cristãos, que temos responsabilidades de viver e compreender a
vida, em suicidando, nós demandamos o além com a lesão das estruturas do corpo
físico. De forma que, se damos um tiro no crânio, conforme a região que o
projétil atravessa, sofremos no Além as lesões consequentes. São espíritos
doentes, os espíritos enfermiços que recebem carinho especial dos protetores
espirituais. Mas o problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra,
pedimos para assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Assim: 1. Se a
bala atravessou o centro da fala, naturalmente vamos retomar o corpo físico em
condições de mudez. 2. Se atravessa o centro da visão, vamos renascer com
processo de cegueira. 3. Se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o
equilíbrio de nossas estruturas espirituais, vamos voltar com determinadas
moléstias que afetam o nosso equilíbrio. 4. Quando nos envenenamos, quando
envenenamos as nossas vísceras, somos candidatos, quando voltamos à Terra, ao
câncer nos primeiros dias de infância, ao problema de fluidos comburentes que
criam desequilíbrio no campo celular. Muitas vezes encontramos numa criança
recentemente nascida um processo canceroso que nós não sabemos justificar,
senão pela reencarnação, porque o espírito traz consigo aquela angústia, aquele
desequilíbrio que se instala dentro de si próprio. 5. Pelo enforcamento, nós
trazemos determinados problemas de coluna e caímos logo nos processos de
paraplegia. Somos crianças ligadas, parafusadas ao leito durante determinado
tempo, em luta de auto-corrigenda, de autopunição, de reestruturação de peças
de nosso corpo espiritual. 3 - O suicídio é consequência de fatores
psicológicos em desagregação ou de influências espirituais em evolução? – Todos sabemos: cada Espírito é senhor de seu
próprio mundo individual. Quando perpetramos a deserção voluntária dos nossos
deveres, diante das leis que nos governam, decerto que imprimimos determinadas
deformidades no corpo espiritual. Essas deformidades resultam das causas cármicas
estabelecidas por nós mesmos, pelas quais sempre recebemos de volta os efeitos
das próprias ações. Cometido o suicídio, nessa ou naquela circunstância,
geramos lesões e problemas psicológicos na própria alma, dificuldades essas que
seremos chamados a debelar na próxima existência, ou nas próximas existências,
segundo as possibilidades ao nosso alcance. Assim, formamos, com um suicídio,
muitas tentações a suicídio no futuro, porque em nos reencarnando, carregamos
conosco tendências e inclinações, como é óbvio, na recapitulação de nossas
experiências na Terra. Quando falamos “tentações” não nos referimos a esse tipo
de tentações que acreditamos provir de entidades positivamente infelizes,
cristalizadas na perseguição às criaturas humanas. Dizemos tentação oriunda de
nossa própria natureza. Sabemos que a tentação em si, na verdadeira acepção da
palavra, nasce dentro de nós. 4 - Se você dispusesse de alguns breves instantes para falar a uma
pessoa preste a suicidar-se, que diria a essa pessoa? - Diria imediatamente, qual
já tenho feito em diversas ocasiões, que a morte não existe como extinção da
vida e que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções e
revisá-las.
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