Ignorados por grande parte da Humanidade, os processos
obsessivos nascidos, por vezes, da simples influência espiritual comum,
alcancem, certamente, índices inimagináveis. A contribuição do Espiritismo permanece
desconhecida, até porque “os que reencarnam’ – como disse Gabriel Dellane a André
Luiz no livro ENTRE IRMÃOS DE
OUTRAS TERRAS (feb, 1965) -, ‘prometendo servi-lo, no campo da inspiração
e da inteligência, se desviam nas seduções da Esfera física, convertendo-se em
médiuns autênticos das regiões inferiores”, visto que “os
milhões de Espíritos inferiores que cercam a Humanidade possuem seus médiuns, o
que é inegável”. No campo da chamada ciência, poucos tem coragem de
mostrar a grande quantidade de informações oferecidas pela Doutrina. Poucos
médicos tem a coragem dos colegas Bezerra de Menezes e Inácio
Ferreira de se afirmar espíritas publicamente. Não será difícil, de
repente, surgir outra ‘inovadora’ proposta como a Metapsíquica de Charles
Richet. As informações, contudo, continuam disponíveis. Uma delas,
vertida do Plano Espiritual pelo médico Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz
que desenvolveu alguns temas relacionados à obsessão repassados ao público nas
obras do acervo construído através de Chico Xavier, INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS e VOZES
DO GRANDE ALÉM (feb). Destacamos alguns trechos que bem demonstram a
etiologia da perturbação espiritual: - “Quem assiste aos espetáculos de hipnotismo,
nas exibições vulgares, percebe perfeitamente os efeitos do fluido magnético a
derramar-se do responsável pela hipnose provocada sobre o campo mental do
paciente voluntário que lhe obedece ao comando. Neutralizada a vontade, o
«sujet» assinala, na intimidade do cosmo intracraniano, a invasão da força que
lhe subjuga as células nervosas, reduzindo-o à condição de escravo temporário
do hipnotizador com quem se afina, a executar-lhe as ordenações, por mais
abstrusas e infantis. Aí vemos, em tese, o processo de que se utilizam os
desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, na cultura
do vampirismo. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade
e, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhes as zonas motoras e sensórias,
inclusive os centros cerebrais, em que o espírito conserva as suas conquistas
de linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do
artista que controla as teclas de um piano, criando, assim, no instrumento
corpóreo dos obsessos as doenças-fantasmas de todos os tipos que, em se
alongando no tempo, operam a degenerescência dos tecidos orgânicos,
estabelecendo o império de moléstias reais, que persistem até à morte. Nesse
quadro de enfermidades imaginárias, com possibilidades virtuais de
concretização e manifestação, encontramos todos os sintomas catalogados na
patogenia comum”. Avaliando o problema da posição privilegiada,
aconselha o sábio apóstolo da Medicina: –“Eis
por que, respeitando o concurso médico, através da clínica e da cirurgia, em
todas as circunstâncias, é imprescindível nos detenhamos no valor da prece e da
conversação evangélica, como recursos psicoterápicos de primeira ordem, no
trabalho de desobsessão, em nossas atividades espíritas. O círculo de oração
projeta o impacto de energias balsâmicas e construtivas, sobre perseguidores e
perseguidos que se conjugam na provação expiatória, e a incorporação
medianímica efetua a transferência das entidades depravadas ou sofredoras,
desalojando-as do ambiente ou do corpo de suas vítimas e fixando-as, a prazo
curto, na organização fisiopsíquica dos médiuns de boa vontade para
entendimento e acerto de pontos de vista, em favor da recuperação dos enfermos,
com a cessação da discórdia, do desequilíbrio e do sofrimento”. Assim sendo,
enquanto a medicina terrestre aperfeiçoa os seus métodos de assistência à saúde
mento-física da Humanidade, aprimoremos, por nossa vez, os elementos
socorristas ao nosso alcance pela oração e pela palavra esclarecedora, pela fé
e pelo amor, pela educação e pela caridade infatigável”.
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