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domingo, 25 de outubro de 2015

ALEGRIA

O nome Irma de Castro é pouco conhecido pela maioria das pessoas, contudo, o apelido Meimei, tornou-se popular através de mensagens psicografadas pelo médium Chico Xavier, muitas das quais transformadas em impressos avulsos distribuídos em Casas Espíritas. A palavra Meimei de origem oriental quer dizer Amor Puro, tendo sido aprendida durante a leitura de um romance do renomado escritor Lyn Yutang, intitulado UM MOMENTO EM PEQUIM, desde então usada pelos enamorados Irma e Arnaldo Rocha. Casados em 1942, após algum tempo de namoro, a convivência foi interrompida em outubro de 1946, após quatro anos de progressivo e extremo sofrimento da bela moça, desencadeado por um erro médico numa operação de amídalas, que intensificou e agravou o problema de nefrite crônica com o qual a jovem convivera desde a infância. Dias depois de sua morte, um encontro acidental numa das avenidas da Capital mineira, Belo Horizonte, reacenderia relação de longas Eras. Foi com o médium Chico Xavier, que sem nunca tê-lo visto antes disse simplesmente: -“Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei. Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira”. Nos próximos anos, até 1958 quando Chico Xavier transferiu-se para Uberaba, MG, uma convivência muito próxima resultaria em muitas revelações pessoais sobre a antiga amizade, mais tarde resumidas no livro DIÁLOGOS COM CHICO XAVIER (uem), publicado após a desencarnação do médium. Foram também, além das referidas mensagens de conteúdo espiritualizante, importantes obras como PAI NOSSO, EVANGELHO EM CASA, CARTILHA DO BEM, PALAVRAS DO CORAÇÃO, AMIZADE, DEUS AGUARDA, além de outros, em parceria com o Espírito Maria Dolores como SOMENTE AMOR, A VIDA CONTA, etc. No início dos anos 50, uma série de cartas pessoais dirigidas ao ex-marido, enfeixadas no livro MEIMEI – VIDA E MENSAGEM (clarim, 1994), descortina a história de vidas pregressas em comum. Numa delas, como personagem do romance AVE CRISTO, do Espírito Emmanuel, tinha o nome Blandina, sendo filha do personagem Taciano, o Arnaldo Rocha do século 20, por sinal o mesmo nome com que é apresentada como personagem do livro ENTRE A TERRA E O CÉU (feb, 1954), escrito pelo Espírito André Luiz. Entre os belos textos por ela transmitidos mediunicamente, como CONFIA SEMPRE, ESCOLA DA BÊNÇÃO, ORAÇÃO À MULHER, UM QUARTO DE HORA, encontra-se ALEGRIA, na qual ela, inspiradamente, escreve: Alegria é o cântico das horas com que Deus te afaga a passagem no mundo. Em toda parte, desabrocham flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com música de  ninar. A água da fonte é carinho liquefeito no coração da terra e o próprio grão de areia, inundado de Sol, é mensagem de alegria a falar-te do chão. Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza entorpecente nos outros. Ainda mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que esperas, ergue os olhos para a face risonha da vida que te rodeia e alimenta a alegria por onde passes. Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre lágrimas. A rosa oferece perfume sobre a garra do espinho e a alvorada aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa de amor e luz.

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