Naquela quarta feira, 3 de
outubro de 1804, em Lyon, França, começava a história de um personagem que, de
forma objetiva abriria caminho para que a explicação dos outrora
incompreensíveis ensinos atribuídos a Jesus, bem como a lembrança do que ele
havia dito, fosse resgatada por parcela da sociedade humana cada vez mais
absorvida pelas ilusões e torpor das ideias materialistas. Ao que parece,
Espírito ligado aos grupos representativos daquele que se acredita ser o
responsável pelo surgimento e evolução do Planeta chamado Terra, pois, quatro
séculos antes, na personalidade do padre Jan Huss, na região da Bohemia,
influenciado pelo pensamento do inglês John Wicliffe lançara das bases do
que viria a ser a Reforma, movimento que originou o Protestantismo. Suas pregações fizeram com que pagasse com a
própria vida consumida pela fogueira onde foi queimado vivo por decisão de
autoridades religiosas à qual se encontrava vinculado. Na verdade, como revela o Espírito do escritor
Humberto
de Campos – ou Irmão X -, no capítulo KARDEC E NAPOLEÃO do livro CARTAS E CRÔNICAS (feb, 1965), sua
volta havia sido anunciada três anos antes, na madrugada de 31 de dezembro de
1799, na passagem do século 18 para o 19, em reunião havida em determinada
região do Mundo Invisível, onde grande número de Espíritos comprometidos com a
evolução planetária ao longo de várias Civilizações, desencarnados e
encarnados, entre os quais, em desdobramento espiritual se achava o grande líder
Napoleão
Bonaparte, que teve, por parte de Jesus, sua atenção chamada para sua
sanha em busca de dominação e poder, contrária às razões pelas quais renascera e
ascendera à posição em que se encontrava àquela época. As observações do Mestre
de nada valeram, custando a Napoleão a destituição de sua condição e,
posteriormente, a morte solitária na Ilha de Santa Helena, no segundo exílio
forçado. Entre as coisas curiosas que Jesus teria dito no referido encontro,
conforme registro revelado pelo cronista desencarnado destaca-se a informação
de que “no novo século – 19 -, começaremos a preparação do Terceiro Milênio
do Cristianismo na Terra”, acrescentando que “novas concepções de liberdade
surgirão para os homens, a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias, as
nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e o tráfico de criaturas
livres e a religião desatará os grilhões do pensamento que, até hoje,
encarceram as melhores aspirações da alma no inferno sem perdão”.
Assim, no cinco meses depois que Napoleão proclamou-se Imperador,
ordenando que o Papa Pio VII, viesse coroá-lo em Paris, renascia
no interior da França, Hipollyte Leon Denizard Rivail, como
destaca o comentário do Irmão X, “apagando a própria grandeza, na humildade
de um mestre escola, muita vez atormentado e desiludido, como simples homem do
povo, deu integral cumprimento à Divina Missão que trazia à Terra, inaugurando
a Era Espírita Cristã, que, gradativamente, será considerada em todos os
quadrantes do obre como a sublime renascença da luz para o Mundo inteiro”.
Graças à ele, sabemo-nos hoje Espíritos reencarnados destinados à Evolução,
servindo-nos de um instrumento de trabalho chamado corpo físico, ligados a
personagens com os quais vivenciamos experiências em outras Eras, submetidos à
uma Lei de Causa e Efeito que nos leva automática e inexoravelmente a promover
nossa reabilitação perante a própria consciência, que, por sua vez, é a
expressão da Divindade que habita em nós, sujeitos à influência dos
desencarnados que habitam um mundo integrado ao nosso chamado Espiritual,
enfim, encontrando um sentido para a vida, em meio às realidades controversas e
adversas com as quais nos deparamos nos caminhos do progresso na direção da
Luz.
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