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sábado, 3 de outubro de 2015

KARDEC, OBRIGADO!

Naquela quarta feira, 3 de outubro de 1804, em Lyon, França, começava a história de um personagem que, de forma objetiva abriria caminho para que a explicação dos outrora incompreensíveis ensinos atribuídos a Jesus, bem como a lembrança do que ele havia dito, fosse resgatada por parcela da sociedade humana cada vez mais absorvida pelas ilusões e torpor das ideias materialistas. Ao que parece, Espírito ligado aos grupos representativos daquele que se acredita ser o responsável pelo surgimento e evolução do Planeta chamado Terra, pois, quatro séculos antes, na personalidade do padre Jan Huss, na região da Bohemia, influenciado pelo pensamento do inglês John Wicliffe lançara das bases do que viria a ser a Reforma, movimento que originou o Protestantismo.  Suas pregações fizeram com que pagasse com a própria vida consumida pela fogueira onde foi queimado vivo por decisão de autoridades religiosas à qual se encontrava vinculado.  Na verdade, como revela o Espírito do escritor Humberto de Campos – ou Irmão X -, no capítulo KARDEC E NAPOLEÃO do livro CARTAS E CRÔNICAS (feb, 1965), sua volta havia sido anunciada três anos antes, na madrugada de 31 de dezembro de 1799, na passagem do século 18 para o 19, em reunião havida em determinada região do Mundo Invisível, onde grande número de Espíritos comprometidos com a evolução planetária ao longo de várias Civilizações, desencarnados e encarnados, entre os quais, em desdobramento espiritual se achava o grande líder Napoleão Bonaparte, que teve, por parte de Jesus, sua atenção chamada para sua sanha em busca de dominação e poder, contrária às razões pelas quais renascera e ascendera à posição em que se encontrava àquela época. As observações do Mestre de nada valeram, custando a Napoleão a destituição de sua condição e, posteriormente, a morte solitária na Ilha de Santa Helena, no segundo exílio forçado. Entre as coisas curiosas que Jesus teria dito no referido encontro, conforme registro revelado pelo cronista desencarnado destaca-se a informação de que no novo século – 19 -, começaremos a preparação do Terceiro Milênio do Cristianismo na Terra”, acrescentando que “novas concepções de liberdade surgirão para os homens, a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias, as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e o tráfico de criaturas livres e a religião desatará os grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações da alma no inferno sem perdão”. Assim, no cinco meses depois que Napoleão proclamou-se Imperador, ordenando que o Papa Pio VII, viesse coroá-lo em Paris, renascia no interior da França, Hipollyte Leon Denizard Rivail, como destaca o comentário do Irmão X, “apagando a própria grandeza, na humildade de um mestre escola, muita vez atormentado e desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à Divina Missão que trazia à Terra, inaugurando a Era Espírita Cristã, que, gradativamente, será considerada em todos os quadrantes do obre como a sublime renascença da luz para o Mundo inteiro”. Graças à ele, sabemo-nos hoje Espíritos reencarnados destinados à Evolução, servindo-nos de um instrumento de trabalho chamado corpo físico, ligados a personagens com os quais vivenciamos experiências em outras Eras, submetidos à uma Lei de Causa e Efeito que nos leva automática e inexoravelmente a promover nossa reabilitação perante a própria consciência, que, por sua vez, é a expressão da Divindade que habita em nós, sujeitos à influência dos desencarnados que habitam um mundo integrado ao nosso chamado Espiritual, enfim, encontrando um sentido para a vida, em meio às realidades controversas e adversas com as quais nos deparamos nos caminhos do progresso na direção da Luz. 

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