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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

UMA EXPERIÊNCIA, VÁRIAS CONFIRMAÇÕES



No extraordinário laboratório em que transformou a Sociedade Espírita de Paris, que como se sabe, dispunha de vários médiuns – segundo Allan Kardec cumprindo a mesma função do microscópio na pesquisa das formas de vida infinitamente diminutas -, na reunião de 10 de fevereiro de 1860, provocou-se com a concordância do dirigente espiritual das atividades ali desenvolvidas, a comunicação da senhorita Indermuhule, uma surda-muda de nascença, 32 anos de idade, ainda encarnada, residente em Berna, na Suiça, outro País, portanto. Presente à sessão estava um dos seus irmãos que confirmou várias respostas. Conforme reproduzido na edição de março de 1860, da REVISTA ESPÍRITA, após a primeira resposta do Espírito da jovem, fato confirmado por São Luiz, que acrescentou que competia a Kardec, a garantia de uma boa comunicação pela natureza e motivo das perguntas a serem feitas, iniciou-se a entrevista com a entidade, repetimos, ainda encarnada: 1- Sabeis bem onde vos encontrais agora? R- Perfeitamente. Pensais que eu não tenha sido instruída a respeito? A partir daí, quinze questões foram propostas à senhorita Indermuhle, algumas das quais confirmando várias das revelações oferecidas pelo Espiritismo. 4. Como podeis responder aqui, se vosso corpo está na Suíça?. Resp. – Porque não é meu corpo que responde. Aliás, como bem o sabeis, ele é absolutamente incapaz de o fazer. 5. Que faz vosso corpo neste momento? Resp. – Cochila. A propósito dessa respostas, quase um século depois, uma obra do Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, apresenta um exemplo sobre como a Espiritualidade pode criar essas condições. É no livro AÇÃO E REAÇÃO (feb, 1957), fato assim descrito pelo autor“Silas emitiu forte jato de energia fluídica sobre o córtex encefálico dela, e a moça, sem conseguir explicar a si mesma a razão do torpor que lhe invadia o campo nervoso, deixou-se adormecer pesadamente, qual se houvera sorvido violento narcótico”. 7. Quanto tempo levastes para vir da Suíça até aqui? R. – Um tempo inapreciável para vós. 8. Vistes o caminho que percorrestes? R. – Não. 9. Estais surpresa de vos achar nesta reunião? R – Minha primeira resposta vos prova que não. 10. Que aconteceria se vosso corpo despertasse, enquanto nos falais aqui? R. – Eu lá estaria. 11. Existe um laço qualquer entre o vosso Espírito, aqui presente, e o corpo, que se encontra na Suíça? R. – Sim; não fora assim, quem me advertiria de que devo voltar a ele? 10. Que aconteceria se vosso corpo despertasse, enquanto nos falais aqui? R. – Eu lá estaria. 11. Existe um laço qualquer entre o vosso Espírito, aqui presente, e o corpo, que se encontra na Suíça? R. – Sim; não fora assim, quem me advertiria de que devo voltar a ele? 14. Ouvis o ruído que faço neste momento, batendo? R – Aqui não sou surda. 15. Como percebeis, visto que, por comparação, não tendes a lembrança do ruído em estado de vigília? R. – Eu não nasci ontem. OBSERVAÇÃO – A lembrança da sensação do ruído lhe vem das existências em que ela não era surda. 18. Como podeis responder-nos em francês, já que sois alemã e não conheceis a nossa língua? R. – O pensamento não tem língua; eu o comunico ao guia do médium, que o traduz na língua que lhe é familiar. OBSERVAÇÃO – Desta maneira, muitas vezes as respostas não nos chegariam senão de terceira mão. O Espírito interrogado transmite o pensamento ao Espírito familiar, este ao médium e o médium o traduz, seja pela escrita, seja pela palavra. Ora, podendo o médium ser assistido por Espíritos mais ou menos bons, isto explica como, em muitas outras circunstâncias, o pensamento do Espírito interrogado pode ser alterado. Assim, no começo, São Luís disse que a presença do Espírito evocado nem sempre é suficiente para assegurar a integridade das respostas. Cabe a nós apreciá-las e julgar se são lógicas e se estão em relação com a natureza do Espírito. 

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