No
ultimo dia 2 de novembro, recebi de um amigo replica de uma carta atribuída a
uma médica que trabalha em Munique, na Alemanha, expondo a difícil situação
enfrentada pelos alemães com a chegada de mais de um milhão de refugiados, carregados
de doenças, fanatismo religioso, agressivos, impondo um clima de grande
instabilidade na até bem pouco tempo vida estável dos moradores da importante nação
europeia, fatos e aspectos que a mídia local e internacional não divulga. Aproveitando a presença no Velho Continente de
outro amigo que por lá realiza trabalhos jornalísticos encaminhei-lhe o texto,
solicitando confirmasse as informações, respondeu: -“Não tive nem terei, acho, contato com os alemães, porém, com franceses e suíços, isso realmente esta acontecendo. Estão infelizes e horrorizados e - a grande maioria - revoltados
com tudo isso. A informação procede. Estão chegando
dessa maneira mesmo e a TV e mídia não estão noticiando. Na França, em Lyon onde estive até hoje,
tudo esta um caos”.
Revendo o capítulo 18 do livro A GÊNESE,
de Allan
Kardec, curiosos e atuais comentários podem ser lidos: 1 - Os homens, com a sua inteligência, chegaram a
resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das
artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar:
o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade,
que lhes assegurem o bem-estar moral.. Já não é somente de desenvolver a
inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para
isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o
orgulho. 2 - Não se trata de
uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a
uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do
progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens,
que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. 3 - Uma mudança tão
radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há,
inevitavelmente, luta de ideias. Desse conflito forçosamente se originarão
passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabelecido o
equilíbrio. É, pois, da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos
preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. 4 - A Humanidade se transforma, como já se transformou
noutras épocas, e, cada transformação se assinala por uma crise que é, para o
gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas
se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e
as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e
moral. 5 - A Humanidade é um ser coletivo em quem se operam as mesmas
revoluções morais por que passa todo Ser individual, com a diferença de que
umas se realizam de ano em ano e as outras de século em século. 6 - De duas maneiras se opera, como já o dissemos, a marcha
progressiva da humanidade: uma, gradual, lenta, imperceptível, se se
considerarem as épocas consecutivas, a traduzir-se por sucessivas melhoras nos
costumes, nas leis, nos usos, melhoras que só com a continuação se podem
perceber, como as mudanças que as correntes de água ocasionam na superfície do
globo; a outra, por movimentos relativamente bruscos, semelhantes aos de uma
torrente que, rompendo os diques que a continham, transpõe nalguns anos o
espaço que levaria séculos a percorrer. É, então, um cataclismo moral que traga
em breves instantes as instituições do passado e ao qual sobrevém uma nova
ordem de coisas que pouco a pouco se estabiliza, à medida que se restabelece a
calma, e que acaba por se tornar definitiva. 7 - O progresso intelectual realizado até o presente, nas
mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no
avanço geral da humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto
o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos
seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses
pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus
semelhantes e de os destruir. 8- Somente o progresso
moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões
más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia,
a paz, a fraternidade.
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