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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

INTERAÇÃO

“Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, os pais deveriam estar instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de cumpri-los; não basta ao médico saber que deve procurar curar, é preciso que saiba como deve fazê-lo. Ora, para os pais, onde estão os meios de se instruírem sobre essa parte tão importante de sua tarefa? Dá-se às mulheres muita instrução hoje; fazem-na suportar exames rigorosos, mas jamais foi exigido de uma mãe que ela saiba como deve fazer para formar o moral de seu filho? São-lhes ensinadas receitas do governo da casa; mas se a iniciou nos mil segredos de governar os jovens corações? Os pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso que, frequentemente, tomam um falso caminho; também recolhem, nos erros de seus filhos tornados grandes, o fruto amargo de sua experiência ou de uma ternura mal combinada, e a sociedade toda disso recebe o contra golpe. Uma vez que está reconhecido que, o egoísmo e o orgulho, é a fonte da maioria das misérias humanas, que enquanto reinarem sobre a Terra, não se podem esperar nem paz, nem caridade, nem fraternidade, é preciso, pois, atacá-los no seu estado de embrião, sem esperar que sejam vivazes”. O atualíssimo comentário está registrado numa matéria da REVISTA ESPÍRITA, edição de fevereiro de 1864. Passado mais de um século e meio da avaliação observa-se no comportamento social - no que tange à educação da criança - distorções a que podem ser atribuídas as causas dos efeitos observados na formação das personalidades dos Espíritos reencarnados nas fases conhecidas como adolescência, juventude e, por fim na vida adulta. Claro que há exceções, todavia focadas mais nas preocupações com aspectos da vida material do que espiritual, como se tudo se resumisse a breve passagem por esse Plano existencial. A visão de educação é parcial, não integral. Ignorada pela Humanidade encarnada a influência espiritual tenta, porém, atuar minimizando os efeitos, pois, como dito por uma entidade espiritual “o Auxílio Divino é como o Sol, irradiando-se para todos. As instituições e as almas que se voltam para o Pai Celestial recebem o suprimento de recursos de que necessitam, segundo as possibilidades de recepção que demonstrem”. Como, poderão perguntar alguns? A resposta também emana da Dimensão Invisível: -“Não de maneira ostensiva, mas pelo pensamento. A intuição beneficia em toda parte e, quanto mais alto é o teor de qualidades nobres na criatura, mais ampla é a zona lúcida de que se serve para registrar o socorro espiritual”. Onde? é dúvida que brota naturalmente. Explicam os Espíritos que “as reuniões públicas de caráter espiritual é o meio através do qual agem grandes falanges de aprendizes da fraternidade em ação”. Contudo, segundo eles, quando reunião obedece à pura convenção social, funcionando como exibição de vaidade ou poder, a colaboração resulta invariavelmente nula, pois, interesses rasteiros, dos participantes - seja qual for o papel que desempenhem - constituem sólido entrave contra o auxílio. Garantem que “se a dinâmica é simples, partilhada por mentes e corações sinceros, inclinados à caridade evangélica e centralizados na luz da oração, com os melhores sentimentos que possuem, se reveste de grande valor, pelas vibrações de paz e carinho que arremessa na direção daquele a quem é endereçado”. Resumindo: -“O cultivo da oração é o meio mais seguro para sua influência. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural”...






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