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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PENSANDO SOBRE O MUNDO ESPIRITUAL

Allan Kardec ponderou queÉ preciso poder encarar a morte sob o seu verdadeiro ponto de vista, quer dizer, penetrar, pelo pensamento, no Mundo Espiritual, e dele fazer uma ideia tão exata quanto possível, o que denota, no Espírito encarnado, um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desligar da matéria. Entre os que não estão suficientemente avançados, a vida material domina, ainda sobre a Vida Espiritual”, ponto de vista que coincide com alguns pensadores do Hinduísmo da Antiguidade que afirmavam ser “a verdadeira natureza dos denominados Planos Espirituais incompreensível para a mente de uma pessoa ainda pouco espiritualizada”. O final do século 20 acendeu uma luz no ramo da Ciência denominado Física Quântica a partir da confirmação matemática da existência dos Universos Paralelos, surpreendendo os seguidores das evoluções nessa área com a afirmação de que “segundo as Teorias das Supercordas, mesmo que as dimensões ocultas do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”, registrada pelo físico Marcelo Gleiser, em seu livro CRIAÇÃO IMPERFEITA (2010,record), onde diz ainda que “num modelo cosmológico em que o multiverso supostamente existe, nosso Universo seria apenas um dentre um número talvez infinito de Universos”. O Espiritismo na sua obra inicial O LIVRO DOS ESPÍRITOS, em sua questão 85 revela que na ordem das coisas, o Mundo Espiritual é o principal pois preexiste e sobrevive a tudoe o médium Chico Xavier dentro da simplicidade que lhe era característica explica no livro IMAGENS NO ALÉM (ide) que “se cortarmos uma cebola ao meio teremos uma ideia de como se estrutura o Mundo Espiritual”. Se buscarmos aprofundar o assunto hoje, procurando responder porque não vemos o Mundo Espiritual, os conhecimentos disponíveis nos levam a compreender que o olho humano possui variadas limitações que associadas à sub utilização do cérebro o impedem de enxergar imagens fora da Terceira Dimensão, bem como, cores além do espectro de vibrações do infravermelho e do ultravioleta, necessitando da analogia para entender a realidade que o cerca. A incapacidade de abstrair ainda nos isola da realidade apenas compreendida pela analogia. Outra dúvida que incomoda aqueles que - desprovidos de preconceitos - querem saber: - Jesus falou sobre esse Mundo Espiritual? E a resposta pode ser: - Não objetivamente como, por sinal, na maioria dos textos que preservaram – segundo se supõem – seu pensamento. Fala sobre as “muitas moradas na Casa do Pai” sem explicar-se sobre isso, referindo-se no ultimo entendimento tido com seus seguidores que iria preparar-lhes o lugar sem dizer exatamente o que significava isto. A Escola religiosa organizada em torno de seus ensinamentos, fortemente influenciada pelas práticas pagãs, incorporou, a princípio, os conceitos de Céu e Inferno nas suas cogitações sobre a vida e a morte acrescendo a elas o do Purgatório somente no ano 593 (Século VI) da Era Cristã. Contudo, entre o séculos 13 e 14, um exilado florentino chamado Dante Aleghieri, ao que parece, vivenciou uma série de experiências extra-sensoriais através de “sonhos”, atormentado pela morte de uma jovem chamada Beatriz, a qual passou a procurar nos Planos Extrafísicos tal como definidos pela escola religiosa que seguia. Nasceu assim uma obra, inicialmente intitulada COMÉDIA, posteriormente, denominada DIVINA COMÉDIA, em que descreve sua peregrinação guiado pelo poeta pagão Virgílio pelas estruturas invisíveis desde o Inferno caracterizado pela tristeza até o Paraiso onde impera a alegria. Cada um dos Planos é subdividido em nove subplanos, abrigando Espíritos prisioneiros dos efeitos de suas ações durante sua passagem pelo corpo físico ou Mundo Material. A obra, até pela divergência entre o autor e o clero, foi meramente classificada como o marco inicial da literatura italiana.  Pesquisa nos conteúdos das Escolas religiosas remotas, sobre qual é a mais antiga e racional informação sobre o chamado Mundo Espiritual de que se tem notícia, demonstram que “provavelmente seja a que se irradia da Índia milenar, segundo a qual, a matéria é apenas uma forma muito baixa de energia, inclusive pertencendo a esses graus baixos a matéria mais fina que se possa imaginar”.





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