Uma
das fascinantes revelações feitas pelo Espiritismo, sem dúvida, refere-se à
influência espiritual que pode evoluir para os processos obsessivos percebidos
nos comportamentos das criaturas humanas. Fatos comprovados através da contribuição
de milhares de médiuns há mais de um século e meio, bem como de trabalhos como
os do psiquiatra Dr Inácio Ferreira
preservados em livros como NOVOS RUMOS À
MEDICINA ou A PSIQUIATRIA EM FACE DA
REENCARNAÇÃO (feesp), os quais resumem experiências do médico na direção
clínica do Sanatório Espírita de Uberaba. Pouco depois da publicação do
primeiro dos trabalhos, o Espírito conhecido como André Luiz repassaria para
nosso Plano através do médium Chico Xavier, a obra LIBERTAÇÃO (feb, 1949), que
tem por tema central um caso enquadrado na classificação proposta por Allan
Kardec como subjugação. Numa das apreciações ali reproduzidas, aprendemos:-“Nossa mente, em qualquer parte, é um centro psíquico de atração
e repulsão. O Espírito encarnado respira numa zona de vibrações mais lentas,
enfaixado num veículo constituído de trilhões de células que são outras tantas
vidas microscópicas inferiores. Cada vida, porém, por mais insignificante,
possui expressão magnética especial. A vontade, não obstante condicionada por
leis cósmicas e morais, inclinará a comunidade dos corpúsculos vivos que
permanecem a seu serviço por tempo limitado, à maneira do eletricista que liga
as forças da usina para atividades num charco ou para serviços numa torre. Sendo
cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no
Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia
mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas possíveis,
cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. Abstendo-nos
de mobilizar a vontade, seremos invariáveis joguetes das circunstâncias
predominantes, no ambiente que nos rodeia; contudo, tão logo deliberemos
manobrá-la, é indispensável resolvamos o problema de direção, porquanto nossos
estados pessoais nos refletirão a escolha íntima. Existem princípios, forças e
leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo macrocósmico. Dirija um
homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao
apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento
enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e
receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as
entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental das milhões de
pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas pelas células que as
atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente recebidas, formando
no corpo a enfermidade idealizada. Claro que nesse capítulo temos a questão das
provas necessárias, nos casos em que determinada personalidade renasce, atendendo
a impositivos das lições expiatórias, mas, mesmo aí, o problema de ligação
mental é infinitamente importante, porquanto o doente que se compraz na aceitação
e no elogio da própria decadência acaba na posição de excelente incubador de
bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o espírito em reajustamento, quando
reage, valoroso, contra o mal, ainda mesmo que benéfico e merecido, encontra
imensos recursos de concentrar-se no bem, integrando-se na corrente de vida
vitoriosa. Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e
superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual,
fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta,
pode ser comparado aos polos de um aparelho eletromagnético. O espírito
encarnado sofre a influencia inferior, através das regiões em que se situam o
sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de
almas não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca
manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao
caminho que deseja”. Esclarece, porém: -“Se
não escasseiam milhões de influxos primitivistas, constrangendo-nos, mesmo
aquém das formas terrestres a entreter emoções e desejos, em baixos círculos, e
armando-nos quedas momentâneas em abismos do sentimento destrutivo, pelos quais
já peregrinamos há muitos séculos, não nos faltam milhões de apelos santificantes,
convidando-nos à ascensão para a gloriosa imortalidade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário