-“Um
mundo novo para a responsabilidade individual. Esse esforço foi muito estudado
antes da organização que se alcança agora. Precisava-se de um nome impessoal,
sem filiação a grupos preestabelecidos, que pudesse trazer semelhantes
observações de caráter universalista”, comentou o Espírito Arthur Joviano em
mensagem psicografada por Chico Xavier aos participantes de
reunião mediúnica nos idos de 1943, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. O
texto, preservado no livro SEMENTEIRA DE
LUZ (fonte viva, 2010), através da observação, dá uma ideia do significado
da nascente série NOSSO LAR, bem como do perfil do autor da incrível obra. Esta
informação histórica encontra complemento em carta escrita por Chico
ao Dr. Wantuil de Freitas, à época presidente da Federação Espírita
Brasileira, em 12 de outubro de 1946, revisada pela escritora Suely Caldas
Schubert, no livro TESTEMUNHOS DE CHICO
XAVIER, (feb, 1986). Entre outras coisas revelou o médium: -“ Emmanuel, desde fins de 1941, se dedica,
afetuosamente, aos trabalhos
de André Luiz. Por essa época, disse-me ele a propósito de “algumas autoridades
espirituais” que estavam desejosas de algo lançar em um nosso meio, com
objetivos de despertamento. Falou-me que projetavam trazernos páginas que nos
dessem a conhecer aspectos da vida que nos espera no “outro lado”, e, desde
então, onde me concentrasse, via sempre aquele “cavalheiro espiritual”, que
depois se revelou por André Luiz, ao lado de Emmanuel. Assim decorreram quase
dois anos, antes do “Nosso Lar”. Mais
à frente diz: - “Dentro de
algum tempo, familiarizei-me com esse novo amigo. Participava de nossas preces,
perdia tempo comigo, conversando. Contava-me histórias interessantes e, muitas
vezes, relacionou recordações do Segundo Império, o que me faz acreditar tenha
sido ele, André Luiz, também personalidade da época referida. Achava estranho o
cuidado dele, o interesse e a estima; entretanto, decorrido algum tempo,
disse-me Emmanuel que estava o companheiro treinando para se desincumbir de
tarefa projetada”. Conta
ainda: - “Desde então, vejo que o esforço de
Emmanuel e de outros amigos nossos concentrou-se nele, acreditando,
intimamente, que André Luiz está representando um círculo talvez vasto de
entidades superiores. Assim digo porque quando estava psicografando o
“Missionários da Luz”, houve um dia em que o trabalho se interrompeu. Levou
vários dias parado. Depois, informou-me Emmanuel, quando o trabalho teve
reinicio, que haviam sido realizadas algumas reuniões para o exame de certas teses que André Luiz deveria ou
poderia apresentar ou não no livro. Em psicografando o capítulo REENCARNAÇÃO,
do mesmo trabalho, por mais de uma vez, vi Emmanuel e Bezerra de Menezes,
associados ao autor, fiscalizando ou amparando o trabalho”. Auto avaliando-se diante da responsabilidade
a ele conferida acrescenta: -“Esta é
a razão pela qual, segundo creio, não tem o nosso amigo trazido a sua contribuição
direta. Isto é o que eu acredito, sem saber se está certo, porque no meio destas
realizações eu estou como “um batráquio na festa”. A luz que, por vezes, me rodeia
me amedronta. Vejo, ouço, e me movimento, no circulo destes trabalhos, mas, podes
crer, vivo sempre com a angústia de quem se sente indigno e incapaz. Cada dia que
passa, mais observo que a luz é luz e que a minha sombra é sombra. Reconhecendo
a minha indigência, tenho medo de tantas responsabilidades e rogo a Jesus me socorra”.
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