faça sua pesquisa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

BASTIDORES DE UMA GRANDE OBRA

-“Um mundo novo para a responsabilidade individual. Esse esforço foi muito estudado antes da organização que se alcança agora. Precisava-se de um nome impessoal, sem filiação a grupos preestabelecidos, que pudesse trazer semelhantes observações de caráter universalista”, comentou o Espírito Arthur Joviano em mensagem psicografada por Chico Xavier aos participantes de reunião mediúnica nos idos de 1943, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. O texto, preservado no livro SEMENTEIRA DE LUZ (fonte viva, 2010), através da observação, dá uma ideia do significado da nascente série NOSSO LAR, bem como do perfil do autor da incrível obra. Esta informação histórica encontra complemento em carta escrita por Chico ao Dr. Wantuil de Freitas, à época presidente da Federação Espírita Brasileira, em 12 de outubro de 1946, revisada pela escritora Suely Caldas Schubert, no livro TESTEMUNHOS DE CHICO XAVIER, (feb, 1986). Entre outras coisas revelou o médium: -“ Emmanuel, desde fins de 1941, se dedica, afetuosamente, aos trabalhos de André Luiz. Por essa época, disse-me ele a propósito de “algumas autoridades espirituais” que estavam desejosas de algo lançar em um nosso meio, com objetivos de despertamento. Falou-me que projetavam trazernos páginas que nos dessem a conhecer aspectos da vida que nos espera no “outro lado”, e, desde então, onde me concentrasse, via sempre aquele “cavalheiro espiritual”, que depois se revelou por André Luiz, ao lado de Emmanuel. Assim decorreram quase dois anos, antes do “Nosso Lar”. Mais à frente diz: - “Dentro de algum tempo, familiarizei-me com esse novo amigo. Participava de nossas preces, perdia tempo comigo, conversando. Contava-me histórias interessantes e, muitas vezes, relacionou recordações do Segundo Império, o que me faz acreditar tenha sido ele, André Luiz, também personalidade da época referida. Achava estranho o cuidado dele, o interesse e a estima; entretanto, decorrido algum tempo, disse-me Emmanuel que estava o companheiro treinando para se desincumbir de tarefa projetada”. Conta ainda: - “Desde então, vejo que o esforço de Emmanuel e de outros amigos nossos concentrou-se nele, acreditando, intimamente, que André Luiz está representando um círculo talvez vasto de entidades superiores. Assim digo porque quando estava psicografando o “Missionários da Luz”, houve um dia em que o trabalho se interrompeu. Levou vários dias parado. Depois, informou-me Emmanuel, quando o trabalho teve reinicio, que haviam sido realizadas algumas reuniões para o exame de certas teses que André Luiz deveria ou poderia apresentar ou não no livro. Em psicografando o capítulo REENCARNAÇÃO, do mesmo trabalho, por mais de uma vez, vi Emmanuel e Bezerra de Menezes, associados ao autor, fiscalizando ou amparando o trabalho”. Auto avaliando-se diante da responsabilidade a ele conferida acrescenta: -“Esta é a razão pela qual, segundo creio, não tem o nosso amigo trazido a sua contribuição direta. Isto é o que eu acredito, sem saber se está certo, porque no meio destas realizações eu estou como “um batráquio na festa”. A luz que, por vezes, me rodeia me amedronta. Vejo, ouço, e me movimento, no circulo destes trabalhos, mas, podes crer, vivo sempre com a angústia de quem se sente indigno e incapaz. Cada dia que passa, mais observo que a luz é luz e que a minha sombra é sombra. Reconhecendo a minha indigência, tenho medo de tantas responsabilidades e rogo a Jesus me socorra”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário