Inerente
ao Ser humano, instrumento de interação entre Dimensões Existenciais - ou
Universos Paralelos – teve no Espiritismo sua definição e até agora as melhores
explicações. Allan Kardec a comparava ao microscópio no aprofundamento dos
conhecimentos do microuniverso, descortinando as realidades existentes além da
Terceira Dimensão, dos nossos limitados cinco sentidos. Tendo n’O
LIVRO DOS MÉDIUNS seu guia de orientações para os interessados no assunto,
foi tratada sob diferentes ângulos em outras Obras Básicas, mas especialmente nos números da REVISTA ESPÍRITA, em várias edições,
oferecendo elementos importantes para reflexão. Numa compilação desenvolvida em
2015 intitulada MEDIUNIDADE - AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ - disponível na INTERNET no Google -, inúmeros esclarecimentos. Destacamos
na sequencia alguns desses apontamentos que ampliam o entendimento sobre a questão.1-
Qual a dinâmica dos fenômenos mediúnicos? Durante sua encarnação, o Espírito atua sobre a matéria por intermédio de
seu corpo fluídico ou perispírito; ocorre o mesmo fora da encarnação. Ele faz,
como Espírito e na medida de suas possibilidades, o que fazia como homem; como
ele não tem mais seu corpo carnal por instrumento, se serve, quando necessário,
dos órgãos materiais de um encarnado, que se torna o que se chama médium. Ele
faz como aquele que, não podendo mesmo escrever, toma emprestada a mão de um
secretário; ou que, não sabendo uma língua, serve-se de um interprete. Um
secretário, um interprete são os médiuns de um encarnado, como o médium é o
secretário ou interprete de um Espírito. (G, 13, 5) 2- Ocorrem de forma natural? Os fenômenos espíritas são, o mais
frequentemente, espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida
nas pessoas que neles menos pensam; em certas circunstâncias, eles podem ser
provocados por agentes designados sob o nome de médiuns; no primeiro caso, o
médium é inconsciente do que se produz por seu intermédio; no segundo, age com
conhecimento de causa; daí a distinção de médiuns conscientes e inconscientes.
Estes últimos são mais numerosos e se encontram frequentemente, entre os
incrédulos mais obstinados que, assim, praticam o Espiritismo sem o saber e sem
querer. Os fenômenos espontâneos tem, por isso mesmo, uma importância capital,
por não se pode suspeitar da boa fé daqueles que os obtém. (G, 13, 12)
4- A mediunidade é, como dizem, um
dom? A mediunidade não é um
talento; não existe senão pelo concurso de um terceiro; se esses terceiros se
recusam, não há mais mediunidade. A aptidão pode subsistir, mas o seu exercício
está anulado. Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista
sem violino. (RE; 3/1864)
5- Todas as pessoas são realmente médiuns? A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza do homem. Nem é uma
exceção, nem um favor; faz parte do grande conjunto humano e, como tal, está
sujeita às variações físicas e às desigualdades morais; sofre o dualismo
terrível do instinto e da inteligência. (RE; 5/1865) 6- Porque a maioria não a percebe em si? A mediunidade é uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade de nuanças em seus meios e em seus
efeitos. Aquele que é apto para receber ou transmitir as comunicações dos
Espíritos é, por isto mesmo, um médium, seja qual for o meio empregado ou o
grau de desenvolvimento da faculdade – desde a simples influência oculta até a
produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo, no uso corrente, o vocábulo tem
uma acepção mais restrita e se diz, geralmente, das pessoas dotadas de uma
potência mediatriz muito grande, tanto para produzir efeitos físicos, quanto
para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra. (RE, 2/1859) 7- A faculdade mediúnica é indício de um
estado patológico qualquer, ou simplesmente anormal? Algumas vezes anormal, mas não patológico; há médiuns de uma saúde
vigorosa; os que são doentes, o são por outras causas. (LM) 8- Como saber se sou médium com essa característica? Até o momento não se conhece nenhum diagnóstico para a mediunidade.
(...). Experimentar é o único meio de saber se existe ou não a percepção. De
resto, os médiuns são muito numerosos, sendo bastante raro que, se não o somos
nós mesmos, não encontremos alguns em membros de nossas famílias ou em nosso
círculo de amizades. O sexo, a idade, o temperamento são indiferentes. São
encontrados entre os homens e entre as mulheres, as crianças e os velhos, as
pessoas que tem boa saúde e as que estão doentes. (OQE)
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