Os
33 artigos do Código Penal da Vida
Futura apresentados no capítulo
7 do livro O CÉU E O INFERNO dão uma
ideia dos mecanismos da Justiça Divina Segundo o Espiritismo. A vasta
literatura produzida através de milhares de médiuns notadamente no Brasil
exemplificam baseados em casos reais como nossa vida está inexoravelmente presa
aos efeitos de nossas ações intencionalmente praticadas na relação da
Individualidade consigo mesma, com a família e com a sociedade. Nos estudos
levados a efeito pelo Espírito Emmanuel e transmitidos à nossa
Dimensão pela psicografia de Chico Xavier em 1965 no livro JUSTIÇA DIVINA (feb, 1965) para
comemorar o primeiro centenário da obra de Allan Kardec, recolhemos inúmeros
elementos para refletir sobre o assunto. Um dos capítulos intitulado DESLIGAMENTO DO MAL, o Instrutor
oferece revelações que atendem ao interesse daqueles que se perguntam como
ficam os que infringiram os dispositivos do Código citado há pouco.
Considerando o princípio segundo o qual “ninguém foge de si mesmo”,
percebemos ser a única forma de oferecer ao Ser em evolução a oportunidade de se
redimir perante os delitos arquivados na sua indelével memória. Escreve Emmanuel:
Antes
da reencarnação, no balanço das responsabilidades que lhe competem, a mente,
acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada pelos resultados das
próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de libertar-se dos
compromissos assumidos com os sindicatos das trevas. Para isso partilha estudos
e planos referentes à estrutura do novo corpo físico que lhe servirá por degrau
decisivo no reajuste, e coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à
feição de câmara corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das
sugestões infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos. 1- Patronos
da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança do povo, escolhem o próprio
encarceramento da idiotia, em que se façam despercebidos pelos antigos
comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles mesmos transformados em
lobos inteligentes; 2- Tribunos ardilosos da opressão e caluniadores
empeçonhados pela malícia pedem o martírio silencioso dos surdos-mudos, em que
se desliguem, pouco a pouco, dos especuladores do crime, a cujo magnetismo
degradante se rendiam, inconscientes; 3-
Cantores e bailarinos de prol, imanizados a organizações corrompidas, suplicam
empeços na garganta ou pernas cambaias, a fim de não mais caírem sob o fascínio
dos empreiteiros da delinquência; 4- Espiões que teceram intrigas de morte e
artistas que envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza
de raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que um dia
elegeram por associados e irmãos de luta mais íntima; 5- Criaturas insensatas,
que não vacilavam em fazer a infelicidade dos outros, solicitam nervos
paralíticos ou troncos mutilados, que os afastem dos quadrilheiros da sombra, com
os quais cultivavam rebeldia e ingratidão;6- Homens e mulheres, que se
brutalizaram no vício, rogam a frustração genésica e, ainda, o suplício da
epiderme deformada ou purulenta, que provoquem repugnância e consequente
desinteresse dos vampiros, em cujos fluidos aviltados e vômitos repelentes se
compraziam nos prazeres inferiores. Se alguma enfermidade irreversível te
assinala a veste física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes
alguém contigo, portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar
semelhante dificuldade, como sendo a luz de uma bênção. Para todos nós, que
temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um
minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas
próprias obsessões.
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