Ante
a aproximação do dia 2 de abril e considerando os 14 anos passados da morte
física de Chico Xavier, necessário rever alguns aspectos de sua vida recente.
Primeiro para lembrar e mostrar que foi marcada por extremas restrições
físicas, sociais, econômicas mas nem por isso tirou proveito algum do trabalho
dos Espíritos especialmente no que se refere às mais de quatro centenas de
obras vertidas por vários autores. Segundo que suas percepções mediúnicas iam
além da psicografia que o notabilizou perante a sociedade humana. Pela riqueza
e variedade de detalhes dividimos nossa pesquisa em três partes, a serem apresentadas
consecutivamente. Começamos pelo perfil como pessoa:
1-
Nasce em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910, como quinto filho de
João Cândido Xavier e de Maria João de Deus, filha de uma ex-escrava e de pai
desconhecido, tendo sido registrada com o nome da Casa de Saúde em que nasceu,
João de Deus.
2-
Aos 5 anos (1915),
desencarna sua mãe, sendo entregue aos cuidados de uma madrinha de nome
Rita, pessoa muito perturbada, onde passa a sofrer severos castigos para sua
idade, impostos pela senhora e seu filho Moacir.
3-
Aos 8 de idade (1918),
reencontra os irmãos após o casamento de seu pai com Dona Cidália Batista
que impõem como condição a reunião dos filhos de Maria João de Deus.
4-
Aos 10 anos (1920),
por orientação do confessor Sebastião Scarzelli, emprega-se na Companhia de
Fiação e Tecelagem Cachoeira Grande, trabalhando das 3 da tarde à Meia-noite,
acordando às 6:30 para estar na escola à 7 horas.
5-Aos
12 anos (1922),
avaliado ao final de ano letivo no Grupo Escolar São José pelo médico Cristiano
Ottoni, como tendo alcançado uma instrução abaixo do nível,
apesar de ser um menino de inteligência muito lúcida, superior à normal,
excelente memória, grande poder de assimilação e presença de espírito.
6-
Aos 15 anos (1925), o ritmo e as condições precárias de trabalho, acomete-o de
uma doença de nome Coreia, o que o obriga a largar o primeiro emprego, passando
a trabalhar na venda do Sr. José Felizardo como ajudante de balcão, cozinha e
horta
7-
Aos 17 anos (1927), inicia atividades sociais com mais carentes da periferia de
Pedro Leopoldo, ofertando, no primeiro dia, alguns pães com moradores de uma
ponte da cidade, prática que desenvolveria até os últimos anos de vida em
Uberaba(MG), atendendo uma orientação espiritual recebida.
8-
Aos 21 anos (1931), em abril, dia 18, assume com sua madrasta e
protetora, Dona Cidália Batista, pouco
antes de sua morte, o compromisso de cuidar dos seus irmãos mais novos,
impedindo que fossem dispersados entre amigos da família como aconteceu com ele
e seus irmãos maternos. Recebe o diagnóstico de uma espécie de catarata
inoperável que o manteria praticamente cego e dependente de colírios pelo resto
da vida após ter experimentado um incomodo no olho esquerdo, diagnosticado
posteriormente como um amolecimento do olho esquerdo,
9-
Aos 23 anos (1933), cede às pressões do pai para tentar oportunidade de emprego oferecida por
intelectual mineiro, permanecendo semanas em sua residência em Belo Horizonte
sem a promessa fosse cumprida, ouvindo , por fim, de amigos deste como
condição para que conseguisse o tal emprego,
a proposta para que assumisse e negasse a autoria espiritual dos poemas
por ele recebidos por não passar de um “sofrê”-
pássaro capaz de imitar o canto de outros -, ao que o Espírito Emmanuel surpreendendo-o,
acrescentou: -Sim, volte a Pedro Leopoldo e procuremos trabalhar. Você não é
um sofrê, mas precisa sofrer para aprender”.
10-
Aos 25 anos (1935), é objeto de série de matérias publicadas pelo jornal O
GLOBO, ao longo de vários meses / Emprega-se como Trabalhador Diarista na
Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, em vista da
falência do estabelecimento onde trabalhava causada pelo AVC de seu patrão Zé
Felizardo
11-
Aos 30 (1940), ameaçado por um fatal ataque de uremia, pede ao Espírito
Emmanuel que o recebesse na Espiritualidade, ouve dele: - “Não posso, Chico, auxiliá-lo no seu
desencarne. Tenho muito que fazer. Mas, se você sentir que hora chegou, recorra
aos amigos do Luiz Gonzaga. Você não é melhor que os outros”.
12-
Aos 32 (1942), acata sugestão/solução do seu superior no trabalho, alterando
seu nome para Francisco de Paula Candido Xavier, ante as pressões exercidas por
autoridade eclesiástica para que fosse demitido.
13-
Aos 34 (1944), é tema de entrevista desmoralizante efetuada por dois
consagrados jornalistas que se fizeram passar por estrangeiros, ocultando-se
em nomes falsos, usando inclusive
“interprete” para formular suas perguntas, assustando-se quando
do retorno ao Rio de Janeiro, ao verem na dedicatória dos livros a eles
oferecidos, a referência do Espírito Emmanuel aos seus nomes verdadeiros / Passa
a enfrentar processo judicial aberto em fórum do Rio de Janeiro pela viúva do
escritor Humberto de Campo.
14-
Aos 25 anos (1935), é objeto de série de matérias publicadas pelo jornal O
GLOBO, ao longo de vários meses / Emprega-se como Trabalhador Diarista na
Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, em vista da
falência do estabelecimento onde trabalhava causada pelo AVC de seu patrão Zé
Felizardo
15-
Aos 30 (1940), ameaçado por um fatal ataque de uremia, pede ao Espírito
Emmanuel que o recebesse na Espiritualidade, ouve dele: - “Não posso, Chico,
auxiliá-lo no seu desencarne. Tenho muito que fazer. Mas, se você sentir que
hora chegou, recorra aos amigos do Luiz Gonzaga. Você não é melhor que os
outros”.
16-
Aos 32 (1942), acata sugestão/solução do seu superior no trabalho, alterando
seu nome para Francisco de Paula Candido Xavier, ante as pressões exercidas por
autoridade eclesiástica para que fosse demitido
17-
Aos 34 (1944), é tema de entrevista desmoralizante efetuada por dois
consagrados jornalistas que se fizeram passar por estrangeiros, ocultando-se
em nomes falsos, usando inclusive
“interprete” para formular suas perguntas, assustando-se quando
do retorno ao Rio de Janeiro, ao verem na dedicatória dos livros a eles
oferecidos, a referência do Espírito Emmanuel aos seus nomes verdadeiros / Passa a enfrentar processo judicial aberto em
fórum do Rio de Janeiro pela viúva do escritor Humberto de Campos.
18-Aos
49 anos (1959), muda-se para a cidade de Uberaba (MG), motivado pelas pressões
decorrentes de matéria publicada por jornal de grande circulação em Minas
Gerais, contendo entrevista difamatória de um sobrinho que suicidaria meses
depois
19-
Aos 58 (1968), nova cirurgia, desta vez da próstata, em Hospital na cidade de
São Paulo
20-
Aos 66 (1976), sofre enfarto do miocárdio, impondo-lhe um quadro de angina que
o perseguira até o fim da vida, com grandes desconfortos
20-
Aos 75 (1985), abre mão de um donativo de 22 milhões a ele oferecido por admiradora da cidade de Nanuque (MG), em
favor do Hospital da Caridade
21-
Aos 92 (2002), desencarna no dia 30 de junho, do modo como desejara: um dia em
que o povo estivesse muito feliz.
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