A
reflexão sobre a complexa e caótica situação observada na sociedade humana nestes
tempos de transição planetária, conduz a uma resposta única para reverter o
quadro: a educação integral. O que seria? Do estudo desenvolvido em
torno do tema dentro da série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ,
destacamos três das 27 oferecidas para sua avaliação. Partimos de quatro
premissas básicas: 1- Quando se pensa, na massa de indivíduos diariamente
lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos
próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato? (LE) 2- Somente a
educação pode reformar os homens. (LE, 796). 3- Educação é
conjunto de hábitos adquiridos. (LE;
685ª/nota) 4-Conhecereis a Verdade e a Verdade vos
libertará – (Jesus) Vamos às respostas selecionadas: 1 - O que
vem a ser Educação Integral? Atividade meio – ou fim - dos ciclos evolutivos capazes de conduzir a
individualidade ou Espírito na direção da conquista da felicidade e paz, ou
progresso pleno. Principia no reconhecimento do Ser como Espírito, imortal,
preexistente e sobrevivente a caminho da perfeição através de reencarnações
sucessivas na condição humana, controlado pela Lei de Causa e Efeito cujo
mecanismo e conceito funcionando adentro de si mesmo, vai se ampliando à medida
que o grau de inteligência e consciência se desenvolvem. Pode ser considerada
sob dois ângulos: do indivíduo que se compenetra dessa realidade e daquele que
tem sob sua responsabilidade outros Espíritos na condição de tutelados com o
nome de filhos. 2- Considerando ser a evolução espiritual
consequência da educação do Espírito percebe-se que após a ascensão do
Princípio Inteligente à condição humana ele vai como que sendo empurrado pelas
circunstâncias. Em que ponto a Individualidade começa a agir conscientemente no
seu processe evolutivo? O Espírito fica num estado inconsciente
durante numerosas encarnações; a luz da inteligência não se faz senão aos
poucos e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e
com conhecimento de causa. (RE, 1864)
Não
é nem após a primeira, nem à segunda encarnação que a alma tem consciência
bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos, talvez só após
a centésima ou milésima. Durante longos
períodos o Espírito encarnado é submetido a influência exclusiva dos instintos
de conservação; pouco a pouco se transformam em instintos inteligentes ou,
melhor dito, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre
gradativamente, a inteligência domina os instintos. Só então começa a séria
responsabilidade. A responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento da
inteligência. No ponto em que estamos, a inteligência está bastante
desenvolvida para permitir ao homem julgar sadiamente o Bem e o mal; e é também
deste ponto que a sua responsabilidade é mais seriamente empenhada. (RE)
3 - Neste contexto de
mudanças, a visão do papel da família na busca de soluções para o caos social
dominante precisa ser revisto e melhor compreendido? Sendo os primeiros
médicos da alma de seus filhos, os pais deveriam estar instruídos, não só de
seus deveres, mas dos meios de cumpri-los; não basta ao médico saber que deve
procurar curar, é preciso que saiba como deve fazê-lo. Ora, para os pais, onde estão os meios de se
instruírem sobre essa parte tão importante de sua tarefa? Dá-se às mulheres
muita instrução hoje; fazem-na suportar exames rigorosos, mas jamais foi
exigido de uma mãe que ela saiba como deve fazer para formar o moral de seu
filho? São-lhes ensinadas receitas do
governo da casa; mas se a iniciou nos mil segredos de governar os jovens
corações? Os pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso
que, frequentemente, tomam um falso caminho; também recolhem, nos erros de seus
filhos tornados grandes, o fruto amargo de sua experiência ou de uma ternura
mal combinada, e a sociedade toda disso recebe o contra golpe. Uma vez que está
reconhecido que, o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias
humanas, que enquanto reinarem sobre a Terra, não se podem esperar nem paz, nem
caridade, nem fraternidade, é preciso, pois, atacá-los no seu estado de
embrião, sem esperar que sejam vivazes. (RE,
1864)
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