Quando
Chico
Xavier afirmou ser a reencarnação a chave para entender
situações aparentemente inexplicáveis, expressava uma verdade além do
conhecimento dominante na sociedade humana. O incomparável pesquisador e
escritor Hermínio Correia de Miranda, no livro NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS, demonstra isso em dois fatos incluídos
num dos capítulos da obra. Acompanhemos seu relato: Caso “A”— A filha recem casada de um
amigo estava tendo problemas com a gravidez. Embora desejosa de ter
filhos, acabava abortando (involuntariamente, é claro). Parece que
o Espírito (ou Espíritos) reencarnante estava um tanto
indeciso, inseguro ou temeroso. Em decorrência do trabalho de
que participava semanalmente num grupo mediúnico, fiquei sabendo
algo da história pregressa daquele núcleo familiar. Em outros tempos, na Europa
do século XVI, o atual pai da moça, fora uma figura de certo relevo
na política e recebera para acabar de criar e educar, uma menina, filha
de alguém que confiou nele para essa delicada tarefa. O tutor não
deu conta satisfatória da sua tarefa, causando profundo desgosto ao
pai da menina. Decorridos os anos normais da existência, todos eles morreram e
as questões sob o ponto de vista humano, ficaram, aparentemente resolvidas,
como pensa muita gente. Mas não é assim que se passam as coisas
além dos nossos insuficientes cinco sentidos. Passado o tempo — séculos,
no caso —, a menina confiada ao eminente político renasceu como
filha deste, agora vivendo no Brasil. Ficamos com o direito de imaginar
que como ele não dera conta razoável de seu encargo de tutor, na Europa,
há cerca de quatro séculos, resolvera assumir a integral responsabilidade
de pai da menina, em nova existência. Aí foi a vez do antigo pai da
menina, lá, também renascer como filho de sua antiga filha e, portanto, como
neto do homem importante a quem ele confiara sua menina. Estão entendendo a trama?
Esse foi o esquema armado para resolver o conflito criado entre eles e que
permanecera sem solução. O problema é que o homem ficara tão magoado com a
pessoa a quem entregara sua filha que agora relutava em aceita-lo como avô.
Será que ele não iria causar-lhe outro desgosto? Nesse ínterim, a filha
do meu amigo ficara grávida novamente e outra vez corria o
risco de perder a criança por um aborto involuntário. Como eu,
indiretamente, soubesse das razões de todo aquele drama de bastidores, mandei
um recado um tanto enigmático para meu amigo, futuro vovô, que ele
entendeu perfeitamente. O teor do recado era mais ou menos o
seguinte: “Amigo, o Espírito que está para renascer
como seu neto sente-se temeroso porque, no passado, teve
problemas com você. Procure conversar mentalmente com ele, dizendo-lhe que
tudo passou e que você o receberá, hoje, com muita alegria e amor.
Diga-lhe que confie e venha em paz.” Daí em diante, as coisas correram bem. A
gravidez teve bom termo e o garoto nasceu forte e bonitão. Caso “B” — Foi
narrado em livro escrito Dr. Jorge Andréa dos Santos, médico, escritor,
conferencista e pesquisador de muitos méritos. É a história verídica de um
casal de meia idade que julgando mais que suficiente o número de filhos que
tinha trazido para a vida na Terra resolveu não mais
enviar “convites” para ninguém. A providência indicada era a de
ligar as trompas da senhora, ainda com alguns anos férteis pela frente.
Por imprevista contingência, um dos médicos faltou no dia da cirurgia e
o próprio marido, também médico, foi solicitado a fazer parte da equipe, a
fim de suprir a ausência do colega. Ele testemunhou, portanto, ao vivo, todo o
procedimento operatório e viu quando as trompas, após cortadas, tiveram as
pontas implantadas no devido local. Nenhuma possibilidade havia, portanto, de
gravidez posterior àquela cirurgia radical. Ou será que havia? Ainda hoje
não se sabe exatamente o que se passou, mas o certo é que a senhora
engravidou novamente. Parece até que “alguém” promoveu uma cirurgia
invisível para restaurar as trompas, costurando-as competentemente, e
colocando-as novamente a funcionar, para que mais um Espírito pudesse retornar
à carne.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
MORTES VIOLENTAS E SOBREVIVÊNCIA APÓS
“De fatal, na verdadeira acepção, só o
instante da morte”, afirmaram os Espíritos que auxiliaram Allan
Kardec a construir O LIVRO DOS
ESPÍRITOS. A crescente incidência de mortes violentas nas estatísticas
desde as ultimas décadas do século 20, é assustadora. Através da mediunidade,
contudo abriram-se caminhos para inúmeras confirmações da sobrevivência. Para
os que querem ver é claro. Do extraordinário acervo construído através de Chico
Xavier através das cartas que psicografava em reuniões públicas
contendo dados, detalhes e informações surpreendentes, destacamos três
fragmentos para sua reflexão: Caso 1 - Antônio
Martinez Collis (Tico),
24 anos, vitima de assalto em São Paulo, capital: - “Ainda me sinto chocado com o
assalto de que a Jane e eu fomos vítimas. Esperávamos o documento de que
precisava e dialogávamos com alegria, quando nossos irmãos infelizes nos
intimaram de armas na mão. Por que estranhasse em voz alta aquela violência
toda, o tiro partiu de um deles, alcançando-me um vaso importante ao longo da
garganta e atravessando-me uma das vértebras, varando tecido delicado da
medula. Num relance, compreendi tudo,
enquanto os assaltantes fugiram depressa, naturalmente receando represálias por
parte de amigos que, de imediato, nos chegaram. Quis falar a Jane e fazer
algumas recomendações, porque não me enganava quanto ao meu estado orgânico,
mas foi impossível. Conduzido ao socorro, ainda pude notar o olhar de
comiseração dos médicos e amigos; no entanto, o meu pensamento esmoreceu no cérebro
e dormi pesadamente no chamado torpor da morte. Não sei precisar o tempo gasto
no desmaio em que eu era visitado por pesadelos e mais pesadelos, quando
despertei num lugar aprazível”. Caso 2 - Osmar Totaro, 21 anos, vitima
de assalto nos fundos da Casa Lotérica de seu pai, onde se encontrava
conversando com ele e seu irmão. –“Estou a recordar nossa reunião em casa, ao
fundo da loja e a chegada repentina dos infelizes irmãos que nos ameaçaram.
Lembro-me de que o sangue me subiu à cabeça e me coloquei na defesa do papai,
quando o tiro explodiu e o projétil me alcançou. Detive-me por momentos, no
esforço de me levantar da queda de forças que me quebrantou o ânimo, no
entanto, era impossível erguer-me e seguir no encalço dos pobres amigos que nos
experimentaram a fé. Tive alguns momentos de lucidez e dei graças a Deus ao ver
que o Papai e Omar estavam livres da agressão. Enquanto me via no centro das
aflições gerais, concentrei-me na oração, rogando a Jesus me fizesse aceitar a
provação sem revolta e, aos poucos, como que se fez noite para meus olhos,
quando estávamos em pleno dia. Em seguida a isso, minhas energias esmoreceram
de todo. Por fim, o sono, um torpor implacável que me invadiu todo o corpo, a
ponto de não conseguir mover um dedo. Depois, o esquecimento. A memória fugira.
Impraticável qualquer esforço para readquirir o domínio da mente agora abatida
e desfalecente”. Caso 3 - João Reis de
Andrade, 61 anos, vitimado em meio a corrida com
o taxi que possuía, entre municípios do norte do Paraná, atendendo a dois
passageiros desconhecidos: -“Penso que não deveria tocar no assunto,
mas tenho consentimento para isso porque não desejo pensamentos de mágoa contra
ninguém. Aqueles dois companheiros no carro não seriam os executores das Leis
de Deus? O carro era meu instrumento de trabalho, a riqueza do pai de família,
simples e feliz, que sempre fui. Naturalmente, quando me senti despojado da
máquina que valia tanto e que me ajudava a sustentar a família, quis reagir,
reclamar...Hoje, não tenho memória para dizer os detalhes da ocorrência, mas
lembro-me de que um golpe me retirou qualquer faculdade de reação. Orei,
reclamando vocês todos, esposa querida e filhos meus! Sabia, porém, que havia
soado a hora, a hora que ninguém espera e sempre chega... Tentei pedir
clemência e dizer que entregava tudo, mas me poupassem a vida, no entanto, a
voz não saía mais. Notei que mãos vigorosas me deitavam numa plantação que me
oferecia repouso”. Importante frisar que o médium nem sempre tinha
maiores informações sobre o autor das cartas e sua história.
sábado, 25 de junho de 2016
DISSIPANDO MISTÉRIOS
Se
a racionalidade da Verdade encontra tanta dificuldade para ser assimilada pelo pensamento
analógico do indivíduo, o tempo para ser absorvido pelo coletivo é muito maior.
A história está repleta de exemplos, até porque, por vezes, é necessário o
coletivo para alcançar o individual. Assim tem sido no campo da ciência em suas
diferentes especializações desde que a “muralha” imposta pela religião veio
abaixo mais objetivamente com as proposições de Copérnico confirmadas por
Galileu. Com Freud, Jung, Einstein e muitos outros nos vislumbres de suas
Teorias não foi diferente. Décadas se passaram até que o meio dito científico
reconhecesse sua validade e começassem a aproveitar e desenvolver os temas por
eles tratados. Com o Espiritismo ocorre o mesmo. Perseguido, ironizado,
desacreditado ao tempo de Allan Kardec pelo meio acadêmico,
vai se confirmando a muitos representantes deste, sua validade e utilidade. O
coletivo, nesse caso, vai paralelamente despertando a consciência da letargia em
que muitos preferem viver. A didática adotada pelo educador francês em escritos
com que compôs o acervo de seus livros e publicações continua válida nos tempos
que correm. Na REVISTA ESPÍRITA de março
de 1865, encontramos algumas amostras. Vejamos alguns pontos: 1-
O ESPIRITISMO DEMONSTRA O VERDADEIRO
DESTINO DO HOMEM - Tomando-se por base a
natureza deste último e os atributos divinos, chega-se a uma conclusão. O homem
compõe-se de corpo e Espírito: o Espírito é o ser principal, racional,
inteligente; o corpo é o invólucro material que reveste o Espírito
temporariamente, para preenchimento de sua missão na Terra e execução do
trabalho necessário ao seu adiantamento. O corpo, usado, destrói-se e o
Espírito sobrevive à sua destruição. Privado do Espírito, o corpo é apenas
matéria inerte, qual instrumento privado da mola que o faz agir; sem o corpo, o
Espírito é tudo: a vida, a inteligência. Em deixando o corpo, torna ao Mundo Espiritual,
de onde havia saído para reencarnar. 2 - Existem, portanto, dois mundos: o corporal, composto
de Espíritos encarnados; e o espiritual, formado dos Espíritos desencarnados.
Os seres do mundo corporal, devido mesmo à materialidade do seu envoltório,
estão ligados à Terra ou a qualquer Globo; o Mundo Espiritual ostenta-se por toda
parte, em redor de nós como no Espaço, sem limite algum designado. Em razão
mesmo da natureza fluídica do seu envoltório, os seres que o compõem, em lugar
de se locomoverem penosamente sobre o solo, transpõem as distâncias com a
rapidez do pensamento. A morte do corpo é a ruptura dos laços que os retinham
cativos.
3- O FIM DO MISTÉRIO
DA CRIAÇÃO - Os
Espíritos são criados simples e ignorantes, mas dotados de aptidão para tudo
conhecerem e para progredirem, em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso
adquirem novos conhecimentos, novas faculdades, novas percepções e, conseguintemente,
novos gozos desconhecidos dos Espíritos inferiores; eles veem, ouvem, sentem e
compreendem o que os Espíritos atrasados não podem ver, sentir, ouvir ou
compreender. A felicidade está na razão direta do progresso realizado, de sorte
que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente
por não possuir o mesmo adiantamento intelectual e moral, sem que por isso
precisem estar, cada qual, em lugar distinto. Ainda que juntos, pode um estar
em trevas, enquanto que tudo resplandece para o outro, tal como um cego e um
vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a
mínima impressão. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades,
haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra,
no meio dos encarnados, ou no Espaço. 4- FUNÇÃO DA REENCARNAÇÃO - A encarnação é necessária ao duplo progresso
moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual pela atividade
obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos
homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas ou más qualidades. A
bondade, a maldade, a doçura, a violência, a benevolência, a caridade, o
egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a sinceridade, a franqueza, a
lealdade, a má-fé, a hipocrisia, numa palavra, tudo que constitui o homem de
bem ou o perverso tem por móvel, por alvo e por estímulo as relações do homem
com os seus semelhantes.
quinta-feira, 23 de junho de 2016
RETRATOS E RETALHOS DA VIDA
Em
meio às tribulações da vida, por vezes, quando o ânimo esmorecer, a inspiração
de passagens envolvendo o incansável e inesquecível Chico Xavier representa o
alento para se recomeçar e seguir em frente. Como mostram os quatro casos apresentados
na sequência: 1- Uma senhora chegou com uma criança que
chorava muito. Chico se encontrava na sala das receitas e a senhora dizia que
não sairia do recinto sem falar com Chico, pois não aguentava mais o choro da
criança, que chorava dia e noite, sem parar. Quando Chico saiu do receituário,
a primeira pessoa a quem falou foi essa senhora. Trazia uma orientação de
Emmanuel; que levasse a criança a São Paulo e procurasse o médico que estava
com o seu nome escrito no bilhete. Aquela criança tinha o céu de sua boca
aberto e aquele médico tinha condições de operá-la. A mãe ficou muito surpresa,
pois não havia falado nada e perguntou como ele sabia se ela não lhe falara
nada. Respondeu-lhe que não tinha qualquer conhecimento do caso. Aquele choro
iria continuar por algum tempo; era um problema de carma, mas estava amparada
pela Espiritualidade, a mãe traz consigo o bálsamo. Por isso ela fora escolhida
para a guarida desse Espírito. 2- Noutra ocasião, uma senhora veio
de Brasília a pedido de sua filha para uma orientação do Chico. Havia perdido
seu marido há 41 dias, por suicídio. E, no seu desespero, alimentava a ideia de
suicidar-se. Quando chegou, não houve tempo para falar com o Chico. No final do
trabalho ele psicografara uma mensagem e
chamava por Maria Cristina, de Brasília. Sua mãe não ligou os fatos. Chico leu
a mensagem e, para quem se destinasse, que a procurasse. Nas suas primeiras
linhas, essa senhora, a meu lado nada percebera; só depois de certo detalhe é
que conseguiu identificá-la, notando que o Espírito do seu marido escrevia para
sua filha, esclarecendo os fatos que ocorreram. 3-
Por
volta do mês de julho de 1961, assisti a uma comunicação dada pelo Espírito de
um jovem, dirigida a seus familiares, residentes em Ponta Grossa, Paraná,
presentes na Comunhão Espírita Cristã. Vivera um pungente drama que, segundo se
afirmava, o Chico não tivera conhecimento antes da mensagem. O rapaz fora morto
acidentalmente por um seu amigo no jardim de sua casa, vítima de um disparo de
revólver, justamente na festa de seu aniversário. Depois de detalhar seus
últimos momentos no corpo que se extinguia, em linguagem vívida, rogava ainda à
sua mãe e aos parentes, que procurassem o amigo que lhe fora o instrumento de
separação, e o consolassem também, pois este alimentava ideia de suicídio. Toda
uma ala daquela pequena sala de reuniões entrou em convulsivo pranto; a prova
da sobrevivência chegava aos corações doloridos confortando-os e reanimando-os,
além de trazer um importante pedido: o perdão e a reconciliação para com o
inesquecível amigo. 4- Certa feita, em
Uberaba, o confrade Farid Mussi, de São José do Rio Preto (SP), encontrava-se
na fila, no "Centro Comunhão Espírita Cristã", esperando a sua vez.
E, quando esta chegou, Chico disse-lhe: "Encontra-se ao seu lado uma
entidade que deseja agradecer-lhe os favores recebidos através de uma prece.
Diz ela chamar-se Maura de Araujo Javarini, tendo vivido e desencarnado em São
José do Rio Preto (SP), em 1932." No momento, o senhor Farid não se
lembrou de ter prestado qualquer auxílio que merecesse tal agradecimento. No
dia seguinte, contudo, rememorando essa ocorrência, veio-lhe à lembrança de que
em tempos idos, passando por uma padaria. situada nas proximidades do
TATWA-Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento, em São José do Rio Preto,
teve notícia de que a esposa do padeiro se suicidara. Nessa ocasião, não era
espírita, mas sim secretário do referido TATWA, e condoído da infelicidade
dessa senhora, tirou do bolso um caderninho de notações e nele anotou o nome de
Maura de Araujo Javarini, dirigindo-se ao
Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, uma vez que a reunião da noite
estava prestes a se realizar.
terça-feira, 21 de junho de 2016
VASTO IMPERIO ESPIRITUAL
Se
você já admite a influência espiritual e a existência dos Planos invisíveis ou
Universos Paralelos onde nascem as interferências em nossa realidade, precisa conhecer
essas informações. No livro OS
MENSAGEIROS (feb, 1944), o segundo dos transmitidos para nossa Dimensão por
André
Luiz através de Chico Xavier, um apontamento
interessante: -“Na Crosta, nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica,
pelas paixões desordenadas, pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas
espirituais imediatas à mente terrestre, temos tudo isso em identidade de
condições. Entre as entidades perversas e ignorantes, há cooperativas para o
mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa exploração de certas forças
da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de mentiras, escravização dos que se
enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro dos Espíritos falidos e
imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as da Terra, inquietações
sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente, angustiosos desvios do
sentimento. Em todo o lugar, as quedas espirituais, perante o Senhor, são
sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração”. Já as
imagens a seguir fazem parte do pronunciamento feito por um Instrutor Espiritual
reproduzido no livro LIBERTAÇÃO
(feb, 1949): -“Além do principado humano, para lá das fronteiras sensoriais que
guardam ciosamente a alma encarnada, amparando-a com limitada visão e benéfico
esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam
milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as
condições de habitabilidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra
faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis,
tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os
próprios homens (...). Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no
domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as
Civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as
atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única
felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência,
tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da
inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os círculos terrestres
para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da
criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso
único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da
permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço
escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e
perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não
se apercebem da situação dolorosa em que se acham.(...). Incapacitados de
prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os
filhos do desespero organizam- se em vastas colônias de ódio e miséria moral,
disputando, entre si, a dominação da Terra. Conservam, igualmente, quanto
ocorre a nós mesmos, largos e valiosos patrimônios intelectuais e, anjos
decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos
que orientam a evolução planetária. Mentes cristalizadas na rebeldia tentam
solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na
organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as
consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e
aniquilar. Escravizam o serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios
e dispõem de agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes
propósitos que o Senhor nos traçou às ações. Os homens terrenos que, semi-libertos
do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram,
tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um
inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte. A
mente infantil da Terra, embalada pela ternura paternal da Providência, através
da teologia comum, nunca pôde apreender, mais intensivamente, a realidade
espiritual que nos governa os destinos. Raros compreendem na morte simples
modificação de envoltório, e escasso número de pessoas, ainda mesmo em se
tratando dos religiosos mais avançados, guardam a prudência de viver, no vaso
físico, de conformidade com os princípios superiores que esposam”.
domingo, 19 de junho de 2016
INFLUÊNCIA ESPIRITUAL: TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES
Assim
como a ação de Jesus incomodou a religião institucionalizada de seu tempo, o
Espiritismo desencadeou reações semelhantes quando de seu aparecimento e
disseminação. Intolerância religiosa; associações indevidas com fenômenos
comportamentais; perseguições aos seus seguidores, ameaças de loucura aos seus
praticantes especialmente os que exerciam a mediunidade; fizeram parte das
campanhas urdidas contra ele Como Copérnino
precisou que transcorressem 100 anos para que suas afirmações fossem
confirmadas por Galileu, o Espiritismo certamente imporá pelos seus argumentos
a veracidade do Mundo Espiritual como o apresenta. Um dos aspectos que se
evidencia cada vez mais é a influência dos Espíritos desencarnados sobre a
realidade dos encarnados. Abrindo o número de janeiro de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec explica: -“A
maneira pela qual se exerce a ação dos Espíritos sobre o homem, ação, por assim
dizer, material, tem sua causa inteiramente no perispírito, princípio não só de
todos os fenômenos espíritas propriamente ditos, mas de uma imensidade de
efeitos morais, fisiológicos e patológicos, incompreendidos antes do
conhecimento desse agente, cuja descoberta, se assim nos podemos exprimir, abrirá
horizontes novos à Ciência, quando esta se dispuser a reconhecer a existência
do mundo invisível. Como vimos, o perispírito representa importante papel em
todos os fenômenos da vida; é a fonte de uma porção de afecções, cuja causa é
em vão buscada pelo escalpelo na alteração dos órgãos, e contra as quais é
impotente a terapêutica. Por sua expansão explicam-se, ainda, as reações de
indivíduo a indivíduo, as atrações e as repulsões instintivas, a ação
magnética, etc. No Espírito livre, isto
é, desencarnado, substitui o corpo material; é o agente sensitivo, o órgão por
meio do qual ele age. Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o
Espírito alcança o indivíduo sobre o qual quer atuar, rodeia-o, envolve-o,
penetra-o e o magnetiza. Vivendo em meio ao Mundo Invisível, o homem está
incessantemente submetido a essas influências, assim como às da atmosfera que
respira, traduzindo-se aquelas por efeitos morais e fisiológicos dos quais não
se dá conta e que, muitas vezes, atribui a causas inteiramente contrárias. Essa
influência difere, naturalmente, segundo as qualidades, boas ou más, do
Espírito. Se ele for bom e benevolente a influência, ou, se quisermos, a
impressão, é agradável e salutar; é como as carícias de uma terna mãe, que
abraça o filho. Se for mau e perverso, será dura, penosa, aflitiva e por vezes
perniciosa; não abraça: constrange. Vivemos num oceano fluídico, expostos
incessantemente a correntes contrárias, que atraímos ou repelimos, e às quais
nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem
sempre conserva o seu livre-arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em
virtude do qual pode sempre escolher o caminho. Como se vê, isto é inteiramente
independente da faculdade mediúnica, tal como é concebida vulgarmente. Estando
a ação do Mundo Invisível na ordem das coisas naturais, ela se exerce sobre o
homem, abstração feita de qualquer conhecimento espírita. Estamos a elas
submetidos, como o estamos à influência da eletricidade atmosférica, mesmo não
sabendo a Física, como ficamos doentes, sem conhecer a Medicina. Ora, assim
como a Física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas
doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a causa dos fenômenos devidos
às influências ocultas do mundo invisível e nos explica o que, sem isto, nos
parecerá inexplicável”.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
CUIDADO COM O QUE VOCÊ PENSA
Sobrevivente
em relação ao grande número de autores e obras publicadas no Brasil no meio
espírita graças à qualidade das pesquisas que realizou no campo das
manifestações psíquicas, o italiano Ernesto Bozzano construiu livros de
conteúdo impressionante. Um deles PENSAMENTO E VONTADE (feb). Dele uma amostra
para sua análise: -“Já os
magnetizadores da primeira metade do século 19 haviam notado que os
sonâmbulos não só percebiam o pensamento das pessoas com quem se punham em
relação, sob a forma de imagens geralmente localizadas no cérebro, com também,
eventualmente, fora dele, e mais ou menos imersos na aura da pessoa que, na
ocasião, tinha na mente o pensamento correspondente à imagem. (...) A este
respeito, importa acentuar que as descrições teosóficas desse simbolismo do
pensamento estão em surpreendente concordância com as dos clarividentes
sensitivos. Vamos aqui resumir o trecho de um livro (FORMAS PENSAMENTO) de Annie
Besant e Leadbeater, para compará-lo depois a uma outra passagem tomada às
declarações de um sensitivo clarividente. Eis o que a respeito dizem esses
autores: Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do corpo
mental, correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e que ai combinam em
maravilhoso jogo de cores, tal como se dá com as gotículas de água desprendidas
de uma cascata, quando atravessadas pelo raio solar, apenas com a diferença de
maior vivacidade e delicadeza
de tona. O corpo mental, graças ao impulso do pensamento, exterioriza uma fração
de si mesmo, que toma forma correspondente à intensidade vibratória, tal como o
pó de licopódio que, colocado sobre um disco sonante, dispõe-se em figuras
geométricas, sempre uniformes em relação com as notas
musicais emitidas. Ora, este estado vibratório da fração exteriorizada do corpo
mental, tem a propriedade de atrair ai, no meio etéreo, substância sublimada
análoga à sua. Assim é que se produz uma forma pensamento, que é, de certo
modo, uma entidade animada de intensa atividade, a gravitar em torno do
pensamento gerador... Se este pensamento implica uma aspiração pessoal de quem
o formulou - tal como se dá com a maioria dos pensamentos - volteia, então, ao
derredor do seu criador, pronto sempre a reagir benéfica ou maleficamente, cada
vez que o sinta em condições passivas. Estranhamente simbólicas as formas do
pensamento, algumas delas representam graficamente os sentimentos que as
originaram. A
usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas, como
que dispostas a apreender o cobiçado objeto. O pensamento, preocupado com a
resolução de um problema, produz filamentos espirais. Os sentimentos endereçados
a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos semelhantes
aos projeteis. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o
medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpicos de lama. Outro
sensitivo clarividente, Sr. .E.A. Quinton, também nota, a propósito das suas
visualizações de pensamentos alheios, o seguinte: Em três grupos podem ser
subdivididas as formas pensamentos por mim percebidas: - as que revestem o
aspecto de uma personalidade, as que representam qualquer objeto e as que
engendram formas especiais... As inerentes aos dois primeiros grupos
explicam-se por si mesmas; as do terceiro, porem, requerem esclarecimento. Um
pensamento de paz, quando emitido por alguém profundamente compenetrado desse
sentimento, torna-se extremamente belo e expressivo. Um pensamento colérico, ao
contrário, torna-se tão repugnante, quanto horrível. A avidez e análogas
emoções, por sua parte, originam formas retorcidas, curvas, semelhantes às
garras do falcão, como se as pessoas que as emitem desejassem algo empalmar em
benefício próprio. (Ligth, 1911, pág. 401). Pelo visto, destas declarações
ressalta a concordância de clarividentes e teósofos, afirmarem que os impulsos pessoais da ganância
e análogos desejos originam formas tortuosas do pensamento. E uma circunstância
notável, essa. Naturalmente, no que diz com a realidade das formas abstratas do
pensamento, não possuímos, até agora, outra prova além da resultante da
uniformidade dos testemunhos de diversos clarividentes. Todavia, apresso-me a declarar
que, para as afirmações dos sensitivos, relativamente às formas concretas do pensamento
-, isto é, pensamento-forma representando pessoas ou coisas - tem na fotografia
uma prova absoluta, de vez que a chapa as registra. Somos, destarte, levados a
conceituar logicamente a declaração dos
videntes, no que concerne às formas do pensamento abstrato. E de fato já se tem
demonstrado que, quando sonhamos com qualquer pessoa ou coisa, estas se
concretizam em imagem correspondente. Assim, tudo contribui para a suposição de
que as ideias abstratas também devem concretizar-se em alguma coisa que lhes
corresponda. Resta ainda falar de um traço característico, ou faculdade que as
formas do pensamento podem apresentar qual a de, em circunstâncias especiais,
subsistirem por mais ou menos tempo no ambiente, ainda que deste se tenha
afastado, ou mesmo falecido, a pessoa que os engendrou.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
CONSTRUINDO UMA NOVA VISÃO SOBRE O INEVITÁVEL DEPOIS
-"O Mundo Espiritual é um prolongamento do Mundo
Material", disse certa vez o médium Chico
Xavier. E, completa: "a temida morte, representa apenas a transferência de uma
Dimensão para a outra, como a mudança de uma cidade para outra". Na sequência
alguns dados importantes para reflexões. 1- Oitenta porcento das criaturas que
desencarnam voltam-se para a retaguarda
sem condições de
ascenderem a Planos Elevados. Apenas vinte porcento gravita para Esferas mais altas.(ICX) 2-A situação de
surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis que determinam a morte física, proporcionam sensações muito desconfortáveis à alma desencarnada, condição
útil e necessária para que o Espírito
alije o fardo de suas impressões nocivas
do mundo e penetre mais tranquilo na
Vida Espiritual (OC) 3- Somente
alguns poucos Espíritos treinados no
conhecimento superior conseguem
evitar as deprimentes crises de medo
que, em muitos casos, perduram por
longo tempo.
(FT) 4- Incontáveis pessoas, por deficiência de educação do “EU” agarram-se aos remanescentes do corpo. 5- No cemitério, podem
ser encontrados Espíritos que permanecem junto ao corpo durante
muitos anos, deitados lado a lado com
ele. É como se estivessem mumificados. Quando não reagem ou não possuem
merecimento bastante para serem socorridos, vão ficando desmemoriados, perdendo
a consciência de si mesmos. Assistem a decomposição cadavérica, permanecendo
como que imantados à matéria por muito tempo. (ECX) 6- O
reencontro com familiares desencarnados,
não acontece tão rápido para os
que se desprendem da Terra saturados de
obsessões pelas posses efêmeras do mundo e tocados pelas sombras das
revoltas incompreensíveis. (OVE) 7- Expressivo número de almas perturbadas se demora no recinto doméstico. Permanecem em profundo desânimo, detendo-se
nos hábitos arraigados da casa, inalando substâncias vivas do ambiente
familiar, sem coragem de ir adiante (...) Sentem-se numa viagem
sem mapa, sem direção ou bússula. (FT/ICX) 8- Os que
apegam-se demasiadamente ao corpo,não
enxergando outra coisa, nem vivendo senão dele e para ele, votando-lhe
verdadeiro culto, vindo o sopro
renovador da morte, não o abandonam, sentindo-se perseguidos pela imagem
do cadaver. Repelem quaisquer ideias de espiritualidade e lutam
desesperadamente pelo conservar. Surgem,
no entanto, os vermes vorazes e os expulsam. A essa altura, horrorizam-se
do corpo e adotam nova atitude extremista. A visão do cadáver, porém, como forte criação mental deles mesmos, atormenta-os
no imo da alma. Sobrevêm perturbações e crises, mais ou menos longas, e
muitos sofrem até a eliminação integral do seu fantasma. (NL) 9- Há Espíritos que,
depois de desencarnados ,por problemas inerentes à sua consciência, voltam ao passado remoto e passam a viver alienados a realidade deixada na existência em
que criaram a culpa para si mesmos, apesar
de terem vivido uma existência posterior.(ICX) 10- O problema da dependência(cigarro),continua
depois da morte até que a
impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda
lugar à normalidade do envoltório
perispirítico, o que, na maioria
das vezes, tem a duração do tempo
correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do
fumante..(JV)11- Se alguém parte odiando e ,se no mundo, o desafeto faz questão de cultivar
os germens da antipatia e das lembranças cruéis, é mais que natural que no Plano Invisível, perseverem os elementos da aversão e da vindita implacáveis, sustentando-se a perseguição dentro da
situação de invisibilidade.(OC) 12- Aqueles que são socorridos por méritos ou aceitação e mesmo aqueles que morrem em acidentes
previstos para acontecer pelo Plano Espiritual, embora não cogitados na Terra,
são, no devido tempo, submetidos
a tratamentos especializados
como cirurgias, hemodiálises, psicológicos, psiquiátricos, entre outros.13- A vida do Espírito desencarnado nos
primeiros tempos depois da morte, reflete, em geral, as ações de sua
existência terrena. Os que viveram mergulhados nos estudos dignificadores, encontrarão
meios de desenvolvê-los dentro das sociedades esclarecidas que os acolhem, segundo
os imperativos das afinidades espirituais. (PI)
segunda-feira, 13 de junho de 2016
O PODER DA VONTADE SOBRE AS PAIXÕES
O caso é relatado por Allan Kardec no número de julho de 1863 da REVISTA ESPÍRITA. Conta ele: -“Um
rapaz de vinte e três anos, o Sr. A..., de Paris, que se iniciou no Espiritismo
há apenas dois meses, captou o seu alcance com tal rapidez que, sem nada ter
visto, o aceitou em todas as suas consequências morais. Dirão que isto não é de
admirar da parte de um jovem, e não prova senão uma coisa: a leviandade e um
entusiasmo irrefletido. Seja. Mas prossigamos. Esse moço irrefletido, como ele
próprio reconhece, tinha um grande número de defeitos, dos quais o mais
saliente era uma irresistível predisposição para a cólera, desde a infância.
Pela menor contrariedade, pelas causas mais fúteis, quando entrava em casa e
não encontrava imediatamente o que queria; se uma coisa não estivesse no seu
lugar habitual; se o que tivesse pedido não estivesse pronto em um minuto,
enfurecia-se e tudo quebrava. Era a tal ponto que um dia, num paroxismo de
cólera, explodindo contra a mãe, disse-lhe: “Vai-te embora, ou eu te mato!”
Depois, esgotado pela superexcitação, caía sem consciência. Acrescente-se que
nem os conselhos dos pais, nem as exortações da religião tinham podido vencer
esse caráter indomável, compensado, aliás, por uma grande inteligência, uma
instrução cuidadosa e os mais nobres sentimentos,(...) Bastaram alguns dias
para fazer desse jovem um ser meigo e paciente. A certeza adquirida da vida
futura, o conhecimento do objetivo da vida terrestre, o sentimento da dignidade
do homem, revelada pelo livre-arbítrio, que o coloca acima do animal, a
responsabilidade daí decorrente, o pensamento de que a maior parte dos males
terrenos são a consequência de nossos atos, todas essas ideias, hauridas num
estudo sério do Espiritismo, produziram em seu cérebro uma súbita revolução;
pareceu-lhe que um véu foi retirado de seus olhos; a vida se lhe apresentou sob
outra face. Então, certo de que tinha em si um ser inteligente, independente da
matéria, disse de si para si: “Este ser deve ter uma vontade, ao passo que a
matéria não a tem; portanto, ele pode dominar a matéria.” Daí este outro
raciocínio: “O resultado de minha cólera foi tornar-me doente e infeliz, e ela
não me dá o que me falta; logo é inútil, já que não estou mais adiantado. Ela
me produz mal e nenhum bem me dá em compensação; mais ainda: poderia impelir-me
a atos repreensíveis, criminosos talvez.” – Ele quis vencer, e venceu. Desde
então, mil ocasiões se apresentaram que, antes, o teriam enfurecido e ante as
quais ele ficou impassível e indiferente, para grande estupefação de sua mãe.
Sentia o sangue ferver e subir à cabeça, mas, por sua vontade, o fazia refluir,
forçando-o a descer. Um milagre não teria feito melhor. (...) Seu Espírito era
responsável por sua violência, ou apenas sofria a influência da matéria? Eis a
nossa resposta: Vosso Espírito é de tal modo responsável que, quando o
quisestes seriamente, controlastes o movimento sanguíneo. Assim, se o tivésseis
querido antes, os acessos teriam cessado mais cedo e não teríeis ameaçado vossa
mãe. Além disso, quem é que se encoleriza? O corpo ou o Espírito? Se os acessos
viessem sem motivo, poder-se-ia crer que eram provocados pelo afluxo sanguíneo;
mas, fútil ou não, tinham por causa uma contrariedade. Ora, evidentemente não
era o corpo que estava contrariado, mas o Espírito, muito suscetível.
Contrariado, o Espírito reagia sobre um sistema orgânico irritável, que não
teria sido provocado se tivesse ficado em repouso. Façamos uma comparação.
Tendes um cavalo fogoso; se souberdes governá-lo, ele se submete; se o
maltratardes, ele se enfurece e vos derruba. De quem a falta: vossa ou do
cavalo? Para mim, é evidente que vosso Espírito é naturalmente irascível; mas
como cada um traz consigo o seu pecado original, isto é, um resto das antigas inclinações,
não é menos evidente que, em vossa precedente existência, tivésseis sido um
homem de extrema violência, e que provavelmente teríeis pago muito caro, talvez
com a própria vida”.
sábado, 11 de junho de 2016
MORTES COLETIVAS E O ESPIRITISMO
Passava
das 19 horas daquela quarta feira, 24 de agosto de 1960, quando dois ônibus em
comboio partiram de São José do Rio Preto na direção de Barretos, ambas no
interior de São Paulo, onde na manhã seguinte a fanfarra de uma das escolas da
cidade se exibiria nas comemorações do aniversário daquela que hoje é
internacionalmente conhecida pela Festa do Peão Boiadeiro. A viagem de pouco
mais de 90 quilômetros foi interrompida por um acidente envolvendo um dos
coletivos que por problemas mecânicos segundo os laudos periciais atestariam,
se precipitou nas águas do Rio Turvo determinando a morte de 58 jovens. O fato
teve repercussão nacional, impondo a pais e amigos revolta, perplexidade, dor.
Entre os ocupantes do veículo um jovem de 17 anos, William José Gagliardi pertencia
a uma família seguidora do Espiritismo, e macerada pela dor foram à cidade de
Uberaba a fim de buscar algum conforto e apoio moral através de Chico
Xavier que ali passara a residir desde meses antes. Para sua surpresa,
o amado filho escreveu-lhes uma carta através do médium dando mais detalhes da
ocorrência do ponto de vista de quem vivenciou o triste episódio. Em meio às
confortadoras e esclarecedoras palavras, uma informação chama atenção: - O que
passou foi a Lei a cumprir-se. Mas, podem indagar os que leem: que lei
é esta? A resposta encontra-se disponível desde meados do século 19 quando Jesus
como o Espírito da Verdade à frente de uma Equipe de personalidades
que construíram a história da Humanidade com suas passagens por nossa Dimensão
no campo da Ciência (Franklin,
Swedenborg, Hanneman), Filosofia
(Sócrates,
Platão, Fénelon); da Religião
(Santo
Agostinho, São João Evangelista, São Vicente de Paulo, São Luiz); apresentou
através d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS a
versão atualizada de sua mensagem. Nele está implícita a Lei de Causa e Efeito que controla a evolução espiritual das
criaturas humanas através da experiência da reencarnação. Seus princípios seriam melhor explicados no Código Penal da Vida Futura, noutra
obra O CÉU E O INFERNO ou a Justiça
Divina Segundo o Espiritismo de 1865. O que poderíamos associar dessa
Lei com o fato citado no início desses comentários. Primeiro que de “fatal,
no verdadeiro sentido da palavra, só o instante de morte. Chegando esse
momentos, de uma forma ou de outra, a ele não se consegue fugir”. (LE,
853) Segundo: Não morreremos se a nossa hora de morrer não
tiver chegado - exceção do suicídio, é claro – estando previsto até o gênero de
morte que nos afastará desse Plano de Vida, por ter sido escolha nossa antes de
existência ter se iniciado, sendo inúteis nossas tentativas de fugir ao
acertado.(LE,853ª) No
século 20, através do médium Chico Xavier surgiram outras
informações importantes. Em carta escrita pelo Espírito José Roberto Stuqui em
agosto de 1981, revela que “milhões de pessoas estão passando pela
desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de
muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando
induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da
desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos
com a separação de pais e afetos outros no período em que mais desejariam
continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas
que usufruíram”. Noutra carta do ano de 1984 é dito que os “acontecimentos
imprevisíveis na Terra estão marcados para acontecer no Plano Espiritual”.
Sobre a dor dos pais e familiares atingidos pelas separações não imaginadas, no
livro AÇÃO E REAÇÃO (1957, feb), um
Instrutor explica a André Luiz que os pais de hoje ou foram voluntários no
sentido de auxiliar um Espírito querido a se reerguer perante as Leis de Deus
ou foram cúmplices do mesmo no evento que o levou à queda em vida passada.
Mas resta uma pergunta: todos que morrem nos grandes infortúnios coletivos
deveriam morrer? O esclarecimento está na resposta 738 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS: -Se considerássemos a vida no que ela é, e
quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos.
Essas (improváveis) vítimas terão noutra existência uma larga
compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
COISAS IMPORTANTES PARA SE SABER
Quando chega à Dimensão Espiritual em que nos
encontramos mais comumente chamado Mundo Material, o Espírito que reencarna
mergulha numa espécie de hipnose que anestesia as lembranças amargas do
passado oferecendo campo propício para a formação de nova personalidade, aquela
que o identificará na existência que começa a cursar. As influências de uma
sociedade excessivamente materialista afasta o Ser de dados que não deveriam
ser desconsiderados. Na sequência, com o auxílio das informações
disponibilizadas pela Espiritualidade através de diferentes obras, alinhamos 13
desses pontos: 1 - As
Dimensões vibratórias do Universo são infinitas, como infinitos são os mundos
que o povoam. 2 - Esferas
múltiplas de atividade espiritual interpenetram-se nos
diversos setores da existência. 3 - Não existem vazios no Universo.
Todas as
zonas interplanetárias estão repletas de vida em suas
manifestações multiformes. 4 - As esferas vibratórias se interpenetram e
expandem até os limites dos Planetas vizinhos. 5
- Se fosse possível cortar a Terra pelo meio, em seu todo, quer
dizer, até onde alcançam seus limites verdadeiros, ver-se-iam
círculos iguais, uns dentro dos outros, representando estágios da Vida Espiritual, ou Esferas
Vibratórias onde vivem os Espíritos, de acordo com a sua elevação. 6
- Os dois Planos, o visível e o invisível, se interpenetram no
mundo, não sendo o imaterial percebido, pelo fato do sensório do encarnado, de modo geral, estar habilitado somente a certas percepções,
restritas aos cinco sentidos. 7 - Na
quarta esfera, mais apegada à Terra e às suas ilusões, existem muitas organizações à maneira da
dimensão mais física. 8 - As áreas do espaço (espiritual), às vezes
enormes, ocupadas por legiões de criaturas padecentes ou desequilibradas,
estão circunscritas e policiadas por maiores que sejam, funcionando à
maneira de sítios terrestres, utilizados
por grandes instituições para a recuperação dos enfermos da mente.
9 - A matéria mental, energia cuja existência mal começamos a perceber,
obedece a impulsos da consciência mais do que possamos calcular. 10 - Cada
mente vive na dimensão com que se harmonize. Milhares (…) se mantem dentro de
linhas mentais infra-humanas, rebeldes a qualquer processo de renovação. Muitos
permanecem em profundo desânimo nos recintos domésticos em que transitaram por
alguns anos consecutivos, detendo-se nos hábitos arraigados da casa e inalando
substâncias vivas do ambiente que lhes é familiar, sem coragem de ir adiante.
11 - As inteligências se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale
dizer, consoante a onda mental ou frequência vibratória, em que se
encontram. 12 - Há infernos purgatoriais de muitas categorias.
Correspondem à forma de pesadelo ou remorso que a alma criou para si mesma.
Tais organizações (...) obedecem à densidade mental dos seres que as
compõem, onde há milhares de criaturas humanas, clamando contra si mesmas,
chocadas pelas imagens e gritos da consciência, criando quadros aflitivo e
dolorosos, onde o pavor e o sofrimento fazem domicílio.13 - Surpreendemos
entidades fortemente ligadas umas às
outras, através de fios magnéticos, nos mais escuros vales de
padecimento regenerativo, expiando o ódio que as acumpliciaram no vício ou
no crime. Outras, que perseveraram no remorso pelos delitos praticados, improvisam,
elas mesmas, com as faculdades criadoras da imaginação, os instrumentos de
castigo dos quais se sentem merecedores.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
ESPIRITISMO X MATERIALISMO: ALLAN KARDEC OPINA
A
Revolução Industrial do século 19 sucedida pela Revolução Tecnológica do século
20 aliado à inconsistência de muitos dos argumentos da fé cega sustentada pelas
escolas religiosas do século 20 conduziram a expressiva maioria dos integrantes
da sociedade humana que habita o Planeta Terra na direção da tentativa de
negação do seu lado espiritual ou mesmo
a acomodação nos dogmas e princípios dominantes. A ânsia por respostas, contudo
e , felizmente, vai provocando o surgimento de inúmeras pesquisas que
conduzirão as gerações futuras na direção de uma visão nova do sentido da vida
e da forma de se aproveitar a curta passagem do Espírito pelo corpo físico que
como demonstra alógica dos fatos de data de validade, sendo abandonado em
função do desgaste das peças que o compõem, da sobrecarga a eles impostos pelos exceções da
alimentação, dos destemperos emocionais ou da deliberação de ilusoriamente se
auto aniquilar pelo suicídio. O Estudo
da Doutrina Espírita, contudo, revela serem momentos naturais no processo
evolutivo a que todos os matriculados na escola, internados no hospital ou
aprisionados nesta das “muitas moradas na Casa de Nosso Pai”, como comentado por Jesus.
Em artigo incluído na edição da REVISTA ESPÍRITA, de julho
de 1868 , Allan Kardec desenvolve alguns argumentos importantes que
prognosticam um fato que vai ganhando cada vez mais autenticação no século 21.
Escreve ele: -“O que, até aqui, deu força ao Espiritismo, o que dele fez uma ciência
positiva e de futuro, é que jamais avançou levianamente; que não se constituiu
sobre nenhum sistema preconcebido; que não estabeleceu nenhum princípio
absoluto sobre a opinião pessoal, nem de um homem, nem de um Espírito, mas
somente depois que esse princípio recebeu a consagração da experiência e de uma
demonstração rigorosa, resolvendo todas as dificuldades da questão. Quando,
pois, formulamos um princípio é que, de antemão, estamos certos do assentimento
da maioria dos homens e dos Espíritos. Eis por que não temos tido decepções. (...)
Não tememos empenhar a responsabilidade da Doutrina, porque a Doutrina a adotará
se for justa, e a rejeitará, se for falsa. (...). Deixemos, pois, o materialismo
estudar as propriedades da matéria; esse estudo é indispensável, e será feito:
o espiritualismo terá apenas que completar o trabalho naquilo que lhe concerne.
Aceitemos suas descobertas e não nos inquietemos com suas conclusões absolutas,
porquanto, estando demonstrada a sua insuficiência para tudo resolver, as
necessidades de uma lógica rigorosa conduzirão forçosamente à espiritualidade;
e sendo a própria espiritualidade geral incapaz de resolver os inúmeros
problemas da vida presente e da vida futura, será encontrada a única chave
possível nos princípios mais positivos do Espiritismo. Já vemos uma porção de
homens chegarem por si mesmos às consequências do Espiritismo, sem o conhecer,
uns começando pela reencarnação, outros pelo perispírito. Fazem como Pascal,
que descobria os elementos da Geometria sem estudo prévio, e sem suspeitar que
aquilo que imaginava ter descoberto era uma obra realizada. Dia virá em que
pensadores sérios, estudando esta doutrina com a atenção que ela comporta,
ficarão muito surpreendidos de aí encontrar o que procuravam, e proclamarão
todo feito um trabalho cuja existência não suspeitavam. É assim que tudo se
encadeia no mundo; da matéria bruta saíram os seres orgânicos, cada vez mais
aperfeiçoados; do materialismo sairão, pela força das coisas e por dedução
lógica, o espiritualismo geral, depois o Espiritismo, que não é outra coisa
senão o espiritualismo particularizado, apoiado nos fatos”.
sábado, 4 de junho de 2016
FASCINANTE
-“Segundo a Teoria das Supercordas, mesmo que as
dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade
física em que vivemos”. A surpreendente
afirmação do Físico Marcelo Gleyser no livro CRIAÇÃO
IMPERFEITA (2010, record) abre caminho para inúmeras reflexões e cogitações
sobre a realidade em meio à qual vivemos. Nesse sentido, o Espiritismo com mais
de 130 anos já oferecia avançada resposta através da questão 85 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS quando Allan
Kardec reproduz a revelação dos autores espirituais da obra dizendo ser
o “Mundo
Espiritual mais importante que o Material, pois, de lá tudo procede e retorna”.
Chico
Xavier tinha tres anos quando na Inglaterra o reverendo George
Vale Owen recebeu mediúnicamente uma série de mensagens de sua mãe,
enfeixadas em 1920 no livro A VIDA ALÉM
DO VÉU (feb) onde ela detalhava
aspectos do Espiritual em que vivia após sua morte. Mais de uma década depois,
o médium brasileiro tinha publicada a segunda obra da sua extensa produção
mediúnica, onde aquela que foi sua mãe na encarnação encerrada em 2002, contava
sua versão do que era a realidade da outra Dimensão encontrada depois de sua
desencarnação em 1905. Cerca de nove anos depois, Chico Xavier ampliaria o
conjunto dessas informações oferecendo-nos o primeiro da série escrita pelo Espírito
do médico oculto no pseudônimo André Luiz, denominada NOSSO LAR minudenciando as interações
entre os diferentes Planos Existenciais. Em meio à recepção dos títulos da dita
sequencia, o Espírito do professor, jornalista e cronista mineiro Abel
Gomes, daria sua colaboração na ampliação das informações sobre a Vida
no Plano Espiritual, em extensa e interessante mensagem incluída no quase
desconhecido FALANDO A TERRA (1952,
feb). Para se ter uma ideia da riqueza de detalhes da informação, reproduzimos
um trecho das mesmas: - As inteligências aqui se agrupam segundo os
impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou freqüência vibratória,
em que se encontram. Tenho visitado vastas colônias representativas de civilizações
há muito tempo extintas para a observação terrestre. Costumes, artes e fenômenos
linguísticos podem ser estudados, com admiráveis minudências, nas raízes que os
produziram no tempo. A alma liberta adianta-se sem apego à retaguarda, esquecendo
antigas fórmulas, como o pinto que estraçalha e olvida o ovo em que nasceu, abandonando
o envoltório inútil e construtor em busca do oxigênio livre e do largo horizonte,
na consolidação das suas asas; em contraposição, existem milhões de Espíritos,
apaixonados pela forma, que se obstinam naquelas colônias, por muito tempo, até
que abalos afetivos ou consciênciais os constranjam à frente ou ao renascimento
no campo físico. Cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize. Não
há surpresa para a ciência comum, neste n, porquanto, mesmo na Terra, muitas vezes,
numa só área reduzida vivem o cristal e a árvore, a ameba e o pulgão, o peixe e
o batráquio, o réptil e a formiga, o cão e a ave, o homem rude e o homem
civilizado, respirando o mesmo oxigênio, alimentando-se de elementos químicos
idênticos, e cada qual em mundo à parte. Além daqueles que sofrem deformidades
psíquicas deploráveis, manifestadas no tecido sutil do corpo espiritual, não é
difícil encontrarmos personalidades diversas, sem a capa física, vivendo
mentalmente em épocas distanciadas. Habitualmente se reúnem àqueles que lhes
comungam as ideias e as lembranças, formando com recordações estagnadas a moldura
nevoenta dos quadros íntimos em que vivem, a plasmarem paisagem muito semelhante
às que o grande vidente florentino descreveu na Divina Comédia. Há infernos
purgatórios de muitas categorias. Correspondem à forma de pesadelo ou de remorso
que a alma criou para si mesma. Tais organizações, que obedecem à densidade
mental dos seres que as compõem, são compreensíveis e justas. Onde há milhares
de criaturas humanas, clamando contra si mesmas, chocadas pelas imagens e
gritos da consciência, criando quadros aflitivos e dolorosos, o pavor e o
sofrimento fazem domicílio. Aqui, as leis magnéticas se exprimem de maneira
positiva e simples.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
NUNCA DEMAIS REPETIR
“Quando
se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população,
sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar
das consequências desastrosas desse fato? Os chocantes acontecimentos envolvendo uma
jovem de 16 anos e trinta rapazes numa das comunidades pobres encravadas num
dos bairros de importante cidade brasileira no mês de maio de 2016, sugerem-nos
uma revisão e reflexão do contido no fundamental O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Na
mesma nota da questão 685, Allan Kardec oferece a resposta: -“Há
um elemento que não se ponderou bastante, e, sem o qual a ciência econômica não
passa de teoria: a educação. Não a educação moral pelos livros, mas a que
consiste na arte de formar caracteres, aquela que cria hábitos, porque educação
é conjunto de hábitos adquiridos”. Não existem milagres, soluções
imediatas, sendo meramente paliativa qualquer medida fora desse caminho.
Politica que se assemelha a uma estrada que leve a lugar nenhum. E, embora não
conhecido, considerado ou refletido, ao longo da mesma obra vamos encontrando
outros argumentos dele ou daqueles que ajudaram a construir o alicerce do
Espiritismo. Destacamos alguns para confirmar que qualquer mudança somente será
possível a médio e longo prazo, pois se trata de construir uma nova sociedade
através da formação de futuras gerações a partir da infância. Vejamos: 1- Quando essa arte (educação
moral) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no
mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de
respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de
maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são
duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisto está o
ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de
todos”. 2- “-Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito
é mais acessível durante esse tempo às impressões que recebe e que podem ajudar
o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de
sua educação”. 3- “O Espírito dos pais, tem a missão de desenvolver o
dos filhos pela educação: isto é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será
culpado”. 4-“Desde que o
temperamento é um efeito, e não uma causa, os meios tentados para modificá-lo,
podem ser paralisados pelas disposições morais do Espírito, que opõe uma resistência
inconsciente e neutraliza qualquer ação. É, pois, sobre a causa primeira que se
deve agir; se se consegue mudar as disposições morais do Espírito, o
temperamento modificar-se-á por si mesmo, sob o império de uma vontade
diferente”.
5-“Em certa idade é difícil uma transformação do caráter. É, pois, à educação,
e sobretudo à primeira educação, que incumbe os cuidados dessa natureza. 6- “-
Quando a educação, desde o berço, for dirigida nesse sentido; quando se aplicar
em abafar, em seus germes, as imperfeições morais, como faz com as imperfeições
físicas, , não mais se encontrará no temperamento um obstáculo, contra o qual a
ciência muitas vezes é impotente”. 7- Desde que é reconhecido que o egoísmo e o orgulho, são a fonte
da maioria das misérias humanas; que enquanto reinarem na Terra não se pode
esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade, então é preciso ataca-los
no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes. 8- É rebuscando a causa primeira dos instintos e das inclinações
inatas que se descobrirão os meios mais eficazes de combater os maus e
desenvolver os bons. 9- Não
se pode negar a influência do meio e do exemplo sobre o desenvolvimento dos
bons e dos maus instintos, porque o contágio moral é tão manifesto quanto o
contato físico”. 10- Desde que é reconhecido que o egoísmo e o
orgulho, são a fonte da maioria das misérias humanas; que enquanto reinarem na
Terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade, então é
preciso ataca-los no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes.
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