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domingo, 19 de junho de 2016

INFLUÊNCIA ESPIRITUAL: TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Assim como a ação de Jesus incomodou a religião institucionalizada de seu tempo, o Espiritismo desencadeou reações semelhantes quando de seu aparecimento e disseminação. Intolerância religiosa; associações indevidas com fenômenos comportamentais; perseguições aos seus seguidores, ameaças de loucura aos seus praticantes especialmente os que exerciam a mediunidade; fizeram parte das campanhas urdidas contra ele  Como Copérnino precisou que transcorressem 100 anos para que suas afirmações fossem confirmadas por Galileu, o Espiritismo certamente imporá pelos seus argumentos a veracidade do Mundo Espiritual como o apresenta. Um dos aspectos que se evidencia cada vez mais é a influência dos Espíritos desencarnados sobre a realidade dos encarnados. Abrindo o número de janeiro de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec explica: -“A maneira pela qual se exerce a ação dos Espíritos sobre o homem, ação, por assim dizer, material, tem sua causa inteiramente no perispírito, princípio não só de todos os fenômenos espíritas propriamente ditos, mas de uma imensidade de efeitos morais, fisiológicos e patológicos, incompreendidos antes do conhecimento desse agente, cuja descoberta, se assim nos podemos exprimir, abrirá horizontes novos à Ciência, quando esta se dispuser a reconhecer a existência do mundo invisível. Como vimos, o perispírito representa importante papel em todos os fenômenos da vida; é a fonte de uma porção de afecções, cuja causa é em vão buscada pelo escalpelo na alteração dos órgãos, e contra as quais é impotente a terapêutica. Por sua expansão explicam-se, ainda, as reações de indivíduo a indivíduo, as atrações e as repulsões instintivas, a ação magnética, etc. No  Espírito livre, isto é, desencarnado, substitui o corpo material; é o agente sensitivo, o órgão por meio do qual ele age. Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito alcança o indivíduo sobre o qual quer atuar, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. Vivendo em meio ao Mundo Invisível, o homem está incessantemente submetido a essas influências, assim como às da atmosfera que respira, traduzindo-se aquelas por efeitos morais e fisiológicos dos quais não se dá conta e que, muitas vezes, atribui a causas inteiramente contrárias. Essa influência difere, naturalmente, segundo as qualidades, boas ou más, do Espírito. Se ele for bom e benevolente a influência, ou, se quisermos, a impressão, é agradável e salutar; é como as carícias de uma terna mãe, que abraça o filho. Se for mau e perverso, será dura, penosa, aflitiva e por vezes perniciosa; não abraça: constrange. Vivemos num oceano fluídico, expostos incessantemente a correntes contrárias, que atraímos ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva o seu livre-arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica, tal como é concebida vulgarmente. Estando a ação do Mundo Invisível na ordem das coisas naturais, ela se exerce sobre o homem, abstração feita de qualquer conhecimento espírita. Estamos a elas submetidos, como o estamos à influência da eletricidade atmosférica, mesmo não sabendo a Física, como ficamos doentes, sem conhecer a Medicina. Ora, assim como a Física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do mundo invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável”. 

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