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terça-feira, 5 de julho de 2016

ACERCA DA AURA HUMANA

Grande deve ser a emoção do cientista sinceramente interessado na Verdade, ao contemplar a realidade que constitui os bastidores do Plano em que vivemos sem as limitações impostas por nosso sentido da visão. Foi por certo, o caso de Ferdinando Labouriau, catedrático de Metalurgia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, morto em acidente de aviação em 3 de dezembro  1928 em voo festivo com que se homenageava o retorno de Santos Dumont ao Brasil. Anos após sua passagem, retornou pela mediunidade de Chico Xavier, explicando sobre a aura humana, no segundo dos textos que escreveria. Diz ele: -“Para alinhar algumas notas acerca da aura humana, recordemos o que seja irradiação, na ciência atômica dos tempos modernos. Temo-la, em nossas definições, como sendo a onda de forças dinâmicas, nascida do movimento que provocamos no espaço, cujas emanações se exteriorizam por todos os lados. Todos os corpos emitem ondulações, desde que sofram agitação ou que a produzam, e as ondas respectivas podem ser medidas pelo comprimento que lhes é característico, dependendo esse comprimento do emissor que as difunde. A queda de um grânulo de chumbo sobre a face de um lago, estabelecerá ondas diminutas no espelho líquido, mas a imersão violenta de um calhau de grandes proporções criará ondas enormes. A quantidade das ondas formadas por segundo, pelo núcleo emissor, é o fenômeno que denominamos frequência, gerando oscilações eletromagnéticas que se fazem acompanhar da força de gravitação que lhes corresponde. Assim é que cada corpo em movimento, dos átomos às galáxias, possui um campo próprio de tensão e influência, constituído pela ondulação que produz. Para mentalizarmos o que seja um campo de influência, figuremo-nos uma lâmpada vulgar. Toda a área de espaço clareada pelos fótons que arroja de si expressa o campo que lhe é próprio, campo esse cuja influência diminui à medida que os fótons se distanciam do seu foco gerador, fragmentando-se ao infinito. Qual ocorre com a matéria densa, sob estrita observação científica, nosso espírito é fulcro de criação mental incessante, formando para si mesmo um halo de eflúvios eletromagnéticos, com o teor de força gravitativa que lhes diz respeito. Nossos pensamentos, assim, tecendo a nossa auréola de emanações vitais ou a ondulação que nos identifica, representam o campo em que nos desenvolvemos. Mas se no físico a agitação da matéria primária pode ser instintiva, no plano da inteligência e da razão, em que nos situamos, possuímos na vontade a válvula de controle da nossa movimentação consciente, auxiliando-nos a dirigir a onda de nossa vida para a ascensão à luz, ou para a descida às trevas. Sentimentos e ideias, palavras e atos são recursos íntimos de transformação e purificação da nossa esfera vibratória, de conformidade com a direção que lhes imprimimos, tanto quanto as dores e as provas, as aflições e os problemas são fatores externos de luta que nos impelem a movimento renovador. Sentindo e pensando, falando e agindo, ampliamos a nossa zona de influência, criando em nós mesmos a atração para o engrandecimento na Vida Superior, ou para a miséria na vida inferior, segundo as nossas tendências e atividades para o bem ou para o mal. Enriqueçamo-nos, pois, de luz, amealhando experiências santificantes pelo estudo dignamente conduzido e pela bondade construtivamente praticada. Apenas dessa forma regeneraremos o manancial irradiante de nosso espírito, diante do passado, habilitando-nos para a grandeza do futuro. Constelações e mundos, almas e elementos, todos somos criações de Deus, adstritos ao campo de nossas próprias criações, com o qual influenciamos e somos influenciados, vivendo no campo universal e incomensurável da Força Divina. Se nos propomos, desse modo, aprimorar nosso cosmo interior, caminhando ao encontro dos tesouros de amor e sabedoria que nos são reservados, sintonizemos, no mundo, a onda de nossa existência com a onda do Cristo, e então edificaremos nas longas curvas do tempo e do espaço o atalho seguro que nos erguerá da Terra aos pináculos da gloriosa imortalidade”.



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