O Ser em que vai se transformando o Espírito na
medida em que vão se repetindo suas experiências através da reencarnação, o
conhecimento adquirido a partir do desenvolvimento da inteligência que habilita
cada vez mais seu livre arbítrio, ampliando seus níveis de consciência,
desenvolve sua responsabilidade de viver. Deduz-se daí que começa a participar
da elaboração dos programas para
ele planejados no Mundo Espiritual para serem vivenciados na rápida passagem pelo
corpo chamado físico. Tudo regulado pela Lei
de Causa e Efeito segundo detalhado no Capítulo 7 do livro O CÉU E O
INFERNO de Allan Kardec.
Do conteúdo de LEI DE CAUSA E EFEITO –
as respostas que o Espiritismo dá, destacamos alguns
esclarecimentos para sua avaliação: 1- Recorrente em
palestras espíritas, artigos e livros, a palavra “Carma” é associada aos graves
problemas enfrentados pelas criaturas humanas. Qual sua relação com a visão do
Espiritismo sobre a Lei de Causa e Efeito? - O “carma”, expressão vulgarizada
entre os hindus, em sânscrito quer dizer “ação”. A rigor, designa “causa e
efeito”, de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos
anteriores. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os
débitos que, em particular, nos digam respeito. Há conta dessa natureza, não
apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças,
estados e instituições. Para melhor
entender o “carma” ou “conta do destino criada por nós mesmos”, convém lembrar
que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se
lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável, dispondo de sábios
departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida.
Nas sublimadas regiões de cada Orbe entregue à inteligência e à razão, ao
trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos,
encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra
Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias,
créditos especiais e recursos extraordinários a todos os Espíritos encarnados
ou desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem
Eterno. Nas regiões atormentadas, varridas por ciclones de dor
regenerativa, temos os poderes competentes para promover a cobrança e a
fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quantos se fazem devedores complicados
ante a Divina Justiça. (AÇÃO
E REAÇÃO, 1) 2 - O que indica o início consciente da
reabilitação perante as Leis Divinas? O arrependimento. Conquanto
seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a
expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação constituem,
portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e
suas consequências. O arrependimento suaviza os travos da expiação,
abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode
anular o efeito destruindo sua causa. O arrependimento pode dar-se por toda
parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo.
Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste
nos sofrimentos físicos e morais que lhe são consequentes, seja na vida atual,
seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal.
Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade,
achar-se-á numa existência ulterior em contato com as mesmas pessoas que de si
tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes
reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito (CI,7).
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