Atavismo
segundo o dicionário é o reaparecimento numa pessoa das características de um
antepassado que permaneceram escondidas por muitas gerações. No sentido
figurado é sinônimo de hereditariedade ou o aparecimento de características biológicas,
intelectuais ou comportamentais. Analisado o fenômeno do ponto de vista do
Espiritismo, é o ressurgimento nas ações e reações do indivíduo de referências
arquivadas na memória integral do Ser, da Individualidade, do Espírito.
Conforme explicações possíveis de serem acessadas num estudo criterioso da questão
da reencarnação explicada pela Doutrina Espírita, a hereditariedade biológica
subordina-se à hereditariedade psicológica. O Psiquiatra Jorge Andreia que o fez
concluiu que “o Espírito aproveita os potenciais genéticos dos pais, manipulando a
dança dos cromossomos na destinação dos fatores hereditários”. Nas obras do Espírito
- também médico - conhecido como André Luiz, recolhemos que “quanto mais vastos os recursos
espirituais de quem retorna à carne, mais complexo é o mapa de trabalho a ser
obedecido”. Historicamente sabe-se que as religiões institucionalizadas
causaram grande prejuízo à evolução do pensamento científico da Humanidade da
Terra. A não sujeição da Ciência à Religião no lado Ocidental do Planeta não tem dois séculos.
Associando a visão do atavismo com o desenvolvimento da ciência, com a formação de
pesquisadores, enfim daqueles que buscam a Verdade naturalmente conclui-se que
a suposta "isenção" certamente não garante que conceitos e preconceitos gravados na
memória de profundidade dos diretamente envolvidos no meio que persegue
respostas interfiram nos resultados. No século 20, por exemplo, inúmeras obras sobre reencarnação desvinculadas de influências religiosas, algumas relatando trabalhos
desenvolvidos dentro de critérios considerados científicos na visão acadêmica
do termo, foram publicados, não foram reconhecidas ou consideradas
pelo meio. Mais ou menos como aconteceu com as proposições do médico Franz
Anton Mesmer sobre o magnetismo
humano; com a hipnose de James Braid e do Abade
Faria; da Homeopatia do médico Samuel Hannemman, superficialmente
avaliados pela Comunidade Científica à época do seu surgimento. Sabe-se que à
época, inicio do século 19, da França se irradiava a grande virada no campo da
cultura que influenciaria o porvir, operando grandes mudanças na visão das
coisas. A intolerância, filha preferida da ignorância limitou o aprofundamento
das pesquisas sobre, por exemplo, reencarnação
do Engenheiro Albert De Rochas descritas no livro VIDAS SUCESSIVAS (1905) que foi por causa das revelações contidas
em seu livro afastado do cargo de dirigente da Escola Politécnica de Paris;
não considerou o respeitável trabalho do Psiquiatra Ian Stevenson descrito na
obra VINTE CASOS DE REENCARNAÇÃO
(1966); não avaliou o resultado das experiências de Morey Bernstein
apresentados no livro O CASO BRIDEY MURPHY;
o fenômeno Edgard Cayce relatado em
O PROFETA ADORMECIDO. No Brasil, as pioneiras experiências do Psiquiatra Inácio
Ferreira contadas no livro NOVOS
RUMOS À MEDICINA (1946) ou do Engenheiro Hernani Guimarães Andrade
reunidos em A REENCARNAÇAO NO BRASIL;
Hermínio
Correia de Miranda com A MEMÓRIA
E O TEMPO e EU SOU CAMILLE DEMOULIN ou
mesmo dos profissionais da saúde mental e comportamental Hellen Wanbach; Edite Fiore ou
Brian Weiss. Foram 16 séculos e milhares de gerações desde que o
assunto foi proibido por decisão político-religiosa. Dependeremos de quantas
gerações para que sejam franqueadas as portas do conhecimento para que as
questões da saúde sejam avaliadas de uma forma mais ampla, considerada a
condição integral do Ser Humano?
Nenhum comentário:
Postar um comentário