faça sua pesquisa

domingo, 11 de setembro de 2016

PORQUE OS MÉDIUNS FRACASSAM

Embora inerente ao Ser humano pelas múltiplas funções da glândula pineal ou epífise, a mediunidade em alguns casos, serve como instrumento de reabilitação Espírito imortal perante os artigos do Código Penal de Vida Futura apresentado por Allan Kardec no capítulo 7 da obra O CÉU E O INFERNO ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo. Comentário do Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier observa que trazidos às tarefas do Espiritismo, somos seres endividados de outras épocas, empenhados ao trabalho de aperfeiçoamento gradativo com o amparo de Jesus. Tiranos de ontem, somos agora convocados a exercícios de obediência e tolerância para as aquisições de humildade. Autoridades absorventes que dilapidávamos os bens que se nos confiavam, em benefício de todos, vemo-nos induzidos, na atualidade, a servir em regime de carência a fim de aprendermos moderação à frente da vida. Inteligências despóticas que abusávamos da frase escrita ou falada, prejudicando multidões, estamos hoje entre inibições e dificuldades, nos domínios da expressão verbal, de modo a reconhecermos quanto respeito se deve à palavra. Criaturas que infelicitávamos outras muitas, deteriorando-lhes a existência em nome do coração, achamo-nos presentemente em longos calvários do sexo a fim de aprimorarmos os impulsos do próprio amor. Raros, contudo, os que vencem a si mesmos no exercício de suas faculdades tarefas mediúnicas. Allan Kardec com a precisão de sempre, comenta o motivo de tantas quedas na edição de março de 1860 da REVISTA ESPÍRITA. Segundo ele “o orgulho é o escolho de um grande número de médiuns e vimos muitos cujas faculdades transcendentes se aniquilaram ou perverteram, desde que deram ouvidos a este demônio tentador. As melhores intenções não dão garantia contra os embustes e é precisamente contra os bons que dirige as suas baterias, pois se satisfaz em fazê-los sucumbir e mostrar que ele é o mais forte; insinua-se no coração com tanta habilidade que muitas vezes o enche sem que o suspeite.  Assim, o orgulho é o último defeito que confessamos a nós mesmos, semelhante a essas moléstias mortais que se tem em estado latente e sobre cuja gravidade o doente se ilude até o último momento. Eis por que é tão difícil erradicá-lo. A partir do momento que um médium desfrute de uma faculdade, por menos notável que seja, é procurado, elogiado, adulado.  Para ele isso é uma terrível pedra de toque, pois acaba se julgando indispensável, se não for essencialmente simples e modesto. Infeliz dele, sobretudo se julgar que somente ele poderá entrar em contato com os Espíritos bons.  Custa-lhe reconhecer que foi enganado e, muitas vezes, escreve ou ouve sua própria condenação, sua própria censura, sem acreditar que a ele seja dirigida.  Ora, é precisamente essa cegueira que o aprisiona.  Os Espíritos enganadores se aproveitam para o fascinar, dominar, subjugar cada vez mais, a ponto de lhe fazerem tomar por verdades as coisas mais falsas; é assim que nele se perde o dom precioso, que não havia recebido de Deus senão para se tornar útil aos semelhantes, já que os Espíritos bons sempre se afastam daqueles que preferem escutar os maus.  Aquele a quem a Providência destina a ser posto em evidência o será pela força das coisas, e os Espíritos bem saberão tirá-lo da obscuridade, se isso for útil, ao passo que, muitas vezes, quanta decepção para quem é atormentado pela necessidade de fazer falar de si”! Com isso, além de se comprometerem, acabam por retardar a expansão da própria Doutrina Espírita. Conforme o Espírito do grande pesquisador e escritor Gabriel Dellane em entrevista a André Luiz pelo médium Waldo Vieira “os maiores embaraços para o Espiritismo procedem da atuação daqueles que reencarnam, prometendo servi-lo, seja através da mediunidade direta ou da mediunidade indireta, no campo da inspiração e da inteligência, e se transviam nas seduções da esfera física, convertendo-se em médiuns autênticos das regiões inferiores, de vez que não negam as verdades do Espiritismo, mas estão prontos a ridiculariza-las, através de escritos sarcásticos ou da arte histriônica”.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário