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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

VÍTIMA DA ‘SAIDINHA’ DE BANCO

Modalidade de delito que vitima centenas de pessoas diariamente, algumas fatais, é praticada tanto em grandes centros como em pequenas localidades. O fato seguinte deu-se em 16 de novembro de 1992, em São Caetano do Sul, São Paulo. Naquele dia, após sacar dinheiro em agência bancária para saldar compromissos empresariais, o advogado Cláudio Giannelli, foi perseguido por assaltantes, abordado a poucos metros de sua residência e atingido por um disparo efetuado por um dos bandidos.  Socorrido, chegou vivo ao hospital para onde foi levado, falecendo antes de medidas mais efetivas para salvá-lo. Cláudio, 45 anos, casado, pai de cinco filhos, dias antes de desencarnar, deixava transparecer em vários comentários a familiares uma insistente preocupação de que a sua partida deste Plano Terreno estaria prestes a se cumprir. Muito querido no meio familiar por seus dotes de bondade e alegria, Cláudio rapidamente se refez na Espiritualidade. Alguns meses após o ocorrido, seus irmãos Odília e Gilberto, estavam em Uberaba, na esperança de alguma informação de Chico Xavier. Na verdade, receberam uma carta de Cláudio que lhes infundiu a certeza de que o irmão não morrera além de muito conforto e paz. Detalhe curioso: foi a única mensagem recebida naquela noite, tendo o tempo consagrado às psicografias sido retardado reiteradas vezes, pois o médium afirmava que a irmã de Claudio se atrasara na viagem mas estava a caminho, sendo-lhe importante testemunhar o fenômeno que se daria. Da emocionante e emocionada carta destacamos: -“Estou bem, no entanto, ver a esposa tão atribulada não me permite um passo a mais na renovação de que necessito. A morte do corpo é mudança de vestimenta, sem alterar-nos naquilo que realmente somos. (...) Para esclarecimento, especialmente à nossa Zilda­, comuniquem a ela que estive consciente, embora plenamente anulado, até o Hospital São Caetano. Quando me vi cercado por médicos e enfermeiros, um homem chegou, de leve, até onde me achava estirado e se aproximou de meus ouvidos, dizendo-­me: “Filho, não tenha medo! Jesus não nos abandona. Não se aflija com a agressão de que foi vítima! Descanse o seu pensamento que a dor esfacela e pense na Bondade de Deus! Entregue a esposa e os filhos à Misericórdia Divina e repouse...” Quem me falava assim no tom que não posso esquecer? Ele respondeu-me: “Estamos juntos. Sou o seu pai Mario que volta a você para transportá-lo comigo!” Ao ouvir aquelas palavras as lágrimas me brotaram dos olhos e procurei a tranquilidade na oração última. Então, senti que, enquanto ali se preocupavam com o meu corpo ensanguentado pelo tiro que me alcançara, meu pai ali estava comigo auxiliando-me a confiar em Deus. Uma bênção de paz me desceu ao coração, e, entreguei-me aos braços de meu pai, que se fazia acompanhar de outros amigos. Retiraram-me do corpo devagarzinho, como se para ele houvesse, voltado a ser criança. Colocou-me de pé e abraçou-me como se eu estivesse nos dias da primeira infância e, tão pacificado me vi, que entrei num sono calmante para mim naquela hora incompreensível. Em seguida, carregando-me nos próprios braços, notei que deixávamos o Hospital e nos puséramos a caminho. Chegamos, seguidos pelos amigos que lhe partilhavam aquele maravilhoso transporte e fui internado numa clínica de grande tamanho, numa paisagem que não era mais a nossa. Ali, com a passagem de algumas horas, meu pai informou-me quanto a minha nova situação. Fiquei ciente de que alguém projetara sobre mim uma bala mortífera. Mas quando tive o primeiro impulso de revolta, meu pai asserenou-me, pedindo que eu entregasse tudo a Deus e de nada me queixasse. Segui aqueles conselhos que me tocavam a alma e pude esperar que passassem alguns dias até o momento de rever Zilda e os filhos. Chegou esse momento, em dezembro, (...) Cheguei emocionado em nossa casa da Rua Thomé de Souza e achei a querida Esposa tão ferida no íntimo que não suportei o pranto que se represava dentro de mim. Chorei ou choramos juntos e, até agora, estou trabalhando para asserenar-lhe o pensamento de mãe que enfrenta as provações da viuvez. (...) Roguem também aos meus queridos filhos não comentarem a dolorosa prova de meu desenlace da Vida Física, e nem guardarem qualquer desconfiança ou o veneno do ódio no coração.  Quem comete um delito, fere a si mesmo e não à vítima que caiu prostrada e indefesa, mas confiante em Deus.  Cláudio Giannelli”. A íntegra desta e outras mensagens poderá ser lida na obra “RENASCIMENTO ESPIRITUAL”, publicado pelo Ideal.




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