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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A VIDA NÃO TERMINA

As estatísticas são assustadoras no que se refere a vitimas gravemente lesionadas ou fatais dos acidentes com moto. No importante acervo constituído pelas mensagens psicografadas pelo médium Chico Xavier, incluem-se várias atestando a sobrevivência após o chamado óbito em nossa realidade. Dentre estas, destacamos uma que, na verdade, começou a ser escrita no dia 5 de janeiro de 1985. Envolve a família Cargnelutti, que aproveitava a folga do final e, início de ano, para desfrutar das belezas da cidade praiana de Santos, juntamente com membros de sua constelação familiar, num total de 13 pessoas. A única exceção era o filho Adilson, então com 25 anos, que não pudera afastar-se dos compromissos profissionais que o prendiam a São Paulo.  Naquele dia 5, porém, por volta das 19h40, um telefonema para a casa vizinha, mudaria drasticamente o clima de descontração e alegria que envolvia a todos. Tal ligação, atendida por um amigo da família presente dava conta que, ao dirigir-se para um cinema em sua moto com a namorada, Adilson chocara-se com um caminhão coletor de lixo que, em marcha a ré não se apercebeu da aproximação do veículo, ganhou rapidamente o centro da rua, provocando a colisão.  Socorridos os acidentados no Hospital São Caetano, a moça salvou-se. Adilson, contudo, veio a falecer em consequência das lesões sofridas. A angústia e o desespero levaram meses depois seus pais a conhecerem o casal Lagorga, que os conduziu ao Grupo Espírita IDEAL, no bairro do Ipiranga, capital paulista, onde através de dirigentes avistaram-se 8 meses depois com Chico Xavier, em Uberaba. Assim, no dia 30 de agosto de 1985, Adilson comunicou-se com os pais, restituindo-lhes parte da paz e da tranquilidade perdidas naquele fatídico 5 de janeiro. Da carta que escreveu destacamos esclarecedor trecho que confirma várias revelações oferecidas pelo Espiritismo sobre a vida após a morte: -“Papai querido, venho pedir-lhe conformação e serenidade. Não acredite que eu esteja parado no tanque das lágrimas. A princípio, as minhas dificuldades foram enormes, porque fui colhido de impacto com a Silvinha e temi pela sorte dela, em me reconhecendo estatelado no chão. Não consegui verificar qualquer problema posterior ao atrito das ferragens que me estragaram a moto, porque em meu cérebro sentia-me incapaz de qualquer iniciativa para certificar-me quanto ao acontecimento. Lembrei as preces que minha mãe Assumpta me ensinara na infância e, muito embora minha fé insegura, cedi ao sono que me venceu totalmente. Via-me como num sonho infeliz e sofria na penumbra mental a que me recolhera sem querer. Por fim, desci as escadarias simbólicas do sono profundo e perdi-me na inconsciência. (...)  Foi muito grande a minha surpresa quando despertei junto de duas senhoras que interpretei por enfermeiras da casa de saúde e socorro em que, decerto, me haviam internado. Mais algum tempo e vim a saber toda a verdade, com o choro de um menino grande a me tomar as palavras que em vão procurava dizer. A senhora que me tratava carinhosamente me solicitou com bondade chamá-la por vovó Maria Cargnelutti e a outra se declarou amiga da família a cooperar no reajuste de minhas forças, afirmando chamar-se igualmente Assumpta. Os dias correram sobre os dias quando chegou o momento em que vi a querida vovó Iracema diante de mim. Uma alegria inexplicável me nasceu do íntimo e transferi-me da tristeza para a esperança. Papai Wilson, acredito que o seu carinho possa imaginar a emoção renovadora que me dominou por inteiro, diante da Vó Iracema que me falava da Bondade de Deus, afirmando-me que o senhor e minha mãe ficariam reconfortados com a minha aceitação, sem ressentimento, de quanto me acontecera. Admiti que ela assim se expressava ao ler os meus pensamentos de vinagre e fogo contra o motorista que me cortara os sonhos e aspirações. Minhas ideias se renovaram e aqui estou diante de sua bondade e da bondade da mamãe, com a alegria de lhes comunicar que com o tempo me vi unido a outros familiares queridos e aqui estão comigo a Vó Iracema, a tia Vilma e o vovô Angelim para lhes dizer tão alto quanto se possa pedir som e altura às letras silenciosas, que a vida não termina na perda do corpo físico e que a todos nos cabe confiar em Deus que não nos criaria a fim de separar-nos para sempre”. Busca orientações seguras para viver melhor? Assista https://www.youtube.com/watch?v=oSycLi-WkWU
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