A VIDA NÃO TERMINA
As estatísticas são
assustadoras no que se refere a vitimas gravemente lesionadas ou fatais dos
acidentes com moto. No importante acervo constituído pelas mensagens
psicografadas pelo médium Chico Xavier, incluem-se várias
atestando a sobrevivência após o chamado óbito em nossa realidade. Dentre
estas, destacamos uma que, na verdade, começou a ser escrita no dia 5 de
janeiro de 1985. Envolve a família Cargnelutti, que aproveitava a folga
do final e, início de ano, para desfrutar das belezas da cidade praiana de
Santos, juntamente com membros de sua constelação familiar, num total de 13
pessoas. A única exceção era o filho Adilson, então com 25 anos, que não
pudera afastar-se dos compromissos profissionais que o prendiam a São
Paulo. Naquele dia 5, porém, por volta
das 19h40, um telefonema para a casa vizinha, mudaria drasticamente o clima de
descontração e alegria que envolvia a todos. Tal ligação, atendida por um amigo
da família presente dava conta que, ao dirigir-se para um cinema em sua moto
com a namorada, Adilson chocara-se com um caminhão coletor de lixo que, em
marcha a ré não se apercebeu da aproximação do veículo, ganhou rapidamente o
centro da rua, provocando a colisão.
Socorridos os acidentados no Hospital São Caetano, a moça salvou-se. Adilson,
contudo, veio a falecer em consequência das lesões sofridas. A angústia e o
desespero levaram meses depois seus pais a conhecerem o casal Lagorga, que os conduziu
ao Grupo Espírita IDEAL, no bairro do Ipiranga, capital paulista, onde através
de dirigentes avistaram-se 8 meses depois com Chico Xavier, em Uberaba.
Assim, no dia 30 de agosto de 1985, Adilson comunicou-se com os pais,
restituindo-lhes parte da paz e da tranquilidade perdidas naquele fatídico 5 de
janeiro. Da carta que escreveu destacamos esclarecedor trecho que confirma
várias revelações oferecidas pelo Espiritismo sobre a vida após a morte: -“Papai
querido, venho pedir-lhe conformação e serenidade. Não acredite que eu esteja
parado no tanque das lágrimas. A princípio, as minhas dificuldades foram
enormes, porque fui colhido de impacto com a Silvinha e temi pela sorte dela,
em me reconhecendo estatelado no chão. Não consegui verificar qualquer problema
posterior ao atrito das ferragens que me estragaram a moto, porque em meu
cérebro sentia-me incapaz de qualquer iniciativa para certificar-me quanto ao
acontecimento. Lembrei as preces que minha mãe Assumpta me ensinara na infância
e, muito embora minha fé insegura, cedi ao sono que me venceu totalmente.
Via-me como num sonho infeliz e sofria na penumbra mental a que me recolhera
sem querer. Por fim, desci as
escadarias simbólicas do sono profundo e perdi-me na inconsciência. (...)
Foi muito grande a minha surpresa quando despertei junto de duas senhoras
que interpretei por enfermeiras da casa de saúde e socorro em que, decerto, me
haviam internado. Mais algum tempo e vim a saber toda a verdade, com o choro de
um menino grande a me tomar as palavras que em vão procurava dizer. A senhora que me tratava carinhosamente me
solicitou com bondade chamá-la por vovó Maria Cargnelutti e a outra se declarou
amiga da família a cooperar no reajuste de minhas forças, afirmando chamar-se
igualmente Assumpta. Os dias correram
sobre os dias quando chegou o momento em que vi a querida vovó Iracema diante
de mim. Uma alegria inexplicável me nasceu do íntimo e transferi-me da tristeza
para a esperança. Papai Wilson, acredito que o seu carinho possa imaginar a
emoção renovadora que me dominou por inteiro, diante da Vó Iracema que me
falava da Bondade de Deus, afirmando-me que o senhor e minha mãe ficariam
reconfortados com a minha aceitação, sem ressentimento, de quanto me
acontecera. Admiti que ela assim se expressava ao ler os meus pensamentos de
vinagre e fogo contra o motorista que me cortara os sonhos e aspirações. Minhas ideias se renovaram e aqui estou
diante de sua bondade e da bondade da mamãe, com a alegria de lhes comunicar
que com o tempo me vi unido a outros familiares queridos e aqui estão comigo a
Vó Iracema, a tia Vilma e o vovô Angelim para lhes dizer tão alto quanto se
possa pedir som e altura às letras silenciosas, que a vida não termina na perda
do corpo físico e que a todos nos cabe confiar em Deus que não nos criaria a
fim de separar-nos para sempre”. Busca orientações seguras para viver melhor? Assista https://www.youtube.com/watch?v=oSycLi-WkWU
.
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