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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

ESPIRITISMO O GRANDE DESCONHECIDO

“- O LIVRO DOS ESPÍRITOS não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. A afirmação de Allan Kardec é ignorada pela maioria dos seguidores do Espiritismo. Felizmente porque o que se observa em incontáveis Centros Espíritas é a Doutrina praticada “a moda de”. Falta estudo e conhecimento sobre o assunto nas denominadas, OBRAS BÁSICAS. Como inspirada e sugestivamente o inesquecível Professor Herculano Pires intitulou um dos seus livros  ESPIRITISMO O GRANDE DESCONHECIDO. Analisando a realidade sugerida pelo comentário, Allan Kardec com a sobriedade habitual escreveu na edição de dezembro de 1868 da sua REVISTA ESPÍRITA: - Para assegurar-se, no futuro, a unidade, uma condição se faz indispensável: que todas as partes do conjunto da Doutrina sejam determinadas com precisão e clareza, sem que coisa alguma fique imprecisa. Para isso, procedemos de maneira que os nossos escritos não se prestem a interpretações contraditórias e cuidaremos de que assim aconteça sempre. Quando for dito peremptoriamente e sem ambiguidade que dois e dois são quatro, ninguém pode pretender que se quis dizer que dois e dois fazem cinco. Conseguintemente, seitas poderão formar-se ao lado da Doutrina, seitas que não lhe adotem os princípios ou todos os princípios, porém não dentro da Doutrina, por efeito de interpretação dos textos, como tantas se formaram sobre o sentido das próprias palavras do Evangelho. É este um primeiro ponto de capital importância. O segundo ponto está em não se sair do âmbito das ideias práticas. Se é certo que a utopia da véspera se torna muitas vezes a verdade do dia seguinte, deixemos que o dia seguinte realize a utopia da véspera, porém não atravanquemos a Doutrina de princípios que possam ser considerados quiméricos e fazer que a repilam os homens positivos. O terceiro ponto, enfim, é inerente ao caráter essencialmente progressivo da Doutrina. Pelo fato de ela não se embalar com sonhos irrealizáveis, não se segue que se imobilize no presente. Apoiada tão-só nas leis da Natureza, não pode variar mais do que estas leis; mas, se uma nova lei for descoberta, tem ela que se pôr de acordo com essa lei. Não lhe cabe fechar a porta a nenhum progresso, sob pena de se suicidar. Assimilando todas as ideias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam, físicas ou metafísicas, ela jamais será ultrapassada, constituindo isso uma das principais garantias de sua perpetuidade. Se, portanto, uma seita se formar à ilharga do Espiritismo, fundada ou não em seus princípios, de duas uma: ou essa seita estará com a verdade, ou não estará; se não estiver, cairá por si mesma, sob o ascendente da razão e do senso comum, como já sucedeu a tantas outras, através dos séculos; se suas ideias forem acertadas, mesmo que com relação a um único ponto, a Doutrina, que apenas procura o Bem e o verdadeiro onde quer que se encontrem, as assimilará, de sorte que, em vez de ser absorvida, absorverá. Se alguns de seus adeptos vierem a afastar-se, é que se acreditarão capazes de fazer coisa melhor; se realmente fizerem algo melhor, ela os imitará; se fizerem maior bem, ela se esforçará por fazer outro tanto ou mais, se possível; se fizerem mais mal, ela os deixará fazer, certa de que, mais cedo ou mais tarde, o bem sobrepuja o mal e o verdadeiro predominará sobre o que é falso. Esta a única luta em que se empenhará”. (Visite o canal  Luiz Armando – canal do YouTube  /  Conheça também  Luiz Armando - Preces)


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