Aqueles
que assistem ao filme A CULPA É DAS
ESTRELAS que enfoca a difícil situação de pacientes diagnosticados com
doenças irreversíveis suas relações com a doença, entre si e seus familiares,
certamente indaga se realmente existe um Deus, qual o sentido disso e que culpa
tem os pais por se defrontarem com tão dolorosa situação. Apesar dos avanços da
Medicina na busca de respostas os argumentos meramente fisiológicos não parece
resolvida a questão. Buscar a evasiva de que “é por que Deus assim quis”
tampouco. Necessário considerar outra possibilidade. Neutralizando os
preconceitos irracionais incutidos na mente das pessoas pelas escolas religiosas
tradicionais, válido considerar a vida física como sendo apenas uma experiência
necessária ao Ser que sobreviverá à falência do corpo físico após a chamada
morte. Uma Individualidade que vem de experiências milenares na direção do
progresso ilimitado. Podemos chama-lo de Espírito que comanda a máquina física,
através de um Corpo intermediário denominado
Espiritual ou Perispírito, que por sua vez, modelou e organizou o chamado corpo físico a partir da fecundação do
óvulo, servindo-se das contribuições genéticas masculinas e femininas dos
geradores. Assim, a vida na nossa Dimensão subordina-se a Leis que oferecem ao
Ser oportunidades renovadas de se reabilitar diante das quedas ou infrações
resultantes do exercício do Livre Arbítrio. Diante dessa visão, vitimas de
doenças incuráveis nos primeiros anos de vida, sugerem a volta daqueles que
desistiram da vida em outras encarnações através do suicídio. Os anos aqui
passados correspondem ao tempo não cumprido na vida frustrada e os males
externados no corpo físico, correspondentes às áreas lesadas pelas agressões a
elas impostas. No ano de 1961, através do médium Chico Xavier, o Espírito
identificado como Emmanuel escreveu interessante texto em que estabelece conexões
entre o efeito e o agente causal. Segundo ele, “os que se envenenaram, conforme
os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os
achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções
endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram
a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se
asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os
processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos
cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios
do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral
infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas
destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se
relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem
portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa”.
Acrescenta que “segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias
orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas,
inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a
representarem terapêutica providencial na cura da alma”. Uma década
depois, em entrevista a programa de televisão, Chico Xavier ampliaria
nossa compreensão dizendo: -“O suicídio, para aqueles que conhecem a
importância da vida, impõe um complexo culposo muito grande nas consciências.
Então, nós os cristãos, que temos responsabilidades de viver e compreender a
vida, em suicidando, nós demandamos o além com a lesão das estruturas do corpo
físico. De forma que, se damos um tiro no crânio, conforme a região que o
projétil atravessa, sofremos no além as lesões consequentes. São Espíritos
doentes, os espíritos enfermiços que recebem carinho especial dos Protetores Espirituais.
Mas o problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra, pedimos para
assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Assim, se a bala atravessou
o centro da fala, naturalmente vamos retomar o corpo físico em condições de
mudez. se atravessa o centro da visão, vamos renascer com processo de cegueira;
se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o equilíbrio de nossas estruturas
espirituais, vamos voltar com determinadas moléstias que afetam o nosso
equilíbrio; quando nos envenenamos, quando envenenamos as nossas vísceras,
somos candidatos; quando voltamos à Terra, ao câncer nos primeiros dias de
infância, ao problema de fluidos comburentes que criam desequilíbrio no campo
celular. Muitas vezes encontramos numa criança recentemente nascida um processo
canceroso que nós não sabemos justificar senão pela reencarnação, porque o Espírito
traz consigo aquela angústia, aquele desequilíbrio que se instala dentro de si
próprio; pelo enforcamento, nós trazemos determinados problemas de coluna e
caímos logo nos processos de paraplegia. Somos crianças ligadas, parafusadas ao
leito durante determinado tempo, em luta de autocorrigenda, de autopunição, de
reestruturação de peças de nosso corpo espiritual.”
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