Revelado
na obra LÉON DENIS NA INTIMIDADE de Claire
Baumard (clarim) como a reencarnação do ingles John Wycliffe, o precursor
da Reforma, o contemporâneo de Allan Kardec desde a cidade de Tours, na França, se
transformou um dos melhores interpretes do aspecto filosófico do Espiritismo
através de livros maravilhosos. Um deles O
PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR (feb). Nele encontramos um comentário
que amplia nosso entendimento sobre a questão da perda de entes queridos
precocemente. Diz Léon: -“Pergunta-se
às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das
catástrofes que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como
conciliar esses fatos com a ideia de plano, de providência, de harmonia
universal? E se deixa voluntariamente a vida por um ato de desespero, que
sucede? Qual é a sorte dos suicidas? As existências interrompidas
prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São, em
geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos
ou excessos. Quando, em consequência de hábitos desregrados, se gastaram os
recursos vitais antes da hora marcada pela Natureza, tem-se de voltar a
perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência
precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos,
que devem dar esta reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para
sofrerem, numa morte trágica, as consequências de atos que têm relação com o
passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que
lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham
de viver e vão preparar-se para existências melhores. Quanto aos suicidas, a
perturbação em que a morte os imerge é profunda, penosa, dolorosa. A angústia
os agrilhoa e segue até à sua reencarnação ulterior. O seu gesto criminoso
causa ao corpo fluídico um abalo violento e prolongado que se transmitirá ao
organismo carnal pelo renascimento. A maior parte deles volta enferma à Terra.
Estando no suicida, em toda a sua força, a vida, o ato brutal que a despedaça
produzirá longas repercussões no seu estado vibratório e determinará as nas
suas futuras vidas terrestres. O suicida procura o Nada e o esquecimento de
todas as coisas; mas vai, ao contrário, encontrar-se em face de sua
consciência, na qual fica gravada, para todo o sempre, a recordação lamentável
da sua deserção do combate da vida. A prova mais dura, o sofrimento mais cruel
que haja na Terra é preferível a recriminação perpétua da alma, à vergonha de
já não se poder prezar. A destruição violenta de recursos físicos que podiam
ser-lhe úteis ainda, e até fecundos, não livra o suicida das provações a que
quis fugir, porque lhe será necessário reatar a cadeia quebrada das suas
existências e com ela tornar a achar a série inevitável das provas, agravadas
por atos e consequências que ele mesmo causou. Os motivos de suicídio são de
ordem passageira e humana; as razões de viver são de ordem eterna e
sobre-humana. A vida, resultado de um passado completo, instrumento de futuro,
é, para cada um de nós, o que deve ser na balança infalível do destino.
Aceitemos com coragem suas vicissitudes, que são outros tantos remédios para as
nossas imperfeições, e saibamos esperar com paciência a hora fixada pela Lei
equitativa para termo da nossa permanência na Terra”.
Obrigada por mais este esclarecimento!
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