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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A ORIGEM DOS GRANDES GÊNIOS



Vez ou outra os meios de comunicação de massa revelam um gênio precoce que assombra pela habilidade, por exemplo, com que executa em instrumentos de execução complexa músicas desconhecidas, harmoniosas e, portanto belíssimas, sem o recurso das partituras. Recentemente, por sinal, em programas de sucesso apresentados em vários países, são mostrados talentos em várias especialidades que, apesar da pouca idade, encantam  os espectadores que os assistem, tornando-se virais na prodigiosa rede da INTERNET, vídeos que os mostram em ação. Na edição de abril de 1866, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta sua opinião a respeito, elucidando a intrigante questão. Escreve ele: -“Quem são esses homens de gênio? E, por que são homens de gênio? Donde vieram? Que é feito deles? Notemos que na sua maioria revelam, ao nascer, faculdades transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com pouco trabalho desenvolvem. Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem, vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos que não puderam aprender durante a vida? Dir-se-á, com os materialistas, que o acaso lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste caso, não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que outro. Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus lhes deu uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Suposição igualmente ilógica, pois que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas. O homem de gênio é um Espírito que tem vivido mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e progrediu mais do que aqueles que estão menos adiantados. Encarnando, traz o que sabe e, como sabe muito mais do que os outros e não precisa aprender, é chamado homem de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer, era ele, pois, Espírito adiantado: reencarna para fazer que os outros aproveitem do que já sabe, ou para adquirir mais do que possui. Os homens progridem incontestavelmente por si mesmos e pelos esforços de sua inteligência; mas, entregues às próprias forças, só muito lentamente progrediriam, se não fossem auxiliados por outros mais adiantados, como o estudante o é pelos professores. Todos os povos tiveram homens de gênios, surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia. Desde que se admite a solicitude de Deus para com as suas criaturas, por que não se há de admitir que Espíritos capazes, por sua energia e superioridade de conhecimento, de fazerem que a Humanidade avance, encarnem pela vontade de Deus, com o fim de ativarem o progresso em determinado sentido? Por que não admitir que eles recebam missões, como um embaixador as recebe do seu soberano? Tal o papel dos grandes gênios. Que vêm eles fazer, senão ensinar aos homens verdades que estes ignoram e ainda ignorariam durante largos períodos, a fim de lhes dar um ponto de apoio mediante o qual possam elevar-se mais rapidamente? Esses gênios, que aparecem através dos séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço luminoso sobre a Humanidade, são missionários ou, se o quiserem, messias. Se só ensinassem aos homens o que estes já soubessem, sua presença seria completamente inútil. O que de novo ensinam aos homens, quer na ordem física, quer na ordem moral, são revelações. Se Deus suscita reveladores para as verdades científicas, pode, com mais forte razão, suscitá-los para as verdades morais, que constituem elementos essenciais do progresso. Tais são os filósofos cujas ideias atravessam os séculos. No sentido especial da fé religiosa, os reveladores são mais particularmente designados sob o nome de profetas ou messias. Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Apesar dos erros de suas doutrinas, não deixaram de agitar os Espíritos e, por isso mesmo, de semear os germes do progresso, que mais tarde haviam de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo. É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam realmente sobre um mesmo princípio fundamental – Deus e a imortalidade da alma – se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos preconceitos. Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestígio deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas. A tal propósito, chamamos particularmente a atenção para o capítulo XXI de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: “Haverá falsos cristos e falsos profetas”.

Um comentário:

  1. São seres vindos de moradas mais elevadas do que a Terra, para contribuir com os seus ensinamentos, isto em todas as áreas, ex: crianças de 3 aninhos tocando piano com virtuosidade, o que uma pessoa com 20 anos ou mais levaria no mínimo uns 20 anos de estudo. São falanges de espíritos de planetas mais evoluídos, que se dispuseram vir nos ajudar.

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