Ignorada
pela Humanidade, embora interferindo em muitos momentos históricos ou de
indivíduos, a
mediunidade somente devidamente
identificada, explicada e conceituada pelo Espiritismo através do pesquisador Allan Kardec. Na verdade constitui-se
numa percepção ou um sentido tão natural quanto a visão, olfato, paladar, tato
e audição. Isso porque é inerente ao Ser humano, cumprindo diferentes papéis na
relação da criatura com a vida. Inúmeros fatos através dela podem ser esclarecidos
graças ao conhecimento de sua dinâmica.
Na sequência, alguns esclarecimentos oferecidos pela Doutrina Espírita
extraídos do seminário MEDIUNIDADE – AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ,
disponibilizado no Blog asrevelacoesdarevelacao.com: 1- O que são os fenômenos mediúnicos? Consistem
nos diferentes modos de manifestação da alma, ou Espírito, seja durante a
encarnação, seja no estado de desencarnado. É pelas suas manifestações que a
alma revela sua existência, sua sobrevivência e sua individualidade; eles são
avaliados pelos seus efeitos; a causa sendo natural, o efeito o é igualmente.
São esses efeitos que fazem o objeto especial de pesquisas e de estudos do
Espiritismo, a fim de se chegar ao conhecimento, tão completo quanto seja
possível, da natureza e dos atributos da alma, assim como as leis que regem o
princípio espiritual. (G;
13, 9)2- Então, não se trata de algo novo? Os
fenômenos espirituais, estando na Natureza, produziram-se em todos os tempos;
mas precisamente porque o seu estudo não podia ser feito pelos meios materiais
de que dispõem a ciência vulgar, eles permaneceram por muito mais tempo que
outros no domínio do sobrenatural, de onde o Espiritismo fê-los sair hoje. O
sobrenatural, baseado sobre as aparências inexplicadas, deixa um livre curso à
imaginação, que, errando no desconhecido, dá nascimento, então, às crenças
supersticiosas. Uma explicação racional, fundada sobre as leis da Natureza,
reconduzindo o homem sobre o terreno da realidade, põe um ponto de parada aos
desvios da imaginação e destrói as superstições. (G, 13/8 3- A mediunidade
é, como dizem, um dom? A mediunidade não é um talento;
não existe senão pelo concurso de um terceiro; se esses terceiros se recusam,
não há mais mediunidade. A aptidão pode subsistir, mas o seu exercício está
anulado. Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem
violino. (RE; 3/1864) 4- Todas as pessoas são realmente médiuns? A
mediunidade é uma faculdade inerente à natureza do homem. Nem é uma exceção,
nem um favor; faz parte do grande conjunto humano e, como tal, está sujeita às
variações físicas e às desigualdades morais; sofre o dualismo terrível do
instinto e da inteligência. (RE;
5/1865) 5- Porque a maioria não a percebe em si?
A mediunidade é uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade
de nuanças em seus meios e em seus efeitos. Aquele que é apto para receber ou
transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isto mesmo, um médium, seja
qual for o meio empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade – desde a
simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo,
no uso corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz, geralmente,
das pessoas dotadas de uma potência mediatriz muito grande, tanto para produzir
efeitos físicos, quanto para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita
ou pela palavra.
(RE, 2/1859) 6- A mediunidade
é algo sobrenatural? Os efeitos mediúnicos, absolutamente,
nada tem de sobrenatural; todos, sem exceção, são devidos à combinação dos
fluidos próprios do Espírito e do médium; esses fluídos, posto que
imponderáveis, não deixam de ser matéria sutil.
Há, pois, aí uma causa e um efeito de certo modo materiais, o que nos
fez dizer sempre que, sendo os fenômenos espíritas baseados nas leis da
natureza, nada tem de miraculosos. Como muitos outros fenômenos, só pareceram
miraculosos por que não se conheciam suas leis. Hoje conhecidas essas leis,
desaparecem o sobrenatural e o maravilhoso, dando lugar a realidade. (RE; 10/1865) 7-
A mediunidade é igual em todas as pessoas? O círculo de
percepção varia em cada um . Há diferentes gêneros de mediunidade; importando
reconhecer que cada Espírito vive em determinado degrau de crescimento mental
e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de indivíduo para
indivíduo. As faculdades mediúnicas podem ser idênticas em pessoas diversas,
entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las. Um modelo,
em muitas ocasiões, é mesmo para grande assembléia de pintores, todavia, cada
artista fixá-lo-á na tela a seu modo. Cada Espírito vive entre as forças com as
quais combina, transmitindo-as segundo as concepções que lhe caracterizam o
modo de ser. (NDM; 12) 8- Então os efeitos observados nos fenômenos mediúnicos se
dão por conta das emanações do perispírito? O sexto sentido ou
sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual, como a visão física tem
por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do fluido espiritual traz à
alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido, como tantos outros, tem
seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. Sendo o homem composto de
Espírito, perispírito e corpo, durante a vida as percepções se produzem, ao
mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual; depois da
morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o perispírito, o
Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja sutileza aumenta em
razão do desprendimento da matéria. O homem em quem tal sentido é desenvolvido
goza, assim, por antecipação, de uma parte das sensações do Espírito livre.
Posto que amortecido pela predominância da matéria, o sentido espiritual não
deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de efeitos reputados
maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio. (RE; 10/1864)
Dúvidas sobre a visão do Espiritismo a respeito de questões essenciais? Consulte a série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ acessando Luiz Armando – Canal do Youtube
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