Pele, olhos, ouvidos, língua, nariz são os sensores
apontados pelo nossa Ciência como os responsáveis por captar as vibrações do
mundo exterior e leva-las ao cérebro em forma de percepções para identificação
e providências na relação do Ser humano com o meio. Quando do surgimento do
Espiritismo, porém, Allan Kardec baseado nas observações e
informações dadas pelos Espíritos propôs a existência de um sexto sentido
que através de outro sensor - sabe-se hoje a glândula pineal ou
epífise neural - , interno no corpo humano, colocava as criaturas em relação com o
Mundo Invisível. Graças a isso entendemos sua afirmação n’ O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO de que a mediunidade
faz parte da condição orgânica de qualquer pessoa. Qualquer um a pode ter,
assim como vê, ouve e fala, e, n’ A GÊNESE de
que os fenômenos espirituais são as mais das
vezes espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida da parte das
pessoas com quem eles se dão e que, em regra, são as que neles menos pensam.
Essa a razão porque para Allan Kardec, todo individuo que, desta ou daquela maneira, sofre a
influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium, podendo dizer-se que todo mundo é médium. Acrescenta
ainda que os médiuns são os intérpretes dos
Espíritos; suprem-lhes os organismos materiais que lhes faltam para transmitir
suas instruções; eis porque são capacitados com percepção para esse fim. Do extraordinário
acervo legado aos estudiosos da Doutrina Espírita através da REVISTA
ESPÍRITA, destacamos alguns de seus comentários provando sua proposição: 1-Sendo o homem composto de Espírito,
períspirito e corpo, durante a vida as percepções se produzem, ao mesmo tempo, pelos
sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual; depois da morte, os
sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o períspirito, o Espírito
continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja sutileza aumenta em razão do
desprendimento da matéria. 2- Por
este sentido recebemos os eflúvios fluídicos dos
Espíritos, nos inspiramos, queiramos ou não, em seus pressentimentos e a
intuição das coisas futuras ou ausentes; que se exercem a fascinação, a ação
magnética inconsciente e involuntária, a penetração do pensamento, etc. 3- O
sexto sentido ou sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual,
como a visão física tem por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do
fluido espiritual traz à alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido,
como tantos outros, tem seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. 4- Como os outros sentidos, é mais ou menos
desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme os indivíduos, mas todo mundo o
possui. Longe de ser a regra, sua inatividade é a exceção, e pode ser
considerada como uma enfermidade, assim como a ausência da vista e da audição. (RE, 6/1867) 5- Amortecido
pela predominância da matéria, o sentido espiritual não deixa de
produzir sobre todas as criaturas uma porção de feitos reputados maravilhosos,
por falta de conhecimento do princípio. (RE; 10/1864) Já no século XX, o Espírito conhecido como
André Luiz, através do médium Chico Xavier, repassaria em
seus livros mais alguns elementos importantes: 1- O pensamento em si é a base de todas as
mensagens silenciosas da ideia, nos maravilhosos planos da intuição, entre os
seres de toda espécie. (NL; 37) 2- A
intuição é o disco milagroso da consciência, funcionando livremente,
retransmitindo sugestões (Li;
13) 3- A
mediunidade mais estável e mais bela começa entre os homens, no império da
intuição pura. (NMM;9)
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