O Espiritismo demonstrando que as desarmonias
físicas podem ser manifestação de processos emanados tanto do Espírito, quanto
do perispÍrito (corpo espiritual) quanto do corpo físico amplia sobremaneira o entendimento das
doenças experimentadas pelo Ser humano nas múltiplas reencarnações de que se
vale para avançar no seu progresso. Na sequencia algumas explicações para
nossas reflexões sobre o tema Saúde, Doenças e Cura. 1- Saúde: como definir a partir de uma visão espiritual do
Ser humano? Em
todos os Planos do Universo, somos Espírito e manifestação, pensamento e forma. Todo
mal praticado conscientemente expressa de algum modo, lesão em nossa consciência
e toda lesão dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no organismo que
nos exterioriza o modo de ser. Todos os estados acidentais das formas de
que nos utilizamos, no espaço e no tempo, dependem, assim, do comando mental
que nos é próprio. A Medicina há de considerar o doente como um todo
psicossomático, se quiser realmente investir-se da arte de curar. (AR, 19) Da
mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a
individualidade, partem as forças que asseguram o equilíbrio orgânico, por
intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição humana, raios esses que
vitalizam os centros perispiríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas
glândulas endócrinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade
do campo celular. Nas criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam
nos hormônios diversos que atuam sobre todos os órgãos do corpo físico, através
do sangue. (AR, 19) 2- E as doenças:
como, com base nas revelações espíritas, entende-las? A maioria das doenças, como todas as misérias
humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas para o futuro; são
dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido
saldadas. Aquele, pois, que deve suportar sua provação até o fim não pode ser
curado. São inerentes à
grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos.
As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos
organismos condições nocivas, frequentemente transmissíveis pela
hereditariedade. (RE, 1868) 3- A doença não
seria apenas um reflexo da condição mental inferior dos Espíritos na condição
humana constituindo-se desse modo numa necessidade no processo evolutivo? Cada qual de nós renasce na Terra a exprimir
na matéria densa o patrimônio de bens ou males que incorporamos aos tecidos
sutis da alma. A patogenia, na essência, envolve estudos que remontam ao corpo
espiritual, para que não seja um quadro de conclusões falhas ou de todo irreais. (ETC, 10) Milhares
de pessoas registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam para
mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se
prejudicadas e inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se
fazem portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e
impressões com que evocam as enfermidades a se exprimirem, de novo, em
diferentes manifestações, auxiliando-as a cultivar a posição de vítimas, na
qual se comprazem. Isso acontece na maioria dos
fenômenos de obsessão. Encarnados e desencarnados se prendem uns aos outros,
sob vigorosa fascinação mútua, até que o centro da vida mental se lhes altere. É
por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores maiores são chamadas a
funcionar sobre as dores menores, com o objetivo de acordar as almas viciadas
nesse gênero de trocas inferiores. (NDM,
14) 4 - E no caso das
chamadas doenças de nascença? Doenças
de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de
ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, entre
outras (...), são efeitos que devem ter uma causa, em virtude do axioma de que
todo efeito tem uma causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo,
essa causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito e, desde que
não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. (ESE, 5, 6)
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