Apontado no seu surgimento como causador da loucura a quem o seguisse, o
Espiritismo, na verdade representa um importante auxiliar para a compreensão
dos fatores determinantes da mesma quando diz ser a vida física a continuação
de um processo objetivando a evolução do Espírito. Enfim, vivíamos antes,
viveremos depois experimentando os efeitos de nossas ações. Na sequência
destacamos do trabalho TRANSTORNOS MENTAIS
PATOLOGICOS E OBSESSIVOS – as respostas que o Espiritismo dá, disponível
no YOUTUBE alguns argumentos para termos uma ideia da importância da
revolucionária proposta apresentada por Allan Kardec: 1- Na REVISTA
ESPÍRITA de dezembro de 1864, Allan Kardec escreve que “sem o pensamento o Espírito não seria Espírito, sendo o atributo
característico do Ser Espiritual que, por sua vez, distingue o Espírito da
matéria”, acrescentando
que Vontade “é o pensamento chegado a um
certo grau de energia, é o pensamento transformado em força motriz”. Então o pensamento não é uma reação fisiológica? O pensamento não está no cérebro, como não
está na caixa craniana. O cérebro é o instrumento do
pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície
sólida que se molda aos movimentos do instrumento. Se o
instrumento for danificado, não se dá a manifestação, exatamente como, quando
se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE;
7/1860) O pensamento é... a - preexistente
e sobrevivente ao organismo. Este ponto é capital. (RE;3/1867) b - força viva, em toda parte; atmosfera
criadora que envolve tudo e todos. (NL, 37) c - força
criadora de nossa própria alma. d - a
continuação de nós mesmos, através da qual, atuamos no meio em que vivemos e
agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal. (L;
17) f e - matéria, a matéria mental, compondo
maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos”. (MM;4) f- fluxo energético do campo espiritual dos
seres criados, se graduando nos mais diferentes tipos de onda, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em
que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja
vida psíquica ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou
raios descontínuos. (MM;4) g - vibração e transmite-se por onda, que só
excita as vibrações de ondas afins. (GS;145) 2-
Onde se forma o pensamento ? - As
fontes do pensamento procedem de origens excessivamente complexas. E, nesse sentido, cada
criatura humana, nos serviços comuns, reflete o núcleo de vida invisível a que
se encontra ligada de mente e coração. Assim, as esferas dos
encarnados e desencarnados se interpenetram em toda a parte. (PC) Observa,
pois, os próprios impulsos. Desejando,
sentes. Sentindo, pensas. Pensando, realizas. Realizando, atrais. Atraindo,
refletes. E
refletindo, estendes a própria influência, acrescida, dos fatores de indução do
grupo com que te afinas. O pensamento, é portanto, nosso cartão de visita. (SM,2) Todo
Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado
essencialmente por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a
experiência (conjunto de nossos próprios pensamentos); o estímulo
(circunstância que nos impele a pensar) e a inspiração (conjunto dos
pensamentos alheios que aceitamos e procuramos). (SM,38) 3- Na
relação da Individualidade consigo mesma, a partir de certo nível de evolução,
o ser pode experimentar graus variados de insanidade. Como distinguir a loucura
patológica da loucura obsessiva? A
primeira resulta de uma desordem nos órgãos de manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de
coisas, não é o Espírito que é louco; ele conserva a plenitude de suas
faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o
instrumento de que se serve para manifestar-se, o pensamento, ou, melhor
dizendo, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessiva não há
lesão orgânica; é o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um
Espírito estranho, que o domina e subjuga. No
primeiro caso, deve-se tentar curar o órgão enfermo; no segundo basta livrar o
Espírito doente do hóspede importuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito
frequentes e muitas vezes tomados como loucura o que não passa de obsessão,
para a qual deveriam empregar meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico e,
sobretudo, pelo contato com os verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido
determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. Abrindo novos horizontes a
todas as ciências, o Espiritismo vem, também, elucidar a questão tão obscura
das doenças mentais, ao assinalar-lhes uma causa que, até hoje, não havia sido
levada em consideração – causa real, evidente, provada pela experiência e cuja
verdade mais tarde será reconhecida. (RE,
3/1862)
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