O fato foi notícia no
jornal HERALD OF PROGRESS, de
Nova Iorque, consagrado a assuntos espiritualistas e dirigido por Andrew
Jackson Davis, sob o título DESENHOS MISTERIOSOS. Ligado a uma rede de
correspondentes de várias partes do mundo, que resultava em mais de uma dezena
de cartas por dia, Allan Kardec transformou o caso em matéria na REVISTA ESPÍRITA, edição de julho
de 1861. Aos apreciadores de fenômenos interessantes produzidos pela
mediunidade, reproduzimos a integra do publicado. –“Em 22 de novembro último, o Dr. Hallock, juntamente com outras pessoas,
foi convidado à casa da Sra. French, 4a Avenida, no 8, para testemunhar
diversas manifestações espíritas e ver as evoluções de um lápis de grafite. Por
volta das oito horas a Sra. French deixou o cômodo onde o grupo estava reunido
e sentou-se num canapé, localizado em gabinete contíguo. Não abandonou esse
lugar durante toda a reunião. Pouco depois de sentar-se, pareceu entrar numa
espécie de êxtase, com os olhos fixos e desvairados. Pediu ao Dr. Hallock e ao
professor Britton que examinassem o quarto. Eles encontraram sobre o leito,
defronte do lugar onde ela estava sentada, uma pasta amarrada com uma fita de
seda e uma garrafa de vinho para servir à experiência. O papel que seria utilizado
para fazer os desenhos estava na pasta. Fomos convidados – diz o Dr. Hallock –
a não tocar na pasta, nem na garrafa. Vários lápis e dois pedaços de goma
elástica encontravam-se igualmente sobre o leito, mas no resto do aposento não
havia desenhos, nem papel. Após esta pesquisa a Sra. French pediu ao Sr.
Cuberton que tomasse a pasta e a levasse para a sala ocupada pelos convidados,
abrisse-a e tirasse o conteúdo. Havia papel comum, do qual seis folhas de
diferentes tamanhos foram tomadas das mãos do Sr. Cuberton pela Sra. French e
postas sobre uma mesa situada diante dela. Esta pediu alfinetes e, tomando uma
tira de papel de 5 ou 6 polegadas de comprimento, que colocou na borda inferior
do papel, prendeu as duas bordas deste à tira. Feito isto, alguém foi
solicitado a tomar o papel e fazer fosse ele examinado pelos assistentes,
segurasse a tira e os alfinetes e lhe devolvesse a folha. A mesma coisa foi
feita com as outras folhas, e cada vez os alfinetes eram postos em número e em
locais diferentes; as folhas eram entregues, uma a uma, a outra pessoa, com
vistas a reconhecer o papel por meio dos traços, que deviam corresponder aos
das tiras. Depois de examinadas todas as folhas e devolvidas à Sra. French, o
Sr. Cuberton pegou o vinho e lho entregou. Ela pôs as folhas sobre a mesa e
derramou, sobre cada uma delas, uma quantidade de vinho suficiente para
molhá-la completamente, espalhando-o com a palma da mão. Em seguida tratou de
secá-las, pressionando uma por uma das folhas, enrolando-as, soprando acima e as
agitando no ar. Isto durou alguns minutos; depois baixou o pavio do lampião e
mandou os convidados se aproximarem. É preciso dizer que durante a operação de
molhagem, uma das folhas de papel tinha ficado muito seca, sendo necessário
recomeçar o trabalho. (O vinho era uma simples mistura de suco de uvas e
açúcar, autorizado pelo Estado e produzido na Nova Inglaterra). Então a Sra.
French fez restabelecer a luz e pediu às pessoas que viessem sentar-se junto à
porta onde ela estava: o Sr. Gurney, o professor Britton, o Dr. Warner e o Dr.
Hallock estavam a seis pés dela e os outros em plena vista. “Pondo uma das
folhas sobre a mesa à sua frente, ela colocou vários lápis entre os dedos; o
Dr. Hallock não a perdeu de vista, como houvera prometido. Estando tudo pronto,
a Sra. French, para advertir que a experiência ia começar, exclamou: Time (tempo); então foi visto um
movimento rápido da mão e, durante certo momento, das duas mãos; ouviu-se um
ruído vivamente repetido sobre o papel; os lápis e o papel foram atirados a
alguma distância no assoalho, por uma espécie de movimento nervoso; tudo isso
durou vinte e um segundos. O desenho
representa um buquê de flores, composto de jacintos, lírios, tulipas, etc.
“Operaram sucessivamente em outras folhas. O no 2 é
também um grupo de flores. O no 3 é um
belo cacho de uvas, com seu talo, folhas, etc.;
foi feito em vinte e um segundos. O no 4 é um talo e folhas com cinco grupos de frutas parecidas com
damascos; as folhas são uma espécie de musgo. Quando se preparou
para esta folha, a Sra. French perguntou quanto tempo lhe davam para a
execução; uns disseram dez segundos; outros, menos. Bem, disse a Sra.
French, quando eu disser: um, olhai vossos relógios; à palavra quatro o desenho
estará terminado. Atenção! um, dois, três, quatro: o desenho foi feito, isto é,
em quatro
segundos. O no 5 representa um ramo de groselheira, do qual partem doze cachos de groselhas verdes, com flores e
folhas, cercadas de folhas de uma outra espécie. O desenho foi
apresentado pela Sra. French, em êxtase, ao Sr. Bruckmaster, de Pittsbourg,
como vindo do Espírito de sua irmã, em cumprimento da promessa que ela lhe
havia feito. O tempo gasto foi de dois segundos. O no 6, que pode ser considerado como
a obra-prima da série, é um desenho de nove polegadas por quatro; consiste em flores e
folhagens brancas sobre fundo escuro, isto é, o desenho é da cor natural do
papel, os contornos marcados e os interiores coloridos a lápis.
Exceto dois outros desenhos produzidos da mesma maneira em outra ocasião, são
sempre a lápis sobre fundo branco. No centro desse grupo de flores e na parte inferior da página
existe uma mão segurando um livro aberto, de uma polegada e um quarto por três
quartos; os cantos não são exatamente em ângulos retos; mas o que é muito curioso,
os furos dos alfinetes, feitos anteriormente para reconhecer o papel, marcam os
quatro cantos do livro. No alto da página esquerda está escrito: GÁLATAS.
Vi e, a seguir, os seis primeiros
versículos e uma décima sexta parte deste capítulo, cobrindo quase as duas
páginas inteiras, em caracteres muito legíveis, com boa luz, a olho nu ou com
uma lupa. Conta-se mais de cem palavras bem escritas. O tempo gasto foi de treze segundos. Quando se constatou a coincidência dos
furos do papel com os da tira, a Sra. French, ainda em êxtase, pediu aos
presentes que certificassem por escrito o que acabavam de ver. Então foi
escrito à margem do desenho o seguinte: “Executado em treze segundos, em nossa presença,
pela Sra. French; certificado pelos abaixo assinados. 22 de novembro de 1860,
4a Avenida, no 8. Seguem-se dezenove assinaturas.”
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
quinta-feira, 30 de março de 2017
terça-feira, 28 de março de 2017
DOENÇAS FÍSICO-MENTAIS E O ESPIRITISMO
Muitas pessoas se perguntam: existe
relação entre o Espiritismo e a Saúde humana? Outras, refratárias,
preferem negar sem analises mais profundas, especialmente quando se veem diante
de depoimentos ou relatos sobre o sucesso de alguns tratamentos espirituais
para doenças ditas incuráveis. A elas, Allan Kardec oferece um argumento
tranquilizador: -‘A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina
e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles
não sabem e os convidar a estudá-las; que a natureza tem recursos que eles
ignoram’. Na mais popular das obras da base da Doutrina Espírita – O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO -, podem ser encontrados alguns comentários
importantes capazes de responder a questão inicial: 1- Quando nos elevamos,
pelo pensamento, de maneira a abranger uma série de existências, compreendemos
que a cada um é dado o que merece”. 2- Se dividirmos os males da vida em duas
categorias, sendo UMA a dos males que o homem não pode evitar, e OUTRA a das
atribulações que ele mesmo provoca, por sua incúria e seus excessos, veremos
que esta última é muito mais numerosa que a primeira. 3- Não há uma só falta,
por mais leve que seja, uma única infração à sua Lei (de DEUS),
que não tenha consequências forçosas e inevitáveis, mais ou menos desagradáveis. 4-
O homem não é, portanto, punido sempre, ou completamente punido, na sua existência
presente, mas jamais escapa às consequências de suas faltas. 5- As doenças pertencem
às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa
natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os
excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições
nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade. 6- Doenças de
nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a
vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, etc (...), são efeitos
que devem ter uma causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa,
e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa.
A causa sendo sempre anterior ao efeito e, desde que não se encontra na vida
atual, é que pertence a uma existência precedente. 7- Se Deus não quisesse que
pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos corporais, em certos casos, não
teria colocado meios curativos à nossa disposição. 8- Ao lado da medicação comum, elaborada pela
ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação fluídica, e depois o
Espiritismo veio revelar-nos outra força, através da mediunidade curadora e da influência
da prece. Analisando as doenças em suas diferentes formas de manifestação, um
Espírito identificado como o Dr Morel Lavalle, em comunicação
reproduzida por Allan Kardec lembra que na avaliação da origem
das enfermidades, necessário considerar o seguinte: O homem é composto de TRÊS princípios
essenciais: ESPÍRITO, PERÍSPIRITO
e CORPO FÍSICO. Reagem uns sobre os outros, resultando a saúde ou a doença, da harmonia
ou não entre eles. Se ORIGINADA NO CORPO, os medicamentos materiais
bastarão para o restabelecimento; Se VIER
DO PERÍSPIRITO; trata-se de uma alteração do princípio fluídico, requerendo
uma modificação para as funções retornarem ao normal; Se DO
ESPÍRITO, o períspirito e o corpo serão entravados em suas funções,
solicitando para combate-la medicação espiritual. No que se refere
aos tratamentos espirituais, a revelação de uma entidade envolvida nos mesmos,
da ideia da extensão das operações envolvidas a partir das entrevistas
realizadas pelos voluntários encarnados: -‘As notas do dia seguem comigo para a sede de nossas atividades,
que se acham sob a orientação e revisão de assessores do Dr. Dias da Cruz., que
se encarregam de visitar a moradia e ver as condições do enfermo que precisa
ser medicado. Os membros da família são examinados e o ambiente doméstico é
rigorosamente observado pelo colega que foi então designado para anotar os
elementos de que o doente faz “inalação”. O Tratamento do enfermo começa com a
limpeza do ambiente em que o irmão doente se encontra e, só depois da
residência libertada, os agentes medicamentosos da homeopatia passam a
funcionar. Se a moradia está excessivamente carregada de pensamentos inferiores,
o tratamento é mais difícil e mais longo, entretanto, se o recinto doméstico se
mostra limpo e isento de quaisquer influências nocivas, o tratamento encontra
facilidade para se revelar’.
sábado, 25 de março de 2017
ALZHEIMER E O ESPIRITISMO
O Espírito Manoel
Philomeno de Miranda através do médium Divaldo Pereira Franco construiu
ao longo das ultimas quatro décadas uma série de obras extraordinárias pelo conjunto
de informações esclarecedoras sobre as relações mente/corpo. Em duas delas,
encontramos respostas para muitas das dúvidas acalentadas por pessoas que
vivenciam doenças como esquizofrenia, depressão, alzeimer, Parkinson. A primeira ENTRE DOIS MUNDOS (2005) e segunda TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E OBSESSIVOS (2008). Da ultima,
destacamos alguns trechos para nossas reflexões: -“Chama-me a atenção, porém, na
atualidade, a alta estatística de portadores do mal de Alzheimer, padecendo de
lamentável degeneração neuronal, em processo
expiatório aflitivo para eles mesmos e para os familiares, nem sempre
preparados para essa injunção dolorosa. Incompreendido o processo
degenerativo, a irritação e a revolta tomam conta da família que maltrata o
enfermo, quando este necessita de mais carinho, em face do processo
irreversível. A segurança dos diagnósticos já contribui
para que, no início, se possa atenuar e retardar os efeitos progressivos dessa
demência assustadora. Sem dúvida, trata-se de um veículo expiatório para o
paciente e o seu grupo familiar. Embora a gravidade de que se
reveste essa degenerescência, adversários desencarnados
pioram o quadro, afligindo a vítima em tormentosos processos de agressão
espírito a espírito, em razão do paciente encontrar-se em parcial
desdobramento, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro, então
alucinando-o pelo medo que alcança as vascas do terror... Ignorava que nessa demência também pudessem
ocorrer influências nefastas. Sem dúvida que, em todos os processos de resgate espiritual
sempre existem dois envolvidos, e aquele que foi vítima sempre aproveita de
qualquer oportunidade, sem compaixão, para desforrar-se de quem o prejudicou. A
obsessão, por isso mesmo, é mais volumosa e sutil do que se conhece, mesmo nos
estudos espiritistas atuais, porquanto, nem todos os quadros podem ser
percebidos exteriormente, sendo muito comuns nos estágios do coma, da morte
aparente, das degenerações cerebrais(...) Recordo-me de quando Alois Alzheimer
estudou uma paciente, a senhora Augusta D., portadora de um tipo de
degenerescência mental e nela encontrou os elementos cerebrais de estruturação
dos seus alicerces para o conhecimento da enfermidade que posteriormente lhe
recebeu o nome, em homenagem ao seu trabalho extraordinário, ainda mais
considerando-se o atraso da pesquisa óptica através dos microscópios, que ele
conseguiu de forma exaustiva nas suas longas necropsias. Desencarnando a
paciente, embora o diagnóstico estabelecido, foi constatado que ela falecera de
outro tipo de enfermidade, mas abrira o caminho para o conhecimento desse
flagelo neurodegenerativo. Foi ele quem descreveu, por primeira vez, em 1906, o
que sucede com os novelos
neurofibrilares, que são as modificações intracelulares que se apresentam no
citoplasma dos neurônios, complicando diversos departamentos
cerebrais. Como efeito desse processo, os pacientes têm afetada inicialmente a
memória, sofrem distúrbios cognitivos, especialmente aqueles que respondem pela
fala, pela capacidade de concentração, ampliando-se o desequilíbrio no
raciocínio, na perda da orientação espacial, da habilidade para calcular,
enfim, dos processos normais de lógica e de comportamento.(...) Anteriormente
ignorada, a enfermidade era tratada como um estado de demência progressiva, sem
possibilidade de reversão. Ainda hoje continua sem grande esperança de cura, em
face dos danos graves produzidos ao cérebro, que se atrofia expressivamente,
mas que, detectada precocemente, pode ter diminuídos os efeitos desastrosos.. Então
constato que, em se tratando de uma expiação, num processo terminal, não tem
como ser estacionada, e menos, recuperada. O curioso, nesse quadro, é a hereditariedade, que
exerce um papel fundamental na sua manifestação, comprovando que esses pacientes são espíritos incursos em
delitos idênticos e praticados juntos, Pesquisadores atenciosos identificaram uma
base hereditária mediante a descoberta de um marcador genético no cromossoma 21
em determinado grupo familiar, enquanto que, noutro, a evidência induz à ação
do cromossoma 19"... Graças a essa ocorrência infeliz, os espíritos acumpliciados retornam no mesmo grupo
biológico, a fim de
encontrarem os fatores predisponentes e preponderantes para a ação do
períspirito na elaboração do corpo que propiciará o aparecimento da enfermidade
moralizadora do endividado. Aquele, porém, que não consegue a dádiva da reencarnação,
permanece na erraticidade em aflição, vinculando-se ao antagonista quando as
circunstâncias se fazem propiciatórias. As obsessões sutis são muito graves,
porque passam quase despercebidas e, quando são anotadas, ei-las já enraizadas
nos departamentos mentais e emocionais das suas vítimas”.
sexta-feira, 24 de março de 2017
ALLAN KARDEC, O ESPIRITISMO E OS MÉDIUNS CHARLATÕES
Em todas as atividades
humanas eles estão presentes: os que se aproveitam da ignorância ou boa fé das
pessoas para tirarem proveito. Ao tempo do surgimento do Espiritismo não
poderia ser diferente, especialmente no que se refere ao exercício da mediunidade.
Muitos processos jurídicos foram instaurados contra os que prometiam curas
milagrosas, a solução de questões afetivas em troca de pagamento, etc. No
número de março de 1866 da REVISTA
ESPÍRITA, Allan Kardec inclui artigo em que analisa a questão. Pela
semelhança com muitos dos que se observa na atualidade, destacamos alguns de
seus argumentos: -‘O Espiritismo não pode ser responsável por indivíduos que
indevidamente se fazem passar por médiuns, assim como a verdadeira ciência não
é responsável pelos escamoteadores que se dizem físicos. Um charlatão pode,
pois, dizer que opera com o auxílio dos Espíritos, como um prestidigitador diz
que opera com a ajuda da física. É um meio como qualquer outro de jogar poeira
nos olhos; tanto pior para os que se deixam enganar. Em segundo lugar,
condenando o Espiritismo a exploração da mediunidade, como contrária aos
princípios da doutrina, do ponto de vista moral e, além disso, demonstrando que
ela não deve, nem pode, ser um ofício ou uma profissão, todo médium que não
tira de sua faculdade qualquer proveito direto ou indireto, ostensivo ou
dissimulado, afasta, por isso mesmo, até a suspeita de fraude ou de
charlatanismo; desde que não é atraído por nenhum interesse material, a trapaça
não teria sentido. O médium que compreende o que há de grave e santo num dom
dessa natureza julgaria profaná-lo fazendo-o servir a coisas mundanas, para si
e para os outros, ou se dele fizesse um objeto de divertimento e de
curiosidade. Respeita os Espíritos como gostaria que o respeitassem, quando for
Espírito, e deles não faz alarde. Ademais, sabe que a mediunidade não pode ser
um meio de adivinhação; que não pode fazer descobrir tesouros, heranças, nem
facilitar êxito nas coisas aleatórias; jamais será um ledor de buenadicha, nem
por dinheiro, nem por nada; daí por que jamais terá altercações com a justiça.
Quanto à mediunidade curadora, ela existe, é certo; mas está subordinada a
condições restritivas, que excluem a possibilidade de consultório aberto, sem
suspeitas de charlatanismo. É uma obra de devotamento e de sacrifício, e não de
especulação. Exercida com desinteresse, prudência e discernimento, e encerrada
nos limites traçados pela doutrina, não pode cair sob os golpes da lei. Em
resumo o médium, segundo os desígnios da Providência e a visão do Espiritismo,
seja artífice ou príncipe, pois os há nos palácios e nas choupanas, recebeu um
mandato que cumpre religiosamente e com dignidade; vê em sua faculdade apenas
um meio para glorificar a Deus e servir ao próximo, e não um instrumento para
servir aos seus interesses ou satisfazer a sua vaidade; faz-se estimar e
respeitar por sua simplicidade, modéstia e abnegação, o que não sucede com os
que dele buscam fazer um trampolim. Ao punir com severidade os médiuns
exploradores, os que abusam de uma faculdade real, ou simulam uma faculdade que
não têm, a justiça não atinge a doutrina, mas o abuso. Ora, o Espiritismo
verdadeiro e sério, que não vive de abuso, com isto só poderá ganhar em
consideração e não tomaria sob seu patrocínio os que apenas desviam a opinião
pública por conta própria. Tomando a defesa para si, ele assumiria a
responsabilidade do que eles fazem, porque esses tais não são verdadeiramente
espíritas, ainda quando fossem realmente médiuns. Enquanto não perseguirem num
espírita, ou nos que se fazem passar por tais, senão os atos repreensíveis aos
olhos da lei, o papel do defensor é discutir o ato em si mesmo, abstração feita
da crença do acusado; seria grave erro procurar justificar o ato em nome da
doutrina. Ao contrário, deve empenhar-se em demonstrar que ela lhe é estranha.
Então o acusado cai no direito comum’.
quarta-feira, 22 de março de 2017
SERÁ A SOLUÇÃO PARA O FUTURO?
Intelectual
expressando-se sobre as mudanças pretendidas na legislação brasileira sobre o
aborto comentou que pesquisa recente efetuada com jovens indica o crescimento
expressivo dos que afirmam não pretender ter filhos. Confirmando-se a
tendência, surge a pergunta: o que será da espécie humana no futuro? Considerando, segundo o Espiritismo, a importância
do corpo físico no processo evolutivo e que na nossa Dimensão seguimos a
direção induzida pela Espiritualidade de onde muitos dos avanços observados ao
longo do século 20 nada mais são que a materialização do já existente nas
realidades vibratórias adjacentes ao
chamado Plano Material. Aí uma nova possibilidade: não será a reprodução assistida um prenúncio do amanhã
no que se refere à disponibilização de corpos para a continuidade da vida
física? O médium Chico Xavier, deixou-nos algumas pistas. A primeira registrada
pelo Advogado e escritor Rafael Ranieri, amigos desde o final
dos anos 40, que em 1969, após longo tempo, em visita a Chico em Uberaba,
participando de bate-papo na casa do médium, ante a pergunta de alguém sobre
pesquisas objetivando a replicação humana em laboratório, ouviu-o dizer: -“ A
Ciência vai desenvolver o Ser humano em laboratório. Os cientistas vão fabricar
um enorme útero e aí dentro vão gerar o Ser. Levarão talvez de duzentos a
quatrocentos anos até conseguirem realizar. Aí libertarão a mulher do parto. E
tem outra coisa: nesse útero, os Espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem
problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a ciência vai conseguir isso.
O avanço da Ciência é obra da Espiritualidade”. No ano seguinte, em
entrevista a jornal uberabense, voltaria ao assunto esclarecendo: - O
Espirito Emmanuel diz que o nosso respeito à Ciência deve ser inconteste e que
o progresso da ciência é infinito, porque a solução do problema do tubo de
ensaio, para o descanso do claustro materno é viável. Mas, restará à Ciência um
grande problema, o problema do amor com que o Espírito reencarnante é envolvido
no lar pelas vibrações de carinho, de esperança, ternura, confiança de pai e
mãe, no período também da infância, em que a criança é rodeada de amor, muito
mais alimentada de amor do que de recursos nutrientes da terra! Vamos ver como
é que a Ciência poderá resolver este problema para que não venhamos a cair em
monstruosidades do ponto de vista mental. Dias depois em conversa após
o encerramento das atividades publicas com a mediunidade, disse que ‘no
futuro, o Ciência libertará a mulher de gerar o filho no claustro materno.
Teremos bancos de sêmem com doadores selecionados. O controle será de acordo
com os óbitos e os homens de laboratório serão responsáveis pelos tubos de
ensaio’. Ante o espanto causado, acrescentou: -‘Como é que nós nascemos? Nascemos
como grama. Isso não vai continuar assim. No futuro haverá organização mais
controlada. Mas tudo isso só acontecerá quando tivermos governos magnânimos.
Quem sabe daqui uns bons tempos... Vamos aguardar. Os aparelhos poderão ser
instalados no reduto do lar para receber as vibrações de amor dos pais, haverá
mais fecundação espiritual do que material’. Como a história registra,
8 anos depois, em 1978, as experiências desenvolvidas resultaram no sucesso da
primeira criança criada como se diz através do tubo de ensaio, naturalmente se
servindo de outro corpo humano para promover
a gestação após a implantação de óvulos fecundados através do processo
conhecido como reprodução assistida. Os avanços não ficaram por aí, resultando
na progressiva evolução. Talvez no tempo presumível apontado por Chico décadas
atrás, consiga-se consumar-se renascimentos fora dos mecanismos que impõe à
mulher tantos sacrificios.
segunda-feira, 20 de março de 2017
INDICADOR DA CONDIÇÃO EVOLUTIVA DA HUMANIDADE DA TERRA
Sabe-se por
revelações do médium Chico Xavier, que a série conhecida
como NOSSO LAR é a materialização na nossa Dimensão de uma ideia
desenvolvida por ‘algumas
autoridades espirituais’ que estavam desejosas de algo lançar em um nosso meio,
com objetivos de despertamento, projetando trazer-nos páginas que dessem a
conhecer aspectos da vida que nos espera no “outro lado”. Ainda segundo
o médium, “desde fins de 1941, onde
ele se concentrasse, via sempre aquele ‘cavalheiro espiritual’, que depois se
revelou por André Luiz, ao lado de Emmanuel, tendo decorrido quase dois anos,
antes do “NOSSO LAR”. Também é sabido que o projeto foi muito
estudado antes de ser transferido mediúnicamente. Escreveu o Espírito Arthur Joviano em mensagem de 26
de janeiro de 1944, ‘que necessitava-se
de um nome impessoal, sem filiação a grupos pré-estabelecidos, que pudesse
trazer semelhantes observações de caráter universalista’. Assim
escolheram o Espírito identificado pelo pseudônimo André Luiz. Dentre as
inúmeras informações contidas nas treze ‘reportagens’ desenvolvidas por ele, no
livro OS MENSAGEIROS (capítulo 20),
encontramos um comentário que nos dá uma ideia da realidade de Planos
fronteiriços do Plano Material onde se concentram vários dos equivocados
líderes que detém o poder transitório e ilusório na Terra. Destacamos algumas
imagens do ali reproduzido para nossa reflexão: - “Os criminosos que fazem as vítimas da
guerra, os exploradores da economia popular, os avarentos misérrimos, os
sedentos de injustificado predomínio e os vaidosos cheios de fatuidade sabem
(...) que tudo pertence a Deus, que o homem é simples usufrutuário dos divinos
bens. Não ignoram que os antepassados foram chamados à verdade e à contas pela
morte, e que eles seguirão os mesmos caminhos; entretanto, atormentam-se na Crosta
como verdadeiros loucos, amontoando possibilidades para a ruína e abusando das
oportunidades mais santas. Aqui se verifica a mesma coisa. Querem dominar antes
de se dominarem, exigem antes de dar e entram em perene conflito com o espírito
divino da lei. Estabelecido o duelo entre a fantasia deles e a verdade do Pai, resistem
às corrigendas do Senhor e transformam-se, esses desventurados, em verdadeiros
gênios da sombra, até que, um dia, se decidam a novos rumos. (...) Na Crosta,
nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica, pelas paixões desordenadas,
pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas imediatas à mente terrestre,
temos tudo isso em identidade de condições. Entre as entidades perversas e ignorantes,
há cooperativas para o mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa
exploração de certas forças da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de
mentiras, escravização dos que se enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro
dos Espíritos falidos e imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as
da Terra, inquietações sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente,
angustiosos desvios do sentimento. Em todo o lugar as quedas espirituais, perante
o Senhor, são sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração. As
criaturas que se agarram, no Plano Espiritual às impressões físicas, estão
sempre criando densidade para os seus veículos de manifestação, da mesma forma
que os Espíritos dedicados à região superior estão sempre purificando e elevando
esses mesmos veículos. (...) A morte física, na Terra é igualmente pura impressão e ninguém desaparece.
O fenômeno é apenas de invisibilidade ou, por vezes, de ausência. Quanto à
responsabilidade dos que matam, isto é outra coisa. E além desta observação,
que é da alçada da Justiça Divina, temos a considerar, igualmente que, nesta Esfera,
o corpo denso modificado pode ressurgir todos os dias, pela matéria mental
destinada à produção dele, enquanto que, para obter o corpo físico, almas há
que trabalham, por vezes, durante séculos”..
sábado, 18 de março de 2017
PORQUE E COMO OS ESPÍRITOS BUSCAM ENGANAR
As dificuldades enfrentadas
pelo Espiritismo para romper a muralha de preconceitos e atavismos carregados
pelas criaturas humanas que poderiam se beneficiar de sua compreensão no
entendimento dos sofrimentos que enfrentam, passa pela ação da intencionalmente
maliciosa e determinada legião de Espíritos desencarnados que tentam dificultar
e retardar a transposição do ciclo evolutivo ainda característico do Planeta
Terra. Não só através das relações em grupos espíritas como através de obras mediúnicas de conteúdo dubio. No número de setembro de 1859 da REVISTA
ESPÍRITA, Allan Kardec auxilia-nos a raciocinar sobre o assunto em artigo
de onde destacamos os tópicos seguintes: 1- A ingerência dos Espíritos
enganadores nas comunicações escritas é uma das maiores dificuldades do
Espiritismo. Sabe-se, por experiência, que eles não têm nenhum escrúpulo de
tomar nomes supostos e até mesmo respeitáveis. 2- Haverá meios de os afastar? Eis a questão.. 3- É preciso não perder de vista que os
Espíritos constituem todo um mundo, toda uma população que enche o espaço,
circula ao nosso lado, mistura-se a tudo quanto fazemos. 4- Considerando-se que os
Espíritos nada mais são que os próprios homens despojados de sua indumentária
grosseira, ou almas que sobrevivem aos corpos, segue-se que há Espíritos desde
que há seres humanos no Universo. São uma das potências da Natureza, e não esperam
que haja médiuns escreventes para agir; a prova disso é que, em todos os
tempos, os homens hão cometido inconsequências. 5- A ingerência dos Espíritos maus nas
comunicações escritas não constitui, pois, um perigo ao Espiritismo, porque, se
perigo há, continuará havendo e em caráter permanente. 6- Entre as causas que os
atraem, é preciso colocar em primeira linha as imperfeições morais de qualquer
natureza, porque o mal simpatiza sempre com o mal; em segundo lugar, a
excessiva confiança com que são acolhidas suas palavras. 7- Quando uma pessoa honesta é enganada por
eles, isso pode decorrer de duas causas: a primeira é uma confiança absoluta,
que a leva a desistir de todo exame; a segunda é que as melhores qualidades não
excluem certos lados fracos que dão guarida aos Espíritos maus, ávidos por se
agarrarem às menores falhas da couraça. Não nos referimos ao orgulho e à
ambição, que são mais do que entraves, mas a uma certa fraqueza de caráter e,
sobretudo, aos preconceitos que esses Espíritos sabem explorar com habilidade,
lisonjeando-os; com vistas a isso, eles usam de todas as máscaras, a fim de
inspirar mais confiança. As comunicações francamente grosseiras são as menos
perigosas, visto a ninguém poderem enganar. As que mais enganam são as que têm uma
falsa aparência de sabedoria ou de seriedade: numa palavra, as dos Espíritos
hipócritas e pseudo-sábios. Uns podem enganar-se de boa-fé, por ignorância ou
presunção; os outros não agem senão pela astúcia. 8- Entre as causas que influem poderosamente
sobre a qualidade dos Espíritos que frequentam as casas espíritas, não se deve
omitir a natureza das coisas que ali são tratadas. Aquelas que se propõem um
fim sério e útil atraem, por isso mesmo, os Espíritos sérios; as que somente
visam satisfazer a vã curiosidade ou seus interesses pessoais expõem-se pelo
menos a mistificações, quando não a coisas piores. Em resumo, podemos extrair
das comunicações espíritas os mais sublimes e os mais úteis ensinamentos, desde
que os saibamos dirigir. Toda a questão se resume em não nos deixarmos levar
pela astúcia dos Espíritos zombeteiros ou malévolos. Ora, para isso o essencial
é saber com quem tratamos. 9- Ouçamos
a propósito os conselhos que foram dados pelo Espírito São Luís à Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas através do Sr. R..., um de seus bons
médiuns. Trata-se de uma comunicação espontânea por ele recebida certo dia, em
sua casa, com a missão de transmiti-la à referida Sociedade: “Por maior que seja a legítima confiança que inspira os
Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca será
por demais repetida e que deveis tê-la sempre presente em vossa mente, quando
vos entregardes aos vossos estudos: pesai e amadurecei; submetei ao controle da mais severa razão a totalidade das
comunicações que receberdes; não hesiteis, desde que uma resposta vos pareça
duvidosa ou obscura, de demandar os esclarecimentos necessários para fixá-la. “Sabeis que a revelação existiu desde os tempos mais
recuados, sempre apropriada ao grau de adiantamento dos que a recebiam. Hoje
não se trata de vos falar por imagens e parábolas; deveis receber nossos
ensinamentos de uma maneira clara, precisa e sem ambiguidade. Entretanto, seria
muito cômodo ter apenas de questionar para ser esclarecido; aliás, isso seria
escapar às leis progressivas que presidem à evolução universal. Não vos
admireis, pois, se, para vos deixar o mérito da escolha e do trabalho, e também
para punir as infrações que possais cometer aos nossos conselhos, algumas vezes
é permitido a certos Espíritos, mais ignorantes que mal-intencionados, a
responder em certos casos às vossas perguntas. Em vez de ser isso um motivo de
desencorajamento, deve ser um poderoso excitante, para que pesquiseis
ardentemente a verdade. Ficai, pois, bem convictos de que, seguindo este
caminho, não podereis deixar de chegar a resultados felizes. Sede unidos de
coração e de intenção; trabalhai todos; procurai, procurai sempre e
encontrareis.” Luís
quinta-feira, 16 de março de 2017
COISAS SOBRE A PRECE QUE TODOS PRECISAM SABER
Ignorada
ou desacreditada, a prece ou oração remanesce dos aprendizados do Espírito nas
diferentes experiências evolutivas na condição humana. Segundo as
religiões é a forma de acessar a Deus objetivando pedir e, por vezes,
agradecer uma graça alcançada. Segundo conhecimentos atuais pode ser definida como um estado
alterado de consciência capaz de operar mudanças no campo das reações
emocionais, respiração, projetando-se através do pensamento na direção do
objeto da intenção quando de sua emissão. No século 19, Allan Kardec - o sistematizador do Espiritismo - escreveu que
a prece é uma irradiação mental em forma de pensamento que coloca o emissor
em contato com o Ser a que se dirige, propagando-se impregnada de fluidos
pessoais resultantes das emoções/sentimentos que inspiram sua formulação. O século 20 abriu-se para outras visões, a
partir da ampliação e aprofundamento dos conhecimentos sobre a natureza humana.
Alinhamos a seguir alguns desses avanços para reflexões: 1905
– A
proposição de Albert Einstein de que energia e matéria são duas manifestações
diferentes da mesma substância universal sendo esta a energia básica de que
todos somos constituídos, abre caminho para estudos sobre a tentativa de se
curar o corpo através da manipulação desse nível básico energético que pode ser
chamada de MEDICINA VIBRACIONAL. A partir dos anos 20 - O
eletroencefalógrafo confirmando uma atividade eletromagnética nas ondas
cerebrais conforme o estado da consciência. Evolui a compreensão sobre
outros níveis de consciência/inconsciência além da visão FREUD/JUNG para os
chamados estados alterados de consciência em que podem ser enquadrados os
estágios alcançados pela hipnose, estados de meditação, transe mediúnico e,
podemos afirmar, até pela prece. 1970 – Publicado o livro EXPERIÊNCIAS PSÍQUICAS
ALÉM DA CORTINA DE FERRO que, entre
outras revelações, mostra diversos
estudos desenvolvidos nos países chamados comunistas , entre os quais,
um a partir da informação da Yoga de
que “uma energia vital chamada
Prana circula pelo corpo podendo ser dirigida pelo pensamento exatamente como o
pensamento dirigiu a energia fotografada pela máquina Kirlian”. 1988 – O médico norte-americano Richard Gerber publica o livro
MEDICINA VIBRACIONAL em que desenvolve uma visão einsteiniana dos sistemas
vivos. Alguns pontos a serem considerados de suas conclusões: 1- Todos os organismos dependem de uma sutil força vital que cria uma
sinergia graças a uma singular organização estrutural dos componentes
moleculares. 2- Matéria é uma forma de energia. 3- Consciência é uma espécie de energia que está integralmente relacionada
com a expressão celular do corpo físico, participando da contínua criação de
saúde ou doença. 4- Existe no Ser Humano um CORPO ETÉRICO que é
um molde holográfico de energia que orienta o crescimento e o desenvolvimento
do corpo físico, por sinal detectado nos anos 50 por cientistas russos através
das experiência com a chamada eletrofotografia (foto Kirlian), denominado por
eles MOB – Modelo Organizador Biológico. 5- Os Seres humanos são sistemas dinâmicos de
energia que refletem os padrões evolutivos do crescimento da alma. A
consciência humana está constantemente aprendendo, evoluindo se desenvolvendo.
À medida que a percepção espiritual desse processo dinâmico de mudança
tornar-se mais disseminado, haverá uma reação em cadeia que transformará toda a
espécie humana. 1995 - Como derivação dos resultados de
experimentos com finalidades militares como a da “visão remota” para
inspecionar instalações inimigas em diversas partes do Globo, um Instituto
Norte Americano financiou pesquisas conduzidas pela Psiquiatra Elizabeth Targ, estudiosa da Psiconeuroimunologia
(influência do estado psicológico dos indivíduos sobre a atividade de seu
sistema imunológico) a fim de confirmar ou não a eficácia das preces à
distância na cura de doenças. O médico Larry Dorsey (autor de
AS PALAVRAS CURAM e A PRECE É UM BOM REMÉDIO), estudou mais de 60
pesquisas científicas que provam o impacto das preces sobre o processo de cura
e concluiu que, religião e tipo de oração utilizados pouco importam: o que vale
é o amor e a compaixão do praticante.
Monges Budistas ouvidos, afirmam
que o sentimento é a prece; e índios nativos dos Estados Unidos incorporam
o resultado do pedido em suas orações. Nos anos 70 os
Fisiologistas Beatrice e John Lacey descobriram que o coração
possui um Sistema Nervoso Independente, onde 40 mil neurônios do coração são
usados para comunicação com os centros cerebrais relacionados à consciência,
concluindo que o coração não obedece automaticamente as mensagens do cérebro,
mas interpreta os sinais neurais criando uma resposta de acordo com o estado
emocional do indivíduo, possuindo uma lógica distinta onde seus batimentos
não são apenas um ritmo mecânico da vida, mas uma linguagem inteligente. O
coração é ligação entre a consciência e as respostas fisiológicas das emoções,
o que confirma que o efeito da prece é resultado da associação sentimento
e pensamento. Paralelamente a
esses fatos, o Espírito André Luiz através do médium Chico
Xavier, construía a série NOSSO LAR onde encontramos as
seguintes revelações: 1- A prece traça fronteiras
vibratórias. 2- A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a
reação que lhe corresponda sua natureza, pairando na região em que foi emitida
ou elevando-se mais ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo
as finalidades a que se destina. 3- A oração opera
verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias.
4- A prece é o traço de luz que une
as almas que se amam, onde quer que se encontrem. 5- À claridade da prece, tudo se transforma em
torno de nossos passos. O sofrimento passa a ser purificação, como a noite é a
promessa do dia. 6- Se a
inquietação te bate à porta, busca a prece e medita. 7- A oração é uma fonte em que podemos aliviar
a alma opressa. 8- A
oração é o fio misterioso, que nos coloca em comunhão com as Esferas Divinas.
terça-feira, 14 de março de 2017
PARA COMPREENDERMOS A FUNÇÃO DO EGOÍSMO
Um dos principais
intelectuais do Espiritismo no Brasil ao longo do século 20, Herculano Pires é
pouco conhecido pelos estudiosos contemporâneos. Olhar crítico sobre o
comportamento daqueles que fundaram e dirigiam Obras Sociais em nome da
Doutrina Espírita, pelo conhecimento adquirido fez análises precisas sobre os
desvios revelados nas ações observadas. Na obra CURSO DINÂMICO DE ESPIRITISMO – o grande desconhecido
(paidéia,1979), várias dessas análises. Numa delas, sentimos a profundidade e
racionalidade de seus raciocínios.-“Tudo tem a sua utilidade na Natureza. O
Universo é teleológico, finalista, busca sempre e em tudo uma finalidade. Os
filósofos ante finalistas apoiam suas teorias no erro humano, de todos os
tempos, que interpreta a Natureza como criada especialmente para o homem. Esse
erro surgiu nas selvas, permaneceu nas civilizações primitivas e projetou-se
nas civilizações posteriores. Os próprios deuses e demônios de toda a Antiguidade
foram postos ao serviço do homem, que embora os reverenciando, pretendiam
utilizá-los como seus auxiliares. O Universo tem, naturalmente, uma finalidade
única e superior, em que todas as finalidades se conjugam num resultado único.
Mas esse resultado escapa às nossas possibilidades de pesquisa, de compreensão
e mesmo de imaginação. A mais inútil das coisas e os mais prejudiciais dos
seres são necessários. E ser necessário é ser indispensável, é pertencer a um
elo da cadeia inimaginável que Kardec nos apresenta nesta frase tantas vezes
repetida no Livro dos Espíritos: Tudo se encadeia no Universo. (...) O egoísmo,
a vaidade, o orgulho, a pretensão, a ambição representam elementos negativos da
constituição do ser humano, que devem ser eliminados. Mas essa eliminação não
se dá pelos métodos antigos das corporações religiosas, até hoje empregados,
apesar dos terríveis malefícios causados. Kardec e os Espíritos Superiores, em
suas comunicações, consideraram o egoísmo como verdadeira praga que impediu .o
desenvolvimento real do Cristianismo na Terra. Mas jamais aconselharam métodos
artificiais para o combate ao egoísmo. (...) Todos nós carregamos ainda as
marcas profundas e dolorosas, deformantes, do relacionamento humano na Terra.
Com a caridade os homens vão aprendendo a sair do egoísmo para o altruísmo, a
não pensar, apenas nos seus problemas particulares, a não dividir o seu tempo e
bem-estar apenas com os familiares, mas levar um pouco de si mesmos e dos seus
recursos para a família maior que sofre lá fora. É essa a finalidade do
princípio cristão da caridade no Espiritismo. Por isso a caridade espírita não
pode cercar-se de barreiras e dificuldades, de exigências e desconfianças. Deve
ser ampla e generosa, acessível a todos, evitando constranger ou humilhar os
que a recebem. O ego é como uma flor que primeiro se fecha no botão para depois
desabrochar na corola e por fim doar-se nos frutos. Tentemos visualizar o processo de formação do
ego, para compreendermos a função do egoísmo. A dialética espírita nos ensina
que o espírito (não individualizado, mas como o elemento espiritual
catalisador, capaz de atrair e aglutinar a matéria esparsa no espaço) liga-se à
matéria para lhe dar forma, estrutura. Podemos seguir esse processo no caso
humano, em que o ego aparece como um pivô da personalidade em formação, desde a
infância. A criança é egocêntrica, é um pivô em torno do qual giram as atenções
e as afeições da família. Ela se torna, naturalmente, no centro do mundo.
Porque esse é o meio de consolidação da sua individualidade. Tudo quanto ela
atrai e absorve do ambiente, do exemplo familial, das relações progressivas na
escola e nos brinquedos, é automaticamente centralizado no ego, que é o seu
ponto interior de segurança ante a dispersividade do mundo. O botão fechado
centraliza as suas energias, preparando o momento de abrir-se na corola
colorida e perfumada. Essa a primeira função do ego, e essa função não é
egoísta, mas centralizadora por necessidade de estruturação interna. Quando
essa estruturação se define como tal, a criança se abre timidamente para
oferecer ao mundo a sua contribuição inicial de beleza e ternura. E um novo ser
que surge no mundo, vestido com a roupagem da inocência, como diz Kardec, e ao
mesmo tempo trazendo a incógnita de um passado que se revelava pouco a pouco no
esquema de um destino com ideias e hábitos negativos que nos foram impostos à
força milênios de brutalidade civilizadora. Por isso o nosso tempo, em que
tomamos consciência do absurdo desse massacre universal realizado em nome de
Deus, mostra-se dominado por inquietações e desesperos, revolta e loucura,
psicopatias e obsessões que levam a espécie humana a todos os desvarios e ao
suicídio individual e coletivo. Temos de examinar essa situação à luz do Evangelho
desfigurado e mal interpretado, muitas vezes contraditado frontalmente pelas
teologias do absurdo.
sábado, 11 de março de 2017
DOENÇAS CAUSADAS POR CONTAMINAÇÃO FLUÍDICA?
Revelando que além de
doenças típicas do corpo frágil em que vivemos (causadas por excessos, falta de
higiene, etc, )existirem as originadas no corpo espiritual – ou períspirito
- ou no próprio Espírito repercutindo
reflexos de vidas passadas, o Espiritismo propõem também das enfermidades
resultantes das influências fluídicas. No número de março de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec comenta o
tema escrevendo: -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não
têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de
um mau fluido que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia.
Sucede aqui como num relógio, em que todas as peças estão em bom estado, mas
cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser
substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do
movimento basta expurgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar. Tal
é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos
perniciosos de que é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são
moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se
deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as
funções retomam seu curso. Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos
terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não tenham
eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em
todas as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À
matéria pode-se opor a matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido
melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os
agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina fluídica falha onde é preciso
opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o
intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve
particularmente triunfar nas afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual
for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é
que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos, mas que, até o presente,
nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; donde se deve concluir
que todos têm sua utilidade, e que o essencial é os aplicar adequadamente. Não
temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável,
mas da causa pela qual esse tratamento pode, por vezes, ser instantâneo, ao
passo que em outros casos exige uma ação continuada. Esta diferença se prende à
própria natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que, aparentemente,
apresentam sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser
determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é preciso
reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por moléculas
sadias, operação que só pode ser feita gradualmente; a outra, por infiltração,
nos órgãos saudáveis, de um fluido mau, que lhe perturba as funções. Neste
caso, não se trata de reparar, mas de expulsar. Esses dois casos requerem, no
fluido curador, qualidades diferentes; no primeiro, é preciso um fluido mais
suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um
fluido enérgico, mais adequado à expulsão do que à reparação; segundo a
qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma
descarga elétrica. O doente, subitamente livre da causa estranha que o fazia
sofrer, sente-se aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um
dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado
normal e retoma suas funções. (...) Esta
teoria pode assim resumir-se: “Quando o mal exige a reparação de órgãos
alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um
fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela
pode ser rápida e, mesmo, instantânea.”
sexta-feira, 10 de março de 2017
FUNÇÃO REGULADORA E CORRETIVA
O Espiritismo vem através do parecer de Instrutores
Espirituais ampliando e facilitando o entendimento sobre nós mesmos. Apontando
a evolução da individualidade, afirma a função reguladora e corretiva da Lei de
Ação e Reação no processo que nos induz a buscar a iluminação interior. Quando
os estudiosos da saúde mental acessarem e considerarem o já existente, muitos
dos complexos comportamentos inexplicáveis serão compreendidos. Na base de
muitos deles está o complexo de culpa que vibra em nosso interior como consequência
do que fazemos com nosso livre arbítrio. O conteúdo do trabalho COMPLEXO DE CULPA – as respostas que o espiritismo dá demonstra isso. Nele
entendemos que “inferno é construção mental em
nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte,
fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos
poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de
nossas misérias intimas. (OVE, que “encarcerados pela
Lei do Retorno, temos efetuado multisseculares recapitulações, por milênios
consecutivos”. (LI, 1); que “quanto mais
esclarecida a criatura, tanto mais responsável, entregue naturalmente aos
arestos da consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos
espinheiros da culpa. (AR, pref) que “o remorso é um monstro invisível que alimenta as labaredas
da culpa. A consciência não dorme. (ETC, 14);que “perdemos o carro
fisiológico, mas prosseguimos atados ao pelourinho invisível de nossas culpas;
e a culpa, é sempre uma nesga de sombras a eclipsar-nos a visão”. (AR, 2) que “a dureza coagula-nos a sensibilidade durante certo tempo;
todavia chega um minuto em que o remorso nos descerra a vida mental aos choques
de retorno das nossas próprias emissões. (LI, 4) que “o remorso é uma força que nos algema à retaguarda. (ETC, Mas, esse mecanismo
funciona desde o início? Vejamos uma das questões do trabalho citado: Considerando que conforme a questão 607 d’ LIVRO DOS ESPÍRITOS que
“o Princípio Inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia
para a vida após o que sofre uma
transformação e se torna Espírito começando para ele o período de humanização
ou Humanidade, simples e ignorante” pode-se dizer que surge nesse momento a
noção de culpa como mecanismo indutor ao progresso espiritual? No momento de sua criação,
os Espíritos não são imperfeitos senão do ponto de vista do desenvolvimento
intelectual e moral. Como
a criança ao nascer, como o germe contido na semente da árvore; mas não são
maus por natureza. Ao mesmo tempo, neles
se desenvolve a razão, o livre-arbítrio, em virtude do qual escolhem, uns o bom
caminho, outros o mau, fazendo que alguns cheguem ao objetivo mais cedo que
outros. Mas todos, sem
exceção, devem passar pelas vicissitudes da vida corporal, a fim de adquirir
experiência e ter o mérito da luta. Nessa
luta uns triunfam, outros sucumbem, conquanto os vencidos possam sempre se
erguer e resgatar os seus fracassos. Multiplicam-se
em sua rota as advertências salutares, das quais infelizmente nem sempre eles
aproveitam. É a história de dois
viajantes que querem alcançar um belo país, onde viverão felizes; um sabe
evitar os obstáculos, as tentações que o fariam parar no caminho; o outro, por
imprudência, choca-se contra os mesmos obstáculos, leva quedas que o atrasam,
mas chegará por sua vez. Se, no caminho,
pessoas caridosas o previnem dos perigos que corre e se, por presunção, não as
escuta, mais repreensível será por isso.
(RE; 1861)
quarta-feira, 8 de março de 2017
SUTILEZAS DA OBSESSÃO
Situação
que, segundo alguns Espíritos, atinge proporções epidêmicas, a obsessão
continua ignorada e causando enormes malefícios à sociedade humana. As
influências são sutis e, portanto, sem auto-análise, imperceptíveis. Na
sequência alguns exemplos colhidos nas obras do médico André Luiz através de Chico
Xavier. Caso 1 - EFEITO
– Homem maduro, casado, acusando agoniada indisposição , como se
estivesse sob o impacto de súbito desfalecimento, durante encontro que
mantinha com mulher bem mais jovem em casa noturna. CAUSA – ação de
espírito desencarnado – seu sogro na presente existência -, esmurrando-lhe
a face, ao surpreendê-lo em atividade extraconjugal durante a madrugada
com mulher bem mais jovem, enquanto sua esposa experimentava os sofrimentos
físicos e morais do câncer que evoluia em seu corpo físico. (SD,3) Caso 2 – EFEITO – Homem, 45 anos presumíveis, abatido, acometido de
tremores, suando, desferindo gritos de terror, corpo encharcado de álcool, do
qual é dependente. CAUSA - Ação de quatro entidades desencarnadas que o submetiam aos seus
desejos, alternando-se, uma a uma, para experimentar a absorção das
emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Atuavam
particularmente na estrada gástrica, inalando a bebida a volatizar-se da cárdia
ao piloro. (NMM, 14) Caso 3 – EFEITO
- Mulher desconfiada e abatida,
corroída pelo ciúme em relação ao marido que procura controlar com perguntas e
cobranças em relação ao seu tempo. CAUSA – Ação de entidade
feminina, ignorante e infeliz, a ela imantada, perseguindo e subjugando-a, para
conseguir deplorável vingança, inclusive durante o sono físico,
através do qual se serve para controlar-lhe a vontade, por meio de diálogos em
que emprega toda sua astúcia em argumentos convincentes. (Li,6) Caso 4 – EFEITO–
Mulher, desencarnada, despertando após a morte cercada de seres monstruosos que
a arrebataram em verdadeiro torvelinho por prolongada faixa de tempo. CAUSA
– Ações levadas a efeito na existência recém-terminada em que abusando do poder
econômico, exerceu a autoridade com crueldade e rigor contra escravos de
sua propriedade impondo a morte no tronco de servos objetivando o castigo
geral, separava mães cativas de seus filhos, vendendo-os, por questões de
harmonia domestica, sentindo-se apoiada nas decisões nos argumentos de padre
que lhe fora confessor.(NL) Caso 5 – EFEITO- Mulher, jovem, revelando
angústia e inconsciência, sob forte irritação, desarmonizando o ambiente para
preocupação dos encarnados presentes. CAUSA – Ação de diversos
perseguidores desencarnados, impondo-lhe terríveis perturbações, secundando
outro, revelando um quadro psicológico de satânica lucidez, maneiras cruéis,
colado ao seu corpo, em toda sua extensão, dominando-lhe todos os centros de
energia orgânica, vingando-se de gesto assumido em existência passada em que
ela, por simples capricho vendeu-lhe esposa e filhos, à época escravos de sua
propriedade. (ML, 18) Caso 6 - EFEITO–
Homem, idade madura, ex- investigador de polícia, dando mostras de graves
perturbações, evidente moléstia nervosa, suor frio a banhar-lhe a fronte,
extrema palidez, revelando-se torturado por pavorosas visões no campo íntimo,
somente acessíveis a ele mesmo. CAUSA - Ações no exercício de sua
função, onde, ao longo dos anos, humilhou e feriu, procedeu de maneira cruel,
atraindo a ira de muita gente, isolando-se, contudo, do remorso, o que lhe
poupou dos pensamentos de indignação de suas vítimas, imagens que passaram a
circular-lhe a atmosfera psíquica, esperando ensejo de fazer-se sentir. Com a
proximidade da senectude física, meditando sobre os caminhos percorridos, abriu
grande brecha na fortaleza em que se entrincheirava, libertando subitamente as
forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provocou para si mesmo,
através da conduta irrefletida, quebrando-lhe a fantasiosa resistência
orgânica, e, as energias desequilibradas da mente em desvario, desequilibraram
os órgãos mais vulneráveis do corpo físico, especialmente o sistema nervoso e o
fígado que, traumatizado inclina-se para a cirrose fatal. (LI, 11)
segunda-feira, 6 de março de 2017
TODA UMA CIÊNCIA
Diante do crescente
interesse e busca de informações sobre as práticas do magnetismo pelo fluido
transmitido pelo Ser humano conforme as proposições do
médico austríaco Franz Anton Mesmer, importante conhecermos a posição do Espiritismo.
No número de setembro de 1865 da REVISTA
ESPÍRITA, Allan Kardec responde a questionamento de leitor que solicitava
alguns conselhos relativamente à prática da mediunidade curadora pela imposição
das mãos. Entre outras coisas, afirma o Codificador: -“ A mediunidade curadora deveria
ter a sua vez; embora parte integrante do Espiritismo, ela é, por si só, toda
uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e não só abarca todas as doenças
propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complexas, das
obsessões, que, por seu turno, também influem sobre o organismo. Não é, pois,
em poucas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele
trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo; mas como aí nada queremos
introduzir por nossa própria conta e que seja hipotético, procedemos pela via
da experiência e da observação. Como os limites deste artigo não nos permitem
dar-lhe o desenvolvimento que comporta, resumimos alguns dos princípios
fundamentais que a experiência consagrou. 1. – Os médiuns que obtêm indicações
de remédios, da parte dos Espíritos, não são aquilo que chamamos médiuns
curadores, pois não curam por si mesmos; são simples médiuns escreventes, que
têm uma aptidão mais especial que outros para esse gênero de comunicações e
que, por esta razão, podem ser chamados médiuns consultores, como outros são
médiuns poetas ou desenhistas. A mediunidade curadora é exercida pela ação
direta do médium sobre o doente, com o auxílio de uma espécie de magnetização
de fato ou de pensamento. 2. – Quem diz médium diz intermediário. Há uma
diferença entre o magnetizador propriamente dito e o médium curador: o primeiro
magnetiza com seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao
qual serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o
magnetismo humano; o que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo
espiritual. 3. – O fluido magnético tem, pois, duas fontes bem distintas: os
Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem
produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos. O fluido
humano está sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do
encarnado; o dos Espíritos bons é necessariamente mais puro e, por isto mesmo,
tem propriedades mais ativas, que levam a uma cura mais rápida. Mas, passando
através do encarnado, pode alterar-se, como acontece com a água límpida ao
passar por um vaso impuro, e como sucede com todo remédio, se permanecer num
vaso sujo, perdendo, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo
verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração,
isto é, o seu melhoramento moral, segundo o princípio vulgar: limpai o vaso
antes de vos servirdes dele, se quiserdes ter algo de bom. Só isto basta para
mostrar que não é qualquer um que pode ser médium curador, na verdadeira
acepção da palavra. 4. – O fluido espiritual será tanto mais depurado e
benfazejo quanto mais o Espírito que o fornece for mais puro e mais desprendido
da matéria. Concebe-se que o dos Espíritos inferiores deva aproximar-se do do
homem e possa ter propriedades maléficas, se o Espírito for impuro e animado de
más intenções. Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresentam
matizes infinitos, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É
evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode inocular princípios
mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza
de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o
semelhante, aliados à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que
pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual.
Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como simples máquina de
transmissão fluídica. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão
do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, seria imprudência
submeter-se à ação magnética do primeiro desconhecido. Abstração feita dos
conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite
de uma nutriz: salutar ou insalubre. 5. – Sendo o fluido humano menos ativo,
exige uma magnetização continuada e um verdadeiro tratamento, por vezes muito
longo. Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota, pois dá de seu
próprio elemento vital; é por isto que ele deve, de vez em quando, recuperar
suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso, em face de sua pureza, produz
efeitos mais rápidos e, muitas vezes, quase instantâneos. Como esse fluido não
é o do magnetizador, resulta que a fadiga é quase nula. 6. – O Espírito pode
agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em
muitas ocasiões, seja para o aliviar e o curar, se possível, seja para produzir
o sono sonambúlico. Quando age por um intermediário, é o caso da mediunidade
curadora.
sábado, 4 de março de 2017
É POSSÍVEL VOLTAR NO TEMPO?
-“A mente,
tanto quanto o corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para
reequilibrar-se. Mais tarde, a ciência humana evolverá em cirurgia psíquica,
tanto quanto hoje vai avançando em técnica operatória, com vistas às
necessidades do veiculo de matéria carnal. No grande futuro, o médico terrestre
desentranhará um labirinto mental, com a mesma facilidade com que atualmente
extrai um apêndice condenado. O comentário é encontrado
no capítulo 12 do livro ENTRE A TERRA E O CÉU, do Espírito
André Luiz pelo médium Chico Xavier. Mais à frente
reproduz outro apontamento do Instrutor que ouvia: -“Em obras de assistência ante quadros de transtornos
psicológicos, é preciso recorrer aos arquivos mentais, de modo a produzir
certos tipos de vibração, para descerrar os escaninhos da mente, nas fibras
recônditas em que ela detém as suas aflições e feridas invisíveis..
Adverte contudo que “as recordações do pretérito não
devem ser totalmente despertadas para que ansiedades inúteis não nos dilacerem
o presente. A Verdade para a alma é como o pão para o corpo que não pode
exorbitar da quota necessária a cada dia. Toda precipitação gera desastres”. A técnica que no
futuro certamente será melhor utilizada pelos profissionais da saúde mental foi
tema da série AS
RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ que
pode ser conferido no YOUTUBE.. Dela destacamos alguns tópicos para sua
avaliação: 1- O que vem a ser regressão de
memória? Um procedimento
que, ao longo do tempo vem ganhando importância em discussões a respeito de
tratamentos na esfera de transtornos mentais e sociais. Consiste na recuperação de dados ou informações
através de estados alterados de consciência que trazem para o nível consciente
registros armazenados no inconsciente próximo ou remoto. 2- Como surgiu essa possibilidade? Embora
existam indícios de ter sido prática utilizada em Civilizações remotas como no
Egito dos Faraós ou na Índia milenar, o primeiro registro sobre uma experiência
do tipo foi incluída na edição da REVISTA ESPÍRITA publicada por Allan
Kardec, no número correspondente a junho de 1866. Em texto
intitulado VISÃO RETROSPECTIVA DAS VÁRIAS ENCARNAÇÕES DE UM ESPÍRITO, é
citada uma manifestação mediúnica havida na reunião de 11 de maio p.p. em que
uma entidade de nome Cailleux morto recentemente na cidade de
Lyon onde fora dedicado médico, relata ter sentido certo dia uma espécie de
torpor apoderar-se dele, magnetizado pelo fluido de Amigos Espirituais;
adormecido num sono magnético-espiritual; viu o passado formar-se num presente
fictício. A despeito de conservar
a consciência do seu EU, sentiu-se transportado no espaço; vendo-se numa
reunião de Espíritos que, em vida, tinham conquistado alguma celebridade por
descobertas feitas. Ficou surpreso ao reconhecer
personalidades antigas de todas as idades e épocas, com semelhança
perispiritual consigo. Perguntou-se o que tudo aquilo
significava; dirigiu-lhes as perguntas sugeridas por sua posição, mas sua
surpresa foi ainda maior, ouvindo-se responder a si mesmo. Voltou-se,
então, para eles e vi que estava só. Quando seu Espírito sofreu essa espécie
de entorpecimento, viu os diferentes corpos que seu Espírito animou desde um
certo número de encarnações, e todos trabalharam a ciência médica sem jamais se
afastarem dos princípios que o primeiro havia elaborado. Esta
última encarnação não era para aumentar o saber, mas simplesmente para praticar
o que ensinava sua teoria. 3- E na nossa Dimensão? O
primeiro registro pode ser verificado no livro VIDAS SUCESSIVAS de Albert
de Rochas, engenheiro, militar e ex-diretor da Escola Politécnica de Paris,
publicado em 1905, em Paris, França, relatando suas pesquisas com o magnetismo
proposto no século 18 pelo médico alemão Franz Mesmer. Nelas
deparou-se no estado alterado de consciência observado em indivíduos em estudo,
com relatos sobre experiências pessoais pregressas, bem como futuras. Na obra,
preserva detalhes sobre 19 experimentos conduzidos por ele ou amigos da
Universidade de Paris, casos em que os investigados retroagiram no tempo
voltando a vidas passadas, evidenciando o fato da reencarnação ser uma
ocorrência natural na evolução do Espírito.
quinta-feira, 2 de março de 2017
PARA PENSAR
Penso, logo existo, afirmou
o grande cientista do século 17 Rene Descartes. Quase dois
séculos depois, Allan Kardec desenvolvendo a base do Espiritismo,
avançaria nas proposições sobre essa inexorável atividade do Espírito. Reunimos
algumas de suas afirmações, bem como outras vertidas do Plano Espiritual no
século 20 para dilatar nossa compreensão sobre o tema:1- O pensamento
é uma força, é o atributo característico do Ser Espiritual; é ele que distingue
o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito.
(RE;12/1864) 2- O pensamento é preexistente e sobrevivente ao organismo.
Este ponto é capital. (RE;3/1867) 3- O pensamento é força viva, em toda parte;
atmosfera criadora que envolve tudo e todos. (NL, 37) 4- O pensamento é
força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós
mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o
padrão de nossa influência, no bem ou no mal. (L; 17) 5- O pensamento é
matéria, a matéria mental, compondo maravilhoso mar de energia sutil em que
todos nos achamos submersos”. (MM;4) 6- O pensamento ou fluxo energético do campo espiritual dos seres criados,
se gradua nos mais diferentes tipos de onda, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em
que se exterioriza a mente humana,.
(MM; 4) 7- O pensamento é
energia irradiante 8- Moramos
espiritualmente onde projetamos nosso pensamento 9- O pensamento plasma nossa vida de
amanhã. 10- O pensamento é a maior força criadora que existe
sobre a Terra 11- De
acordo com a vibração do pensamento, atrairemos ondas semelhantes 12- Pensamento é fermentação
espiritual, influenciando na vida e no mundo 13- A velocidade do pensamento
supera a velocidade da luz 14-
O pensamento vige na base de um
inevitável sistema de forças que emitimos e recebemos 15- O pensamento é o gerador dos infracorpusculos ou linhas de força do
mundo subatômico 16- Não
permitas que a prevenção negativa lhe obscureça o pensamento 17- Excluindo pensamentos indesejáveis
de nossa mente realizamos a higiene do Espírito 18- Inicia as atividades diárias,
pensando em Deus e agradecendo as tuas possibilidades de fazer o Bem 19- Pensa nas ocasiões em que corações
amigos te haverão desculpado as próprias faltas 20- O sentimento inspira, o pensamento
plasma, a palavra orienta, o ato realiza 21- Pensa, alguns momentos por dia, nas provações e nas privações
dos outros 22- O pensamento utilizado como Força Magnética, poderia reparar
inúmeras desordens, destruir muitas chagas sociais 23- Pensemos sempre no bem 24- Os pensamentos revelam nossa
personalidade, características e ações pessoais 25- Pensa nisso: a tua voz é o teu
retrato sonoro 26- A
prece forma o campo do pensamento puro 27- Cada criatura vive no centro das realizações de seus próprios
pensamentos 28- O
pensamento é força viva, em toda parte 29- O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais
distante que esteja 30-
Pensa em Deus quando o pessimismo te fale em destruição 31- Pensamento é uma
energia, tendo seus efeitos 32-
Pensamento é fermentação espiritual 33- Nossos pensamentos sintetizam maravilhosamente nossa maneira de
ser 34- Pense no
tempo, observe o tempo, aceite o tempo e agradeça ao tempo, de vez que o tempo
recomeça a cada dia
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