O Espírito Manoel
Philomeno de Miranda através do médium Divaldo Pereira Franco construiu
ao longo das ultimas quatro décadas uma série de obras extraordinárias pelo conjunto
de informações esclarecedoras sobre as relações mente/corpo. Em duas delas,
encontramos respostas para muitas das dúvidas acalentadas por pessoas que
vivenciam doenças como esquizofrenia, depressão, alzeimer, Parkinson. A primeira ENTRE DOIS MUNDOS (2005) e segunda TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E OBSESSIVOS (2008). Da ultima,
destacamos alguns trechos para nossas reflexões: -“Chama-me a atenção, porém, na
atualidade, a alta estatística de portadores do mal de Alzheimer, padecendo de
lamentável degeneração neuronal, em processo
expiatório aflitivo para eles mesmos e para os familiares, nem sempre
preparados para essa injunção dolorosa. Incompreendido o processo
degenerativo, a irritação e a revolta tomam conta da família que maltrata o
enfermo, quando este necessita de mais carinho, em face do processo
irreversível. A segurança dos diagnósticos já contribui
para que, no início, se possa atenuar e retardar os efeitos progressivos dessa
demência assustadora. Sem dúvida, trata-se de um veículo expiatório para o
paciente e o seu grupo familiar. Embora a gravidade de que se
reveste essa degenerescência, adversários desencarnados
pioram o quadro, afligindo a vítima em tormentosos processos de agressão
espírito a espírito, em razão do paciente encontrar-se em parcial
desdobramento, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro, então
alucinando-o pelo medo que alcança as vascas do terror... Ignorava que nessa demência também pudessem
ocorrer influências nefastas. Sem dúvida que, em todos os processos de resgate espiritual
sempre existem dois envolvidos, e aquele que foi vítima sempre aproveita de
qualquer oportunidade, sem compaixão, para desforrar-se de quem o prejudicou. A
obsessão, por isso mesmo, é mais volumosa e sutil do que se conhece, mesmo nos
estudos espiritistas atuais, porquanto, nem todos os quadros podem ser
percebidos exteriormente, sendo muito comuns nos estágios do coma, da morte
aparente, das degenerações cerebrais(...) Recordo-me de quando Alois Alzheimer
estudou uma paciente, a senhora Augusta D., portadora de um tipo de
degenerescência mental e nela encontrou os elementos cerebrais de estruturação
dos seus alicerces para o conhecimento da enfermidade que posteriormente lhe
recebeu o nome, em homenagem ao seu trabalho extraordinário, ainda mais
considerando-se o atraso da pesquisa óptica através dos microscópios, que ele
conseguiu de forma exaustiva nas suas longas necropsias. Desencarnando a
paciente, embora o diagnóstico estabelecido, foi constatado que ela falecera de
outro tipo de enfermidade, mas abrira o caminho para o conhecimento desse
flagelo neurodegenerativo. Foi ele quem descreveu, por primeira vez, em 1906, o
que sucede com os novelos
neurofibrilares, que são as modificações intracelulares que se apresentam no
citoplasma dos neurônios, complicando diversos departamentos
cerebrais. Como efeito desse processo, os pacientes têm afetada inicialmente a
memória, sofrem distúrbios cognitivos, especialmente aqueles que respondem pela
fala, pela capacidade de concentração, ampliando-se o desequilíbrio no
raciocínio, na perda da orientação espacial, da habilidade para calcular,
enfim, dos processos normais de lógica e de comportamento.(...) Anteriormente
ignorada, a enfermidade era tratada como um estado de demência progressiva, sem
possibilidade de reversão. Ainda hoje continua sem grande esperança de cura, em
face dos danos graves produzidos ao cérebro, que se atrofia expressivamente,
mas que, detectada precocemente, pode ter diminuídos os efeitos desastrosos.. Então
constato que, em se tratando de uma expiação, num processo terminal, não tem
como ser estacionada, e menos, recuperada. O curioso, nesse quadro, é a hereditariedade, que
exerce um papel fundamental na sua manifestação, comprovando que esses pacientes são espíritos incursos em
delitos idênticos e praticados juntos, Pesquisadores atenciosos identificaram uma
base hereditária mediante a descoberta de um marcador genético no cromossoma 21
em determinado grupo familiar, enquanto que, noutro, a evidência induz à ação
do cromossoma 19"... Graças a essa ocorrência infeliz, os espíritos acumpliciados retornam no mesmo grupo
biológico, a fim de
encontrarem os fatores predisponentes e preponderantes para a ação do
períspirito na elaboração do corpo que propiciará o aparecimento da enfermidade
moralizadora do endividado. Aquele, porém, que não consegue a dádiva da reencarnação,
permanece na erraticidade em aflição, vinculando-se ao antagonista quando as
circunstâncias se fazem propiciatórias. As obsessões sutis são muito graves,
porque passam quase despercebidas e, quando são anotadas, ei-las já enraizadas
nos departamentos mentais e emocionais das suas vítimas”.
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