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sexta-feira, 10 de março de 2017

FUNÇÃO REGULADORA E CORRETIVA

O Espiritismo vem através do parecer de Instrutores Espirituais ampliando e facilitando o entendimento sobre nós mesmos. Apontando a evolução da individualidade, afirma a função reguladora e corretiva da Lei de Ação e Reação no processo que nos induz a buscar a iluminação interior. Quando os estudiosos da saúde mental acessarem e considerarem o já existente, muitos dos complexos comportamentos inexplicáveis serão compreendidos. Na base de muitos deles está o complexo de culpa que vibra em nosso interior como consequência do que fazemos com nosso livre arbítrio. O conteúdo do trabalho COMPLEXO DE CULPA – as respostas que o espiritismo dá demonstra isso. Nele entendemos que “inferno é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece  clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias intimas. (OVE, que “encarcerados pela Lei do Retorno, temos efetuado multisseculares recapitulações, por milênios consecutivos”. (LI, 1); que “quanto mais esclarecida a criatura, tanto mais responsável, entregue naturalmente aos arestos da consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos espinheiros da culpa. (AR, pref) que  “o remorso é um monstro invisível que alimenta as labaredas da culpa. A consciência não dorme. (ETC, 14);que “perdemos o carro fisiológico, mas prosseguimos atados ao pelourinho invisível de nossas culpas; e a culpa, é sempre uma nesga de sombras a eclipsar-nos a visão”. (AR, 2) que a dureza coagula-nos a sensibilidade durante certo tempo; todavia chega um minuto em que o remorso nos descerra a vida mental aos choques de retorno das nossas próprias emissões. (LI, 4) que  “o remorso é uma força que nos algema à retaguarda. (ETC, Mas, esse mecanismo funciona desde o início? Vejamos uma das questões do trabalho citado: Considerando que conforme a questão 607 d’ LIVRO DOS ESPÍRITOS que “o Princípio Inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida após o que  sofre uma transformação e se torna Espírito começando para ele o período de humanização ou Humanidade, simples e ignorante” pode-se dizer que surge nesse momento a noção de culpa como mecanismo indutor ao progresso espiritual? No momento de sua criação, os Espíritos não são imperfeitos senão do ponto de vista do desenvolvimento intelectual e moral. Como a criança ao nascer, como o germe contido na semente da árvore; mas não são maus por natureza.  Ao mesmo tempo, neles se desenvolve a razão, o livre-arbítrio, em virtude do qual escolhem, uns o bom caminho, outros o mau, fazendo que alguns cheguem ao objetivo mais cedo que outros.  Mas todos, sem exceção, devem passar pelas vicissitudes da vida corporal, a fim de adquirir experiência e ter o mérito da luta.  Nessa luta uns triunfam, outros sucumbem, conquanto os vencidos possam sempre se erguer e resgatar os seus fracassos.  Multiplicam-se em sua rota as advertências salutares, das quais infelizmente nem sempre eles aproveitam.  É a história de dois viajantes que querem alcançar um belo país, onde viverão felizes; um sabe evitar os obstáculos, as tentações que o fariam parar no caminho; o outro, por imprudência, choca-se contra os mesmos obstáculos, leva quedas que o atrasam, mas chegará por sua vez.  Se, no caminho, pessoas caridosas o previnem dos perigos que corre e se, por presunção, não as escuta, mais repreensível será por isso.  (RE; 1861)

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