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quarta-feira, 12 de abril de 2017

AS GUERRAS E O ESPIRITISMO

Um estudo das Civilizações que construíram a Humanidade de hoje, revela que em todas as Eras, a guerra constitui-se num fenômeno social presente entre os diferentes povos, nações e raças. Não houve um século que não fosse marcado pelos movimentos motivados por razões injustificáveis e inacreditáveis se analisadas sob o ponto de vista da razão, da lógica. Até na ânsia de fazer prevalecer a fé de uns em detrimento de outros, conflitos de longa duração escreveram páginas de tristeza e dor. O fato não passou despercebido pelo chamado Codificador do Espiritismo que indagou dos que o assessoravam: o que devemos pensar dos que fazem as  chamadas guerras santas? Responderam: -“São impelidos pelos maus Espíritos e, fazendo a guerra aos seus semelhantes, contrariam à vontade de Deus, que manda ame cada um o seu irmão, como a si mesmo. Todas as religiões, ou, antes, todos os povos adoram um mesmo Deus, qualquer que seja o nome que lhe deem. Por que então há de um fazer guerra a outro, sob o fundamento de ser a religião deste diferente da sua, ou por não ter ainda atingido o grau de progresso da dos povos cultos? Se são desculpáveis os povos de não crerem na palavra daquele que o Espírito de Deus animava e que Deus enviou, sobretudo os que não o viram e não lhe testemunharam os atos, como pretenderdes que creiam nessa palavra de paz, quando lhes ides levá-la de espada em punho? Eles têm que ser esclarecidos e devemos esforçar-nos por fazê-los conhecer a doutrina do Salvador, mediante a persuasão e com brandura, nunca a ferro e fogo. Em vossa maioria, não acreditais nas comunicações que temos com certos mortais; como quereríeis que estranhos acreditassem na vossa palavra, quando desmentis com os atos a doutrina que pregais?”. Naturalmente aflora a dúvida sobre o que é o que impele o homem à guerra?  Segundo os pensadores que orientaram a formulação da Doutrina Espírita, é a “predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária”. Afirmando que a Providência Divina tornou necessária a guerra objetivando a liberdade e o progresso, embora frequentemente tenha resultado historicamente na escravização, o resultado objetivava fazer os envolvidos progredir mais depressa, os Mentores do Espiritismo revelaram que a guerra desaparecerá da face da Terra quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Época em que todos os povos serão irmãos”. Questionados sobre o que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu , disseram que “grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição”.

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