Um estudo das Civilizações que construíram a Humanidade de hoje, revela
que em todas as Eras, a guerra constitui-se num fenômeno social presente entre
os diferentes povos, nações e raças. Não houve um século que não fosse marcado
pelos movimentos motivados por razões injustificáveis e inacreditáveis se
analisadas sob o ponto de vista da razão, da lógica. Até na ânsia de fazer
prevalecer a fé de uns em detrimento de outros, conflitos de longa duração
escreveram páginas de tristeza e dor. O fato não passou despercebido pelo chamado
Codificador do Espiritismo que indagou dos que o assessoravam: o que devemos
pensar dos que fazem as chamadas guerras santas? Responderam: -“São impelidos pelos
maus Espíritos e, fazendo a guerra aos
seus semelhantes, contrariam à vontade de Deus, que manda ame cada um o seu irmão, como a si mesmo. Todas as
religiões, ou, antes, todos os povos adoram um mesmo Deus, qualquer que seja o
nome que lhe deem. Por que então há de um fazer guerra a outro, sob o
fundamento de ser a religião deste diferente da sua, ou por não ter ainda atingido
o grau de progresso da dos povos cultos? Se são desculpáveis os povos de não
crerem na palavra daquele que o Espírito de Deus animava e que Deus enviou,
sobretudo os que não o viram e não lhe testemunharam os atos, como pretenderdes
que creiam nessa palavra de paz, quando lhes ides levá-la de espada em punho?
Eles têm que ser esclarecidos e devemos esforçar-nos por fazê-los conhecer a
doutrina do Salvador, mediante a persuasão e com brandura, nunca a ferro e
fogo. Em vossa maioria, não acreditais nas comunicações que temos com certos
mortais; como quereríeis que estranhos acreditassem na vossa palavra, quando
desmentis com os atos a doutrina que pregais?”. Naturalmente aflora
a dúvida sobre o
que é o que impele o homem à guerra? Segundo
os pensadores que orientaram a formulação da Doutrina Espírita, é a “predominância da natureza animal sobre a
natureza espiritual e
transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. Por isso é que, para tais
povos, o de guerra é um estado
normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a
sente necessária”. Afirmando que a Providência Divina
tornou necessária a guerra objetivando a liberdade e o progresso, embora frequentemente tenha resultado
historicamente na escravização, o
resultado objetivava fazer os envolvidos progredir mais depressa, os Mentores do Espiritismo revelaram
que a guerra desaparecerá da face da Terra quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei
de Deus. Época em que todos os povos serão irmãos”. Questionados sobre o que se deve pensar daquele que suscita a guerra
para proveito seu , disseram que “grande culpado é
esse e muitas existências lhe
serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa,
porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para
satisfazer à sua ambição”.
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