Quando o Espírito André
Luiz transmitiu seu primeiro livro através do médium Chico Xavier,
poucos conheciam as obras CARTAS DE UMA
MORTA assinada por Maria João de Deus ou A VIDA ALÉM DO VÉU do reverendo inglês Dale
Owen. Sabia-se pel’O LIVRO DOS
ESPÍRITOS que a morte nos devolveria à chamada Erraticidade de onde saímos
um dia para reencarnar nesta Dimensão. Voltavamos a ser Espíritos Errantes.
Anos depois o próprio André Luiz elucidaria que “Espíritos
errantes não significa Espíritos vagabundos, desocupados, inertes, mas sim sem
residência fixa, qual ocorre com todos nós, de vez que, de conformidade com a
palavra dos Instrutores de Allan Kardec, somente não são considerados” errantes
“aqueles” que chegaram à perfeição”, da qual, todos nós, a generalidade das
criaturas terrestres, ainda nos achamos imensamente distantes”. Entretanto,
desde a publicação de NOSSO LAR,
visão mais ampla da estruturação do Plano Espiritual passou a povoar nosso
universo de conhecimentos com a descrição da Colônia Espiritual que empresta
nome ao livro. Nela, o resgate da visão das Esferas Espirituais que circundam o
Planeta, preenchidas por Planos, Sub-Planos e Sub-Planos dos Sub-Planos para
cujo entendimento Chico Xavier, dentro de sua simplicidade e sabedoria sugeriu: -
Se
cortarmos uma cebola ao meio, a sobreposição e interpenetração de camadas nos
dará uma ideia de como é. Poucos sabem ou perceberam que as três
primeiras obras da série hoje chamada NOSSO LAR foram escritas durante a
Segunda Guerra Mundial e no seu contexto é possível perceber as repercussões
dos conflitos armados em curso no outro lado da vida. Embora o fenômeno social
estivesse circunscrito fisicamente a países europeus, o Espaço Vibratório que
circunda o Planeta experimentava efeitos negativos. Na sequencia, alguns
fragmentos que revelam a conexão entre as realidades: NOSSO LAR 1- Nos primeiros dias
de setembro de 1939, "Nosso Lar" sofreu, igualmente, o choque por que
passaram diversas colônias espirituais, ligadas à civilização americana. Era a
guerra européia, tão destruidora nos círculos da carne, quão perturbadora no
plano do espírito. Entidades numerosas comentavam os empreendimentos bélicos em
perspectiva, sem disfarçarem o imenso terror de que se possuíam.
2- Infelizes dos povos
que se embriaguem com o vinho do mal; ainda que consigam vitórias temporárias, elas
servirão somente para lhes agravar a ruína, acentuando-lhes as derrotas fatais.
Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai,
e pagará um preço terrível. 3- Nos acontecimentos
dessa natureza, os países agressores convertem-se, naturalmente, em núcleos
poderosos de centralização das forças do mal. Sem se precatarem dos perigos
imensos, esses povos, com exceção dos espíritos nobres e sábios que lhes
integram os quadros de serviço, embriagam-se ao contacto dos elementos de perversão,
que invocam das camadas sombrias. Coletividades operosas convertem-se em
autômatos do crime. Legiões infernais precipitam-se sobre grandes oficinas do
progresso comum, transformando-as em campos de perversidade e horror.
4- Muito doloroso o
quadro que vimos ; habituados ao serviço da paz na América, nenhum de nós
imaginava o que fosse o trabalho de socorro espiritual nos campos da Polônia.
Tudo obscuro, tudo difícil. Não se podem, ali, esperar claridades de fé nos agressores,
tampouco na maioria das vítimas, que se entregam
totalmente a pavorosas impressões. Os encarnados não nos ajudam, apenas
consomem nossas forças. Desde o começo do meu Ministério, nunca vi tamanhos sofrimentos coletivos. OS MENSAGEIROS 5- Nossos aparelhos assinalam aproximação de grande
tempestade magnética, ainda para hoje. Sangrentas batalhas estão sendo travadas
na superfície do globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo, permanecem
nas linhas da palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas, está no
combate das ideias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres
continuam cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se intensifiquem,
ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos encarnados
invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras. 6- A Humanidade parece
preferir a condição de eterna criança. Faz e desfaz os patrimônios da
civilização, como se brincasse com bonecas. Nossos irmãos suportam pesados
fardos de serviço para que as tormentas magnéticas, invisíveis ao olhar humano,
não disseminem vibrações mortíferas, a se traduzirem pela dilatação de penúrias
da guerra e por epidemias sem conta. As Colônias Espirituais da Europa,
mormente as de nosso nível, estão sofrendo amargamente para atenderem as necessidades
gerais. Já começamos a receber grandes massas de desencarnados, em consequência
dos bombardeios. 7- “Nosso Lar”, pela missão que lhe cabe, ainda
não pode imaginar todo o esforço que o conflito mundial vem exigindo da nossa
colaboração nas esferas mais baixas. Os Postos de Socorro de várias colônias,
ligadas a nós, estão superlotados de europeus desencarnados violentamente.
Fomos notificados de que as súplicas da Europa dilaceram o coração angélico dos
mais altos cooperadores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aos terríveis bombardeios
na Inglaterra, na Holanda, Bélgica e França, sucedem-se outros de não menor
extensão. Depois de reiteradas assembleias dos nossos mentores espirituais,
resolveu-se providenciar a remoção de, pelo menos, cinquenta por cento dos
desencarnados na guerra em curso, para os nossos núcleos americanos.
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