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terça-feira, 9 de maio de 2017

DEUS SEGUNDO O ESPIRITISMO

Estima-se que mais ou menos há 35 séculos, o grande líder Moisés começou a desenvolver entre os habitantes da Terra a ideia de um único Deus, se servindo de um modelo quase humano para convencer seus liderados que, por sua vez, misturados aos Exilados de Capela reencarnados levariam no futuro para os diferentes povos e Nações tal conhecimento. Perto 1500 anos depois, cumprindo o prometido aos Espíritos que auxiliavam a evolução da espécie de nossa Morada, Jesus reformula e amplia a visão do Criador, apresentando-o como o Pai, o Pai nosso que representava o Amor com o qual nos inspira a Evolução. Há exatos 160 anos atrás, Jesus, o Espírito da Verdade, liderando uma legião de trabalhadores, através do Espiritismo, abre a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS com que referência seus ensinamentos ampliados, dizendo ser Deus a inteligência Suprema do Universo, causa primária de todas as coisas. Como se vê, várias etapas de um mesmo processo de evolução do que chamamos Espírito. Como tema da série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, fundamentamos a CONCEPÇÃO DE DEUS, disponibilizada no YOUTUBE, da qual destacamos duas questões para avaliação: 1- Como surge na criatura humana a ideia de Deus? Seria algo gravado no inconsciente pelas escolas religiosas? O Espírito no início de sua fase humana, estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois, adora um Deus, que materializa conforme sua materialidade(RE, 2/1864) O sentimento intuitivo que trazemos da existência de Deus é uma consequência do princípio de que não existe efeito sem causa não sendo efeito da educação e das ideias adquiridas. (LE, 5,6) Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme a ideia que elas dão de Deus.  As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas. (RE; 9/1867) 2- Como se chegou ao conceito do DEUS único? A religião israelita foi a primeira que formulou, aos olhos dos homens, a ideia de um Deus espiritual. Até então os homens adoravam: uns, o Sol; outros, a Lua; aqui, o fogo; ali, os animais.  Mas em parte alguma a ideia de Deus era representada em sua essência espiritual e imaterial. Chegou Moisés; trazia uma lei nova, que derrubava todas as ideias até então recebidas.  Tinha de lutar contra os sacerdotes egípcios, que mantinham os povos na mais absoluta ignorância, na mais abjeta escravidão, e contra esses sacerdotes, que desse estado de coisas tiravam um poder ilimitado, não podendo ver sem pavor a propagação de uma ideia nova, que vinha destruir os fundamentos de seu poder e ameaçava derrubá-los. Essa fé trazia consigo a luz, a inteligência e a liberdade de pensar; era uma revolução social e moral.  Assim, os adeptos dessa fé, recrutados entre todas as classes do Egito, e não só entre os descendentes de Jacó, como erroneamente tem sido dito, eram perseguidos, acossados, submetidos aos mais duros vexames e, por fim, expulsos do país, porque infestavam a população com ideias subversivas e ante-sociais.  É sempre assim, toda vez que um progresso surge no horizonte e resplandece sobre a Humanidade.  As mesmas perseguições e os mesmos tratamentos acompanham os inovadores que lançam sobre o solo da nova geração os germes fecundos do progresso e da moral. É que toda inovação progressiva, ao levar à destruição de certos abusos, tem, necessariamente, por inimigos todos quanto estão interessados na manutenção desses abusos.  Mas Deus Todo-Poderoso, que conduz com Infinita Sabedoria os acontecimentos de onde deve surgir o progresso, inspirou Moisés; deu-lhe um poder que homem algum havia tido e, pela irradiação desse poder, cujos efeitos feriam os olhos dos mais incrédulos, Moisés adquiriu uma imensa influência sobre uma população que, confiando cegamente em seu destino, realizou um desses milagres, cuja impressão deveria perpetuar-se de geração em geração, como lembrança imperecível do poder de Deus e de seu profeta.  A passagem do mar Vermelho foi o primeiro ato da libertação desse povo.  Mas sua educação estava por fazer; era preciso domá-lo pela força do raciocínio e por milagres muitas vezes repetidos; era preciso inculcar-lhes a fé e a moral, ensinando-lhes a pôr a força e a confiança num Deus Criador, ser Imaterial, Infinitamente bom e justo.  Os quarenta anos de provações passados no deserto, em meio de privações, sofrimentos e vicissitudes de toda ordem, e os exemplos de insubordinação tão severamente reprimidos por uma justiça providencial, tudo contribuiu para desenvolver nele a fé nesse Ser Todo-Poderoso, cuja mão, ora benfeitora, ora severa, punia quem O desafiasse. (RE; 9/1861)




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